PV afirma independência em relação ao governo estadual.


O PV reuniu no último fim de semana (sábado) suas lideranças no Rio Grande do Norte e também o presidente nacional, Luiz Penna, em evento com participação das principais lideranças do PMDB, Garibaldi e Henrique Alves, e do presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Motta.

Na oportunidade, o senador Paulo Davim (PV) assumiu a presidência estadual do partido, anunciando a proposta de que o partido irá se reerguer após o desastre da gestão partidária da prefeita afastada de Natal, Micarla de Sousa (PV), inclusive se preparando para disputar espaços na eleição de 2014. "Em 2014, o PV vai disputar espaço pra valer no RN", afirmou Davim.

No que diz respeito ao campo político, Davim (que foi aliado de primeira hora do governo estadual) afirmou que o PV renasce sob sua custódia com a bandeira da independência política e relação à gestão Rosalba Ciarlini (DEM).

"Independência. Eu vou reunir todo diretório para discutir a questão, assumimos uma posição clara. Vamos discutir com todos. Vamos discutir a aliança com o DEM no colegiado", afirmou.

Na Assembleia Legislativa, o PV tem apenas um deputado, Gilson Moura. Na Câmara de Natal, são três vereadores a partir de 2013, Edivan Martins, Aquino Neto e Luiz Almir. Frente ao governo futuro de Carlos Eduardo, Davim também anuncia independência. "Postura sempre de independência, sem esquecer nosso compromisso em relação ao RN", declarou.

Com informações do Jornal de Hoje
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A peruca ecumênica do alpinismo

A entrevista do ministro Luiz Fux à Folha, neste fim de semana, tem valor pedagógico naquilo que explicita, sendo desnecessário aplicar-se a ela a lógica do domínio do fato', tão cara ao udenismo do qual ele se tornou uma voz exclamativa.

Trata-se de oportuna ilustração da abrangência ecumênica do método alpinista que a indignação seletiva costuma atribuir como traço biográfico exclusivo de personagens lamentáveis acoplados à luta social e à esquerda.

Na escalada ao topo, o pretendente à suprema toga não hesitou em servir-se do repertório que abrange do tráfico de influência à oferta de dotes autoatribuídos -- no caso, a persona de um zagueiro do Direito, capaz de 'matar no peito' processos de interesse de seus interlocutores, desde que escalado para o time do STF, naturalmente.

Ao avocar-se o talento um rompedor de fronteiras que depois defenderia como pétreas, já travestido em torquemada dos holofotes, Fux ombreia-se em credibilidade ao adorno capilar postiço que arremata a sua figura. O conjunto sinaliza uma trajetória cuidadosamente produzida ao preço de apliques que se renovam ao sabor da conveniência e do interesse. 

Sugestivo dessa versatilidade é o fato de ter se oferecido à Folha para contar um pedaço do que fez, acenou e moveu até ser indicado à vaga que ocupa hoje no STF. O que disse dispensa-nos do que não disse, sendo suficiente ao descortino de uma ética líquida à beira do ralo do descrédito. Resta saber se o strip-tease mudará a hipocrisia dos critérios midiáticos que reservam ao campo da esquerda o monopólio do oportunismo.

Carta Maior
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A FRAGILIDADE DA "BASE ALIADA"

Por Eduardo Guimarães

“A entrevista que o vice-presidente da CPI do Cachoeira, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), concedeu ao Blog [Cidadania] na quinta-feira, exige reflexão. Aqui ou em qualquer outra página em que a entrevista foi reproduzida – como no “Blog do Nassif” ou no “Brasil 247” – os comentários foram, esmagadoramente, críticos. Aliás, melhor seria dizer que foram comentários furiosos.

As reações foram da ampla satisfação dos comentaristas de viés tucano à mais ampla rejeição dos de viés petista. Ninguém aceita as justificativas para o recuo do relator da Comissão, Odair Cunha (PT-MG), no sentido de retirar de seu texto os pedidos de indiciamento do jornalista Policarpo Jr. e do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Particularmente, fiquei dividido. Ao mesmo tempo em que, como todos sabem, apoio posições mais corajosas do PT e do próprio governo Dilma para enfrentar os ataques tucano-midiáticos, reflito sobre as condições efetivas de êxito que tanto um quanto outro possam ter tido…

Analisando o que o deputado Paulo Teixeira disse ao Blog, torna-se óbvio que a base aliada se esfacelou – ao menos no âmbito da CPI. Ora, a base aliada controla a presidência, a vice-presidência e a relatoria da Comissão, mas não conseguiu aprovar nada mais do que a oposição.

