Pedro Simon escorrega do muro e quebra dedo

essa doeu...

A escorregada que o Senador Pedro Simon deu hoje, de cima do muro (de onde ele sai, segundo dizem,  apenas para ir ao banheiro), abrindo seu voto para a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff,  causou-lhe um tombo e a fratura de um dedo, além de uma confusão dentro do próprio PMDB.

Acostumado com a placidez do alto do muro onde sempre viveu, Simon surprendeu a todos com uma declaração enviesada (como sempre) dada à Zero Hora, na qual defendeu a eleição da petista, logo após desmentida através de nota em seu blog.

Artífice, juntamente com seu pupilo mais fiel, José Fogaça, da chamada "imparcialidade ativa", um dos pilares do credo do muro, suas declarações também causaram frisson dentro do próprio PMDB, uma vez que Simon é o presidente estadual da sigla, a qual segue rachada no RS porque parte (crescente) apóia Dilma e parte (minguante) apóia Serra.

O deputado federal peemebebista Tarciso Perondi, expressando os sentimentos dos já envaretados serristas do partido, fulminou o veterano murista: "sugiro ao Simon menos entrevista e mais campanha. Eu convoco o senador a viajar conosco pelo Interior. Ele verá que a maioria do PMDB não aceita Dilma. É muito grave essa postura dele".

Na verdade, tudo traduz o mais ecancarado oportunismo. Declarar apoio a candidata quando esta ultrapassa a barreira dos 50% das intenções de voto é fácil. Difícil era apoiar Dilma no final de 2009,  quando ela contava com escassos 17% e Serra surfava em 38% nas pesquisas. Simon precisa se cuidar. Outra dessas e ele pode quebrar o pescoço.
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Quem é Sandra Terra, a jornalista envolvida no caso do sargento araponga?

Alguém sabe nos dizer? Só  sabemos, que ela é assessora de Yeda Crusius e Coordenadora de Comunicação da representação do Governo RS em Brasília. Mas ela já apareceu em manchete na blogosfera. Confira abaixo as últimas notícias sobre o araponga do Piratini.


Do ColetivaNet:

MP levanta suspeição em relação aos telefonemas trocados por Sandra Terra e o militar do Palácio Piratini

Reportagem da edição desta quarta-feira, 8, do jornal Zero Hora relata que a investigação do Ministério Público (MP) que resultou na prisão do sargento César Rodrigues de Carvalho, lotado na Casa Militar do Palácio Piratini, encontrou indícios de que ele faria parte de uma rede de interesses que envolvia espionagem de adversários políticos do governo estadual e proteção a aliados, além de negócios com contraventores visando a benefícios financeiros para o grupo. ZH registra que nas interceptações telefônicas feitas pelo MP, “Rodrigues aparece falando com pelo menos uma assessora do Piratini, a jornalista Sandra Terra. Quando a investigação em relação a ele já era de conhecimento da cúpula da Brigada Militar e do governo, foram captadas ligações em que o sargento trata com a assessora sua permanência na Casa Militar. Também há ligações em que é citada outra assessora de Yeda, Walna Vilarins Meneses. O monitoramento do MP detectou que a exoneração de Rodrigues chegou a ser adiada por interferência de assessores do Piratini”.


Em seguida, a reportagem registra que no pedido de prisão preventiva feito pelo MP à Justiça, há o seguinte questionamento: “Ora, o que pode ligar um sargento às duas assessoras diretas da governadora? Por qual motivo Rodrigues é tão protegido pelo alto escalão do governo?”. Segundo o jornal, a assessoria do Piratini informou que apenas o comandante da Brigada Militar, João Carlos Trindade, se manifestaria sobre o caso. Contatado por Zero Hora, ele não atendeu às chamadas.


Sandra Terra é funcionária do governo do Estado e está lotada na representação de Brasília, da qual é coordenadora. Integra também o Comitê Executivo de Comunicação Social, cujo objetivo é gerenciar a área de comunicação do governo estadual.

Mais informações AQUI.

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Em 20 de agosto de 2008, Weissheimer fez a seguinte postagem em seu blog:

As muitas viagens e funções de Sandra Terra



Aug 20th, 2008 by Marco Aurélio Weissheimer.


A paixão da jornalista Sandra Terra por viagens vem de longa data. A assessora da governadora Yeda Crusius (PSDB) na “embaixada” do Rio Grande do Sul em Brasília gastou em oito meses mais diárias do que aquelas a que um deputado estadual tem direito em um ano, conforme informou hoje a jornalista Rosane de Oliveira, em Zero Hora. Já foram 98 viagens, de janeiro até aqui. Coordenadora da comunicação da campanha de Yeda, Sandra Terra ganhou a fama de “lobista da Monsanto”, por suas freqüentes incursões na Assembléia Legislativa quando os transgênicos começaram a ser introduzidos no Rio Grande do Sul.


