POR 30 ANOS ONDE ESTEVE O POVO DA PRAÇA TAHIR?

Há 32 anos o Egito assinou o acordo de paz com Israel, e desde então vem cumprindo à risca o que os EEUU e demais aliados chamam de paz na região.
Há 30  anos Mubarak foi eleito presidente (?) e por 30 anos serviu com fidelidade aos EEUU e Israel, em nome do povo egípcio.
Por 30 anos isolou o Líbano e a Síria do contexto árabe de resistência a Israel.
Nestas três décadas Mubarak  acumulou uma fortuna pessoal de milhões de dólares. Pelos serviços prestados, naturalmente. Nada mais justo, kiakiakia.
E  provavelmente toda a cúpula que o apóia e cerca  há trinta anos também encheu as birras de dólares.
Mas de repente, não mais que de repente, ele já não seve mais aos EEUU.
Obama declara que deseja uma transição. Ou seja: “queremos ele fora,e novas regras do jogo.”
Isto é o que está em jogo.
Porque o povo egípcio esperou 30 anos para protestar?
O que ganhava o povo egípcio durante estes 30 anos para permanecer calado, conivente,  com apenas minorias oposicionistas ?
Onde a CIA meteu o dedo nestas manifestações pela derrubada de Mubarak? Sim , porque de uma hora para outra parece que o Egito todo sempre repudiou o Ditador e a regime. Quando sabemos que foram 30 anos...
Que negociações foram e estão sendo feitas à revelia das massas e do povo egípcio neste momento?
Vai mudar  a política do Egito em relação ao Likud de Israel e ao Estado Palestino?
Muda debaixo das rédeas e controle dos EEUU e da Comunidade Européia,  desde as primeiras horas da rebelião da praça Tahir?
A festa está muito bacana. Como cantou Chico: “Foi bonita a festa, pá...”
Depois os cravos murcharam e Portugal virou as costas ao Terceiro Mundo,e  à Revolução Popular e Socialista..
E a festa egípcia, aonde vai levar?
Ela está apenas começando.
Como vai ser o fim da festa?
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BATMAN CONTRA OS PETRALHAS.

Por ser tão absurdo e conotativo, partindo do PIG, peço licença ao site www.melhoresdomundo.net para republicar aqui o que acabo de ler.






Lendo o ótimo Multiverso DC me deparei com a polêmica da semana. Aparentemente, Bruce Wayne assina a publicação de direita da editora Abril ao usar um termo cunhado por seus colunistas.
[Mais:]
Já faz alguns anos que o colunista Reinaldo Azevedo, da Veja, cunhou o termo "petralha". O neologismo é uma mistura de "petista" (simpatizante ou membro do Partido dos Trabalhadores) e irmãos Metralhas, os gêmeos bandidos do universo Disney. Em janeiro, a Panini usou o termo em uma tradução para uma história... Do Batman! Em Batman 98, mais especificamente em uma história de Grant Morrison e Cameron Stewart (publicada originalmente em Batman and Robin #7 lá fora), na página 34 "petralha" surge para substituir a palavra "Nasty". Veja a descrição da cena do usuário Flávio, do Forum Miolos:
O carcereiro que acompanha o morcegão na prisão se refere ao vilão Rei Perolado do Crime como “petralha”. Até onde sei, essa expressão ainda não foi dicionarizada. Trata-se de um neologismo criado por Reinaldo Azevedo, blogueiro da Veja, para designar petistas (petralhas = petistas + Irmãos Metralhas). No original, foi usada a palavra “nasty” (que pode ser traduzida como asqueroso ou desagradável). Achei no mínimo inusitada a opção do tradutor.
Claro, a tradução é uma arte que exige muitos julgamentos subjetivos. Se ainda assim, você acha que é possível uma interpretação que leve a essa opção, recomendo que dê uma olhada em todas as opções que a ferramenta do google sugere. Caio Lopes/DVL é o responsável pela versão em português da HQ. Você encontra uma lista de seus trabalhos em quadrinhos aqui.

