LEILÃO DE LIBRA: Um leilão de Estatais.


O Campo de Libra, uma das maiores descobertas de petróleo offshore no mundo, vai a leilão no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 21, com poucas expectativas ou chances de surpresa. Trata-se de um leilão de estatais, com pouca concorrência, e a única grande dúvida é qual estatal assumirá o maior risco: a Petrobrás ou as chinesas.
A estimativa é que Libra contenha entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo recuperáveis e que gere US$ 1 trilhão em receitas para o governo durante os próximos 30 anos. Apesar disso e das promessas de geração de empregos, o leilão atraiu manifestantes que são contra a participação de empresas estrangeiras no pré-sal. O tumulto já deixou ao menos seis pessoas feridas em confrontos com o Exército em frente ao hotel que sedia o evento, na Barra.

Onze empresas se cadastraram para o leilão, incluindo as estatais chinesas Cnooc Ltd. e China National Petroleum Corp., a francesa Total SA,  e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell. Devido à dimensão do empreendimento, é esperado que até as estatais unam forças e façam lances em grupos.
Algumas das maiores companhias de petróleo do mundo, incluindo a Exxon Corp, preferiram ficar de fora do leilão. Em parte, isso reflete grandes mudanças que vêm ocorrendo na indústria global de energia, com avanços na tecnologia de fraturamento hidráulico desbloqueando enormes reservas de gás natural nos EUA e novas áreas de produção em países emergentes como a África despertando o interesse da indústria.
Outro fator desanimador para algumas companhias foi o novo modelo de partilha que o governo brasileiro adotou neste leilão. Segundo alguns críticos, o modelo reduz as companhias de petróleo privadas ao papel de parceiros financeiros, que serão incapazes de usar seu conhecimento técnico para extrair mais lucro do campo porque a estatal brasileira Petrobras terá de liderar o desenvolvimento do campo.
As empresas que vencerem o leilão devem investir cerca de US$ 200 bilhões durante 35 anos de concessão para bombear petróleo do reservatório enterrado sob uma espessa camada de sal, nas águas profundas do Atlântico. Falhas em tais condições podem ser catastróficas e de difícil reparação, na medida em que o campo de Libra é mil metros mais profundo que o poço Macondo, que permaneceu fechado por três meses após o desastre na plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, em abril de 2010.
A Petrobras diz que está bem preparada para enfrentar os desafios tecnológicos da perfuração. A empresa lembra que já está produzindo mais de 300 mil barris de petróleo por dia a partir de áreas próximas a Libra. Mas as preocupações sobre a Petrobras estão mais focadas em seus desafios financeiros.  A empresa tem se endividado pesadamente para financiar investimentos de cerca de US $ 50 bilhões por ano, no que representa o maior plano de gastos corporativos do mundo: ela pretende investir US$237 bilhões até 2017.


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PETRÓLEO - O genro e Pires pediram só R$250 mil por libra.


edital

O Genro e o Pires pediram só R$ 250 mil por Libra? E ainda abrem a boca para dar palpite?

21 de outubro de 2013 | 12:23
Um amigo liga e me diz que não pode ser verdade a informação que dei no post anterior de que parte da área onde está o campo de Libra já tinha sido leiloada – e depois devolvida – como diz hoje a Agência Reuters tivesse sido oferecida por apenas R$ 250 mil no Governo Fernando Henrique.
É verdade.
Não posso garantir a informação da Reuters, é claro, mas se é correto  que o Bloco Marítimo 4 da Bacia de Santos – e pelos mapas de localização é – tinha parte sobreposta à atual área de Libra, foi, sim.
E aqui está a prova, no edital da ANP, que reproduzo na imagem acima.
A ANP, na ocasião, era chefiada por David Zylbersztajn, genro de Fernando Henrique Cardoso e tinha em sua álta cúpula o senhor Adriano Pires, hoje o bam-bam-bam das Organizações Globo e do Instituto Milenium para assuntos de petróleo.
Já que a nossa mídia está ouvindo os dois deitarem falação – negativa – sobre o leilão de Libra, porque é que não lhes pergunta sobre a venda, a preço de banana, de parte de sua área?
Em tempo, era tão barato que, mesmo com esse preço, a Agip arrematou a área por R$ 134 milhões, ágio de 53.564%!
Viva a imprensa brasileira!
Por: Fernando Brito
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PETRÓLEO - O doce pré-sal.

