Feijó tinha razão!

 
graninha guardada em casa para as despesas do dia...

Acaba de vir à tona mais um dos feitos do governo Yeda: o estouro da quadrilha do marketing do Banrisul e cuja operação, comandada pelo Ministério Público, Ministério Público de Contas do TCE e Polícia Federal, prendeu o superintendente de marketing do banco, Walney Fehlberg e os diretores das agências de publicidade DCS, Armando D'Elia Neto e SL&M, Gilson Stork. Os três guardavam, em suas casas, a módica quantia de mais de três milhões de reais. Certamente, dinheiro para as despesas do dia... Posteriormente foi preso, ainda, Davi Antunes de Oliveira, acusado se ser o "operador" do esquema, também flagrado com alguns "trocados": 82 mil reais.

O irônico da coisa é que a operação policial se deu no dia seguinte ao do programa eleitoral em que Yeda passou o tempo todo proclamando a própria honestidade (quando alguém tem que vir seguidamente a público dizer que é honesto...).

O modus operandi era parecido com o do DETRAN: um grupo envolvendo gente de dentro e de fora do banco monta um esquema para desviar dinheiro da instituição. Chama a atenção ainda o envolvimento de duas grandes agências de publicidade da Capital.

E a denúncia do esquema também se deu da mesma forma pela qual a maracutaia do DETRAN veio à tona: alguém que se sentiu prejudicado na hora da repartição da muamba vem a público e denuncia.

O fato lembra a insistência com que o vice-governador Paulo Feijó vinha batendo no ex-presidente do Banrisul, Fernando Lemos, afiliado do "combativo" Senador Pedro Simon e que recentemente foi premiado com uma gorda sinecura na fábrica de aposentadorias milionárias do Tribunal Militar do Estado. Feijó dizia sistematicamente que havia graves irregularidades no banco, mas ninguém se interessou em investigar a fundo as denúncias. Feijó levou-as ao Ministério Público e à Polícia e o resultado não foi outro: bingo!

O estranho em tudo isso é que já havia chamado a atenção, em maio, da direção e dos acionistas do banco, o elevado volume de gastos em marketing, mas ninguém fez nada, prova disso é que o secretário da Fazenda, Ricardo Englert disse, que "o governo não sabia da operação" (policial). Ora, se não sabia, era porque não estava sequer investigando, apesar do alerta feito sobre os gastos excessivos com marketing feito em maio.

Entevistado sobre o assunto, o vice-governador foi lacônico: é só o começo.

Mas a nota histriônica do caso ficou por conta da governadora Yeda Crusius que escreveu, no Twitter: "é, já vi este filme antes. Roteiro do velho jeito". Ela nem precisava dizer, pois os gaúchos também já viram este filme. É o velho jeito do seu governo, soterrado por denúncias de corrupção.

Resta saber ainda o quanto a coisa vai sobrar para o PMDB, sob cuja gestão se deu a principal parte de funcionamento do esquema. Mas o certo é que Fogaça  os caciques do seu partido já devem ter perdido o sono...
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A quebra do sigilo fiscal da filha de Serra é tucanagem

Serra procurando um fato novo para salvar a candidatura

Sem ter mais o que inventar para tentar evitar a derrota estupenda que se prenuncia, os sábios do PSDB vem apostando no caso da quebra dos sigilos fiscais de tucanos para tentar repetir 2006, quando o caso do dossiê dos aloprados postergou a eleição de Lula para o segundo turno.

A farsa é milimetricamente calculada: primeiro, a denúncia de que foram quebrados os sigilos fiscais de tubarões do PSDB; depois, da filha de Serra. A grande mídia, sequiosa por um golpe, já que não resta mais dúvida quanto à vitória de Dilma no primeiro turno, passa a dar a entender que tais acessos foram feitos a mando de petistas para "prejudicar" ainda mais a já prejudicada (por eles mesmos) campanha de Serra.

O que ninguém diz é como os dados fiscais de adversários poderiam azarar Serra e beneficiar Dilma (até mesmo porque ninguém declara maracutaias no imposto de renda!), especialmente quando as pesquisas dão à candidata petista 2 x 1. Mas isto não interessa. O importante é botar todos os dias nas páginas dos jornalões e nos telejornais que isto é coisa do PT.

Aliás, cabe a pergunta: já que os sigilos foram quebrados, onde os dados foram utilizados para atacar Serra? Sim, porque de nada adianta obter informações sigilosas e não utilizá-las! Só idiotas fariam isso (e no momento, eles parecem estar todos apoiando Serra). Para haver prejuízo político concreto, os dados precisam ser utilizados para desqualificar o opositor, o que não ocorreu em nenhum momento.
Outra coisa: segundo a própria Receita informou, não apenas os sigilos de tucanos foram quebrados. Ana Maria Braga e os donos das Casas Bahia, dentre outros, também estariam entre as vítimas. Mas a mídia do PIG só fala nos tucanos, porque este é o dado que pode render no momento. Também náo interessa se os fatos ocorreram há um a nos atrás, quando Dilma nem era sequer pré-candidata. Esta dado, inclusive, reforça a tese da armação: fizeram a coisa e ficaram esperando até o melhor momento para largar. Era a "arma secreta" dos demotucanos!

