Apoio do PP de Maluf a Haddad traz tempo de programa eleitoral e joga Serra contra Alckmin

Após digerir o impacto que causou a foto - ou melhor - A FOTO (que não vou publicar aqui) em que o presidente Lula coloca sofregamente a mão no ombro de Maluf, enquanto este faz um gesto de positivo com o polegar, tendo um Haddad desconcertado entre os dois, resolvi dar meu pitaco no assunto que está fazendo a glória da mídia serrista: o PT teria se rendido e o presidente Lula se submeteu a ir à casa de Maluf pela primeira vez na vida, a fim de obter o apoio do PP para a campanha de Haddad à prefeitura de São Paulo.

Tudo, segundo os "analistas" da mídia serrista, por um minuto e meio a mais de propaganda no horário eleitoral. Ou três minutos, se raciocinarmos que o minuto e meio iria para Serra.

Juntou-se a isso uma notícia divulgada pela Veja (a Veja?!) que teria conseguido uma entrevista exclusiva com Erundina, em que a nossa brava deputada teria afirmado que com Maluf ela sairia da campanha.

A notícia se espalhou e hoje está na primeira página, até como manchete, de alguns dos principais jornais do Brasil. (Eu, que não acredito na Veja, como não vi declaração alguma de Erundina, duvido).

Mas, vamos abordar o efeito Maluf por outro ângulo, além da boa notícia de termos mais tempo eleitoral e tê-lo retirado de Serra.

Serra teria ficado furioso com a ida de Maluf para a campanha de Haddad. Pior: coloca a conta no ombro de Alckmin (é importante lembrar que o PP de Maluf é da base do governo federal, mas também é da base de Alckmin em São Paulo).

Segundo Serra, Alckmin não teria se esforçado para trazer Maluf (ou seja, não ofereceu o que o PP queria) para a campanha de Serra, e mais: teria fechado um acordo com Maluf para 2014.

Segundo aliados, que pedem reserva quanto a seus nomes, Serra está "muito irritado" com o governador, que havia garantido o apoio do PP à candidatura tucana. "Serra acha que Alckmin acertou com Maluf para 2014 e não se esforçou muito, digamos assim, para este ano", explica um dirigente do PSDB paulistano. "Ele (Serra) acredita que Alckmin deixou Maluf escapar, não segurou o PSB, e ainda teve a história do PR… o PR foi Kassab que trouxe", completa.

Foi quando me lembrei de uma postagem minha de fevereiro deste ano, que reproduzo a seguir:

Apoio de Alckmin à campanha de Serra para a prefeitura de São Paulo foi planejado num almoço solitário há 4 anos


A foto acima mostra o governador Geraldo Pinheirinho Alckmin almoçando sozinho, um dia antes da eleição que reconduziu Kassab à prefeitura de São Paulo, em 2008. Alckmin era o candidato do PSDB (partido do governador de SP na época, José Serra). Ficou em terceiro lugar, atrás de Kassab e Marta Suplicy.

Uma posição humilhante para quem vinha de uma campanha presidencial há dois anos, em que foi ao segundo turno com o presidente mais popular do Brasil, Lula. Isso aconteceu porque o governador Serra ignorou sua campanha e apoiou a reeleição de Kassab.

Enquanto almoçava solitariamente, há quatro anos, Alckmin não poderia imaginar que o destino o colocaria agora na posição de dar o troco e devolver a Serra o "apoio" de 2008.

Dizem que a vingança é um prato que se come frio. Nelson Rodrigues dizia que a pior solidão é a companhia de um paulista. Imagine esse almoço de um paulista solitário. Como deve estar frio agora, passados quatro anos.

Aí o minuto e meio de propaganda (na verdade, três) fica em outra perspectiva diante de um racha na campanha tucana.

O presidente Lula ainda está se recuperando do desgastante tratamento para um câncer, de que finalmente está curado. Mas, para tanto, Lula perdeu a barba, o cabelo, sofreu com quimio e radioterapia.

Foi um duro e penoso tratamento que o ensinou que para eliminar o nocivo, às vezes o remédio é amargo e quase insuportável. Mas se tem que ser feito, que o seja.

E levou o tratamento para a campanha de Haddad, se é que me entendem.
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Maluf o mais desejado na disputa da Prefeitura de SP

Jornal da Tarde, 19/06/12.

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Acre 50 anos -13 de Vianismo




O Acre ainda vive a ressaca das comemorações pelos seus 50 anos de Estado, mas nada que uma pequena análise do período histórico mais recente possa estragar. Nestes 50 anos de Estado, o Acre tem vivido os últimos 13 tendo como modelo político o Vianismo dos irmãos Jorge e Tião Viana. 

A participação política deles nas cinco décadas passadas não se deu somente após 1998, com a eleição de Jorge Viana para o Palácio Rio Branco. Seu tio Joaquim Macedo foi governador do Acre durante o regime militar (1964-1985). O pai, Wildy Viana, foi um atuante político acreano pela extinta Arena (partido de sustentação da ditadura). O envolvimento dos Vianas com a política vem desde o berço. 

Da direita conservadora migraram para a esquerda por meio do PT, lá no final dos anos 1980. Desde então tornaram-se símbolo do PT no Acre e passaram a ser chamados de “meninos do PT”. Jorge disputou pela primeira vez o governo em 1990 e perdeu para Edmundo Pinto (PDS). Logo em seguida seria eleito prefeito de Rio Branco. 

