'É uma falta de vergonha inacreditável!'



O ultrachavismo sem voto da Rede Globo

*Por Miguel do Rosário

O presidente do Supremo Tribunal Federal, o ídolo dos coxinhas, Joaquim Barbosa,  é hoje o principal trunfo político da Rede da Globo. Ancelmo Gois incensa-o regularmente desde que ele tomou as dianteiras da Ação Penal 470. Outro colunista, Roberto Damatta não apenas afirmou que votaria sem pestanejar nele, como achava que Barbosa levaria fácil no primeiro turno. Merval Pereira e ele estão sempre se telefonando, e o colunista publica a conversa no dia seguinte sem escrúpulos de chapa-branquismo. O ex-presidente do STF anterior, Ayres Brito, escreveu o prefácio do livro de Merval enquanto ainda tocava o julgamento do mensalão.  É uma falta de vergonha inacreditável.
Aí ficamos sabendo que Barbosa pagou as passagens de avião, com dinheiro público, para uma repórter da Globo lhe acompanhar à Costa Rica. Coisas de político da pior laia. Logo descobrimos que Barbosa pagou as passagens de avião para assistir o jogo do Brasil e Inglaterra, no Rio, com dinheiro público, e que ficou no camarote de um apresentador da Globo, Luciano Huck. E que seu filho está trabalhando na Globo, com Luciano Huck, figura que o PSDB andou sondando para ser seu candidato ao governo do Rio. (...)
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Foto: Marinho (Globo) e Joaquim Barbosa - Edição final e grifos deste blog

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Depois da insônia das ruas, a tramoia da direita e do capital



Os véus foram removidos; as máscaras que cobriam as reais intenções da mídia e da direita foram sacadas, e o jogo conspirativo finalmente está desnudo. Para a direita, as manifestações multitudinárias que deixaram as ruas brasileiras insones durante o mês de junho já cumpriram seu papel. Doravante, as ruas não precisam e, sobretudo, não devem ser ouvidas, porque atingiram o objetivo de “derreter Dilma”.

A Presidenta havia captado o essencial dos acontecimentos: a necessidade de reformar a política. O atual sistema político, concebido no contexto da transição conservadora da ditadura cívico-militar para a democracia liberal-burguesa, foi pactuado há 25 anos entre as distintas frações da classe dominante na Constituição de 1988 para blindar o país do “risco” de transformações democrático-populares radicais. [*]

Dilma anunciou a proposta de decidir por plebiscito se a reforma seria realizada por uma Assembléia Nacional Constituinte [ANC] específica. Menos de 24 horas depois, por razões não esclarecidas, recuou. O plebiscito passaria a ser, então, para definir o conteúdo da reforma a ser elaborada pelo Congresso que, sabe-se, é eleito pelo poder econômico e tem compromisso com a manutenção do sistema, não com sua mudança.

O combate à proposta de instalação de uma ANC não partiu somente da oposição [PSDB, DEM, PPS, Ministros do STF e mídia], mas sofreu forte contrariedade do próprio Vice-Presidente da República Michel Temer, do PMDB.

Derrotada a tese da ANC, em seguida veio o combate ao plebiscito por todos os lados. O Ministro tucano no STF Gilmar Mendes considerou a proposta “temerária” e “de difícil exequibilidade” - o TSE confirmou a militância pela tese dele. Merval Pereira, do jornal O Globo, chama de “tentativa de golpe antidemocrático” que faz do país “um arremedo de república bolivariana”. Michel Temer, após oficializar a entrega da proposta aos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, nas entrelinhas de sua declaração, é como se dissesse: “todo o Poder ao Henrique Alves e ao Renan Calheiros!”. Leia-se: são oceânicas as chances do plebiscito desandar como maionese.

Para o governo, essa conjuntura se complica ainda mais pela variante econômica. As dificuldades políticas se cruzam com as complicações da economia brasileira derivadas da crise mundial. Depois dos tsunamis das ruas, são as placas tectônicas do capital que entram em frenesi.

