Parabens ao Professor Doutor JOSE CARLOS ALELUIA pela iniciativa dessa carta ao Magnifico Reitor da Universidade de Coimbra, Professor Doutor JOÃO GABRIEL SILVA. Nao deveria essa universidade que e orgulho para o povo portugues e para nos ...brasileiros, homenagear por motivos puramente economicos e politicos uma pessoa ignobil, indigna de receber tao importante honraria. Quem sabe essa
Quem provoca odios, vingancas, intolerancia, discordias e violencia merece titulo de "Doutor Honoris Causa"
Parabens ao Professor Doutor JOSE CARLOS ALELUIA pela iniciativa dessa carta ao Magnifico Reitor da Universidade de Coimbra, Professor Doutor JOÃO GABRIEL SILVA. Nao deveria essa universidade que e orgulho para o povo portugues e para nos ...brasileiros, homenagear por motivos puramente economicos e politicos uma pessoa ignobil, indigna de receber tao importante honraria. Quem sabe essa
Dilma é aprovada por 73% da população
Após quase 80 dias de governo, a presidente Dilma Rousseff é aprovada por 73% da população, segundo pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta sexta-feira. A aprovação do governo da presidente, no entanto, é menor: 56% dos entrevistados consideram a gestão Dilma ótima ou boa. A pesquisa levou em consideração a opinião de 2.002 pessoas entre 20 e 23 de março deste ano.
A confiança na presidente também é alta: 74% dos entrevistados afirmaram confiar em Dilma, contra 16% de pessoas que disseram não confiar. Outros 10% não souberam responder.
A maior parte da população - 64% - entrevistada considera que o governo Dilma Rousseff é igual ao do ex-presidente Lula. O percentual de pessoas que acham que a gestão Dilma é melhor (12%) é praticamente o mesmo de quem acha pior (13%).
Das nove áreas de atuação do governo avaliadas pela população, três foram desaprovadas: saúde, impostos e segurança pública. As ações na área da saúde são reprovadas por 53% da população, o mesmo percentual que desaprova a atuação em impostos. O setor de segurança pública recebeu avaliação negativa por 49% dos entrevistados.
Nas demais áreas, as ações em combate à fome e à pobreza receberam a melhor avaliação pelos entrevistados, com 61% de aprovação. Em seguida, vêm combate ao desemprego, com 58% de avaliações positivas; meio ambiente, com 54%; educação, com 52%; e combate à inflação, com 48%. A política de juros do governo Dilma tem o mesmo percentual de aprovação e reprovação: 43%.
Entre os assuntos mais lembrados pela população sobre o governo Dilma, 25% dos entrevistados não souberam responder. Outros 22% lembraram da discussão sobre o valor do salário mínimo, travada no Congresso no início do ano. Para 11%, o assunto mais lembrado foi a visita do presidente americano, Barack Obama, ao Brasil. Durante o governo Lula, Dilma ficou conhecida como "mãe do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)". No entanto, o assunto só foi lembrado por 3% dos entrevistados.
*por Luciana Cobucci - direto de Brasília - Site Terra
Para não esquecer: 47 anos do golpe militar
"Eu sou a lembrança do terror
De uma revolução de merda
De generais e de um exército de merda
Não, nunca poderemos esquecer
Nem devemos perdoar
Eu não anistiei ninguém"
(Legião Urbana)
Clique para ver...
De uma revolução de merda
De generais e de um exército de merda
Não, nunca poderemos esquecer
Nem devemos perdoar
Eu não anistiei ninguém"
(Legião Urbana)
Um soldado israelense expressa sua frustração
«Em Hebron senti uma frustração profunda. Senti que tô cometendo uma injustiça, e ninguém se importa. Ninguém se importa mesmo, e ninguem tá tentando fazer alguma coisa pra me tirar disso, ou nos tirar disso.»
-- Depoimento de um soldado israelense em Witness View
FOLHA: “A GENTE SÓ APOIAVA E FINANCIAVA A DITADURA”
O que a falácia da ditabranda revela
Por Marco Aurélio Weissheimer, da Carta Maior
Em um editorial publicado no dia 17 de fevereiro de 2009, o jornal Folha de S. Paulo utilizou a expressão “ditabranda” para se referir à ditadura que governou o Brasil entre 1964 e 1985. Na opinião do jornal, que apoiou o golpe militar de 1964 que derrubou o governo constitucional de João Goulart, a ditadura brasileira teria sido “mais branda” e “menos violenta” que outros regimes similares na América Latina.
Como já se sabe, a Folha não foi original na escolha do termo. Em setembro de 1983, o general Augusto Pinochet, em resposta às críticas dirigidas à ditadura militar chilena, afirmou: “Esta nunca foi uma ditadura, senhores, é uma dictablanda”. Mas o tema central aqui não diz respeito à originalidade. O uso do termo pelo jornal envolve uma falácia nada inocente. Uma falácia que revela muita coisa sobre as causas e consequências do golpe militar de 1964 e sobre o momento vivido pela América Latina.
É importante lembrar em que contexto o termo foi utilizado pela Folha. Intitulado “Limites a Chávez”, o editorial criticava o que considerava ser um “endurecimento do governo de Hugo Chávez na Venezuela”. A escolha da ditadura brasileira para fazer a comparação com o governo de Chávez revela, por um lado, a escassa inteligência do editorialista. Para o ponto que ele queria sustentar, tal comparação não era necessária e muito menos adequada. Tanto é que pouca gente lembra que o editorial era dirigido contra Chávez, mas todo mundo lembra da “ditabranda”.