Se a base aliada convocou – ou convidou – um governador como Marconi Perillo – que, na verdade, é o foco da investigação por seu envolvimento escandaloso com o bicheiro Carlos Cachoeira –, a oposição conseguiu convocar o governador petista Agnelo Queiroz, contra quem não pesa nem um grama do que pesa contra seu homólogo tucano.

E se a base aliada convocou Paulo Preto, a oposição convocou Luiz Antonio Pagot…

O equilíbrio de forças oposicionistas e situacionistas na CPI mostra, portanto, que grande parte da base aliada ao governo Dilma atua ora como governista, ora como oposicionista. Não se sabe ao certo, portanto, qual é a verdadeira base aliada do governo Dilma, mas pode-se inferir que, à exceção do PC do B, não exista nenhum outro aliado confiável.

Em uma situação assim, fica mais fácil entender o temor do governo Dilma e do próprio PT. Com uma base de apoio tão volátil – e, frequentemente, tão desleal –, o governo se expõe, no limite, até a revoltas parlamentares como a que deu origem ao 'impeachment' do ex-presidente Fernando “aquilo roxo” Collor de Mello.

Não é brincadeira…

Isso sem falar que Dilma tem como vice ninguém mais, ninguém menos do que Michel Temer, que já foi aliado “fiel” dos tucanos e que, dizem, está por trás da hesitação da presidente em relação à imprensa. O governo deve temer Temer. E muito. Se Dilma sofrer queda de popularidade, ele salta do barco antes que você, leitor, possa proferir a palavra “fisiologia”.

Vejo-me obrigado, portanto, a refletir sobre a expressão “governo de coalizão”. Boa parte da militância petista não leva em conta algo que escrevi há alguns meses aqui, sobre que o PT chegou ao governo, sim, mas não chegou ao poder.

O fato é que a imprensa, apesar de não conseguir mais eleger quem quer por estrita falta de colaboração desse ente que trata sempre como detalhe nas escolhas que o país faz, ou seja, o povo, ainda tem um poder político praticamente inacreditável. Isso porque se impõe em quase todos os partidos, para não dizer em todos.

A situação se torna estarrecedora quando se reflete que, mesmo no único partido em que a mídia não deveria ter influência, ela tem. Todos sabem muito bem quais são os petistas que vivem aos beijos e abraços com o “Partido da Imprensa Golpista” enquanto este faz tudo o que pode e que não pode para destruir o partido deles.

Como já expliquei em post anterior, isso se deve ao fato de que essa coisa de que a mídia não influi mais em eleições pode até ser verdade em eleições mais disputadas, nas quais o PT joga com a “bomba atômica” Lula e com o peso – e o dinheiro – que sua nova configuração ideológica lhe propiciou a partir de 2002. Mas não é verdade no varejo.

É óbvio que parlamentares, prefeitos de cidades menores e até governadores continuam sendo eleitos por influência da mídia – e são esses que até aderem, fisiologicamente, ao partido que está no poder, mas só para mamar, pois, na hora do vamos ver, os integrantes desses partidos “aliados” são liberados pelos dirigentes para agirem como quiserem.

Um bom exemplo é São Paulo. Enquanto Orestes Quércia estava vivo o PMDB era o maior aliado do PSDB por aqui, apesar de dividir o governo federal com o PT. É óbvio, portanto, que os interesses que um PMDB representa em São Paulo acabam interferindo na atuação da bancada federal do partido. E esse é só um exemplo.

Você, eleitor ou simpatizante do PT, pode ficar contrariado com o partido. Pode dizer que é covarde, pode xingá-lo quanto quiser. Mas uma coisa é certa: o PSDB só não está no poder porque o PT aceitou essas regras do jogo. O que há para decidir, portanto, é se queremos o PT no poder, mas sem poder falar grosso, ou falando grosso, mas na oposição.”