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Diversos partidos contribuíram positivamente para o Brasil. Do PMDB ao PSOL, passando sim por PT e PSDB nos últimos anos. Tentar qualificar um ou outro como bandidos, acaba sendo um desrespeito à democracia e à história. "Petralha" é um termo que ficaria ótimo como restrito às publicações que defendem uma bandeira de oposição radical ao governo. É difícil aceitar que alguém use um trabalho com outro foco para defender essa visão. Passa longe de ser uma prova de respeito aos leitores. Ou à democracia. É bom lembrar que nas eleições do ano passado, a internet foi palco de um dos climas mais intolerantes que já vi na vida, digno talvez do pleito de 89. Até o aborto virou bandeira de programa eleitoral.
Não dá para elogiar nada que reviva esse clima.
Após ler o post, pedi uma posição oficial da Panini. Esperava que a editora assumisse uma posição política - o que não deixa de ser direito de qualquer empresa nacional - ou lamentasse a tradução. A resposta, admito, me surpreendeu e veio assinada por Marcio Borges, diretor de Marketing e Comercial da editora:
A Panini considera o termo “petralha” como uma gíria que vem se popularizando no Brasil, e independente da origem do termo, não é mais utilizado no linguajar popular apenas com conotação política, mas como sinônimos para asqueroso, nojento, etc. A empresa ressalta que não tem qualquer intenção de utilizar seus produtos editoriais de entretenimento para fins políticos.

Ou seja, a Panini assina embaixo da tradução e a inclui em seu próprio dicionário. Fico feliz de ver a editora não querer usar produtos editoriais de entretenimento - que fazem sucesso por representar ideais além de qualquer ideologia - mas não dá para concordar com a sua interpretação do neologismo. Em nenhuma época a língua foi feita de cima para baixo de qualquer pirâmide. Editoras trabalham com a língua construída pelo povo. Qualquer linguista irá confirmar que são as pessoas e suas interpretações que constroem e reconstroem seus idiomas.

Então pergunto ao Google: o termo "petralha" tem essa conotação plural ou é exclusivamente político? E ele me diz que a Panini está errada. Seja qual for a intenção da editora, sua ação acaba trazendo uma discussão que nenhum leitor de quadrinhos quer ver quando vai ler um gibi do Batman. Se ninguém liga se Bruce Wayne é republicano ou democrata, que tal não fazer essa opção por ele? A gente só quer saber como ele vai derrotar seu vilão e não em quem ele vota. Grato.
Bugman é a favor de traduções menos ideológicas .


Bugman Email
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PODEROSO CHEFÃO DA RBS É PROCESSADO POR LAVAGEM DE DINHEIRO

O empresário gaúcho Nelson Pacheco Sirotsky, presidente do Grupo RBS, conglomerado mafiomidiático que opera 20 emissoras de televisão (afiliadas à Rede Globo), 21 emissoras de rádio e oito jornais diários em dois estados brasileiros (RS e SC), foi denunciado, em Ação Penal movida pelo Ministério Público Federal, como incurso no artigo 21, § único, da Lei 7492/86. Trata-se da Lei dos Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional e de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Seu sócio no império, Carlos Eduardo Schneider Melzer, também é réu no mesmo processo.
Se condenado, o capo pode amargar até quatro anos de xilindró.
O caso está na Justiça Federal da 4ª Região, 1ª Vara Criminal de Porto Alegre, e pode ser acompanhado aqui.
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Para quem não sabe, Nelsinho, verdadeira reserva moral de nossa pátria, também preside a ANJ (Associação Nacional de Jornais) e a ABERT (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão).
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Mubarak caiu !