Fez uma gestão excelente, levando-o a ganhar o governo do Estado em 1998, com seu irmão Tião eleito para o Senado. Jorge assumiu o Acre num dos períodos mais sombrios de sua história. As instituições estavam destruídas e fiscalmente o Acre se encontrava à bancarrota. 

Jorge Viana pode ser considerado como o governo da reconstrução. Conseguiu recuperar a normalidade institucional do Estado e recolocou o Acre nos trilhos da gestão fiscal e orçamentária. Pôs em prática como modelo econômico o conceito de Florestania, que tem com base o desenvolvimento sustentável. 

De quarenta anos de atividade predatória da pecuária, o Acre testava a exploração sustentável de sua 88% de cobertura florestal. A Florestania ainda pena para trazer resultados concretos a um dos Estados mais pobres do país. A sorte do Vianismo neste período foi o boom da economia brasileira no cenário mundial; tínhamos o que o mundo precisava: commodities. 

Com a chuva de dinheiro no país, o Acre foi agraciado com a bondade do companheiro Luiz Inácio Lula da Silva. Nunca antes na história deste país o Acre recebeu tanta verba federal. O dinheiro foi suficiente para o governo oferecer a infraestrutura até então inexistente e mergulhar numa onda de popularidade. Fomos bombardeados com as reportagens mostrando a Estrada do Pacífico como nosso El Dorado. 

Até agora o resultado é nulo. Avançamos politicamente, porém no campo econômico carregamos a mesma cruz da dependência de verbas da União. O Acre deixou para trás um período sombrio de sua história para um novo momento em 2012. Aparentemente as instituições funcionam. A Florestania não amenizou a economia do contracheque. 

Mas não importava; o Acre estava num novo momento, a autoestima do povo foi recuperada e os servidores públicos estavam com os salários em dias; eles consomem, o comércio gera seus empregos e a cadeia econômica mantém sua rotatividade. Não estou aqui para elaborar uma tese social ou econômica sobre o governo petista. 

Jorge Viana deixa o governo e faz seu sucessor, Binho Marques. Este exerce um governo tampão até a eleição de Tião Viana. Bem, 2010 ainda está bem fresco na nossa memória. O petismo perde nos seus principais colégios eleitorais, incluindo Rio Branco. Tião Viana mantém a mesma linha de pensamento político e econômico de seu irmão. 

Mas com a economia florestal menos enfatizada. O mote da vez é a industrialização do Acre por meio de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE), que nunca deu certo em lugar nenhum do país mas que eles garantem de pés juntos que aqui funcionará. O Vianismo enfrenta em 2012 a eleição mais difícil de sua história, podendo dar início ao Bocanismo. 

Ao governador Tião Viana resta o desafio da autorrenovação a cada dia. As urnas há dois anos parecem ter dado o recado da mudança. Ao atual governo resta a opção do mudar sem alterar para assegurar ao menos 20 anos de petismo consecutivos.      
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Ao se ligar a Maluf, Haddad pode perder Erundina

A aliança com o ex-governador Paulo Maluf (PP) tem provocado sérios problemas à candidatura Fernando Haddad (PT) e pode resultar em mais uma crise no PT.
Anunciada como vice de Haddad, a ex-prefeita Luiza Erundina (PSB) disse que vai rever a posição de ocupar a chapa de Haddad depois do apoio de Maluf à campanha petista.
Desde sexta-feira (16), quando foi anunciada como vice, Erundina já demonstrou pouca disposição de conviver com o apoio de Maluf.
Em entrevista à Veja Online na segunda-feira (18), Erundina confirmou que não vai aceitar o apoio de Maluf e afirmou “vou rever minha posição”, numa clara intenção de abandonar a chapa de Haddad. — Não preciso ser vice para fazer política, declarou.
Disse que a aliança, com um adversário histórico, aconteceu sem sua participação. Disse que no domingo (17) teve um conversa com Haddad e o candidato a prefeito teria afirmado que a aliança, consumada hoje, não estava fechada. Na ocasião ela manifestou seu temor em relação à coligação com Maluf.
À Veja Online, afirmou:
— É demais para mim. É muito além do razoável.
E indaga se vale a pena se “aliar a forças nefastas da política brasileira” em troca de “um minuto a mais” no tempo de televisão.
— No momento que instalamos a Comissão da Verdade para desvendar crimes da ditadura, o PT se alia a um dos tentáculos da ditadura militar.
Ao R7, o presidente do PSB em São Paulo, vereador Eliseu Gabriel, disse que não foi comunicado oficialmente da decisão de Erundina. Ele disse que vai esperar que ela faça isso às instâncias partidárias, para só então decidir o que fazer a respeito.
Não é a primeira vez que o PT tem problemas nesta eleição com possíveis apoios. Quanto se insinuou uma aproximação do atual prefeito Gilberto Kassab (PSD) com o partido, a ex-prefeita Marta Suplicy afirmou:
— Preciso ser muito cuidadosa, porque senão corro o risco de acordar num palanque de mãos dadas com Kassab.
A ausência de Marta em eventos relacionados à campanha de Haddad tem sido muito sentida no PT.(Fonte: R7).
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Vídeo: Marco Civil da Internet

O Multiponto apresenta uma discussão sobre o Marco Civil da Internet, um projeto de lei que pretende estabelecer as bases do uso da Internet. O marco regulatório dos direitos e deveres dos internautas brasileiros.

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