Quatro meses pra sair do buraco, por Edgar Vasques

charge_edgar_vasques_buraco.jpg (800×590)

No Sul 21.
Clique para ver...

A hora do pé quente, cabeça fria

Sabe, os últimos grandes defensores da candidatura Serra despirocaram, e tão usando seus jornais, revistas e TVs pra mostram o quanto podem descer, fenômeno notado até mesmo fora do país. Nessa hora, os defensores da candidatura Dilma precisam manter a calma, pois a catarse porca -- porcatarse? -- da imprensa serrista vai continuar, para espanto da população que ri desse tipo de piti.

Agora é hora de tranquilidade budista e determinação muçulmana, como diz meu amigo Fonceqa. Ok, os serristas mais estridentes não tem espinha nem nervo ante a derrota que desponta no horizonte. Mas nós não temos nenhum motivo para ficar assim. Ao contrário, é hora de jubilo, mas sem salto alto. É hora de simplesmente se manter ao lado da população que escolhe continuar tendo emprego e esperança de um futuro tranquilo e próspero.

É hora de deixar no ar um "menos" para quem não é serrista, mas tá despirocando por contágio. E também de rir, com inteligência, dos çábios serristas.

Enfim, o lance é o seguinte. O mundo tá em crise, mas o Brasil tá tranquilo. Pelo jeito vamos acabar com a pobreza logo, quiçá em 2016. Os filhos dos nossos vizinhos pobres estão trabalhando nas lojas e padarias, mas também estão na facul, por causa do ProUni. Batemos recordes de geração de emprego. Tudo isso é ótimo para todos, pobres e ricos, ricos e pobres. Tudo o que precisamos é querer continuar isso. Ao que vemos, o povo quer. Então basta pé quente, cabeça fria. Numa boa. Na maior.
Clique para ver...

POR QUE OS ELEITORES ESTÃO CONFUSOS COM O NÚMERO DE FOGAÇA

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada hoje, os eleitores gaúchos não sabem o número eleitoral do candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PMDB, José Fogaça.
De acordo com a notícia estampada no tabloide venal Zero Hora, “entre os eleitores de Fogaça, 73% não sabem qual o número do candidato”.
Este Cloaca News, cioso de seu compromisso com a difusão da informação isenta e correta, descobriu os motivos da confusão.
Como se sabe, o imparcialmente ativo José Fogaça é investigado em três ações criminais do Ministério Público, abertas com base em documentos das operações Solidária e Rodin, da Polícia Federal. Em uma delas – o caso do Projeto Socioambiental – , há suspeitas de direcionamento das licitações nas obras do projeto. Orçadas em R$ 586 milhões, as licitações teriam sido direcionadas e as obras divididas para beneficiar empresas integrantes do esquema. O MPF apontou o valor de R$ 350 milhões nos contratos fraudados. Em outro caso, o do Projovem, o inquérito aponta que o programa deveria ser executado pela Fundae, mas foi repassado a uma empresa privada, caracterizando fraude em licitação. A Polícia Federal também identificou no ProJovem irregularidade no contrato de fornecimento de lanches, que foi prorrogado diversas vezes em caráter emergencial. No caso Sollus, ninguém esqueceu o desvio de R$ 9,6 milhões de reais do Programa Saúde da Família, durante a gestão de Fogaça como prefeito da capital gaúcha. O dinheiro, até agora, não apareceu. Neste cenário, boa parte do eleitorado associa o candidato a certo artigo do Código Penal, como se vê na imagem acima.
De outra parte, parcela significativa da massa eleitora associa o candidato ao legado de sua gestão à frente da Prefeitura de Porto Alegre, período durante o qual a cidade vegetou sob o mais completo abandono. Nenhum dos entrevistados, a propósito, conseguiu dizer, de memória, uma única obra relevante tocada na administração do peemedebista – o que explica o numeral apresentado na imagem acima, à direita.
Clique para ver...

Os jornalistas tucanos

Marcos Coimbra, da Carta Capital

Quando, no futuro, for escrita a crônica das eleições de 2010, procurando entender o desfecho que hoje parece mais provável, um capítulo terá de ser dedicado ao papel que nelas tiveram os jornalistas tucanos.

Foram muitas as causas que concorreram para provocar o resultado destas eleições. Algumas são internas aos partidos oposicionistas, suas lideranças, seu estilo de fazer política. É bem possível que se saíssem melhor se tivessem se renovado, mudado de comportamento. Se tivessem permitido que novos quadros assumissem o lugar dos antigos.

Por motivos difíceis de entender, as oposições aceitaram que sua velha elite determinasse o caminho que seguiriam na sucessão de Lula. Ao fazê-lo, concordaram em continuar com a cara que tinham em 2002, mostrando-se ao País como algo que permanecera no mesmo lugar, enquanto tudo mudara. A sociedade era outra, a economia tinha ficado diferente, o mundo estava modificado. Lula e o PT haviam se transformado. Só o que se mantinha intocada era a oposição brasileira: as mesmas pessoas, o mesmo discurso, o mesmo ar perplexo de quem não entende por que não está no poder.

Em nenhum momento isso ficou tão claro quanto na opção de conceder a José Serra uma espécie de direito natural à candidatura presidencial (e todo o tempo do mundo para que confirmasse se a desejava). Depois, para que resolvesse quando começaria a fazer campanha. Não se discutiu o que era melhor para os partidos, seus militantes, as pessoas que concordam com eles na sociedade. Deram-lhe um cheque em branco e deixaram a decisão em suas mãos, tornando-a uma questão de foro íntimo: ser ou não ser (candidato)?

