NEM A TURRONA, NEM O BONZINHO: GAÚCHOS APOSTAM NA COMPETÊNCIA E NO DIÁLOGO

A estupenda vitória de Tarso Genro para governador do RS no primeiro turno (algo impensável por aqui), remete a algumas reflexões acerca das transformações na forma de fazer política no RS.

Nesta eleição, além de Tarso, disputaram dois velhos conhecidos dos gaúchos: a atual governadora Yeda Crusius (PSDB) e o ex-prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB).

A primeira, turrona e bravateira, fez um governo medíocre, marcado por escândalos de corrupção (somente a Operação Rodin, da PF, levantou desvios de 44 milhões no DETRAN gaúcho), além de um mal-explicado investimento imobiliário (comprou uma mansão logo após ganhar a eleição, tendo um salário - ela e o ex-marido - de professores universitários aposentados), justificado com uma labiríntica operação de compra e venda de outros imóveis com familiares de um secretário do seu governo. Além disso, passou o governo todo em pé-de-guerra com a maior parte do funcionalismo público do Estado. Perseguiu freneticamente o "equilíbrio fiscal", cortando programas sociais e contigenciou verbas para a educação e a saúde. Termina o governo com o escândalo da arapongagem na Casa Militar, onde servidores de escalões inferiores do órgão e até - pasmem - jornalistas da "ética" RBS detinham senhas de acesso ao Sistema de Consultas Integradas da Secretaria de Segurança, que permitiam o acesso a informações sigilosas de quaisquer cidadãos.

Fogaça encarnou a figura do bonzinho, com uma conversinha mole de "união do Rio Grande" e que iria "aproveitar as boas iniciativas dos governadores que o antecederam", versão aprimorada do famoso "fica o que está bom, muda o que não está", bordão que já tinha lhe rendido duas eleições para a Prefeitura da Capital gaúcha. Governante medíocre e sem a menor aptidão para a exercício do Executivo, deixou sua administração correr frouxa, permitindo o surgimento de "ilhas" ocupadas por grupos cujas ações resultaram em graves denúncias de corrupção, como os escabrosos casos da Secretaria da Saúde, um deles envolvendo o assassinato do próprio secretário e as conversas gravadas envolvendo o seu Secretário mais próximo e um empresário local interessado nas licitações no milionário "Programa Integrado Sócio-Ambiental" (PISA), destinado ao tratamento de esgotos. Famoso por ficar sempre em cima do muro, conseguiu a façanha de ficar "imparcialmente ativo" (seja lá o que isso signifique) na eleição presidencial, não apoiando publicamente nenhum candidato, coisa que gaúcho detesta.

Tarso chegou à campanha trazendo uma volumosa bagagem de projetos exitosos desenvolvidos nos ministérios que ocupara no governo federal, tais como o ProUni e PRONASCI. Tarso, além de apresentar projetos de governo consistentes, se qualificou como o único interlocutor capaz de estabelecer um diálogo com todos os setores da sociedade gaúcha, dos pequenos agricultores ao empresariado industrial, propondo parcerias com o governo federal para o desenvolvimento do Estado.

Os gaúchos, cansados de uma espécie de bipolaridade que colocava o Rio Grande quase sempre de costas para o Brasil, nem hesitaram: votaram maciçamente em Tarso, liquidando a fatura ainda no primeiro turno. Mostraram que não querem mais nem turrões, nem bonzinhos, querem se reconciliar com um Brasil que progride, melhora a vida de milhões de pessoas e aposta no futuro.
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Dois pesos

De Maria Rita Kehl - O Estado de S.Paulo

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano. Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.
 
Comentário do Blog:

Você que acreditou naquela manifestação recheada de oposicionistas ao governo Lula na defesa da liberdade de imprensa ocorrida no Largo São Francisco, apoiada pelos grandes jornalões, o Estadão à frente, não será fácil entender o que é liberdade para essa gente. Um mero ato de campanha eleitoral. Afinal, como explicar agora que o Estadão demite uma jornalista por escrever um artigo que simplesmente coloca a verdade no devido lugar, embora seja indigesto para a turma oposicionista.

