Justiça desenterra propinoduto tucano


Por Altamiro Borges
http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Aos poucos, a Justiça vai desenterrando a sujeira do propinoduto tucano em São Paulo - que envolve poderosas multinacionais do setor de transporte, como a Siemens e a Alstom, e os governos do PSDB no estado. As investigações em curso têm obrigado a própria mídia, sempre tão amiga dos tucanos, a tratar do explosivo tema - com exceção da Veja, a mais chapa-branca e venal de todos os veículos da imprensa. Nesta semana, a revista IstoÉ, que tem se destacado na denúncia do milionário esquema de corrupção, deu mais detalhes sobre a apuração da Justiça. Vale conferir a reportagem, assinada pelos repórteres Alan Rodrigues, Pedro Marcondes de Moura e Sérgio Pardellas:
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Justiça chega aos homens do propinoduto
Agentes públicos denunciados por IstoÉ têm bens bloqueados e Ministério Público confirma o pagamento de propina
O esquema de superfaturamento de licitações no Metrô paulista e na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante os sucessivos governos tucanos à frente do Estado de São Paulo tornou-se oficialmente um caso de Justiça. Em decisão proferida na quinta-feira 7, o juiz criminal Marcelo Costenaro Cavali atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e da Polícia Federal e decretou o bloqueio de aproximadamente R$ 60 milhões em bens e contas bancárias de cinco pessoas e três empresas relacionadas com o cartel da área de transportes sobre trilhos. A tramoia causou prejuízo de ao menos R$ 425 milhões aos cofres públicos paulistas. 
Além da filha de um dos envolvidos, entre os alvos constam o lobista Arthur Teixeira e três ex-executivos da CPTM: Ademir Venâncio de Araújo, João Roberto Zaniboni e Oliver Hossepian Salles de Lima. Para o Judiciário, há elementos contundentes que revelam que, em troca de suborno, eles usaram de suas atribuições para beneficiar empresas interessadas em contratos públicos. O esquema foi denunciado com exclusividade por IstoÉ em julho passado. Desde então, 19 reportagens esmiuçaram o funcionamento do propinoduto tucano, que se perpetuou pelas gestões dos governadores Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. Em uma das reportagens de capa, sob o título “Todos os homens do propinoduto tucano”, IstoÉ revelou em primeira mão o envolvimento de Ademir Venâncio – que agora está com os bens bloqueados – no esquema.
Pessoas ligadas à investigação dizem que a lista de beneficiários da fraude crescerá nas próximas semanas com a realização de novos depoimentos e cruzamentos de dados. O bloqueio de bens, porém, já serviu para avançar sobre a peça-chave do esquema: o lobista Arthur Teixeira. Investigado também pelo MP da Suíça pelos crimes de corrupção internacional e lavagem de dinheiro, ele é considerado o principal operador do propinoduto. Em seu despacho, o juiz Marcelo Cavali disse que Arthur e seu irmão, Sérgio Teixeira (morto em 2011), recebiam comissões de acordo com os pagamentos feitos pela CPTM às empresas do cartel e repassavam, via doleiros, parte das quantias a agentes públicos “e, eventualmente, a outras pessoas ainda não identificadas”. Para isso contavam com empresas de consultoria de fachada no País e no Exterior, como as offshores uruguaias Gantown e Lareway e as brasileiras Constech e Procint, que tiveram os seus bens bloqueados.
Praticamente todas as companhias do cartel recorreram aos serviços dos irmãos. Não à toa, em sua decisão o juiz ressalta o papel das firmas de Teixeira. “Sobre quaisquer valores recebidos por empresas de titularidade de funcionários públicos responsáveis pelos processos licitatórios relacionados ao Metrô de São Paulo, repassados pela Procint e Constech, paira uma elevada suspeita de proveniência ilícita”, afirma Cavali. No entanto, mais do que um mero intermediário de dinheiro, a denúncia da PF e do MPF mostra que Arthur Teixeira tinha voz ativa no esquema de corrupção. Ele alertava as companhias sobre novos projetos a serem licitados e organizava até a forma como elas participariam da disputa.
Outro alvo do bloqueio judicial de bens foi Ademir Venâncio de Araújo, ex-diretor de engenharia e obras da CPTM. Conforme denúncia feita por ISTOÉ, publicada a partir do relato de um ex-executivo do conglomerado alemão Siemens, ele mantinha encontros regulares em casas noturnas com dirigentes das companhias do cartel. Lá, fornecia informações internas sobre licitações e acertava como as empresas iriam se associar para conquistar contratos com as empresas públicas. Foi assim no caso da Linha 5 do metrô paulista, antiga Linha G da CPTM. A obra é alvo de investigação por superfaturamento.
Chama a atenção das autoridades o fato de, logo após deixar o cargo na CPTM, Araújo ter aberto uma empresa de consultoria: a Focco Tecnologia e Engenharia, que recebeu cerca de R$ 2 milhões da francesa Alstom, uma das principais beneficiadas no contrato da Linha 5. “Seriam correspondentes ao pagamento de propinas. Determino o sequestro de montante”, diz o pedido judicial. Na decisão, o juiz chega a questionar o fato de o ex-executivo prestar consultoria a uma empresa que venceu processo licitatório realizado por ele. “É como se este magistrado, depois de absolver determinados réus, após se exonerar ou aposentar, passasse, logo em seguida, a receber valores por lhes prestar consultoria em outros feitos criminais”, salienta o juiz, que também bloqueou bens da empresa de Venâncio.
Ex-sócio de Ademir Venâncio na Focco, João Roberto Zaniboni foi igualmente alvo da medida judicial. Diretor de operações da CPTM entre 1999 e 2003 (gestões Mário Covas e Geraldo Alckmin), Zaniboni é investigado também na Suíça. Uma conta chamada de “Milmar” no Credit Suisse foi abastecida com US$ 836 mil, o equivalente a R$ 1,8 milhão, durante o período em que ele trabalhou na estatal paulista e assinou o contrato da Linha 5 do Metrô de São Paulo. Somente em um depósito, efetuado em 27 de abril de 2000, Zaniboni recebeu US$ 103,5 mil do lobista Arthur Teixeira, valor que teria como origem o caixa da francesa Alstom. 
Para as autoridades brasileiras, Zaniboni cometeu crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Também foram registrados pagamentos de outras empresas do cartel diretamente a ele ou a empresas em que era sócio, como a Getran Consultoria. Nela, dividia o quadro societário com Oliver Hossepian Salles de Lima. Presidente da CPTM entre 1999 e 2003, Oliver Hossepian foi alvo de bloqueio de bens pelo fato de a Getran Consultoria ter recebido valores das empresas do lobista Arthur Teixeira, o que caracterizaria “vantagens indevidas recebidas em razão do mau uso da função pública”.
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400 especialistas debatem o Brasil!

