Bruxas e Duendes

Diário de Sorocaba/SP, 31/10/10.
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Nao devemos mais dar atencao para o que esse imbeciloide fala.

Caro Ruy, penso que nao devemos mais dar muita atencao para o que esse imbeciloide fala. Ja aguentamos oito anos de "conversa mole" e ninguem tomou providencias. O que nos resta agora e procurar um meio de apoiar o TCU que a bem da verdade foi sempre condescendente com esse meliante. Sem falar na CGU que foi proibida de divulgar os gastos com Cartoes Corporativos pelo proprio Lula e nadou num mar
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DILMA x MARINA x SERRA E A PERERECA


Antes das eleições postei este seguinte texto no blog do PPS - depois retirado- e que repasso aqui, para o bom humor de todos, e lembrança das eleições. rsrsrs

(Teatrinho Dialético. Abre o pano. Pai e filho em cena. Pai lê O Globo e filho adolescente tuita na Web)

Filho - Pai, a gente vai apoiar o Serra porque ele lutou pela democracia né?

Pai - Pois é...

Filho -Mas a Dilma também lutou, né?

Pai -Pois é...

Filho - Então porque a gente não apoia a Dilma ?

Pai - Porque ela lutou pela democracia mas apoia o Fidel , e o Irã contra os EEUU. E foi indicada pelo Lula.

Filho - Ah...mas a gente sempre apoiou o Fidel e era contra os EEUU...

Pai -Pois é...

Filho - E porque a gente não topa o Lula, já que sempre lutamos pra ter um operário no poder?

Pai - Pois é...

Filho - E o Serra não está aliado com o DEM, antigo PDS, PFL antigo ARENA, que vem do tempo da Ditadura e contra a democracia, e a favor dos EUU?

Pai -Pois é...Mas a Dilma tem apoio do Helio Costa, do Sarney, do Collor, do Jader Barbalho e Geddel Vieira Lima...que vem do tempo de ACM e da Ditadura...

Filho - Pois é...mas o Roberto Jefferson e o Maluf estão no apoio ao Serra, e o Bolsonaro também está na aliança...

Pai - Pois é...

Filho - E O Globo, a Folha, e a Igreja que apoiaram o Golpe Militar de 64 agora também apoiam o Serra porque ele lutou pela democracia, né?

Pai - Pois é...


Filho -E porque a gente não apoiou então a Marina Silva? Ela também lutou pela democracia, né?

Pai - Lutou mas com apoio de Jesus... ela é de Jesus...contra aborto, a sexualidade e a favor dos índios e dos papagaios e das pererecas...

Filho - Mas nós também não somos chegados numa perereca?

Pai - Pois é...mas a perereca dela é selvagem.

Filho - Mas se o vice dela era aquele cara que faz perfumes, como pode ser selvagem?

Pai - Pois é...

Filho - E o que isso tem a ver com o aborto?

Pai - Pois é...deixa o caso do aborto de fora, já tá complicado demais.

Filho -Então vai ver a gente não apoia a Dilma por causa da política economica do Lula né?

Pai -Pois é...

Filho -Mas não é a mesma do FHC?

Pai - Pois é...mas tem umas diferencinhas...

Filho - Quais?

Pai – (Perdendo a paciência) Ah... NÃO SEI MENINO!!! NÃO ME ENCHE O SACO: JUNTA O ALCKMIN, O JEFFERSON, O ÍNDIO, O MALUF, FREIRE, ORESTES QUERCIA,GABEIRA, BOLSONARO, CESAR MAIA, TUMA, GAROTINHO, ITAMAR, MALAFAIA,GLORIA MENEZES, O ARCEBISPO, O VEREZA ... JUNTA TUDO ISSO NUM BALAIO SÓ, APOIA O SERRA, VOTA PELA DEMOCRACIA E NÃO ME TORRA MAIS A PACIÊNCIA!!!!!!!!

Filho - Mas o senhor falando assim nesse tom não é o tal Centralismo Democrático?

Pai - Pois é...

Filho -Então porque a gente não faz aliança com o PCdoB?

(Fecha o pano rápido: uma cortina vermelha, pra lembrar do tempo em que tudo era mais claro.)

Filho -Ou não...

Pai - Pois é...