A conexão entre as dificuldades econômicas e os impasses políticos está feita. Com sutileza, veículos de comunicação passaram a publicar pesquisas de opinião que instrumentam a narrativa para debilitar Dilma também na gestão da economia. O capital financeiro internacional é o novo ator que sai do subterrâneo para se juntar abertamente à farra conspirativa promovida pela direita e seus monopólios midiáticos.

A essas alturas, no debate agendado pela mídia, o que menos conta é racionalidade e honestidade política e histórica. Não importa invocar a maior resiliência do Brasil ante uma das piores crises do capitalismo; como também não faz diferença lembrar os colapsos do Brasil na era neoliberal de FHC em crises infinitamente menos graves.

A evolução complicada da conjuntura poderá ser destrutiva. Há uma grave urgência política no ar. A disputa real que se trava nesse momento é pelo destino da sétima economia mundial e pelo direcionamento de suas fantásticas riquezas para a orgia financeira neoliberal. Os atores da direita estão bem posicionados institucionalmente e politicamente. Ao apelarem pela preservação do establishment e do status quo da classe dominante, conseguem selar alianças com setores da coalizão de governo do PT.

A possibilidade de reversão das tendências está nas ruas, se soubermos canalizar sua enorme energia mobilizadora. Por que não instalar em todas as cidades do país aulas públicas, espaços de deliberação pública e de participação direta para construir com o povo propostas sobre a realidade nacional, o plebiscito, o sistema político, a taxação das grandes fortunas e do capital, a progressividade tributária, a pluralidade dos meios de comunicação, aborto, união homoafetiva, sustentabilidade social, ambiental e cultural, reforma urbana, reforma republicana do Estado e tantas outras demandas históricas do povo brasileiro, para assim apoiar e influir nas políticas do governo Dilma?

O PT e o conjunto da esquerda partidária e social do Brasil devem se esforçar para construir uma plataforma comum capaz de animar vigorosas mobilizações de rua em defesa das mudanças em andamento, mas especialmente na exigência das transformações democrático-populares represadas pelo enredamento em alianças pragmáticas.

A história é pródiga professora. Através dela conhecemos as consequências trágicas quando a divisão da esquerda e o sectarismo foram postos acima de exigências históricas e estratégicas. O momento pede fortalecimento do governo Dilma a partir da arena pública; fora dela a direita nos devora. O PT não pode cair na armadilha da mídia, que com suas pesquisas quer ferir de morte a Dilma, é verdade, mas quer principalmente trazer Lula para o epicentro dos acontecimentos, para assim poder sangrá-lo.

Durante a hecatombe de 2005, aprendemos que a resposta à virulência da direita fascista, profeta do “fim da raça dos petistas”, estava na radicalização da nossa presença nas ruas e no esclarecimento do povo quanto aos interesses de classe em disputa. Foi com esse arsenal que Lula derrotou Alckmin em 2006, impedindo o retrocesso neoliberal no Brasil. (por Jeferson Miola*).

[*] O PT, recém nascido, já representava uma ameaça à transição conservadora para a “etapa democrática” da dominação capitalista, e seria potencialmente o principal beneficiário das aspirações democráticas e transformadoras. Em 1989, a direita interditou tal trajetória do PT e, num golpe da Rede Globo, fraudou a vontade popular em favor de Collor de Melo.

*Jeferson Miola é analista político  (via Carta Maior)
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Ah, o Leblon... O Leblon quer a saída de Cabral... do Leblon


PMs do Batalhão de Choque e
manifestantes presos, ontem no Leblon


Só rindo. O chic e fotogênico bairro do Leblon, cenário de quase todas as novelas de Manoel Carlos na Globo, o Leblon está incomodado com o governador Sergio Cabral, que mora no bairro. E quer a sua saída.

Mas não é com as acusações de corrupção que cercam o governador, nem com a brutalidade de sua polícia assassina e covarde.