Em um artigo publicado no site No Mínimo, em 29/09/2003, Xico Vargas destacou a paixão da jornalista pelas viagens e pelos transgênicos. Apresentando-a como “testemunha” do fenômeno da introdução dos transgênicos no país, Vargas descreveu assim a atuação de Terra:

“A jornalista Sandra Terra, que há 20 anos percorre áreas de plantio de grãos geneticamente modificados no país, garante que as diferenças que observa têm sido sempre para melhor. Com a redução no uso de agrotóxicos, relata, ‘as lavouras estão limpas. Os lagos e açudes estão repovoados e os pássaros estão de volta’, entusiasma-se”.


Segundo o chefe da Casa Civil do governo Yeda Crusius, José Alberto Wenzel, Terra ocupa uma função estratégica no governo. Wenzel não explicitou que função seria esta. Assessora direta e confidente da governadora Yeda Crusius, a jornalista é vista como uma eminência parda no governo, sem uma função determinada, mas encarregada de resolver “problemas especiais [grifo nosso].

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Afinal, o que o Estado quer com um escritório na cidade do Roriz - Arruda? Quanto custa manter essa estrutura para nossos cofres? Que ganhos culturais, políticos, financeiros o RS obteve com esta representação? E para que mesmo serve este escritório?

Esse governo Yeda Crusius é uma desgraça! Ainda bem que está com seus dias contados!
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O fato novo

De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Quem, nas duas últimas semanas, leu os colunistas dos “grandes jornais” (os três maiores de São Paulo e Rio) deve ter notado a insistência com que falaram (ou deixaram implícito) que as eleições presidenciais não estavam definidas. Contrariando o que as pesquisas mostravam (a avassaladora dianteira de Dilma), fizeram quase um coro de que “nada era definitivo”, pois fatos novos poderiam alterar o cenário.

Talvez imaginassem (desconfiassem, soubessem) que uma “bomba” iria explodir. Tão poderosa que mudaria tudo. De favorita inconteste, Dilma (quem sabe?) desmoronaria, viraria poeira.

Veio o fato novo: o “escândalo da Receita”. Durante dias, foi a única manchete dos três jornais. É muito? Certamente que sim, mas é pouco, em comparação ao auxílio luxuoso da principal emissora de televisão do país. Fazia tempo que um evento do mundo político não ganhava tanto destaque em seus telejornais. Houve noites em que recebeu mais de 10 minutos de cobertura (com direito a ser tratado com o tom circunspecto que seus apresentadores dedicam aos “assuntos graves”).

Hoje, passados 15 dias de quando “estourou” o “escândalo”, as pesquisas mostram que seu impacto foi nulo. A “bomba” esperada pelos que torciam pelo fato novo virou um traque.

Por mais que os “grandes” jornais tenham se esforçado para fazer do “escândalo da Receita” um divisor de águas, ele acabou sendo nada. Tudo continuou igual: Dilma lá na frente, Serra lá atrás.

Tivemos, nesses dias, uma espécie de dueto: um dia, essa imprensa publicava alguma coisa; no outro, a comunicação da campanha Serra a amplificava, dando-lhe “tom emocional”. No terceiro, mais um “fato” era divulgado, alimentando a campanha com um novo conteúdo. E assim por diante.

Um bom exemplo: o “lado humano” da filha de Serra ser alvo dos malfeitores por trás do “escândalo”. Noticiado ontem, virou discurso de campanha no dia seguinte, com direito a tom lacrimejante: “estão fazendo com a filha do Serra o mesmo que fizeram com a filha do Lula”.

Há várias razões para que a opinião pública tenha tratado com indiferença o “escândalo”. A primeira é que ele, simplesmente, não atingiu a imensa maioria do eleitorado, por lhe faltarem os ingredientes necessários a se tornar interessante. O mais óbvio: o que, exatamente, estava sendo imputado a Dilma na história toda? Se, há mais de ano, alguém violou o sigilo tributário de Verônica Serra e de outras pessoas ligadas ao PSDB, o que a candidata do PT tem a ver com isso? É culpa dela? Foi a seu mando? Em que sua candidatura se beneficiou?

A segunda razão tem a ver, provavelmente, com a dificuldade de convencer as pessoas que o episódio comprove o “aparelhamento do estado pelo PT” ou, nas palavras do candidato tucano, a “instrumentalização” do governo pelo partido. Será que é isso mesmo que ele revela?

Se a Receita Federal fosse “aparelhada” ou “instrumentalizada”, por que alguém, a mando do PT (ou da campanha), precisaria recorrer a um estratagema tão tosco? Por que se utilizaria dos serviços de um despachante, mancomunado com funcionários desonestos? Não seria muito mais rápido e barato acessar diretamente os dados de quem quer que seja?

