Boato sobre Bolsa Família só acontece porque temos três ministérios fracos: Justiça, Comunicação e Secom

O boato sobre a extinção do Bolsa Família atingiu 12 estados. Milhares de brasileiros (os mais pobres) correram às agências da Caixa com medo de não receberem o benefício.

Dizem que o boato começou na internet. Pode ser. Mas duvide-o-dó que tenha sido espalhado por ela. Aí tem rádios populares, com toda certeza, pois o povão do Bolsa Família só tem computadores, carros e aviões na mensagem distorcida da mídia corporativa.

Esse atrevimento de bolar e botar em execução um plano com esse alcance só acontece porque temos três ministérios fracos, acocorados - o da Justiça, o da Comunicação e a Secretaria de Comunicação, que enche de verba o inimigo que lhe ataca. Três bananas.

A presidenta Dilma que não se engane: esse boato plantado, e que atingiu seu objetivo de provocar pânico, é apenas balão de ensaio do que vem por aí.

Caso ela continue apoiando esses ministérios inoperantes, pode ter a desagradável surpresa de ver adiante um boato como o de que todos devem correr aos bancos porque eles vão quebrar, ou, ainda (vamos ver se assim ela se move), o de sua renúncia, um golpe etc., trazendo caos ao país, sem que nada disso tenha sido detectado pelas agências de inteligência (nas mãos do bananão da Justiça), com apoio das concessionárias de rádio, TV e teles ( nas mãos do bananão da Comunicação) e com as fartas verbas publicitárias do governo (nas mãos da bananona da Secom).

Presidenta, Lula quando chegou à presidência já havia concorrido três vezes. Além disso, percorreu o país com a Caravana da Cidadania, nasceu pobre no interior do nordeste, e virou um grande líder metalúrgico. Sua imagem é conhecida, admirada e está na imaginação e no coração de todos. Lula fala diretamente com o povo. Você, presidenta, ainda não. Grande parte do seu prestígio ainda vem dele, por isso a mídia não se cansa de querer dissociá-los.

Portanto, cuidado. João Goulart, com uma proximidade do movimento sindical imensamente maior que a sua, foi defenestrado com um aviso falso de que havia fugido do país, divulgado pelas rádios e espalhado pelos jornais. O Congresso fez o resto, enquanto os tanques tomavam as ruas.

O boato do fim do Bolsa Família abriu a jaula. Ou a presidenta prende as feras ou pode vir a ser devorada por elas.




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Debate: 'A crise de representação e o futuro dos partidos'




Atividade pauta crise de representação e futuro dos partidos 

O debate contará com as presenças dos cientistas políticos Benedito Tadeu César e Ilton Freitas

Porto Alegre/RS - A crise de representação e o futuro dos partidos. Este será o tema da mesa redonda que irá acontecer na próxima terça-feira (21.05), às 19 horas, na Afocefe Sindicato (Rua dos Andradas, 1234, 21º andar). Proposto por Adeli Sell,presidente do PT em Porto Alegre, o debate contará com as presenças dos cientistas políticos Benedito Tadeu César e Ilton Freitas.

Embora os palestrantes acima citados possam dar respostas mais consistentes a essas interrogações, é possível adiantar que o fortalecimento da democracia passa pelo fortalecimento dos partidos políticos. Ou seja, sem partidos políticos sólidos e atuantes, a soberania popular se extingue.

Ainda que se reconheça a grande importância e apogeu histórico dos partidos políticos no século XX, não se pode esquecer que, tanto no Brasil como em outras democracias, o prestígio da instituição partidária assimilou a decadência nas décadas finais desse mesmo século. A corrupção partidária, ao mostrar suas diversas nuanças, acabou por criar uma generalizada desilusão nos eleitores, que passaram a procurar outras associações ou corporações para servir de ponte para as suas reivindicações sociais.

“Esse debate sobre o que representa na atualidade os partidos políticos é fundamental”, observa Adeli. Na avaliação do dirigente partidário, criou-se uma onda no país que os movimentos sociais e contestatórios se dão pelas redes sociais. “Reconhecemos a importância das redes, mas sabemos que as mobilizações se dão na sociedade civil organizada, dos tradicionais sindicatos, passando pelas organizações não governamentais e partidos políticos”, sustenta.

A atividade é uma promoção do InPro - Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais; Inarf – Instituto Nacional de Repressão à Fraude e ISS – Instituto de Integração Social. A entrada é gratuita.

Serviço
O quê: Mesa Redonda - A crise de representação e o futuro dos partidos
Quando: terça-feira (21/05)
Hora: 19 horas
Onde: Afocefe Sindicato – Rua dos Andradas, 1234, 21º andar

-Fonte: http://blogdoadeli.blogspot.com.br/
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A quem servem os ataques violentos, virulentos e a granel ao governo Dilma? Estaríamos melhor com Serra, Marina, etc?

