O HUMOR NAS LUTAS DO POVO BRASILEIRO


As troças sempre existiram desde o surgimento da sociedade.
Piadas, chistes, anedotas, “causos”, tudo isso é parte da vida social.

No Brasil as piadas tiveram um grande valor nas nossas lutas , quer por independência, quer por libertação e democracia.

As piadas de português surgem durante o período colonial e visavam sobretudo desmoralizar  o colonizador.

Mais tarde seriam as piadas com ingleses e europeus em geral, quando da “invasão” do capital inglês, a partir da década de 30.

Em seguida as piadas com americanos. Sempre havia uma piada que começava  assim :
“- Era uma vez um francês, um americano e um brasileiro....”
e o brasileiro sempre se dava bem.

As piadas com judeus destinavam-se à crítica da agiotagem dos bancos internacionais e ao espírito anti-cristão dos juros cobrados por agiotas.

Durante as ditaduras,  de Vargas e de 64, as piadas  serviam de apoio na luta pela redemocratização do País.

Hoje, de tempos para cá, justamente o auge do neoliberalismo e  do individualismo,  em lugar do socialismo e do espírito coletivo, contar piadas tornou-se cafona. 

A juventude foi “orientada” a negar este tipo de literatura oral e  a substituí-la por medíocres reflexões em torno do seu próprio umbigo.

Em termos de humor saímos do Século XX e não chegamos ao XXI, retornamos aos séculos XVII e XVIII, quando a Corte renascentista sem ter o que fazer, vivendo do trabalho alheio, passava os dias pensando em chistes “brilhantes” para serem ditos à hora dos jantares com os poderosos. Era o chamado “humor de espírito”, sobretudo  da Inglaterra e da França, algo como hoje denominar de “humor inteligente” o humor de classe privilegiada em detrimento do humor popular.

Vale lembrar que são justamente a Inglaterra e a França, os países que colonizaram a hoje pátria-mãe do nosso exógeno  stand-up: os EEUU.

Somente a mudança na infra estrutura econômica trará de volta um humor épico, popular e nacional como o que nos honrou desde os tempos da Colônia. Até lá...vamos de umbigadas. Kiakiakia

OBS.: Claro que se todas as camadas políticas se expressavam nas piadas, assim, a Reação criava as piadas contra os negros, os gays e as mulheres. Mas de toda forma as piadas colocavam na ordem do dia a crítica aos poderosos  e os costumes da sociedade  e não o umbigo de cada um.


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HUMOR OFENSIVO É A MÃE !!!


O Jornal “O Globo” de hoje traz matéria sobre o chamado  “ humor sem limites”.
Claro que como toda linha editorial, ouve quem lhe interessa para direcionar a matéria aonde quer.

Rafinha Bastos e Danilo Gentilli, pivôs de casos recentes de “mau humor”  , recusaram-se à entrevista. No que penso, fizeram muito bem.

Já postei  anteriormente, duas vezes, posicionando-me sobre o assunto. Soube até por fofoqueiros de plantão que o  jovem e amado Adnet teria ficado magoado comigo.  Se verdade, isso passa. Ele é o vitorioso. Eu, já sênior,  morro logo e ele vai viver muito ainda, graças a Deus.

Mas , tirante a análise econômica e marxista que fiz sobre o surgimento deste novo humor, a questão é muito simples:
Os EEUU , sociedade sabidamente  doente e pervertida, é hoje origem e berço embalado do humor de insultos e ofensas. As pessoas lá,  como diz o próprio “O Globo” riem um riso culpado com esse tipo de humor.

Nossa sociedade tupiniquim pode ter seus desvios e mazelas, mas ainda não chegamos ao nível doentio e malfadado da sociedade americana.  Com um pouquinho mais de esforço chegaremos lá. O PIG; o assassino de Realengo; malafaias e bolsonaros que o digam.

Chegaremos. 

Não precisa de análise para entender o “novo mau humor” brasileiro: se os EEUU ditam nossas roupas; nosso fast food; nossa língua; nossa medicina; nossas academias; nossa ética política – nossos lobbys ; nossa farmacologia;  porque não ditariam também o nosso humor?

O  Brasil de Oswald e da Semana de 22 começou a ser desconstruído durante a Ditadura, com o triste acordo MEC-USAID. Complementa-se com a economia neo-liberal.

A Mãe Pátria violada em 64 continua parindo os frutos deste estupro.

Portanto, não sou otimista em relação ao futuro do humor brasileiro. Veremos de agora em diante muito humor insultuoso e ofensivo, agradando sobretudo a classe média, neurótica, imprensada,  entre classes e desejos de consumo e destruição. 

Nos EEUU também existem pessoas, grupos e sociedades contra esse tipo de “mau humor”. O capitalismo se alimenta dos dois lados, como de costume.

Em próximo post pretendo expor  como as piadas – hoje consideradas cafonice – fizeram parte das nossas lutas de independência e libertação.
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Queremos a Bruna Surfistinha na ABL!