Não se discute aqui se alguém quis montar um dossiê anti-Serra ou se ele chegou a existir. Sobre isso, sabemos duas coisas: 1) é prática corrente na política brasileira (e mundial) a busca de informações sobre adversários, que muitas vezes ultrapassa os limites legais; 2) o tal dossiê nunca foi usado. As vicissitudes da candidatura Serra ao longo da eleição não têm nada a ver com qualquer dossiê.

O próprio “escândalo” mostra que a Receita Federal possui sistemas que permitem constatar falhas de segurança, rastrear onde ocorrem e identificar responsáveis. É possível que, às vezes, alguém consiga driblá-los. No caso em apreço, não.

No mundo perfeito, a Receita é inexpugnável, não existem erros médicos na saúde pública, todos os professores são competentes, não há guardas de trânsito que aceitam uma “cervejinha”. Na vida real, nada disso é uma certeza.

Todos esperam que o governo faça o que deve fazer no episódio (e em todas as situações do gênero): investigue as falhas e puna os responsáveis. Ir além, fazendo dele um “escândalo eleitoral”, é outra coisa, que não convence, pelo que parece, a ninguém.

Artigo publicado originalmente no Correio Brasiliense.
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Ornitologia

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Araponga do Piratini


Espionagem política
Para o PT, sargento agiu com a concordância do centro do governo

A bancada do PT está convencida de que o sargento Cézar Rodrigues de Carvalho, suspeito de ter violado o Sistema de Consultas Integradas da Polícia, não agiu sozinho. Em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (8), os deputados Raul Pont e Stela Farias afirmaram que há fortes indícios de que o esquema de espionagem não é novo e foi arquitetato por integrantes da cúpula do governo gaúcho. “Tudo leva a crer que a ação do sargento contava com o conhecimento do centro de governo e era acobertado por integrantes da Casa Militar”, afirmou a deputada Stela, uma das parlamentares que teve a vida bisbilhotada pelo militar.

Entre janeiro e agosto de 2009, o sargento teria realizado mais de 10 mil acessos, utilizando duas senhas – a comum e a máster, de caráter restrito. Entre os investigados, estão o ex-deputado Flavio Koutzii (PT), o deputado Luís Augusto Lara (PTB) e Stela, que presidiu a CPI da Corrupção. Os acessos às informações dos petistas ocorreram em outubro do ano passado, no ápice das investigações da comissão parlamentar de inquérito. “Chama a atenção o período em que os acessos foram realizados. Não é exagero concluir que as pesquisas tinham objetivos políticos, muito provavelmente de atemorizar parlamentares em pleno exercício de seus mandatos”, frisou Pont.

A arapongagem não se restringiu a vasculhar a vida de deputados, mas invadiu também a intimidade de seus familiares. Na segunda-feira (6), Stela foi alertada pelo promotor que cuida do caso, Amílcar Macedo, que seus três filhos, um deles de apenas oito anos de idade, também foram alvos de espionagem. “O papel da Casa Militar é o de garantir a segurança institucional da governadora. Dentro desta concepção, não há nada que justifique o monitoramento de uma criança de oito anos”, apontou Stela, que deverá nomear um advogado para acompanhar as investigações do caso.

Medidas

Os deputados do PT anunciaram também as medidas que deverão tomar em relação ao episódio. A primeira delas é de requerer que o colégio de líderes (instância que reúne os líderes de todas as bancadas da Assembleia Legislativa) exija esclarecimentos do governo. “Trata-se de uma prática inaceitável, cujo objetivo é o atemorizar deputados. Um parlamento livre não pode conviver com este tipo de ação governamental”, salientou Pont.

O deputado quer que o Executivo informe quem liberou a senha máster para que o sargento violasse o sistema. “É uma senha a que poucas pessoas têm acesso. Portanto, para saber quem a forneceu, não é preciso uma longa investigação. Basta vontade política de elucidar os fatos”, acredita.

O PT quer esclarecimentos também sobre o destino dos recursos provenientes da extorsão de contraventores. “Temos informações de que o dinheiro não ficava só com o sargento, mas era dividido. Queremos saber com quem”, apontou Stela.

A parlamentar anunciou, ainda, que a bancada irá solicitar ao Ministério Público a transferência de custódia do sargento da Brigada Militar para a Polícia Federal. “O sargento é peça chave para esclarecer os fatos. É preciso toda a garantia de preservação de sua integridade.”

Banrisul

O rombo de mais de R$ 10 milhões do Banrisul também deverá ser investigado pela bancada petista. A primeira providência dos parlamentares será solicitar ao Conselho Nacional de Justiça a avaliação da conduta do juiz militar Fernando Lemos, que presidiu o Banrisul e está sendo processado por gestão temerária do órgão. “Queremos saber se, nesta condição, ele pode ocupar a vaga de juiz do Tribunal Militar”, declarou Pont.

O PT deverá solicitar, ainda, a realização de uma audiência pública na Comissão de Serviços Públicos da Assembleia Legislativa para tratar do desvio de recursos do banco gaúcho.

Foto: Kiko Machado no RSurgente
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