FONTE: escrito por Eduardo Guimarães em seu blog “Cidadania”  (http://www.blogdacidadania.com.br/2012/11/a-fragilidade-da-base-aliada/).
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PIB E PRODUÇÃO INDUSTRIAL BRASILEIRA

A indústria teve leve recuperação, puxada pelo setor de transformação, que cresceu 1,5%
(Foto: Rodrigo Paiva / Folhapress)

Pochmann: “PAÍS SAI DA 'FINANCEIRIZAÇÃO' PARA ECONOMIA BASEADA NA PRODUÇÃO

Ex-presidente do IPEA afirma que expansão do PIB no terceiro trimestre, de 0,6%, é atenuada pela continuidade no processo de distribuição de renda, e vê país 'pavimentando' desenvolvimento sustentável

Por Vitor Nuzzi, na “Rede Brasil Atual”:

Embora nos dois últimos anos o Brasil tenha tido desempenho aquém de suas possibilidades, que preocupa do ponto de vista conjuntural, o economista Marcio Pochmann, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), destaca as mudanças estruturais em curso no país e critica o que chama de falta de melhor entendimento em algumas análises.

Ele observa que há uma transição, longa, de uma economia de “financeirização da riqueza” para uma economia mantida pelo investimento produtivo. “Passamos duas décadas (1980 e 1990) em que a economia não cresceu sustentada pelos investimentos produtivos, mas pela financeirização, juros altos, levando a um quadro de regressão social. Havia setores que viviam às custas do assalto ao Estado”, afirma. “Vai crescer pouco este ano, mas é um crescimento que permite reduzir a pobreza e a desigualdade de renda.”

Pochmann lembra de decisões tomadas no início do governo Lula, baseadas na visão de que o Brasil tinha uma economia com elevada capacidade ociosa. Com Dilma, “estamos pavimentando um caminho de desenvolvimento sustentável”, avalia o economia. “Só não vê quem não quer.” Ele cita fatores como o pré-sal, nacionalização de setores produtivos e a política de concessões, “que não têm nada a ver com as privatizações dos anos 1990”. E diz ver "grande sintonia entre as decisões cruciais de Lula e Dilma".

Ele lamenta que a comparação com outras economias não tenha sido feita naquele período, quando havia um ciclo de expansão mundial. “Em 1980, éramos a oitava economia e em 2000, a 13ª. Na segunda metade dos anos 1990 [governos FHC/PSDB/DEM], até o México ultrapassou o Brasil. E, agora, estamos caminhando para ser a quarta economia.”

O economista disse que gostaria de ver mais “ousadia” do governo, com, por exemplo, mais articulação com os demais países do continente, especialmente pensando na competição com a China. “O Brasil poderia ajudar a reorganizar esse espaço, a partir de políticas de caráter supranacional."

Ao acompanhar as projeções de 4% para o crescimento da economia em 2013, Pochmann não vê o país com problemas estruturais, mas em um momento de "desincompatibilização" entre decisões privadas e públicas. "As decisões de investimento não resultam imediatamente. O investimento requer decisões mais complexas, significa ampliar a capacidade de produção", afirma.

Ele vê Lula como um "estrategista", do ponto de vista da política de juros, que em seu governo teve redução gradual. Não adiantaria uma queda dramática, diz ele, se não houvesse alternativas de deslocamento dos recursos "financeirizados" para a produção, com o Estado criando condições para o investimento. Mudanças, sublinha, em uma nova realidade política, dentro da democracia e com uma nova maioria. "O investimento financeiro está perdendo para o investimento produtivo", reafirma Pochmann. "Estamos voltando a ter capacidade de fazer política macroeconômica e industrial."

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Por Diogo Costa, no “grupo Amigos do Blog Luis Nassif Online”:

A taxa de juros SELIC está em 7,25% ao ano.

Muitos dirão que esse patamar ainda é elevado, porém, nunca é demais lembrar que Lula recebeu [do governo FHC/PSDB/DEM] a SELIC em inacreditáveis 25% ao ano em janeiro de 2003 ! O Brasil está deslocando seus esforços, desde o governo Lula, para sair da armadilha neoliberal da financeirização da economia.

Essa financeirização é perniciosa, pois concentra renda e aumenta o desemprego. A grande verdade é que o Brasil de Dilma segue e aprofunda as medidas iniciadas por Lula para tornar o país uma nação próspera, com distribuição de renda, pleno emprego, apoio ao setor produtivo em detrimento dos rentistas etc. Esse processo iniciou timidamente. Sabemos todos que, até o crash de 15 de setembro de 2008, o mundo vivia a orgia neoliberal. Após o crash, o Brasil pulou na frente com Lula e suas medidas econômicas anticíclicas e agora navega com solidez rumo ao desenvolvimento sustentável.

