Tarso anuncia dois novos secretários
O governador eleito Tarso Genro confirmou esta tarde dois novos membros de seu futuro governo. Carlos Pestana Neto assumirá a chefia da Casa Civil e João Motta será o secretário de Planejamento do Rio Grande do Sul.


Eles se juntam a outros seis nomes anunciados por Tarso na semana passada: Abgail Pereira (Turismo), Beto Albuquerque (Infra-Estrutura), Estilac Xavier (Governo), Luis Antonio de Assis Brasil (Cultura), Marcelo Danéris (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) e Mauro Knijnik (Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento).
Fonte: rs13
Mapa da eleição do dia 31 de outubro de 2010
Escreve Conceição Oliveira em seu blog Maria Frô:
Alê Porto: O Brasil não é vermelho nem azul
O leitor João Ferrari sugeriu:
Alguém que entenda de arte gráfica poderia fazer um mapa do Brasil, com cada estado dividido em duas partes, azul e vermelha, proporcionalmente dividido de acordo com a votação recebida, para mostrar mais claramente que a parte vermelha é muito grande no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Este mapa desmistificaria o mapa falseado usado pela imprensa com estados azuis e vermelhos inteiros, quando na realidade são divididos. O apelo visual seria muito forte, é talvez o mais forte….
Vários twitteiros ajudaram a organizar os dados e o @aleportoblog desenvolveu o mapa interativo reproduzido abaixo. Ao clicar em cada estado você pode conferir a percentagem que cada candidato recebeu no segundo turno.
Quem sabe assim os preconceituosos que desprezaram o voto, a cultura, o trabalho e a importância do Norte e Nordeste do país sintam ao menos vergonha por serem tão mal informados?
DERROTA SOBE À CABEÇA DOS GOLPISTAS
Editorial do Brasília Confidencial
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Não ao terceiro turno
Parcela minoritária e barulhenta de derrotados nas urnas reagiu ao resultado da disputa pela Presidência da República como se fosse passível de desmerecimento, contestação e enfrentamento a decisão majoritária de tornar Dilma Rousseff a sucessora do presidente Lula. Essa parcela reagiu, enfim, como quem inaugura ou pretende inaugurar uma espécie de terceiro turno imprevisto pela legislação, indesejado pela população, insultuoso ao eleitorado e improdutivo para o país.
A ideia de iniciar um terceiro turno se evidencia na edição de ontem dos principais diários impressos do país. Começa na informação de que, antes mesmo de começar, o Governo Dilma já vive sua primeira crise causada pela presença explícita ou pela sombra ameaçadora de Lula, que seria candidato à Presidência em 2014. O terceiro turno se insinua também entre o receio de que Lula interfira no governo, tutelando Dilma, e o medo de que não faça isso e deixe o caminho livre para a hegemonia da esquerda do PT. É deflagrado também, o terceiro turno, no pavor provocado pela maioria de praticamente três quintos no Congresso, que poderia dar a Dilma força suficiente para legislar conforme bem quisesse.
O segmento da mídia que orienta os partidos de oposição participa da tentativa de inaugurar o terceiro turno com o mesmo método jornalístico adotado desde o primeiro semestre do ano passado: textos, comentários, notas e artigos que depreciam Dilma tentando reduzí-la a uma figura influenciável e manipulável. Desmereceram a candidata, agora desmerecem a presidente eleita e, desde já, seu futuro governo.
A motivação da imprensa aliada aos partidos de oposição antecede a ideia de golpe. Os jornais acreditam representar o pedaço do Brasil que rejeitou Dilma.
Dilma foi eleita pelo Brasil setentrional. A oposição é o Brasil meridional. É verdade que Dilma fez muito mais votos na parte Sul do que Serra obteve na parte Norte. Mas ela perdeu entre os ‘sulistas ou ‘confederados’, que formam o Brasil da mídia. O Brasil de Dilma é o Brasil sem mídia. E o terceiro turno é, a par de um desejo de facções partidárias oposicionistas, uma tentativa da imprensa mais poderosa do Brasil meridional de expulsar para o Brasil setentrional a candidata e futura presidente dos pobres, dos excluídos, dos desvalidos, dos discriminados, dos trabalhadores, da classe operária.
Até aqui, Dilma mostrou que é muito maior do que se dizia dela no início da campanha. Mostrou que é capaz de traduzir perfeitamente a ideia da eficiência e da continuidade de um projeto bem sucedido e aprovado. Venceu a campanha eleitoral mais sórdida, repugnante e infame da história republicana. Venceu uma oposição torpe e uma imprensa indecente. E, no primeiro discurso de presidente eleita, estendeu a mão aos adversários propondo trabalho e união pelo país.
A deflagração do terceiro turno para o período 2011/2014 equivale ao anúncio de, no mínimo, mais de 1.400 dias de campanha e de confronto. Com certeza, não é o que quer e muito menos é de que precisa o povo do Brasil.
Dilma, liberdade de expressão e os valores liberais
Na entrevista da manhã de hoje, Dilma defendeu a liberdade de expressão pelo melhor motivo disponível: porque sem ela certas alternativas se fecham, o que fecha nossos horizontes, e nos prejudica no desenvolvimento das nossas capacidades e potencialidades.
Ela viveu sob tal limitação como jovem dos anos do AI-5, e por isso quer evitá-la.
É de se notar que tal razão para a defesa da liberdade de expressão é a mesma de John Stuart Mill, muito bem sintetizada no texto de Humboldt que serve de epígrafe. O que coloca Dilma em um vínculo normativo com valores liberais bem fundamentais.
Enquanto isso, a oposição continua manchada com uma agenda fundamentalista baseada em emoções negativas, ao invés de razões. Seria bom se ela repensasse -- ou pensasse em -- seus valores de base, e modificasse suas práticas para melhor refletí-los.
Clique para ver...
Ela viveu sob tal limitação como jovem dos anos do AI-5, e por isso quer evitá-la.
É de se notar que tal razão para a defesa da liberdade de expressão é a mesma de John Stuart Mill, muito bem sintetizada no texto de Humboldt que serve de epígrafe. O que coloca Dilma em um vínculo normativo com valores liberais bem fundamentais.
Enquanto isso, a oposição continua manchada com uma agenda fundamentalista baseada em emoções negativas, ao invés de razões. Seria bom se ela repensasse -- ou pensasse em -- seus valores de base, e modificasse suas práticas para melhor refletí-los.
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