"Não há riscos econômicos no leilão do Campo de Libra. A Petrobras já preparou tudo em minuciosas prospecções primárias e cálculos matemáticos. Só há riscos ambientais, ainda insolúveis, pois ninguém nunca extraiu petróleo a tal profundidade. O desafio brutal está aí, em ameaça à vida do oceano e do planeta, mas o leilão nem viu. O$ leiloeiro$ $ó pen$aram no dinheiro. Se um vazamento de óleo (da caldeira de um hospital) se espalha agora pelo lago de Brasília, junto ao Palácio da Alvorada, o que pensar de Libra?", escreve Flávio Tavares, jornalista, em artigo publicado no jornal Zero Hora, 20-10-2013.
Segundo ele, "Exército e Força Nacional vão “garantir o leilão” que entregará nosso petróleo ao alheio. Nos anos 1950, a luta de “o petróleo é nosso” (que criou a Petrobras) era “subversão comunista” e levava à prisão. No doce pré-sal atual, regredimos aos anos amargos?"
Eis o artigo.
A quem pertence o petróleo do nosso pré-sal? Faço-me esta pergunta com angústia pelas manhãs, ao me levantar e abrir a janela. Da minha casa, no litoral da região dos Lagos, no Estado do Rio de Janeiro, diviso as águas que, lá longe, cobrem o Campo de Libra na imensidão do nosso mar territorial. Ali, na chamada Bacia Santista, entre sete e 10 mil metros de profundidade, abaixo das capas de sal, há milhões de anos se esconde o maior campo petrolífero do planeta. A Petrobras pesquisou e demarcou a área de extração 1.500 quilômetros quadrados, com reservas entre 12 e 14 bilhões de barris de óleo, mais do que o total extraído até hoje no Brasil, em 60 anos. Ou mais do que todas as reservas do México, grande produtor mundial.
Tudo isto, toda a riqueza de todo o Campo de Libra vai a leilão agora, disputada por 11 empresas estrangeiras, além da própria Petrobras. A melhor oferta leva o antecipado peru de Natal. Empresas da China, Japão, Índia, Malásia e Colômbia disputam com a anglo-holandesa Shell, a francesa Total, a portuguesa Petrogal e a espanhola Repsol.
Não há riscos econômicos. A Petrobras já preparou tudo em minuciosas prospecções primárias e cálculos matemáticos. Só há riscos ambientais, ainda insolúveis, pois ninguém nunca extraiu petróleo a tal profundidade. O desafio brutal está aí, em ameaça à vida do oceano e do planeta, mas o leilão nem viu. O$ leiloeiro$ $ó pen$aram no dinheiro.
Se um vazamento de óleo (da caldeira de um hospital) se espalha agora pelo lago de Brasília, junto ao Palácio da Alvorada, o que pensar de Libra?
É justo leiloar a riqueza de toda a nação? Ou entregar um patrimônio nobre e único da natureza à cobiça, cuja única pátria é o lucro?
O petróleo é riqueza não renovável. Não se planta hoje e se colhe amanhã. Ao contrário: o que se extrai, se esvai. Os previdentes, como os Estados Unidos, importam 60% do consumo para não tocar nas “reservas estratégicas” do Texas, patrimônio do futuro. Os outros, como nós, esbanjam eufóricos...
O vencedor do leilão pagará a concessão da área à União com a metade do petróleo extraído. Para compensar danos e despesas com obras públicas, pagará 15% de “royalties”, divididos por igual entre União, Estados e municípios. Dos 5% do governo federal, um terço irá para a Saúde e dois terços para a Educação. Os 10% dos Estados e municípios (sem destino específico) ficam para a farra dos políticos e só resta rezar pelos governadores e prefeitos...
O petróleo é o elemento mais cobiçado da sociedade moderna. Só a água está acima, como necessidade permanente e imprescindível. Mas nem a água, ligada à vida do planeta, gera tanta disputa ou mobiliza tanto poder. Estão aí as guerras e matanças que o petróleo engendrou!
Em tudo do cotidiano, lá está ele, não só nos carros e na poluição do ar. Há petróleo na roupa que vestimos, no asfalto das ruas, nas mil variedades de plásticos e poliésteres – da prótese médica à estrutura de um edifício. Até o sabor dos alimentos industrializados se dá a partir do petróleo.
Na greve de protesto da Petrobras, os engenheiros argumentam que o leilão “é ilegal”, pois a lei diz que as áreas estratégicas são da empresa. “Área estratégica” é a de baixo risco e alta produtividade, caso exato de Libra, sem riscos e tudo já demarcado no maior campo do mundo!
Agora, Exército e Força Nacional vão “garantir o leilão” que entregará nosso petróleo ao alheio. Nos anos 1950, a luta de “o petróleo é nosso” (que criou a Petrobras) era “subversão comunista” e levava à prisão. No doce pré-sal atual, regredimos aos anos amargos?
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LIBRA ... ou a Raposa e as Uvas