Do sítio da Fundação Perseu Abramo:

Debater o Brasil! Este é o principal objetivo do I Fórum FPA 2013, organizado pela Fundação Perseu Abramo, com apoio do Partido dos Trabalhadores, que ocorrerá nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro (sexta, sábado e domingo), em São Paulo (Espaço Immensità – Mercure Nortel - Av. Luiz Dumont Villares, 400 – Santana – São Paulo/SP).

Com base em publicações inéditas, que analisam profundamente 18 temas e os 26 estados da federação mais o Distrito Federal, elaboradas por mais de 400 especialistas – tanto provenientes do âmbito acadêmico quanto com atuação nos movimentos sociais ou órgãos governamentais – , o Fórum FPA 2013 tem o objetivo de, em um mesmo espaço, reunir as boas ideias que surgiram a partir do Projetos Para o Brasil e Situação dos Estados – publicações e apresentações que serão divulgadas no evento – , ouvir e debater projetos e programas para que o Brasil siga mudando.

Além do debate com bases nestas publicações, o Fórum também terá espaço para atividades autogestionadas e temáticas (Mulheres, Combate ao Racismo, Cultura, Agrária, Sindical e Meio Ambiente, Direitos Humanos, entre outras, e demais projetos da FPA (Classes Sociais, Pesquisas, Comunicação, Ativismo Digital, etc).

O Fórum é aberto e gratuito, e as inscrições podem ser feitas até o dia 22 de novembro, com início em 11 de novembro, segunda-feira, pelo portal da FPA (www.fpabramo.org.br/forum2013). O Fórum pretende reunir, além dos especialistas, representantes do governo, da academia, da sociedade, da juventude, movimentos sociais, partidos políticos, instituições de pesquisa, profissionais liberais, classe artística, sindicatos, gestores públicos, comunicadores, estudantes, ou seja: representantes de todas as partes que compõe esse grande país, o Brasil.