Depois que o Merval Pereira derrotou o Antônio Torres na disputa por uma vaga na ABL, as massas clamam: Bruna Surfistinha na Academia! Afinal - e isto é inquestionável - de lugares de prostituição, a moça entende! Além do mais, a Surfistinha tem uma grande vantagem sobre o Merval, o Sarney, o Gen. Aurélio de Lyra Tavares, o Roberto Marinho e tantos outros "imortais" que já passaram pela casa: ela, de fato, vende livros...
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MENSAGEM DE IVAN DE COLOMBO


Movimento muda Colombo
 Colombo possui,  uma população estimada em 2010 é de 213.027 habitantes. Possui uma área de 159, 14 km². É a maior colônia italiana do estado , situada a 18 km de distância da capital Curitiba.Estes dados nos mostram que precisamos de uma mudança estrutural na Gestão Pública Municipal, representando uma transformação não só na cidade, mas de toda a população. Os  serviços públicos tem que serem prestados da melhor forma possível e consequentemente o povo é quem sai ganhando, pois receberá atendimento mais humano, verá sua cidade se desenvolver de forma equitativa e nos setores mais necessitados.
Este novo modelo de gestão que esperamos tem que ter objetivos primordiais para promover mais flexibilidade, transparência de gastos, melhor desempenho, aumento da qualidade, produtividade, eficiência e efetividade na prestação de serviços públicos. Promover um par de atributos inseparáveis, à luz das reformas gerenciais: autonomia de gestão em troca de compromisso prévio com resultados.

Sabemos das dificuldades que surgirão, mas o povo estará  junto, na construção de uma Colombo do jeito que o povo quer. Contando  com o trabalho sério do novo prefeito ou prefeita, seu comprometimento com a Gestão, sua competência, deve olhar para frente, e nunca para trás, para o que foi para o que não deve ser,  saber que fará parte de uma nova página na história de nossa cidade, que ficará marcada para sempre. Pode acreditar que um prefeito sem  o apoio do povo e de pessoas competentes na gestão pública, não chegará  a lugar nenhum. Mas se unirmos forças, faremos um grande trabalho, ao longo do mandato, aproveitando o grande momento economico que vive  o Brasil , Colombo poderá  contar   com o apoio do Governador Beto Richa,que será  aliado de Colombo como nunca antes tivemos na história dos prefeitos de Colombo .
Trabalho com dedicação, responsabilidade e desejo de ver cada pessoa mais feliz, é  um exemplo de excelência em gestão pública de qualidade e com cidadãos tratados com dignidade e respeito, principalmente os jovens de Colombo,  dar  oportunidade aos jovens na política colombense , esse será  um salto par o futuro, a mola propulsora de grandes mudanças.

“Hoje não há razões para otimismo. Hoje só é possível ter esperança".

Ivan de Colombo


 
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CENAS DE UMA DITADURA - 08 - A BELA VIRA FERA E DESAFIA A POLÍCIA


Naqueles dias de agosto de 1964, o DOPS e as Forças Armadas estavam muito mais preocupadas com uma guerrilha que estava sendo preparada pelo Sargento Sá Roriz a mando de Leonal Brizola, na Serra do Caparaó em Minas Gerais, que com meia dúzia de adolescentes idealistas na Ilha do Governador. 

Na verdade tudo que eles desejavam era encerrar nosso assunto para dedicarem-se  a fundo na perseguição ao Sá Roriz. Para isso o Leo Leoni, ligado à guerrilha do Caparaó,  já havia sido preso.

Depois de uns dias de “molho”, onde  por segurança eu parecia haver pegado a peste – não podia aproximar-me de ninguém, nem alguém de mim... percebi que não era seguido e então reuni parte da base numa praia da Ilha, e expus o que o DOPS queria: que fôssemos lá para encerrar o assunto. Eles achavam que a gente era burro e nós achávamos que eles eram espertos.

Por um momento cheguei a pensar que seria possível ir até lá. Iríamos eu, o Raposo com seus 15 anos, e a Bela com seus dezesseis anos.Eles veriam os “três  mosqueteiros” da Revolução e nos liberariam, inofensivos que pareceríamos diante da ameaça militar de Caparaó .

Foi quando a nossa musa, origem das nossas fantasias mais despudoradas, e que aqui chamo de Bela, encheu os pulmões de ar e quase gritando disse-nos:
-“ Só vou arrastada! Se quiserem me levar que gastem o dinheiro da gasolina pra vir me buscar! Só vou arrastada! Só vou à força!!!”

A determinação daquela mocinha de dezesseis anos encerrou a reunião praieira, brejeira,  da juventude comunista.

E ninguém voltou ao DOPS, e tampouco o DOPS veio até nós. 

O assunto resolveu-se por si, sequer inquérito houve. Sá Roriz já havia sido preso e a guerrilha desbaratada antes de sequer começar. Eles estavam muito ocupados com peixes graúdos pra prestar atenção nas sardinhas da Ilha.

Mas ali aprendi a força e a determinação das mulheres na luta. Durante os anos que se seguiram pude observar que elas sempre foram muito mais perseverantes e corajosas que nós.

Este destemor de Bela a levaria anos mais tarde ao pau-de-arara, à tortura e sequelas físicas que até hoje carrega consigo. Mas testemunho aqui, que ela , mulher de fibra, jamais fugiu da luta e sempre desafiou a Ditadura e seus torturadores, até quando os encontrava fora do País.

PRÓXIMO: O “MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO DE VARGINHA”

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