O tal contador que retirou a declaração de Verônica Serra é outra figura estranha: dizendo que não sabia para quem eram as cópias das declarações de renda , chegou a dizer num primeiro momento que os dados seriam utilizados para "prejudicar Serra", para depois se desmentir, dizendo que não sabia qual o uso que seria dado, "já que prestava serviços a diversos escritórios", mas crescentou que os pedidos das declarações vieram de Minas Gerais e de São Paulo. Afinal, sabe ou não sabe para quem eram as declarações? Agora, a mídia golpista está dizendo que ele foi filiado ao PT, mas o TRE informou que a filiação foi em 2003 e que agora sua situação de filiação partidária era "indefinida".

Mas a coisa mais ridícula feita pelos demotucanos até agora foi pedir a cassação da candidatura de Dilma no TSE, o qual rechaçou a pataquada dizendo que não há indícios de benefício da candidata do PT no caso. Qualquer estudande de Direito sabe que se não há a mínima prova do uso do uso ilícito dos dados, nenhum tribunal do mundo faria oputra coisa senão mandar a tucanada passear. Ou seja, nada de concreto contra Dilma e o PT, somente a tentativa sórdida de transformar mais esta armação em fato político.

É a velha tática da direita: inventar um fato, acusar sem provas e ficar batendo (e eles tem todos os jornalões e TVs para fazer isso) apostando no desgaste de Dilma. Mas agora não adianta mais, o trem apitou na curva e eles bem sabem disso. Basta ver as pesquisas feitas depois da "denúncia".
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VENDILHÃO QUE AFUNDOU O BRASIL É FILIADO AO PSDB DESDE 1988

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Por que o Rio Grande do Sul é assim – parte V


A constituição republicana e revolucionária

Júlio de Castilhos e seus companheiros da vanguarda comtista intuiram que o Rio Grande do Sul estava pronto para se modernizar, mas que essa necessidade histórica não se realizaria por si só. O “espírito revolucionário” exige ações revolucionárias estratégicas materializadas em instrumentos institucionaisconstitucionais decisivos. Neste sentido, em primeiro lugar, era preciso um marco jurídico-constitucional para a nova ordem, em segundo, era preciso uma imprensa partidária combativa, e terceiro, uma força militar estatal auxiliada por corpos provisórios politizados e treinados militarmente, a partir de militantes locais do PRR, com capilaridade em todo o território sulino.

A Constituição castilhista de 1891 é um marco legal singular. Trata-se de uma peça jurídica que garante um governo autoritário, cerebralmente autoritário, uma vez que não previa a divisão dos três poderes, segundo o modelo liberal clássico, atribuindo ao Presidente (hoje, governador) o direito de legislar e editar decretos que se referenciavam diretamente na Constituição e não em leis ordinárias escritas por uma Assembléia de Representantes.

A Constituição rio-grandense e a prática político-administrativa do castilhismo por quase 40 anos, garantiram ao Estado funcionar praticamente como uma República autônoma do resto da Federação brasileira. Desta forma, o PRR cumpria agora o ideário Farroupilha de 1836, quando da decretação da malograda República Rio-grandense em Piratini.

Como assinala muito bem Luiz Roberto Targa, “essa constituição inédita e original não se baseou na dos Estados Unidos da América, como foi o caso das outras constituições brasileiras, tanto a da União, quanto a dos Estados”. Os positivistas tiveram uma administração marcadamente anti-oligárquica e anti-patrimonialista, com ações políticas, segundo Targa, que mostravam concretamente uma ruptura com a ordem latifundiária, tais como: transparência das contas públicas, coincidência entre o orçamento previsto e o realizado, política de proteção ao consumo das classes baixas (pelo contigenciamento de bens de primeira necessidade passíveis de serem exportados), pela estatização não-patrimonialista de dois dos mais importantes portos sulinos (Porto Alegre e Rio Grande) e de toda a rede férrea do Estado (de uma empresa francesa, mas explorada por norte-americanos), a realização de obras essenciais em infra-estrutura somente nas zonas minifundiárias e coloniais, tendo-se negado a privilegiar áreas de interesse da pecuária de exportação, bem como políticas de proteção fiscal e tarifária à indústria nascente das regiões de imigração européia.

Outro marco importante da gestão castilhista do Estado foi a reforma fiscal, cujo ponto central foi a substituição do imposto de exportação (quase sempre sonegado) pelo imposto territorial. Para tanto, era fundamental discriminar a esfera pública da esfera privada. Na prática, tratava-se de impor medidas efetivas de o Governo retomar as terras públicas ilegalmente apropriadas pela oligarquia rural nas últimas décadas do Império. Retomadas as terras, no período compreendido entre 1895-1906, legitimado pela vitória na guerra civil e com força militar suficiente para garantir o cumprimento da lei e da ordem estatal, o Governo castilhista entregou lotes rurais a posseiros, a companhias de loteamento e a pequenos proprietários.

Essas medidas cada vez mais afirmavam a consolidação do Estado burguês moderno, qual seja a de tornar autônoma a esfera estatal da esfera privada das oligarquias rurais tradicionais e atrasadas. No Rio Grande do Sul isso foi conquistado a ferro, fogo e vontade revolucionária organizada e materializada em instrumentos concretos de mudança social.

No final desta série de pequenas notas, vamos linkar o artigo completo (que estará publicado num anexo), com bibliografia e indicação de leitura complementar. Retrato de Júlio Prates de Castilhos, primeiro presidente eleito do RS, líder republicano que concebeu e escreveu a Constituição de 1891, quando tinha 30 anos de idade. Morreu em 1903, com apenas 43 anos de idade.

Texto de Cristóvão Feil (http://www.diariogauche.blogspot.com/)
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Domínio Abstrato - Veja + que mentira!



Banda do @well_amarante
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