Mesmo que discorde do teor da matéria, a verdadeira liberdade de imprensa deveria garantir o direito à diversidade de opiniões. Se o jornalista não tem liberdade para exercer sua profissão, como podemos classificar a imprensa de livre.

O jornal quando explicitou seu apoio ao candidato José Serra fez questão de afirmar que isso não significava interferência no conteúdo da cobertura jornalística. Talvez seus profissionais tenham acreditado naquela lorota. Porém, na primeira matéria que trata de dar um equilíbrio à produção jornalística, o Estadão simplesmente pune a jornalista com a demissão.

Agora vocês entendem o significado de liberdade de imprensa para Estadão/Folha/Veja/Globo, bem como para os DEMOS-TUCANOS.

Lembrete: Poucos dias atrás, Andréia Neves, irmã de Aécio Neves, reuniu-se com o jornal Hoje Em Dia, de Belo Horizonte. Logo após a reunião, o editor de Política do jornal, Orion Teixeira, foi demitido, depois de 20 anos no cargo. O jornalista tinha reformulado a linha editorial que culminou com a produção de matérias investigativas. Curiosamente, após a vista de Andréia Neves, o jornal voltou a fazer matérias de apoio a Anastasia e Aécio.
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DOIS RATOS DE ESGOTO ATORMENTADOS PELAS PRÓPRIAS EXISTÊNCIAS

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Marina,... você se pintou?

Maurício Abdalla* para Adital - 05/10/2010

"Marina, morena Marina, você se pintou" - diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o "grito da Terra e o grito dos pobres", como diz Leonardo.

Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as "famiglias" que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.

Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas "os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz". Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.

Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. "Azul tucano". Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.

Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a "vitória da Marina". Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.

"Marina, você faça tudo, mas faça o favor": não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você "tanto faz". Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem "esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele".

Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas, Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. "Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu".

* Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros
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Por que a mídia não é tema nos debates eleitorais?

Por Marlos Mello em 5/10/2010 no Observatório da Imprensa

Ao se contemplar o cenário político-eleitoral brasileiro, nota-se uma série de mudanças e transformações ocorridas de maneira ágil e intensa. O Brasil é um país que vive a democracia e sua população tem nas campanhas eleitorais a oportunidade de ouvir e de dizer o que percebe estar certo e o que precisa mudar. Sob o olhar da democracia, o brasileiro e a brasileira têm a chance de mostrar sua cidadania.

Neste breve texto não entraremos no mérito do significado de cidadania. No entanto, acreditamos que durante as eleições, ser cidadão está vinculado a tudo que corresponde pensar estrategicamente, ou seja, à visão de que os cidadãos podem e devem se apropriar desse conjunto de informações forjadas durante o período eleitoral e fazer, desses saberes, instrumentos na sua atuação diária, nas decisões e escolhas que lhe são de direito.

Vigora, em alguns lugares do Brasil, a ideia de que tudo é respondido nos debates eleitorais na televisão e que somente com essas respostas o eleitor torna-se apto a fazer sua escolha. Entretanto, vamos parar um instante e perguntar: como é definida a pauta de questões relevantes a serem discutidas nos debates? Não sei se você sabe, mas entre os candidatos e os promotores do evento é feito um acordo a fim de decidir os temas. Porém, seria mais justo se a pauta de perguntas fosse posta para a deliberação pública, você não acha? Dito de outra maneira, não seria a população brasileira capacitada para formular as preocupações públicas? O impacto da definição de pauta pelos meios atuais é perceptível não apenas no cidadão comum, que tende a entender como mais importantes as questões destacadas pelos meios de comunicação, mas também no comportamento dos candidatos, que se veem na obrigação de dar uma resposta àquelas questões.