Com tanto cacete que o governo da presidenta Dilma tem levado (alguns com muita propriedade), penso no que estaríamos postando aqui no Blog, no Twitter ou Facebook, caso José Serra tivesse sido eleito, ou sobre o que estaremos publicando futuramente, caso Dilma não seja reeleita e o poder volte às mãos dos vendilhões do templo - para usar a linguagem evangélica que parece estar tomando conta de tudo.
 

Tenho muitas críticas ao governo, mas não jogo a história no lixo, ao avaliar o que está acontecendo.
 

Por outros motivos, acabei voltando a este vídeo que posto a seguir, com minha declaração de voto a Dilma, em 2010.
 

Ainda vale para 2014.



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Ventania




*Ventania - Geraldo Vandré

(...) 'Já soltei o meu cavalo/ já deixei a plantação: eu já fui até soldado/ hoje muito mais amado/ sou chofer de caminhão (...) Já gastei muita esperança/Já segui muita ilusão/ Já chorei como criança/ atrás de uma procissão/ Mas já fiz correr valente/ quando tive precisão' (...)
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Afinal, quem tem medo da democracia no Brasil?


Por Emir Sader*

Uma imensa disputa ideológica e politica se dá em torno da democracia. Quem é democrático e quem não é? Uma disputa para se apropriar do termo, com a pretensão de que quem apareça como democrático, será automaticamente hegemônico.

Ocorre que tudo depende do conceito predominante de democracia. Quem poderia dizer que as oligarquias familiares, proprietárias monopolistas dos meios de comunicação tradicionais no Brasil, apareçam como as mais defensoras da democracia, supostamente ameaçada pelo Estado que promove o maior processo de democratização na sociedade brasileira, com o apoio maçico da grande maioria da população, em consultas eleitorais amplas e abertas, com a participação majoritária da população?

Isso ocorre porque falamos de coisas distintas quando falamos de democracia. A concepção dominante, de que se valem aqueles órgãos e os partidos da oposição, remete à concepção liberal de democracia. Esta nasceu fundada nos direitos dos indivíduos, contra o Estado, considerado a maior ameaça à liberdade e à democracia.

É uma concepção fundada nos indivíduos, considerados a única realidade efetiva nas sociedades. Margareth Thatcher chegou a afirmar que: “Não há mais sociedade, só indivíduos”- utopia maior do liberalismo. É em torno dos direitos individuais que se estruturaria a sociedade.

Numa sociedade como a norteamericana, entre os direitos inalienáveis expressos na Constituição, está o direito do porte de armas, para que os indivíduos se defendam do Estado. (Não importa se as armas terminam nas mãos de crianças, que matam os colegas na escola ou o seu irmãozinho.) De tal forma os direitos individuais se sobrepõem aos direitos coletivos, que Obama não conseguiu, mesmo esgrimindo o massacre de crianças naquela escola dos EUA, limitar esse direito inalienável que os norteamericanos se reservam.

Segundo os preceitos liberais, se há separação de poderes, se há eleições periódicas, se há pluralidade de partidos, se há imprensa livre (atenção: para eles imprensa livre quer dizer imprensa privada), então haveria democracia. O liberalismo utiliza critérios institucionais, políticos, formais, para definir democracia. O próprio Brasil foi, durante muito tempo, o país mais desigual do mundo, porém passou a ser considerado democrático, quando passou a respeitar aqueles cânones, não importando que fosse uma ditadura econômica, social e cultural.

Hoje, quando o Brasil passa por um processo inédito de democratização social, as oligarquias se sentem ameaçadas. Já não controlam o governo nacional, perdem sistematicamente as eleições em nível nacional, sentem que camadas sociais que eram sempre postergadas por eles veem reconhecidos seus direitos e reagem de forma violenta.

Para que se torne efetivamente uma democracia, o Brasil precisa passar por um processo de democratização econômica, política e cultural. Precisa democratizar a economia, quebrando a hegemonia do capital especulativo, promovendo o predomínio dos investimentos produtivos, que gerem bens e empregos. Precisa promover amplamente a pequena e a média produção no campo, aquela que gera empregos e produz alimentos para o mercado interno.

Precisa democratizar as estruturas de representação política, promovendo o financiamento público das campanhas eleitorais, para que os parlamentos representam efetivamente a população, sem a intermediação falseadora do dinheiro.

Precisa democratizar o Judiciário, para que seja um órgão eleito e controlado pela cidadania e não pelas oligarquias do poder e da riqueza.

Precisa democratizar os processo de formação da opinião pública, quebrando o monopólio privado das poucas famílias que dominam de forma monopolista os meios de comunicação. Não se trata de que se impeça alguém de falar mas, ao contrário, que se permita que todos falem, pela multiplicação e diversificação dos distintos meios de comunicação.

A democracia é a maior ameaça ao poder das oligarquias tradicionais. Por isso reagem de maneira tão irada aos processos de democratização em curso na sociedade brasileira.

*Sociólogo, escritor, professor universitário  e  Editor do Blog do Emir (fonte desta postagem)
http://www.cartamaior.com.br
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