Al Jazeera ao vivo


Multidão nas ruas comemora renuncia de Mubarak

Por todo o Egito o povo ocupa as ruas e comemora a renúncia de Hosni Mubarak. O ditador, no poder há 30 anos no Egito, deixou a capital Cairo com sua família rumo a sua residência de veraneio em Sharm el Seij.

O vice-presidente Omar Suleiman falou na televisão estatal egípcia e fez um breve comunicado: “o presidente Hosni Mubarak passou seus poderes às forças armadas do país.” Suleiman também renunciou ao poder e o passou a um Conselho Militar.

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Tahrir Square reage ao discurso de Mubarak




Egípcios furiosos com a permanência de Mubarak

por Tom Perry, Reuters

CAIRO (Reuters) – A alegria se transformou em desespero e raiva na praça Tahrir, no centro do Cairo, quando o presidente do país, Hosni Mubarak, acabou na quinta-feira com a esperança de centenas de milhares de manifestantes que exigem sua renúncia após 30 anos no poder.

A multidão acampada na praça dançava, cantava, gritava frases e exibia um mar de bandeiras egípcias, nas cores vermelho, branco e preto, na expectativa de que o tão esperado discurso iria satisfazer o desejo do povo de ver o líder renunciar ao cargo.

“Ele sai nesta noite, nesta noite ele sai”, cantavam alguns na medida em que as notícias sugeriam que Mubarak realmente renunciaria.

Foram muitos os boatos. Alguns diziam que ele iria à Alemanha, enquanto outros estavam confiantes de que o presidente viajaria para os Emirados Árabes Unidos.

Os organizadores do protesto pintavam os rostos daqueles que aderiam ao movimento com as cores nacionais do país. Num certo momento, a praça Tahrir pareceu sediar uma festa de carnaval ao invés de um protesto.

Como de costume, egípcios de todos os estilos de vida e convicções políticas estavam unidos, de islâmicos a esquerdistas seculares, liberais e famílias inteiras.

Uma garota, sentada sobre os ombros de seu pai, tinha a palavra “saia” pintada em sua testa, repetindo a principal exigência de uma multidão que tomou conta da praça Tahrir ao longo da semana.

Momentos antes de Mubarak começar a falar, os manifestantes diziam que estavam prestes a testemunhar a história. “Senta, senta, senta”, gritavam alguns.

Milhares responderam, sentando no chão da praça, numa cena que refletia o espírito de cooperação no acampamento de protesto.

Na grande tela à frente, a aparição do presidente de 82 anos fez com que todos pedissem o fim de qualquer burburinho. Novamente, a multidão cooperou. Um manto de silêncio caiu sobre a praça Tahrir.

SAPATOS

Sob um céu claro e uma meia-lua, os soldados em cima de tanques e veículos blindados prestavam mais atenção ao discurso do que qualquer outra pessoa. Alguns fumavam cigarros quando o presidente começou a falar.

Em menos de um minuto, a alegria da multidão deu lugar à aflição. Um homem abaixou a cabeça na medida em que ficava claro que Mubarak não pretendia renunciar.

Alguns tiraram os sapatos, acenando com a sola em mãos. Outros exibiram sua desaprovação com os dedos ou fizeram sinais negativos para Mubarak. Alguns choraram.

Na metade do discurso, a paciência dos manifestantes pareceu se esgotar. Eles se levantaram e gritaram: “Saia, saia, saia.”

“Ele não quer entender. O povo não o quer no poder”, disse Hesham al-Bulak, de 23 anos. “Ele está se mantendo no poder de uma forma que é totalmente bizarra.”

Alguns manifestantes abandonaram o local logo em seguida, enquanto outros ficaram onde estavam, gritando frases de protesto. Falando aos que deixavam a praça, um organizador, com os olhos cheios de lágrimas, gritou: “Não desanimem, não desanimem.”

“Não há desânimo”, respondeu um manifestante. “Não há desespero e não há rendição.”


via Vi o Mundo


AO VIVO pela Al Jazeera

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