Entenda o Fórum FPA 2013
Nos últimos dez anos o Brasil mudou, aliando crescimento contínuo da economia com redução da desigualdade de renda e diminuição das desigualdades sociais. Alterou a rota até então traçada pelos que sempre o comandaram. Ousou, inovou, e fez surgir, dentro e fora do país, uma nova imagem: a de um território de mudanças e conquistas.

Dizer que o Brasil mudou e melhorou não significa que nossos problemas históricos tenham sido resolvidos. A inserção subordinada e dependente na economia mundial, os anos de conservadorismo, ditaduras e autoritarismo e a ação das elites econômicas liberais e neoliberais marcaram estruturalmente o país por cerca de 500 anos, produzindo desigualdades sociais, econômicas, culturais e políticas.

Preocupada tanto com a continuidade das mudanças em curso quanto com o aprofundamento delas, a Fundação Perseu Abramo vem, desde janeiro de 2013, pesquisando Projetos para o Brasil, conjunto de estudos temáticos sobre os principais problemas brasileiros, e a Situação do Estados, série de estudos e publicações com o objetivo de oferecer uma análise da situação de cada estado, a partir do diagnóstico sobre a economia, sociedade, infraestrutura e administração pública de cada unidade federativa e as principais regiões.

Para tanto, reuniu um grupo de especialistas em cada tema, provenientes do âmbito acadêmico, movimentos sociais ou órgãos governamentais. Tais especialistas assumiram a tarefa de identificar obstáculos e entraves para a consecução de políticas visando a superação daqueles problemas, a partir de um diagnóstico da situação e de uma avaliação crítica das propostas existentes para enfrentá-los.

A partir da publicação dos estudos, que envolveram o trabalho de centenas de profissionais, a FPA organizou o Fóum FPA 2013, com o objetivo de, a partir dos estudos produzidos para o Projetos para o Brasil, debater ideias e programas que apontem novos caminhos para que o Brasil siga mudando, com crescimento, distribuição de renda, e mais direitos sociais.

Temas do Projetos para o Brasil:
A Questão Fiscal e o papel do Estado; Contexto Global e o Novo Posicionamento Brasileiro; Padrão de Acumulação e Desenvolvimento Brasileiro; Brasil, Crise Internacional e Projetos de Sociedade; Comunicações, Desenvolvimento, Democracia; Violência e Segurança Pública; Consórcios Públicos e as Agendas do Estado Brasileiro; Infraestrutura, Transportes e Mobilidade Territorial; Modelos e Alternativas Energéticas; Pacto Federativo, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento Agrícola e Questão Fundiária; Política Educacional, Cidadania e Conquistas Democráticas; Políticas Sociais, Desenvolvimento e Cidadania; Cidades Brasileiras e a Questão Urbana; Sustentabilidade Ambiental; Experiência Democrática, Sistema Político e Participação Popular; Regulações do Trabalho e Instituições Públicas

Coordenadores das publicações do Projetos para o Brasil:
Ana Fonseca; Amir Khair; Carlos Brandão; Carlos Guilherme A. Mielitz Netto; Eduardo Fagnani; Guaracy Mingardi; Hipólita Siqueira; José Augusto Valente; José Dari Krein; Leonardo Avritzer; Luiz Pinguelli Rosa; Marcela Cherubine; Marcos Dantas; Nabil Bonduk; Pablo Gentili; Rossella Rossetto; Samuel Pinheiro Guimarães; Vanessa Petrelli Corrêa; Vicente Andreu; Vicente Trevas; Wladimir Pomar

Coordenadores dos estudos Situação dos Estados:
Adão Francisco de Oliveira; Alfredo Pessoa; Antônio José Medeiros; Antonio Sergio Monteiro Filocreão; Artur de Souza Moret; Aristides Monteiro; Eduardo Ernesto Filippi; Fernanda Fialho; João Claudio Arroyo; João Sicsú; Jose Antonio Spinelli; José Rego; Julio Miragaya; Kleber Frizzera; Marcelo Carneiro; Marcio Cruz; Marcos Cordiolli; Maria Lucia Falcon; Marilene Correa; Maristela Costa; Miguel Matteo; Otavio Dulci; Ranieri Muricy Barreto; Reginaldo Araujo; Rodrigo Freire de Carvalho e Silva; Sandra Lira; Tasso Leite