A hora de Libra ficar com a Petrobras, as raposas uivam para as uvas perdidas

Como o alertou o diário argentino Pagina 12, a manhã do dia decisivo para o pré-sal brasileiro está cheia de informações sobre o “fracasso” do modelo de partilha.
Na Folha, a Petrobras quer “abrir mão”, no futuro, de ter automaticamente 30% de qualquer área do pré-sal que venha a ser licitada, vejam só!
O argumento é de que fica pesado demais investir, como se o leilão de Libra não estivesse provando que, tendo petróleo como garantia, não faltam no mundo empresas de petróleo estatais, como as chineses, dispostas a financiar isso.
Não existe possibilidade de comercializar áreas de caríssima exploração, como as do pré-sal, sem certeza bastante razoável de sucesso  exploratório e em grandes volumes.
Na mesma linha, vem o Valor, dizendo que, depois do leilão é “hora de rediscutir a relação”, claro que para desfazer as regras que protegem o Brasil.
A outra “graça” é a notícia da Reuters que diz que “a Petrobras terá de desembolsar no leilão desta segunda-feira pelo menos 4,5 bilhões de reais em bônus de assinatura por uma área que já lhe pertenceu”, porque um poço da parte devolvida do bloco BM-S-4, hoje contida na área de Libra, foi devolvida à ANP.
É o contrário: o Brasil é que deu sorte desta área ter sido devolvida.
Porque ela foi oferecida a preço de banana no primeiro leilão do Governo Fernando Henrique, em 1999. A turma do genro, com a assessoria do “especialista Adriano Pires” colocou o bloco à venda por R$ 250 mil, na ocasião. Era tão barato que a italiana Agip o arrematou por R$134 milhões, pagando um ágio de nada menos que 53.564%!
Posteriormente, o bloco foi passado à Shell, com participação minoritária da Petrobras. Quem furou o poço “1-SHELL-5-RJS, fechado e abandonado, (que) está dentro dos limites da área que será licitada pelo governo”, como diz a matéria e o nome já indica, foi a competente anglo-holandesa.
A Petrobras, quando teve a seu cargo perfurar por ali, foi mais fundo e achou o petróleo.
Se alguém pode estar chorando por isso são italianos, ingleses e holandeses, porque nas copmpetentes avaliações da turma do genro Libra poderia ter sido vendida pelo preço de um apartamento de três quartos, no Rio, à época.
Palmas também para O Globo, que alerta em manchete para o “risco em alto mar” do petróleo de Libra, porque não há um plano de contingência para os poços que sequer ainda foram definidos onde serão, e como se cada um deles não fosse exigir licença ambiental, quando solicitada a perfuração.
As raposas uivam de todo o jeito para desdenhar das uvas que perderam.
Por: Fernando Brito - via Tijolaço   http://tijolaco.com.br
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PETRÓLEO - As multinacionais vão adorar.

Modelo de Libra deve ser revisto

Depois do leilão de Libra, que ocorre hoje no Rio, o modelo de exploração das reservas de petróleo do pré-sal será rediscutido e possivelmente alterado para as próximas licitações, em 2015. Independentemente do resultado de hoje, firma-se a convicção, no setor privado e em áreas do governo, de que a lei da partilha tem problemas. "A ideia é, depois do leilão de Libra, arrumar a casa para o que vier adiante", disse um interlocutor do governo nessa área.
A reportagem é de Claudia Safatle e Renato Rostás, Juliano Basile, Marta Nogueira e Cláudia Schüffner e publicada pelo jornal Valor, 21-10-2013.
Um dos aspectos em discussão é a determinação legal de que a Petrobras seja a operadora única de todos os campos, tendo que deter no mínimo 30% de cada poço do pré-sal. Outro, refere-se ao papel destacado à Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal que não colocará um centavo no negócio, mas terá 50% do comitê operacional do consórcio vencedor e poder de veto. Caberá à PPSA definir "a profundidade do poço, a rotação da sonda ou se a broca será de diamante ou de aço", disse um ex-dirigente da Petrobras. Questionam-se, também, exigências de conteúdo local, embora flexibilidades nessa regra possam ser objeto do próprio edital.
Para a Petrobras, Libra vai adicionar necessidade de gastos de capital, o que comprometerá ainda mais o caixa da estatal. O Bank of America, em relatório, diz que a Petrobras tem a maior dívida do mundo entre as companhias de capital aberto não financeiras: US$ 112,7 bilhões no fim do segundo trimestre.
Até as 19h de ontem, o governo contabilizou 24 ações contestando o leilão. O argumento central das ações era sobre a perda de soberania nacional, sustentando que "o petróleo deve ser controlado 100% pelo país". Com esse argumento, segundo o advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, são "praticamente nulas" as chances de a Justiça conceder liminares para suspender o leilão. Em 18 decisões até ontem à noite, a AGU foi vitoriosa em todas.
Protestos devem ganhar força hoje ao longo do dia, contra o leilão, no hotel Windsor, na Barra da Tijuca. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, e muitos outros participantes do leilão se hospedaram ontem à noite no Hotel, fechado à meia noite. Um efetivo de 1.100 pessoas, entre militares e policiais, cuidará da segurança do evento.
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