"IDEOLOGIA: EU QUERO UMA PRA VIVER"



As manifestações de protesto continuam. No Rio de Janeiro hoje foram 4 delas. Três foram identificadas porque ocorriam, a quarta ninguém sabia explicar o por quê.

Em Fortaleza, em nome de "Mais Saúde , Copa Não" destruíram, incendiaram e saquearam lojas variadas.
Na web velhos comunistas apoderam-se de Marx em tiradas curtas para pegar carona e justificar a "revolução":

"Os operários não só não devem opor-se aos chamados excessos, aos atos de vingança popular contra indivíduos odiados ou contra edifícios públicos que o povo só possa relembrar com ódio, não somente devem admitir tais atos , mas assumir sua direção."
Primeiro perceber que Marx  fala em "operários" e não em adolescentes raivosos e sem rumo ideológico, muitos deles menores de idade, e todos  sem inserção social outra que não a classe média udenista.

Depois fala em "edifícios públicos odiosos",  e desde quando concessionárias de veículos e lojas da 25 de Março, da Saara, ou anúncios luminosos se enquadram nisso?

Por último fala em "assumir a direção". O que eu vejo é a classe trabalhadora muito preocupada em saber que "direção" tomar pra ir pra casa em paz.

Um caráter destes atos é a ausência de ideologia. E nisso sou marxista também: quem não manifesta sua ideologia é porque já adotou a ideologia dominante como sua.

As pautas imediatistas apresentadas - que vão de "tarifa zero" até "por menos ar no saco de batatas fritas" -  tais pautas o Sistema pode absorver com facilidade, e cooptar pouco e pouco os atos públicos apenas raivosos e não revolucionário. Como aliás fez o Congresso Nacional nos últimos dias.

Acabo de receber de tucanos e fascistóides uma convocação de Greve Geral para o dia 01 de julho.

Aprendi na luta que a greve pressupõe o mais alto grau de organização dos TRABALHADORES contra os patrões, e a Greve Geral é o auge desta luta.

Mas Greve Geral da Classe Média contra o Congresso que o povo elege a cada 4 anos em plena democracia? Gritando palavras de ordem moralistas como bons udenistas de antanho,  sem quem diga claramente qual a estratégia dos protestos?

Não podemos nos deixar seduzir pelas manifestações só porque elas ocorrem. Temos que entender o caráter delas e aonde levam.

Eu , que estive há muitos anos na Venezuela não entendia até agora como os estudantes universitários de lá, que conheci como  trincheira na luta contra a Direita, haviam transformado-se em vozes contra a Revolução Bolivariana.

Ao ver os jovens de classe média gritando nas ruas do Brasil,  sem rumo ideológico, sem participação dos trabalhadores, sem lideranças identificadas com as causas populares, reconhecidas e provadas na lutas da Sociedade Civil passei a entender o que se passa na Venezuela.Muito embora a situação econômica e histórica de Brasil e Venezuela sejam diferentes, quando não se define a ideologia revolucionária se é presa fácil da Direita.

Dia 11 de julho as Centrais Sindicais, a UNE e demais Movimentos Sociais  -  estes sim reconhecidamente históricos nas lutas do povo brasileiro - estão convocando manifestações em todo o País.

Espero que se ponha ordem no terreiro e que sob lideranças claras o que houver de "coxinhas", de neo-udenistas, de golpistas, de fascistas e de lumpesinato nas atuais manifestações seja definitivamente varrido para  onde nunca deverial ter ousado sair: o lixo da História.  




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Governador Tarso Genro anuncia passe livre estudantil no transporte metropolitano


Porto Alegre/RS - Confira as medidas anunciadas pelo governador Tarso Genro durante edição do seminário O Governo Escuta, promovido pelo Gabinete Digital, na tarde desta quinta-feira (27), em Porto Alegre.
Medidas iniciais sobre transporte público

Passe Livre Estudantil
Passe Livre para estudantes do Transporte Metropolitanos do RS. (Intermunicipal, visto que sistemas urbanos são regulados pelos municípios) 

- Região Metropolitana de Porto Alegre; 
- Aglomeração Urbana do Litoral Norte; 
- Aglomeração Urbana Sul (Eixo Pelotas/Rio Grande); 
- Aglomeração Urbana Nordeste (Eixo Caxias/Bento); 

Estudantes beneficiados: Aqueles que residem em um município e estudam em outro, especialmente estudantes do ensino médio e universitário. 

Exemplo concreto: Estudantes da Ufrgs que moram em cidades da Região Metropolitana e tomam um transporte regulado pela Metroplan, terão passe livre. 

Impacto: 
- Entre R$ 8 e 10 milhões ao ano. 
- 200 mil passes livres/mês. 

Como: 
- Através de projeto de lei a ser enviado em regime de urgência para a Assembleia Legislativa já na próxima semana. 

Suspensão dos reajustes previstos
Em 1º de julho deveriam ser aplicados reajustes na ordem de 5,88% ao sistema metropolitano. A partir da desoneração do PIS/Cofins e de esforço de convencimento do sistema (sem PIS/Cofins, teríamos que aplicar 1,74%. Metroplan está chamando setor para absorver este percentual, em busca do reajuste zero). Estamos solicitando à Agergs a devolução e arquivamento do processo de reajuste. 

*Fonte: Portal do Governo do RS   http://www.estado.rs.gov.br  - Edição final deste blog
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A Lei das Consequências Inesperadas...