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Tarso anuncia Arno Augustin na Fazenda

Na tarde esta segunda (08), o governador eleito Tarso Genro anunciou mais um nome para o secretariado: Arno Augustin será o titular da Fazenda. Economista formado pela UFRGS e com mestrado na PUC, Arno atualmente é secretário do do Tesouro Nacional. Já ocupou a secretaria estadual (1999-2000) e municipal da Fazenda, na Prefeitura de Porto Alegre (1992-1998). Arno também trabalhou no Tribunal de Contas da União, na Assembleia Legislativa, Ministério da Fazenda e foi presidente dos Conselhos de Administração do Banrisul, CEF e Basa. Arno e Tarso já trabalharam juntos quando o governador eleito foi prefeito e vice-prefeito da Capital.

PRB fará parte do governo Tarso

Uma reunião ocorrida nesta terça-feira (09), no centro de treinamento da Procergs, selou a participação do PRB no governo de Tarso Genro. O partido terá espaço na administração estadual e o deputado Carlos Gomes irá integrar a base aliada na Assembleia Legislativa.

Com isso, o governador eleito já garantiu o apoio de 25 deputados (PT – 14, PTB – 6, PSB – 3, PC do B – 1, PRB – 1). Nas próximas semanas o PDT, que elegeu uma bancada de sete deputados, também deve confirmar participação no Governo Tarso.

“Para montar um governo de coalizão, como fizemos no governo federal, precisamos buscar o apoio de partidos que tenham propostas compatíveis com o nosso programa de governo. E é isso que estamos fazendo”, ressaltou o governador.


Fonte: rs13 AQUI e AQUI.

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Desejamos que essa coalizão montada pelo Governador eleito Tarso Genro resulte em um trabalho que garanta o programa de governo elaborado a partir de discussão da sociedade riograndense, que quis participar da elaboração do documento. Lembrando que, em discurso de vitória, os partidos integrantes deveriam aderir às tais propostas.
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Sobre a privataria na educação e a mídia brasileira

Idelber Avelar em seu blog.

Seria bastante tedioso seguir o auê que se armou na mídia brasileira acerca do erro detectado em 2.000 provas do Enem este fim de semana, especialmente tendo só as informações de que dispomos: um erro técnico, assumido pela gráfica, e que atinge 0,06% dos envolvidos no exame nacional. De uma discussão que teria sentido e que valeria a pena ter-- qual a falha que o Inep poderia ter sanado e como evitá-la da próxima vez – passa-se logo a julgamentos peremptórios sobre a ideia em si (que é excelente) ou, pior, o ministério como um todo. “Acéfalo” foi o mínimo que ouvi de gente que deveria ter visão mais matizada das coisas. 

Isso ocorreu, lembremos, por falha de impressão em provas que afetaram zero vírgula zero seis por cento dos três milhões e meio de estudantes envolvidos num processo nacional, que cria condições para que o país se livre de uma de suas piores máfias, aquela que se encastelou durante décadas ao redor desta nefasta instituição chamada vestibular. Não é à toa que a gritaria é braba. Grana, baby, grana. 

É tedioso o debate sobre a significação desse erro em particular quando se perde o quadro geral do ENEM também porque, como educador, seria, para mim, motivo de júbilo ter algum dia uma taxa de 99,04 99,94% de acerto. Aliás, eu a entenderia como um sucesso absoluto. Se, ao final da carreira, eu descobrisse que somente em 0,06% dos casos euj fui, por exemplo, injusto na nota (por desatenção, cansaço, erro de memória ou matemática, interferência involuntária de outra emoção etc.), eu certamente me daria por satisfeito e realizado. Caramba, nem em doutas decisões (pdf) de magistrados encontra-se uma taxa de acerto de 99%, sequer em questões como ortografia ou aplicação das regras de pontuação. Mas, para o Estadão, o erro que atingiu 0,06% dos alunos do ENEM (que podem repetir o processo fazendo exames análogos, óbvio, especialmente sendo, como são, um grupo estatisticamente minúsculo) prova que há uma hecatombe no Ministério da Educação brasileiro. Seria só mais uma grita, se não fosse bem mai$ que i$$o.
Como sempre, claro, há que se precaver contra conclusões apressadas, mas dadas algumas coisas que sabemos, não custa perguntar: estão claramente declarados todos os interesses que incidem sobre os interlocutores acerca desse negócio? Este blog entende que ainda não estão suficientemente explícitos, por exemplo, os laços que ligam certos setores da educação privada do Brasil com certos grupos de mídia e suas respectivas famiglias. Quando digo que não estão “explícitos”, me refiro, claro, a laços encontráveis no Diário Oficial. Nos próprios canais de TV, jornais e revistas desses grupos, evidentemente, não há sequer menção desses laços. 