A falta de inteligência, neste caso, parece andar de mãos dadas com uma falsa consciência culpada que tenta esconder e/ou justificar pecados do passado. Para a Folha, a ditadura brasileira foi uma “ditabranda” porque teria preservado “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”, o que não estaria ocorrendo na Venezuela. Mas essa falta de inteligência talvez seja apenas uma cortina de fumaça.
O editorial não menciona quais seriam as “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça” da ditadura militar brasileira, mas considera-as mais democráticas que o governo Chávez que, em uma década, realizou 15 eleições no país, incluindo aí um referendo revogatório que poderia ter custado o mandato ao presidente venezuelano. Ao fazer essa comparação e a escolha pela ditadura brasileira, a Folha está apenas atualizando as razões pelas quais apoiou, junto com a imensa maioria da imprensa brasileira, o golpe militar contra o governo constitucional de João Goulart.
Está dizendo, entre outras coisas, que, caso um determinado governo implementar um certo tipo de políticas, justifica-se interromper a democracia e adotar “formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”. A escolha do termo “ditabranda”, portanto, não é acidental e tampouco um descuido. Trata-se de uma profissão de fé ideológica.
Há uma cortina de véus que tentam esconder o caráter intencional dessa escolha. Um desses véus apresenta-se sob a forma de uma falácia, a que afirma que a nossa ditadura não teria sido tão violenta quanto outras na América Latina. O núcleo duro dessa falácia consiste em dissociar a ditadura brasileira das ditaduras em outros países do continente e do contexto histórico da época, como se elas não mantivessem relação entre si, como se não integrassem um mesmo golpe desferido contra a democracia em toda a região.
O golpe militar de 1964 e a ditadura militar brasileira alimentaram política e materialmente uma série de outras ditaduras na América Latina. As democracias chilena e uruguaia caíram em 1973. A argentina em 1976. Os golpes foram se sucedendo na região, com o apoio político e logístico dos EUA e do Brasil. Documentos sobre a Operação Condor fornecem vastas evidências dessa relação.
Recordando. A Operação Condor é o nome dado à ação coordenada dos serviços de inteligência das ditaduras militares na América do Sul, iniciada em 1975, com o objetivo de prender, torturar e matar militantes de esquerda no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai e Bolívia.
O pretexto era o argumento clássico da Guerra Fria: "deter o avanço do comunismo internacional". Auxiliados técnica, política e financeiramente por oficiais do Exército dos Estados Unidos, os militares sul-americanos passaram a agir de forma integrada, trocando informações sobre opositores considerados perigosos e executando ações de prisão e/ou extermínio. A operação deixou cerca de 30 mil mortos e desaparecidos na Argentina, entre 3 mil e 7 mil no Chile e mais de 200 no Uruguai, além de outros milhares de prisioneiros e torturados em todo o continente.
Na contabilidade macabra de mortos e desaparecidos, o Brasil registrou um número menor de vítimas durante a ditadura militar, comparado com o que aconteceu nos outros países da região. No entanto, documento secretos divulgados recentemente no Paraguai e nos EUA mostraram que os militares brasileiros tiveram participação ativa na organização da repressão em outros países, como, por exemplo, na montagem do serviço secreto chileno, a Dina. Esses documentos mostram que oficiais do hoje extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) ministraram cursos de técnicas de interrogatório e tortura para militares chilenos.
Em uma entrevista ao jornal O Estado de São Paulo (30/12/2007), o general Agnaldo Del Nero Augusto admitiu que o Exército brasileiro prendeu militantes montoneros e de outras organizações de esquerda latino-americanas e os entregou aos militares argentinos. “A gente não matava. Prendia e entregava. Não há crime nisso”, justificou na época o general. Humildade dele. Além de prender e entregar, os militares brasileiros também torturavam e treinavam oficiais de outros países a torturar. Em um dos documentos divulgados no Paraguai, um militar brasileiro diz a Pinochet para enviar pessoas para se formarem em repressão no Brasil, em um centro de tortura localizado em Manaus.
Durante a ditadura, o Brasil sustentou política e materialmente governos que torturaram e assassinaram milhares de pessoas. Esconder essa conexão é fundamental para a Folha afirmar a suposta existência de uma “ditabranda” no Brasil. A ditadura brasileira não teve nada de branda. Ao contrário, ela foi um elemento articulador, política e logisticamente, de outros regimes autoritários alinhados com os EUA durante a guerra fria. O editorial da Folha faz eco às palavras do general Del Nero: “a gente só apoiava e financiava a ditadura; não há crime nisso”.
Não é coincidência, pois, que o mesmo jornal faça oposição ferrenha aos governos latino-americanos que, a partir do início dos anos 2000, levaram o continente para outros rumos. Governos eleitos no Brasil, na Venezuela, na Bolívia, na Argentina, no Paraguai e no Uruguai passam a ser alvos de uma sistemática oposição midiática que, muitas vezes, substitui a própria oposição partidária.
A Folha acha a ditadura branda porque, no fundo, subordina a continuidade e o avanço da democracia a seus interesses particulares e a uma agenda ideológica particular, a saber, a da sacralização do lucro e do mercado privado. Uma grande parcela do empresariado brasileiro achou o mesmo em 64 e apoiou o golpe. Querer diminuir ou relativizar a crueldade e o caráter criminoso do que aconteceu no Brasil naquele período tem um duplo objetivo: esconder e mascarar a responsabilidade pelas escolhas feitas, e lembrar que a lógica que embalou o golpe segue viva na sociedade, com um discurso remodelado, mas pronto entrar em ação, caso a democracia torne-se demasiadamente democrática.
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