Sábias palavras do jornalista Luiz Carlos Azenha, hoje, em seu Face:

"Muitos jovens que estão nas ruas não conheceram crise econômica e nem, obviamente, a ditadura militar. Isso dá a eles uma enorme liberdade para sonhar e levar adiante a utopia. Uma coisa já conseguiram: deixar Brasília esperta quanto aos eternos conchavos de bastidores que sempre nos governaram. Como escrevi anteriormente, é a queda do nosso muro de Berlim, da separação entre casa e rua de que nos falou o antropólogo. Façamos de casa a rua e vice-versa.

Porém,é bom alertar sobre a lei das consequências inesperadas. Um turbilhão desorganizado e desinformado pode muito bem aprofundar a crise da qual se pretende sair: se a economia brasileira afundar, por exemplo, o Estado terá menos recursos para bancar os hospitais, as creches e as escolas padrão FIFA de que tantos falam. Destruir a política que temos, da noite para o dia, pode levar a soluções autoritárias que suprimam a conquista do espaço público.

A questão essencial, indefinida, é quem vai pagar a conta: o setor público, com o desmantelamento do estado e dos programas sociais? ou o setor privado, com a taxação de fortunas e uma tabela de impostos que cobre mais de quem tem mais?"

*Azenha é jornalista da Record e Editor do Blog Viomundo.

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Uma 'Terceira Via'... (lá, sim) é preciso!


Lá, sim, precisamos


*Por Valter Pomar

O Foro de São Paulo estabeleceu, entre seus objetivos, atuar junto à população de origem latino-americana e caribenha, residente nos Estados Unidos e na Europa. 

Essa população apresenta características muito variadas: país de origem, motivo da migração, tempo de permanência no país, grau de integração à sociedade local, padrão de vida, vínculos com o país de origem etc. Mas a maioria migrou por razões econômicas e constitui uma fração muito explorada do proletariado local, submetida a duras condições de trabalho, reduzidos direitos sociais e políticos, além de vítima de preconceito e perseguições.

Quais os objetivos do Foro? Em primeiro lugar, estimular a população de origem latino-caribenha a organizar-se, socialmente, sindicalmente, politicamente, incorporando-se a organizações locais, instituições, movimentos e partidos políticos da esquerda europeia. Conquistar direitos sociais e políticos, tanto no país de moradia quanto no de origem. Em segundo lugar, fazer com que essa população, de origem latino-caribenha, apoie os processos de transformação que estão em curso em nossa região.

Com esse propósito, o Foro constituiu duas novas secretarias regionais: a Secretaria Europa e a Secretaria Estados Unidos, cada uma integrada pelos partidos políticos de nossa região que possuem militância organizada nos EUA e na União Europeia. O PT, por exemplo, possui núcleos que atuam tanto nos Estados Unidos quanto em diversos países europeus, como Portugal, Espanha, França, Inglaterra e Bélgica.

Ainda estamos em fase de implantação, mas está evidente que se trata de uma atividade estratégica. Fortalecer a esquerda na Europa e nos Estados Unidos reduz a pressão sobre cada um de nossos países e sobre o conjunto de nossa região. Principalmente nos Estados Unidos, os latino-americanos e caribenhos constituem um segmento cada vez mais importante da população e do eleitorado, tendo provavelmente contribuído de maneira significativa para a vitória de Obama nas últimas eleições presidenciais.

Isso nos remete a um terceiro motivo pelo qual organizar os latino-americanos e caribenhos se trata de uma atividade estratégica. A direita europeia e norte-americana desenvolve um trabalho político-ideológico permanente na América Latina e Caribe, contribuindo inclusive financeiramente para organizações sociais e políticas vinculadas a seus interesses. De nossa parte, devemos também “atuar na retaguarda”, por exemplo, estimular os latino-americanos e caribenhos residentes nos Estados Unidos a organizar um partido político de esquerda, de massas, democrático e socialista, que quebre a hegemonia de democratas e republicanos. Lá, sim, precisamos de uma terceira via.

*Valter Pomar é membro do Diretório Nacional do PT e secretário executivo do Foro de São Paulo.

**Fonte: http://www.teoriaedebate.org.br/      Foto: http://pagina13.org.br

***Edição final e grifos deste Blog
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Governo paga caro por não ter democratizado os meios de comunicação (Emir Sader)


por Conceição Lemes, do Viomundo

O primeiro ato de protesto contra o aumento da tarifa de ônibus, metrô e trem na cidade de São Paulo aconteceu em 6 de junho. Convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL), reuniu 5 mil pessoas.

O segundo ato, no dia seguinte, juntou, também, 5 mil.  O terceiro, 12 mil.  O quarto, em 13 de junho, quando houve violenta repressão policial, 20 mil.

Ao quinto ato compareceram mais de 200 mil.  Ao sexto, mais de 50 mil. No sétimo, em 20 de junho, para comemorar a redução da tarifa, 100 mil. No mesmo dia, ocorreram manifestações em mais de 120 cidades brasileiras, com grande variedade de pautas. Dirigidas inicialmente a seus prefeitos e governadores, passaram a ter como alvo principalmente o governo federal.

“O crescimento muito forte do movimento seria impossível sem a ação monopolística dos meios de comunicação”, alerta o sociólogo Emir Sader. “O governo está pagando caro por não ter democratizado os meios de comunicação. É um bumerangue que está voltando para as mãos do próprio governo.”

Emir Sader é professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde coordena o Laboratório de Políticas Públicas. É também secretário-executivo do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais. Nesta entrevista ao Viomundo, ele analisa as mobilizações que ocorreram nas duas últimas semanas, a atitude do prefeito Fernando Haddad (PT) e  o que a esquerda deve fazer agora.

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