Comunicação hegemônica e alternativa

Um dos pontos que perpassa várias destas contradições é o papel dos meios de comunicação. Ora, os principais debates eleitorais são transmitidos através de concessões públicas de televisão. Porém, dos principais temas debatidos nenhum contempla os meios de comunicação. Em alguns casos, fala-se em liberdade de imprensa, mas não se vai adiante nessa discussão. No Brasil, a mídia representa, em tese, a opinião pública e, por isso, deve ser respeitada em todos os seus argumentos. No entanto, não seria importante debater os meios de comunicação? E, principalmente, as políticas públicas referentes a esse tema?

Mídia e política são dois campos de atuação que convergem num permanente tensionamento. A manutenção dessas forças é ancorada no princípio de que há dois direitos raramente mencionados: o direito à informação e o direito à comunicação (Guareschi, Construtores da Informação, ed. Vozes, 2000). O direito à informação pode ser entendido como aquele que todos nós temos de sermos bem informados e de podermos buscar a informação lá onde for necessário. Mas esse direito não soluciona o problema da comunicação. E mais: muitas vezes mascara o direito humano à comunicação, onde todo ser humano tem direito a expressar sua opinião, manifestar seu pensamento.

Com base na constatação do direito a comunicação, passa a existir a contraposição dos modelos de se comunicar. Isso justifica, por exemplo, a existência de uma comunicação hegemônica e uma comunicação comunitária ou alternativa. De modo geral, a contra-hegemonia surge dos movimentos sociais que, preocupados com a emancipação popular necessária à mudança da sociedade, passam a propor formas de sensibilização. Tal atuação faz-se necessária porque se parte da ideia de que o modelo dominante não garante e não corresponde aos interesses de uma grande parcela da população.

Informações, ideias e estratégias

Independente dos governos e governantes, quem deve discutir sobre os meios de comunicação é a sociedade. Porém, geralmente essa participação é realizada através das sondagens (pesquisas), que constroem uma representação permanente da opinião pública e passam, assim, junto com as informações dos jornais, rádios e televisões, a ser uma condição fundamental para o funcionamento da democracia. Além disso, o público não vota sobre a grande maioria das questões que são abordadas pelas pesquisas e as sondagens são usadas como complemento da legitimidade da imprensa.

Numa sociedade marcada pela diversidade, pelo multiculturalismo, pelos avanços da ciência e da técnica, pelo pluralismo e pelos avanços tecnológicos, a mídia se torna uma arte ainda mais desafiadora. Como construir um diálogo justo que não seja arrogante entre os poderes legitimados e que garanta as mudanças e transformações necessárias, sem permitir um "vale-tudo" nos meios de comunicação? As prioridades atuais levam a questionamentos que se referem à capacidade em lidar com essa nova realidade de convergência entre mídia e política.

Concluindo, o tema da relação entre eleições e mídia aparece hoje, sem dúvida, como um dos mais significativos para a compreensão das novas configurações assumidas pela política brasileira. Contudo, voltando à pergunta que motivou esse artigo, "por que os meios de comunicação não são tema nos debates eleitorais?", devemos ter em mente que os meios de comunicação precisam, urgentemente, parar e repensar a si mesmos. No ano passado, a Confecom (Conferência Nacional de Comunicação) mostrou a lacuna que existe entre a população brasileira e os meios de comunicação.

No entanto, a sociedade está ciente da existência dos meios para se comunicar, mas não tem acesso ao direito à comunicação, que só será conquistado através das reivindicações populares. Dessa forma, acreditamos que o período eleitoral não se definiu na contagem dos votos, embora esse momento seja fundamental para a democracia. É importante esclarecermos que essa eleição só será finalizada na posse dos eleitos e estes irão apresentar e representar a garantia do fluxo de informações, ideias e estratégias para um Brasil melhor e mais justo.


Imagem: Internet
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