Serviço:

Fórum FPA 2013
29, 30 de novembro e 1 de dezembro
hotel Mercure São Paulo Nortel, no espaço de convenção Immensità
Av. Luís Dumont Villares, 400, Vila Guilherme
Inscrições de 11 a 22 de novembro, pelo portal da FPA (www.fpabramo.org.br/forum2013)
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Crise aumenta concentração da renda

Por Umberto Martins, no sítio da CTB:

Vivemos ainda sob o signo de uma das maiores crises da história do capitalismo, equiparável à Grande Depressão iniciada em 1929 nos Estados Unidos. A atual também começou nos EUA, no final de 2007, logo contagiou o resto do mundo e teve forte impacto na Europa.

A classe trabalhadora é, de longe, a sua principal vítima. Em contraste, os mais ricos, os bilionários, embora responsáveis pelos notórios desequilíbrios da economia internacional, estão se dando bem, graças ao aumento do grau de exploração do trabalho e aos generosos pacotes de socorro concedidos pelos governos capitalistas, que reservam aos pobres o ônus do arrocho fiscal, do desemprego em massa, da redução de salários e direitos. Trilhões de dólares e euros foram destinados aos banqueiros e grandes empresários pelos dirigentes dos países mais ricos.

Trabalhador espoliado
Os cem maiores bilionários do mundo ampliaram suas fortunas em US$ 200 bilhões em 2013, segundo levantamento realizado pela Bloomberg. A lista é composta de capitalistas que exploram diferentes setores e ramos da produção como supermercados, petroleiras, indústrias de cimento, marcas de luxo, entre outros.

É sempre bom lembrar que o lucro do capital, conforme nos ensinou Karl Marx, provém da mais-valia ou do trabalho não pago da classe trabalhadora, de forma que a contrapartida necessária ao extraordinário crescimento da riqueza do privilegiado e reduzido grupo de grandes bilionários, em época de crise e baixo crescimento do PIB, é a espoliação crescente do trabalho.

Ofensiva capitalista
A crise vem sendo usada pelos grandes capitalistas como um pretexto para retirar direitos e reduzir a participação da classe trabalhadora na renda que eles próprios produzem e da qual acabam sendo alienados em função da forma com que o capital organiza e dirige o processo de produção e distribuição das mercadorias.

Na Europa, transformada desde 2011 no epicentro da crise, a troika (FMI, BCE e UE) impõe uma política que reduz salários, corta benefícios, precariza os serviços públicos, dificulta o acesso e diminui o valor das aposentadorias, privatiza e desmantela o chamado Estado de Bem Estar Social. Também no Brasil, em que pesem as diferenças políticas, é notória a pressão por mais cortes nos gastos públicos, fim da política de valorização do salário mínimo e precarização das relações trabalhistas, como sugere o forte lobby patronal pela aprovação do PL 4330, que escancara a terceirização.

Concentração da renda
O resultado desta reprodução ampliada (e perversa) do capital em posse dos mais afortunados é maior concentração de renda na sociedade, o que por sua vez funciona como um alimento para a crise, uma vez que deprime o consumo e a demanda das massas, provocando estagnação do comércio e queda da produção.

Os cem mais afortunados pesquisados pela Bloomberg acumularam um patrimônio que soma R$ 2,1 trilhões, o equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em um ano. Zuckerberg, cofundador do Facebook (que se transformou num canal da rede de espionagem global montada pelo governo Obama), foi o que mais ganhou no ano, tendo dobrado sua fortuna para US$ 24,5 bilhões de janeiro a setembro.

Outro bilionário felizardo é Bill Gates, que teve o patrimônio líquido ampliado em R$ 10,2 bilhões para US$ 72,9 bilhões e hoje é o segundo homem mais rico do mundo. Mas nem todos os ricaços se deram bem ao longo deste ano. O empresário Eike Batista, que já foi o mais rico do Brasil e estava em 28º lugar no ranking das cem fortunas em 2012, perdeu quase todo seu capital, não faz parte mais da lista do Bloombert e amarga a implosão de suas empresas de commodities.
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Dieese confirma racismo que Kamel nega

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Através do Viomundo, chega o anúncio de que o Departamento Intersindical de Estudos Econômicos, que todo mundo conhece pela sigla Dieese, lança na quarta-feira um estudo sobre o tratamento inferior que os negros continuam recebendo no mercado de trabalho.