Esse processo capitaneado pelo PT, verdadeira mudança nas placas tectônicas da sociedade brasileira, está longe de se exaurir e, podem ter certeza, isso está incomodando muito os países centrais, mergulhados até o pescoço na crise econômica e ávidos por retornar aos velhos tempos de dinheiro fácil via juros estratosféricos nos países em desenvolvimento. Em 2014, mais uma vez, é isso que estará em jogo, se o Brasil seguirá seu rumo atual de desenvolvimento nacional com distribuição de renda e apoio à produção, ou se voltará a priorizar o setor financeiro aliado à interesses estranhos aos do desenvolvimento nacional.

Toda essa história da mídia venal, no que toca à denúncia diária de casos de corrupção (somente contra o PT), não passa de cortina de fumaça para escamotear os verdadeiros interesses que estão por trás desse discurso moralista, cínico e mistificador. Aqui em Pindorama, isso não é sequer original... Nos governos de Getúlio Vargas e de João Goulart a mídia venal da época denunciava, dia sim e outro também, que o Brasil vivia num "mar de lama", que éramos "um povo honrado governado por ladrões" etc. Tudo isso é jogo de cena dos herdeiros da Casa Grande que sabotam, desde sempre, o interesse nacional brasileiro. São os velhos entreguistas da UDN que pretendem voltar hoje com nova roupagem.”

FONTE: portal de Luis Nassif  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/pib-e-producao-industrial-brasileira). [Trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
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DEZ ANOS DA POLÍTICA DE COTAS

Por Emir Sader

Há não muito tempo, um estranho conglomerado de jornalistas, artistas, antropólogos, esquerdistas arrependidos, entre outros, se lançou ao ataque contra a política de cotas, contra as ações afirmativas.

Afirmações como as de que estaríamos “introduzindo” (sic) o racismo no Brasil" (brilhante afirmação de Ali Kamel, em livro propagandeado por milhares de posters), como se a escravidão não fosse um dos pilares da história brasileira, a de que constitucionalmente “somos iguais diante da lei”, entre outras expressões da ignorância, da má fé, dos preconceitos, juntaram, a antropólogos da USP, gente como Caetano (que nem parece que nasceu na Bahia, antes de tornar-se um cronista conservador do “Globo”), editorialistas indignados, em campanha frenética em torno do igualitarismo.

Não foi o suficiente para brecar esse avanço democrático no Brasil – o país mais desigual do continente mais desigual do mundo. O Judiciário aprovou, por unanimidade, a política; o Congresso fez o mesmo, diante da impotência dos conservadores. A própria realidade desmentiu as falsas concepções dos conservadores, mostrando como os cotistas têm excelente desempenho, superior à media, e a entrada deles não rebaixou o nível das universidades ao democratizar o acesso às faculdades pelas cotas.

Estranhamente, durante a recente greve dos professores universitários, reitores de universidades federais, em manifesto, expressaram a opinião de que seriam eles, e não os parlamentares – em nome de todo o pais, – quem deveriam decidir critérios de ingresso nas universidades. (E, em meio a centenas de assembleias da greve, não houve uma única manifestação de desacordo por parte dos grevistas.) São resquícios, junto a editoriais ranzinzas, da resistência à política de cotas.

Como se o Brasil não tivesse uma divida histórica, gigantesca, com os milhões de pessoas, a primeira geração de trabalhadores da história brasileira que, durante séculos, construiu a riqueza do país, exportada para o consumo das elites europeias. Cometeu-se o maior crime de lesa humanidade, tirando do seu mundo milhões de pessoas, trazendo-as como gado para as Américas, onde eram consideradas raça inferior, para produzir riquezas para os que cometiam esses horrendos crimes.

A política de cotas, iniciada no Brasil na UERJ, durante a reitoria de Nilcea Freire, cumpre dez anos, com enorme caudal de experiências a aprender, para liquidar de vez os preconceitos, e repara, minimamente, as injustiças secularmente cometidas.

Me lembrarei sempre, na reunião com o primeiro grupo de alunos cotistas, quando uma senhora negra disse que ela vivia na favela do Esqueleto, que foi destruída para dar lugar aos prédios da UERJ. Ela passava sempre por ali e lhe doía que sua casa tivesse sido destruída para dar lugar a uma instituição que lhe negava o acesso. Até que, finalmente, ela pode voltar ao espaço que havia habitado, agora, orgulhosa, como estudante de Serviço Social, graças à política de cotas. Quantas histórias como essas estão aí para serem contadas, mas que a mídia privada esconde, porque não tolera a democratização por que o Brasil passa.”

FONTE: escrito por Emir Sader no site “Carta Maior”  (http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=1146) [Imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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