Não, o Leblon é low profile e o que o incomoda é a presença do governador no bairro, como diz Cynthia Clark, autora do texto de um manifesto que pede a saída do governador:

— Tem muita gente com medo. A nossa rua tem muitos idosos e a nossa rotina tem sido alterada com a presença do governador. Temos de conviver com as patrulhas constantes, e os carros da polícia muitas vezes param em cima da calçada ou bloqueiam as garagens. Isso sem falar no custo para o contribuinte de todo esse aparato — afirma a psicóloga, de 60 anos.

Mas o abaixo-assinado não quer a saída do governador do estado, ou seja, que ele renuncie. Quer apenas que ele deixe seu triplex no Leblon (como será que ele que sempre foi apenas parlamentar, conseguiu grana para esse apê e para a mansão num condomínio de luxo em Angra?) e vá morar no Palácio. Isso é bem Leblon.

O texto foi divulgado antes da violência de ontem, e as palavras da senhora Clark foram proféticas:

“Tememos que as manifestações, até agora pacíficas, se tornem violentas e, caso haja confronto entre policiais e manifestantes ainda tenhamos que conviver com tiros, balas de borracha e gás lacrimogênio”
Que o resto da cidade sofra os efeitos de Cabral, pouco importa ao Leblon. Porque ao Leblon só interessa... o Leblon. Cabral se mudando para o Palácio, o Leblon fica satisfeito, como nas novelas de Manoel Carlos.

Mas, infelizmente para a senhora Clark e o Leblon, os manifestantes chegaram para ficar, e a polícia em geral é violenta, a do Cabral é mais, e ainda atua ilegalmente, com soldados sem identificação e mascarados. E soltam bombas e borrifam gás de pimenta.

Tranquilidade agora só nas telas com a próxima novela ambientada no bairro.

Para ler o manifesto e a reportagem completa, clique aqui.

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Globo ainda não entendeu recado do povo: Ou para de manipular, mostra Darf e se explica, ou não grava mais nas ruas



A situação está se agravando. Vinha de antes a antipatia popular contra o jornalismo manipulador da emissora do Jardim Botânico comandada por Kamel.

Com as recentes manifestações de junho, a revolta popular contra aumento de preços, políticos corruptos etc. também marchou indignada para cima da principal rede de TV do Brasil, a Rede Globo de Televisão.

Repórteres da emissora se viram impedidos de trabalhar pelos manifestantes, em todos os estados do país. Expulsos das ruas, tiveram que fazer suas reportagens em helicópteros ou no alto de prédios, uma coisa inédita, talvez no mundo.

A indignação popular contra a Rede Globo, por sua manipulação do noticiário, por sempre estar na contramão do país (Globo sempre esteve na contramão do Brasil, ao longo da história. Cotas, ProUni, Getúlio, Lula ), agora já se estende a outras emissoras.

É certo que diretores da Globo, Kamel à frente, não saem às ruas, não sentem o bafo quente do povão no cangote, a ira das ruas, e continuam jogando o jogo, enquanto o mundo platinado desaba a seu redor.

Não entenderam o que me parece ser uma ordem não declarada, mas já posta na mesa e que enunciei no título: se a Globo não mudar, não vai conseguir gravar mais nada nas ruas, porque o povo não vai deixar.

Felizmente, as manifestações contra a Globo têm sido pacíficas. Eles gritam, vaiam, cantam e impedem as reportagens. E parece que vai ser assim até a Globo dar o braço a torcer.

Espero que continue desse jeito. Agredir repórter e equipe é tudo o que a Globo quer para se colocar de vítima, quando é vilã.
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SANTIAGO



*"De Volta às Origens" - O meu prezado amigo, companheiro e ilustre conterrâneo Neltair Rebés Abreu - o SANTIAGO - estará amanhã, 06/07, autografando o seu novo livro  (autobiográfico) "CAUSOS DO SANTIAGO". A sessão de autógrafos será realizada  a partir das 9 h, na Estação do Conhecimento (prédio da antiga Estação Ferroviária, próximo ao Centro de Santiago/RS.  Prestigiem!
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