Marina Silva, além dos partidos



Por Fraga, Zero Hora, Porto Alegre

Marina Silva, candidata do PV à Presidência da República, mandou muito bem na entrevista que o Estadão publicou no último domingo, 16/5. Mostrou que tem o que dizer e que está bem assessorada.
Algumas de suas respostas foram direto ao que me parece ser o mais grave problema da política contemporânea: o vazio de projetos: "Faço a defesa de um projeto político para o Brasil, já que os partidos, inclusive o PT, não foram capazes de atualizar seu pensamento". Para isso, Marina acredita que é preciso buscar interações permanentes com o que chama de “comunidades de pensamento”, ambientes que estariam acima de partidos políticos e se sustentariam por vínculos com “causas e princípios”. Por esse caminho, acrescente, pode-se chegar a uma “nova visão de como resolver os problemas do Brasil”, identificando as conquistas que os sucessivos governos (nomeadamente FHC e Lula) conseguiram alcançar.
Ela também foi firme na questão dos direitos humanos: "A defesa dos direitos humanos não pode ser relativizada. O caso de Cuba é claro. Reconhecemos que, antes da revolução, havia a ditadura de Batista, que aviltava os direitos humanos. Do ponto de vista das conquistas sociais, a revolução foi importante. Mas, se é bom para o Brasil ter democracia e liberdades políticas e de expressão, deve ser bom também para os cubanos".
E, por fim, abordou aquilo que não quer calar: "Creio em Deus como 95% dos brasileiros e acredito que Deus criou todas as coisas. Não preciso de teoria científica para justificar isso e não coloco nenhuma teoria científica para contrapor a ciência em relação a isso. Não acho que se deva fazer contraposição entre fé e ciência".
Foi uma fuga pra frente. Ela revela não ter opinião muito clara ou definida sobre o tema do criacionismo, mas reitera a tese criacionista básica, para então frisar que ciência é ciência, fé é fé. Com o que ficar? Ao que tudo indica, está aí o principal ponto frágil da candidata. Ela parece pressentir isso, ao insistir bastante na defesa de um Estado laico e ao afirmar que “em relação aos princípios de fé, defende a vida”.
Seja como for, a entrevista fornece um retrato abrangente de Marina Silva, sugerindo que ela poderá interferir positivamente no debate presidencial.
A entrevista pode ser lida aqui.
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The Secret Mission of the Terminator

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Mano Brown sobre José Serra


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Sobre o acordo nuclear com o Irã, vale a pena ler...

Levando em conta que a Globo decidiu noticiar meras reações emocionais negativas e tolices, eis uma amostra do que vale a pena ler sobre o acordo nuclear com o Irã conquistado pelo eixo Brasil-Turquia:
  • Brasil e Turquia conseguiram fazer com que o Irã aceitasse agora os termos da proposta dos EUA de oito meses atrás. Ou seja, não há conflito com os EUA. Ao contrário, há competência de Brasil e Turquia por terem conseguido fazer, pelos EUA, o que os EUA não conseguiram.
  • Para Leonam dos Santos Guimarães, consultor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o acordo conquistado por Brasil e Turquia é positivo, e não há bases nucleares para a desconfiança dos EUA e da Europa, apesar de haver bases geopolíticas que extrapolam a discussão.
Também vale a pena lembrar, e discutir, o que não está sendo discutido: o poder nuclear de Israel. Discutindo o problema do ponto de vista nuclear, ao invés de geopolítico: cadê a proposta de sanções a Israel? Israel preocupa a AIEA, e está com novos submarinos capazes de lançar mísseis com ogivas nucleares.

PS - A França apoia o acordo. Se tiver acordado e tiver paciência, troca por um instante do Studio Pampa, programa com garotas seminuas da TV Pampa, o qual é um programa relativamente sério, perto da concorrência, e coloca na Globo, canal que estará apresentando um comidiciário ou notédia (mistura de comédia com noticíario, pois as "notícias" são uma piada) só pra ver o apresentador William Waack fazendo cara feia para Sarkô, por (sic!) chutar as canelas dos EUA. Isso se o apoio da França ao Brasil for assunto para a Globo, é claro.
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A agricultura familiar


Sábado muito cedo, estive no centro de Porto Alegre, com o intuito de conhecer a Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária. Lamentavelmente a feira abria mais tarde e fui até o Mercado Público. Foi um ótimo passeio, já que as ruas estavam vazias.

Achei a Loja da Reforma Agrária. Olhando pelas prateleiras daquela loja, não é difícil de se imaginar o porque de os ruralistas desejarem o fim do Ministério do Desenvolvimento Agrário! A absoluta dor de “corno”, visto que a produção dos produtos ali expostos são oriundos de assentamentos. Só aquela pequena loja coloca por terra todos os argumentos pela não implementação de uma séria reforma agrária no Brasil. Mas para mim, descendente de imigrantes italianos, isso não é nenhuma novidade.

O governo Lula perdeu um largo terreno neste campo. E não estou dizendo que Serra fará muito mais...nós e as pedras do sub-solo do Brasil sabemos o que Serra não fará! Mas sabemos o que Lula deveria ter feito.

Os poderes do MDA deveriam ser ampliados.

A loja fica na Qd.1 lojas 13 e 15 do Mercado Público de Porto Alegre

www.reformaagraria.blog.br

Alguns dados sobre a força da agricultura familiar:
-Brasil
  • 70% do feijão
  • 34% do arroz
  • 87% da mandioca
  • 46% do milho
  • 38% do café
  • 58% do leite
  • 50% de aves
  • 59% de suinos
- RS
  • 378,5 mil unidades familiares
  • 86% dos estabelecimentos rurais
  • 54% do valor bruto da produção gaúcha
  • 81% das pessoas ocupadas no meio rural.
Ou seja:- Fora FARSUL!
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