Embora o quadro seja muito melhor do que há anos atrás, as desigualdades persistem e nada tem a ver com o grau de educação: mesmo com nível superior, os negros ganham apenas 60% dos não-negros com a mesma formação.

É o contrário da “tese” do diretor da Globo, Ali Kamel, que em seu livro “Não somos racistas” se insurge contra ações afirmativas, dizendo que apenas o atraso da pobreza discrimina, e a negros e brancos. Claro que é verdade, mas não é toda a verdade. É, portanto, como mostram os números do Dieese, falso.

Veja o resumo do trabalho:

O estudo “Os negros nos mercados de trabalho metropolitanos” destaca que:

– Nas áreas metropolitanas, os negros correspondem a 48,2% dos ocupados, mas, em média, recebem por seu trabalho 63,9% do que recebem os não negros;

– A desvantagem registrada entre a remuneração de negros e não negros é pouco influenciada pela região analisada, horas trabalhadas ou setor de atividade da economia, ou seja, em qualquer perspectiva, os negros ganham menos do que os brancos;

– À medida que acrescentam anos de estudo a sua formação, pretos e pardos melhoram suas condições de remuneração, mas é nos patamares de maior escolaridade que se constatam as discrepâncias mais acentuadas de rendimentos entre negros e não negros;

– Na indústria metropolitana, o confronto de rendimentos-hora de trabalhadores com ensino superior completo indica que, em média, os ganhos dos negros ficam em R$ 17,39, enquanto os dos não negros ficam na ordem de R$ 29,03.

– Os negros ocupam os grupos ocupacionais de menor prestigio e valorização: Na RMSP, enquanto 18,1% dos ocupados não negros alcançam cargos de Direção e Planejamento, apenas 3,7% dos negros chegam lá.
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Aécio, Serra e a lavação da roupa suja

Por José Dirceu, em seu blog:

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), em Manaus, na companhia do prefeito da cidade, Arthur Virgílio (PSDB), mostrou-se agastado com a situação que vive até agora, de candidato que foi sem nunca ter sido, e partiu para o ataque duro ao adversário interno no tucanato José Serra, avaliando: “Cada um contribui com o partido do jeito que pode. Eu estou aqui em Manaus falando bem do PSDB e mal do PT, né? Agora, não me acho a melhor pessoa para falar de complexos”.




O presidente nacional do PSDB respondia a Serra, que está em intensa movimentação para vencê-lo na disputa interna para ser o candidato da legenda ao Planalto em 2014 e que na 6ª feira afirmou que o PSDB sofre da necessidade de ser aceito pelo PT. Tem, segundo Serra, a síndrome do “bovarismo”, daquela personagem do Gustave Flaubert, Madame Bovary, que vai colecionando amantes para ser aceita por gente de outras classes sociais e acaba se destruindo e ao marido e à filha.

Em todo esse disse que disse, o que interessa mesmo é a fala do senador e ex-governador mineiro. Ela diz tudo. Ele fala bem do PSDB e mal do PT. Vejam que pobreza! com tantas outras coisas a tratar, projetos, programas, metas, rumos para o país e ele não sai dessa binômio em que elogia seu partido e ataca o nosso…

Já o outro, Serra, pôs o dedo na ferida do PSDB: é partido que sofre de bovarismo, mercadismo, regionalismo e colunismo. Serra identificou como ninguém os males – segundo ele, complexos do tucanato. Mas Aécio, quando parte para a resposta, afirma que não é a melhor pessoa para falar de complexos.

Não deixa de se ter, aí, uma resposta a altura do personagem, de uma pobreza intelectual única… O fato é que estão divididos, sem força para se cacifar nas negociações de alianças, sem discurso. Dificilmente irão ao 2º turno no ano que vem. Mas ainda é cedo para 2014.

Até porque os tucanos vão se dividir ainda mais e correm o risco de perder vários dos governos estaduais que têm hoje. E de não ganhar novos…
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