Mas, por mais que as oposições tivessem sido capazes de se renovar, por mais que houvessem conseguido se libertar de lideranças ultrapassadas, a principal causa do resultado que devemos ter é externa. Seu adversário se mostrou tão superior que lhes deu um passeio.

Olhando-a da perspectiva de hoje, a habilidade de Lula na montagem do quadro eleitoral de 2010 só pode ser admirada. Fez tudo certo de seu lado e conseguiu antecipar com competência o que seus oponentes fariam. Ele se parece com um personagem de histórias infantis: construiu uma armadilha e conduziu os ingênuos carneirinhos (que continuavam a se achar muito espertos) a cair nela.

Se tivesse feito, nos últimos anos, um governo apenas sofrível, sua destreza já seria suficiente para colocá-lo em vantagem. Com o respaldo de um governo quase unanimemente aprovado, com indicadores de performance muito superiores aos de seus antecessores, a chance de que fizesse sua sucessora sempre foi altíssima, ainda que as oposições viessem com o que tinham de melhor.

Entre os erros que elas cometeram e os acertos de Lula, muito se explica do que vamos ter em 3 de outubro. Mas há uma parte da explicação que merece destaque: o quanto os jornalistas tucanos contribuíram para que isso ocorresse.

Foram eles que mais estimularam a noção de que Serra era o verdadeiro nome das oposições para disputar com Dilma Rousseff. Não apenas os jornalistas profissionais, mas também os intelectuais que os jornais recrutam para dar mais “amplitude” às suas análises e cobertura.

Não há ninguém tão dependente da opinião do jornalista tucano quanto o político tucano. Parece que acorda de manhã ansioso para saber o que colunistas e comentaristas tucanos (ou que, simplesmente, não gostam de Lula e do governo) escreveram. Sabe-se lá o motivo, os tucanos da política acham que os tucanos da imprensa são ótimos analistas. São, provavelmente, os únicos que acham isso.

Enquanto os bons políticos tucanos (especialmente os mais jovens) viam com clareza o abismo se abrir à sua frente, essa turma empurrava as oposições ladeira abaixo. Do alto de sua incapacidade de entender o eleitor, ela supunha que Serra estava fadado à vitória.

Quem acompanhou a cobertura que a “grande imprensa” fez destas eleições viu, do fim de 2009 até agora, uma sucessão de análises erradas, hipóteses furadas, teses sem pé nem cabeça. Todas inventadas para justificar o “favoritismo” de Serra, que só existia no desejo de quem as elaborava.

Se não fossem tão ineptas, essas pessoas poderiam, talvez, ter impulsionado as oposições na direção de projetos menos equivocados. Se não fossem tão arrogantes, teriam, quem sabe, poupado seus amigos políticos do fracasso quase inevitável que os espera.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense
Clique para ver...

Quem é o “Roubnei”, o “consultor” herói da mídia.


Ou Rubnei Quicoli é um contumaz delinquente ou a Justiça Brasileira e o Ministério Público estão sendo esbofeteados pela imprensa. Este homem, que é colocado na condição de “herói” pelos grandes jornais e que tem suas afirmações reproduzidas em manchetes por eles e pela televisão é condenado diversas vezes na justiça, inclusive em segunda instância e os documentos estão aí, ao alcance de qualquer jornal.

Aqui, você pode ler o no Diário da Justiça o voto do relator da apelação criminal de número 0007953-14.2000.403.6105/SP, onde este homem é julgado por ter sido pego retirando um BMW roubado de uma oficina mecânica e, ainda por cima, portando sete notas falsas de R$ 50. Ele obteve uma redução de pena para “ 4 (quatro) anos de reclusão e 20 (vinte) dias-multa, determinar o regime inicial aberto e substituir a pena privativa de liberdade por 2 (duas) restritivas de direito nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado”, por decisão do Desembargador André Nekatschalow. Na sentença, é mencionado que Rubnei já tinha sido condenado pelo mesmo tipo de crime (fls. 463), mas que não foi considerado reincidente apenas pelo fato de est outra sentença ainda não ter transitado em julgado.

O documento é original, certificado eletronicamente e não foi obtido por nenhuma investigação senão um acesso ao Google, digitando “sentença rubnei quicoli”. Nada mais. O acórdão foi expedido agora, dia 26 de abril deste ano, por unanimidade de votos.

E o antecedente? É a sentença da juíza de Campinas, Dra. Carla dos Santos Fullin Gomes, obtida na internet, noTribunal de Justiça de São Paulo, cuja a imagem reproduzo aí em cima, por receptação de carga roubada e coação de testemunha. Sua leitura dispensa qualquer comentário.

Este é o herói da mídia. Este é o homem que serve para que ela tente manipular a vontade eleitoral do povo brasileiro.

Sugiro, publicamente, que os partidos políticos publiquem estes documentos como matéria paga na capa dos jornais. Se o Ministério Público não age, ajamos nós. Vamos levar a verdade ao conhecimento de todos. Essa missão deveria ser da imprensa, bem como a de noticiar a apuração de qualquer desvio de conduta de qualquer integrante do poder público.

Mas não há imprensa, há é um partido político da mídia, que coloca todas as suas fichas no golpismo e que não hesita em publicar, escandalosamente, as acusações de um comporvado delinquente de quinta categoria.


texto surrupiado do Tijolaço de Brizola Neto

Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...