Sabemos que a Editora Abril entrou no negócio (digamos na galinha dos ovos de ouro) do livro didático, tendo ela já acedido—cortesia do tucanato paulista—ao ganso dos ovos de ouro das assinaturas sem licitação, bagatelas de oitenta milhões de reais. Sabe-se também do amplo trânsito que tem no Grupo Folha o conselheiro do oligopólio editorial Santillana, Paulo Renato Costa Souza, ex-ministro da Educação do tucanato e atual secretário de Educação de São Paulo. Sabemos, por exemplo, que em meia duzia (entre dezenas e dezenas) de canetadas da Fundação para o Desenvolvimento da Educação de SP—cujas funcionárias às vezes aparecem em programa eleitoral--, a bagatela de nove milhões de reais irrigou os cofres de Globos e Folhas por assinaturas, claro, de licitação inexigível, mais ou menos tão inexigível como a autenticidade da ficha policial falsa de Dilma recebida pela Folha como spam, se é que me faço entender. Também é sabido que a Veja com frequência atua como o “braço armado” do Grupo Abril para aniquilar concorrentes no negócio, em operações já mais que observadas nas matérias da revista sobre o ensino. Para quem quiser se aprofundar nessa documentação, referência ineludível é o livro de Geraldo Sabino Ricardo Filho, A boa escola no discurso da mídia – Um exame das representações sobre educação na revista ‘Veja’ (1995-2001) (Editora Unesp). 

Menos documentadas estão outras histórias, como por exemplo o bizarro episódio em que o estado de São Paulo dispensa a famosa inexibilidade (o princípio que rege todas as compras de assinaturas dos grandes grupos de mídia por lá) e realiza uma licitação para a aquisição de DVDs “Novo Telecurso”, tanto para o ensino fundamental como para o médio. Êba! Capitalismo e livre concorrência! Seria para se celebrar mesmo. Especialmente, como veremos, no Jardim Botânico.

Com fulminante rapidez, o edital é publicado em 25/07/99 e o resultado do certame sai em em 11/08/99, com vitória do Grupo Globo-- o que não chega a surpreender, dado o fato de que a Fundação Roberto Marinho, salvo engano deste atleticano blog, é a única entidade que produz qualquer porra chamada “Novo Telecurso”. Evidentemente, os pagamentos com dinheiro público paulista não falharam. R$ 4 milhões depositados em 26 de agosto e mais R$ 9 milhões no dia 29 de agosto. 

Mas as diversões proporcionadas por esse curioso caso não param por aí. A Fundação Roberto Marinho licita com exclusividade três editoras, e somente três, para distribuir os materiais do telecurso: duas delas são conhecidas, a Posigraf (da Positivo) e a IBEP Gráfica LTDA (manjadas de quem acompanha as compras da Secretaria da Educação de SP). A terceira é de estatuto deveras nebuloso: Editora Gol LTDA. Será que a existência de tão insólita e desconhecida editora, licitada como uma das três exclusivas distribuidoras do “Novo Telecurso” que faz negócios de dezenas de milhões de dinheiro público não seria de interesse de algum jornalista da mídia brasileira? 

Pode ser, mas esperemos sentados. Enquanto isso, continuamos aprendendo com o NaMaria News, de onde saíram os dados para os dois parágrafos anteriores. 

Como algumas dessas questões voltaram a me interessar, decidi marcar uma sessão da Twitcam para esta terça-feira, às 19:30, horário de Brasília. Para quem quiser compilar coisinhas sobre esse bilionário negócio, o blog recomenda, além do NaMaria News, os arquivos do Cloacão sobre Paulo Renato e um texto da revista Veja, de 20/11/91 (encontrável lá nos arquivos), intitulado “A Máquina que Cospe Crianças”-- e mais o que a diligência de vocês desenterrar, é claro. Há verdadeiras pérolas sobre este assunto escondidas por aí.
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