O Partido da Bandidagem

O recém-escolhido tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, está tecnicamente certo quando diz que nunca tinha sido acusado de nada nem responde a processo algum, civil ou criminal, por sua atuação na Cooperativa Habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo (Bancoop), de que foi diretor financeiro (entre 2003 e 2004) e presidente (de 2005 até fevereiro passado). Mas os seus protestos de inocência só se sustêm graças à letárgica andadura da Justiça brasileira. Datam de setembro de 2006, há 3 anos e meio portanto, as primeiras denúncias de irregularidades na cooperativa, levantadas pelo Ministério Público (MP) do Estado. Em 2007, foi aberto inquérito criminal para apurar delitos da entidade, como superfaturamento de obras, apropriação indébita, desvio de verba e formação de quadrilha. No ano seguinte, uma testemunha disse ao MP que recursos desviados da Bancoop ajudaram a financiar clandestinamente a vitoriosa campanha presidencial de Lula em 2002.

A testemunha, Hélio Malheiro, era irmão de um ex-presidente da cooperativa, Luiz Eduardo, falecido em um acidente de carro em 2004, juntamente com dois outros dirigentes da instituição. Dizendo-se ameaçado de morte, Hélio foi acolhido no Programa de Proteção a Testemunhas do governo paulista. O seu depoimento foi crucial para o MP caracterizar a Bancoop como uma "organização criminosa" e solicitar a quebra do seu sigilo bancário, como foi noticiado em junho de 2008. Só na semana passada, porém, o promotor responsável pelas investigações, José Carlos Blat, recebeu o papelório, mais de 8 mil páginas de registros de transações entre 2001 e 2008. E foi com base nessa documentação que ele pediu, na última sexta-feira, o bloqueio das contas da Bancoop e a abertura dos dados bancários e fiscais de João Vaccari Neto, acusando-o de "gestão fraudulenta".

A apropriação para fins pessoais e políticos dos recursos dos cooperados, fundos de pensão e empréstimos captados pelo sindicato dos bancários transformou 400 famílias em vítimas do conto da casa própria: os imóveis que compraram na planta não foram construídos, mas os lesados continuaram a pagar as respectivas prestações. Segundo a revista Veja, que teve acesso aos autos do inquérito, a Bancoop sacou em dinheiro vivo de suas contas pelo menos R$ 31 milhões. Outros cheques, somando R$ 10 milhões, favoreceram uma empreiteira formada por diretores da entidade, que, por sinal, era sua única cliente conhecida. O responsável pelas obras da cooperativa disse que os pagamentos eram superfaturados em 20%. "Os dirigentes da Bancoop", apurou Blat, "sangraram os cofres da cooperativa em benefício próprio e também para fomentar campanhas políticas do PT."

A prova mais gritante foi o R$ 1,5 milhão pago entre 2005 e 2006 ? quando a instituição estava praticamente quebrada ? a uma firma espectral de serviços de segurança, então de propriedade de Freud Godoy, na época segurança de Lula. Cada qual a seu modo, Godoy e Vaccari se envolveram no escândalo do dossiê, a compra abortada pela Polícia Federal de material supostamente incriminador para candidatos tucanos na campanha de 2006. Quando a operação fez água, Lula chamou os seus autores de "aloprados". Pelo dossiê, os petistas pagariam R$ 1,7 milhão. Nunca se descobriu de onde veio a dinheirama. À luz do que já se sabe das falcatruas da Bancoop, ela pode ter sido a fonte pagadora da baixaria. Tão logo entregou parte da bolada aos encarregados de comprar o dossiê, foi para Vaccari que ligou um dos cabeças da operação, Hamilton Lacerda, então assessor do senador Aloizio Mercadante.

Mas Vaccari não é o primeiro elo da cadeia. Ele deve a sua carreira ao companheiraço Ricardo Berzoini, que presidia o PT até poucas semanas ? e, como tal, foi acusado de autorizar a compra do dossiê. Berzoini alçou o bancário Vaccari à presidência do sindicato da categoria, em 1998. Em 2004, Berzoini salvou a Bancoop da falência, ajudando-a a levantar no mercado R$ 43 milhões ? via fundos de pensão de estatais comandados por petistas do grupo dele e de Vaccari. A Polícia Federal chegou a abrir inquérito sobre o prejuízo imposto aos fundos para favorecer a Bancoop. A rigor, nenhuma surpresa, considerando a folha corrida do PT. Mas, a cada escândalo, mais se aprende sobre a destreza com que a bandidagem petista se apossa do dinheiro alheio para chegar lá e ali se manter.


Editorial
O Estado de São Paulo

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E se Demóstenes fosse senador nos EUA?

Antes de continuar, pensem no que teria acontecido se isso tivesse sido dito nos EUA. O líder dos republicanos no Congresso vai na Suprema Corte e diz:

"Olha, eu não sei quanto à vó do Obama lá na África, mas as pretas que mandaram pra cá queriam era dar pra gente. Elas liked it rough."

A reação pública a isso faria a Guerra Civil parecer uma briga entre as torcidas organizadas do Boavista e do Duque de Caxias. Mas aqui só rendeu uma corajosa matéria na Folha e a coluna redentora do Gaspari de hoje, além, é claro, das citações nos blogs de esquerda de sempre (como este).
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Bad Brains

Quem não se lembra desse dia magistral em São Paulo, hein?!



Para quem ainda não teve o prazer de ouvir Bad Brains, os caras são uma das bandas mais interessantes que há por aí, pois possuem uma postura rastafari (bem politizada, aliás), fazem um reggae e um dub de primeiríssima qualidade, e são, ao mesmo tempo, uma das melhores bandas de hardcore do mundo.

Duvida?! Então pegue aqui embaizo e divirta-se (e cuidado com o infarto)


Acesse o site e entenda mais a história desse hardcore em nome de Jah!
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Bancos fazem seguro contra balas perdidas

E ainda tem gente que ainda duvida que no capitalismo tudo se transforma em mercadoria!

Agora, os banco$ e$tão preocupado$ com a $egurança da$ cla$$e$ C, D e E!

Leia aqui.

Esse velho sistema continua assutador!!!
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Filmes Ruins, Árabes Malvados

Dia desses, fuçando no Laranja Psicodélica, achei um documentário muito bom, chamado "Filmes Ruins, Árabes Malvados" (2006)



O filme baseia-se no livro “Reel Bad Arabs”, de Dr. Jack Shaheen, Professor da Universidade de Illinois, estudioso do assunto e apresentador do documentário que trata sobre como Hoolywood trata os árabes de forma extremamente racista e preconceituosa em seus filmes.



Se quise assistir, é só pegar em duas partes aqui e aqui também
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