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Como diz um sábio pensador cearense: Lends Picantis In Ânus Autrem Q'sucus Est.
Devo ao meu amigo Gilvan Cavalcanti de Melo, organizador e animador do excelente blog Democracia Política e Novo Reformismo, a descoberta da reflexão feita por Giuseppe Vacca que reproduzo abaixo. Vale a pena pensar nela.
“Aparentemente, estamos todos de acordo ao afirmar que toda uma época terminou. Mas, quando uma época termina, se não conseguirmos pensá-la com conceitos novos, diferentes daqueles que capturaram a mente de quem a viveu, das duas uma: ou não é verdade que ela terminou, ou quem continua a representá-la com os conceitos do passado talvez não saiba, mas na realidade morreu intelectualmente com ela. “
(Giuseppe Vacca, Por um novo reformismo. Rio de Janeiro, Fundação Astrojildo Pereira / Editora Contraponto, 2009, p. 160).
quinta-feira, 17 junho, 2010 às 13:08
Este senhor da foto ao lado é o ex-delegado Onézimo de Souza, ao depor hoje, numa comissão da Câmara dos Deputados.
Sua história é cândida como sua aparência.
Ele conta, segundo O Globo, que foi procurado pelo repórter Amaury Ribeiro Júnior e pelo publicitário Luiz Lanzetta, que trabalhou para o PT.
Não diz como nem por que.
Diz ainda que recebeu duas propostas, que seriam para apurar vazamentos de informações de dentro do comando da campanha e para investigar José Serra e o deputado Marcelo Itagiba, do PSDB.
Não disse como e nem por que.
Falou ainda que seriam feitas investigações sobre os petistas Rui Falcão e Vladimir Garreta, que seriam os autores do “fogo amigo” sobre a campanha.
Também não diz como nem por que.
Afirma ainda que o jornalista Amaury Ribeiro teria “dois tiros fatais” contra o candidato José Serra.
Igualmente não diz quais.
Perguntado por três vezes se tinha gravado a conversa, não confirmou nem desmentiu. Disse que isso é “matéria de defesa”, no caso de ser processado.
Vocês repararam que, em toda esta história do “dossiê que ninguém vê”, afinal de contas, só falta o dossiê?
Ou o dossiê é o livro de um repórter que foi considerado confiável pelo O Globo, pela Folha, pelo JB, que ganhou três prêmios Esso e quatro prêmios Vladimir Herzog de jornalismo e é membro do ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos) ou é o quê?
Acho que o livro de Amaury, que se chama “Porões da Privataria”, vai mudar de título. Capaz de se chamar “Bala de Prata”.