Bom investimento


E o Chefe da Casa Civil acha que foi um dinheiro bem investido! O lamentável gauchinho foi dar uma banda na África do Sul, durante a Copa das Confederações. Ganhou 19 diárias de US$ 350,00. E quando não está fazendo presepadas em estádios, ele é um CC da Secretaria de Relações Institucionais. Sua importantíssima função? Fazer a interlocução com prefeitos do PMDB (?!?).
Agora, imaginem o que não poderia ter sido feito com esses 15 mil... Quantas escolas de lata, quantos porretes para surrar manifestantes...
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O andar de cima faz a festa para Marina

Tales Faria, do Blog dos Blogs
Há muito tempo não se vê uma candidatura presidencial surgir com apenas 3%dos votos e ser tão saudada pela imprensa, como o possível lançamento donome da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Algo parecido, talvez,tenha sido o aparecimento de Guilherme Afif Domingues em 1989, acho quepelo PL. A turma do andar de cima ficou eufórica com o Afif, mas, como elenão emplacou, tentou-se o “choque de capitalismo” do tucano Mario Covas e,depois, houve o embarque na canoa de Fernando Collor de Mello.
Neste fim de semana, mal surgiram as especulações de que Marina deverá sairdo PT para o PV, ela já foi capa das revistas Época e IstoÉ. Na primeira,adianta-se simplesmente a possibilidade de a moça ocupar o Palácio doPlanalto, sob o título Marina presidente?. Na segunda, a chamada da primeirapágina, ao lado da foto da provável candidata, festeja: O Brasil não é só PTe PSDB.
A bem da verdade, no plano regional, a candidatura de Fernando Gabeira aprefeito do Rio, curiosamente pelo PV, também teve o apoio entusiástico eimediato dos mesmos que agora comemoram o nome de Marina. E, de fato, Gabeiracresceu durante a campanha até chegar ao segundo turno. Não é improvável queMarina também cresça, embora não seja seguro apostar que ela ultrapasse ocandidato tucano, José Serra, ou a preferida do Palácio do Planalto, DilmaRousseff (PT), nem mesmo outra alternativa do campo governista, o deputadoCiro Gomes (PSB-CE).
Segundo pesquisas do Datafolha divulgadas neste fim de semana, Serra continualiderando a disputa, com 37% das intenções de voto do eleitorado; Dilma contacom 16% e Ciro, com 15%. Acima de Marina estaria ainda a ex-senadora HeloísaHelena, do PSOL, com 12% da preferência dos entrevistados. Então por quetanta festa em torno de Marina Silva?
Porque o andar de cima aposta que a entrada da candidata ecológica, antes demais nada, preenche o vazio de uma candidatura feminina na oposição, emcontraponto à governista Dilma, já que a expectativa é que Heloísa Helena sevolte para Alagoas. Uma substituição até bem mais palatável para osconservadores do que a ex-senadora alagoana. A ecologia deixou de ser um temade propriedade da esquerda, como foi nos anos 60 e 70, e passou a transitarpor todas as ideologias. O PV de São Paulo, por exemplo, é dominado porpolíticos de direita acusados de fisiologismo, Gabeira teve o apoio do DEM, olíder do partido na Câmara é o deputado Sarney Filho (MA).
Também porque a candidatura de Marina, mesmo que não chegue a lugar algum,parece ter grande potencial para conquistar votos no campo das esquerdas.Mas, principalmente, porque o aparecimento de Marina embaralha um jogo queestava se encaminhando para o desenho proposto pelo presidente Luiz InácioLula da Silva: eleições polarizadas entre Dilma e Serra apenas, o quetornaria a campanha plebiscitária. Nesse quadro, o Palácio do Planalto temapostado que o grande tema a ser posto na mesa seria a comparação entre ogoverno Lula e o governo anterior, do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o Datafolha deste fim de semana, a avaliação do governo Lula está em67% para ótimo/bom, 25% para regular e apenas 8% para ruim/péssimo. Emoutubro de 2002, o Datafolha captou uma avaliação positiva (ótimo/bom) dogoverno Fernando Henrique Cardoso em apenas 23% dos entrevistados.
Ou seja, a polarização apontaria para uma luta desigual, uma verdadeirasurra, creem os lulistas. Mas bastou Marina Silva aparecer, e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) voltou a colocar sua candidatura na rua, declarando queestá mesmo mais propenso a disputar a Presidência da República do que ogoverno de São Paulo, e que, se Marina “aceitar a convocação do PV, elaimplode a candidatura da Dilma”. Não é certo que imploda a candidaturaDilma, mas tem tudo para implodir a tese da polarização.
Mas fica uma pergunta no ar: e o outro lado? Marina rouba votos da esquerda,mas também rouba votos entre eleitores do PSDB e do DEM. Sua permanência nadisputa, junto com Ciro Gomes, praticamente garante que haverá um segundoturno, em que inevitavelmente a campanha se polariza. Ou seja, estaria-seapenas adiando a polarização. Mais nada.
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Aécio Neves: o novo bilionário

Sem renda oficial suficiente, Aécio compra, por R$ 12 milhões, apartamento que pertenceu a seu avô Tancredo

Do Sítio do Novo Jornal, publicado dia 17 de agosto de 2009.

Ex-assessor de Tancredo se assusta ao folhear relatório sobre o crescimento patrimonial do atual governador de Minas Gerais e afirma: “Quem diria, aquele jovem vindo do Rio de Janeiro, após a eleição de seu avô ao governo de Minas em 1982, trazendo em sua mochila bermudas e camisetas. Seu primeiro terno foi comprado pronto na Mesbla, com recursos de seu avô”.

Esta realidade assusta não só aos ex-assessores de Tancredo, mas a todos que conhecem a história de Aécio Neves.

Jamais exerceu qualquer atividade empresarial, comercial ou industrial. Desde 1983 exerceu apenas cargo público, ou seja, recebeu salário, primeiro no governo de Minas como assessor de seu avô, depois diretor de loterias na Caixa Econômica Federal e deputado federal por quatro mandatos, até ser governador de Minas.

Em 2006, após seu primeiro mandato de governador, seu patrimônio já gerava desconfiança. Porém, o crescimento após 2006 ultrapassa qualquer explicação. A não ser que o governador tenha ganhado três prêmios acumulados da mega-sena sozinho.

Aécio Neves, então candidato a governador de Minas em 2006, declarou ao TRE/MG um patrimônio total de R$ 831.800,53. Apenas três anos depois de eleito para o segundo mandato, o governador mineiro, apenas em uma aquisição, conseguiu ampliar 50 vezes seu patrimônio imobiliário, adquirindo a participação de todos os herdeiros de seu avô Tancredo no luxuoso apartamento situado em Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. O total pago foi de R$ 12 milhões, à vista.

Há um farto folclore sobre a suposta vocação dos mineiros para serem econômicos e demonstrarem conservadorismo na administração do dinheiro. É bastante provável que a fama seja inteiramente injusta, mas a declaração de bens do governador de Minas bem que dá asas à idéia de que, “uai, tem mineiro guardando dinheiro no colchão, sô”.

O economista Aécio Neves, 49 anos, informou à Justiça Eleitoral em 2006 que possuía em espécie R$ 150 mil. Declarou ainda um apartamento na cobiçadíssima Avenida Epitácio Pessoa, no bairro carioca de Ipanema, que apareceu na declaração de bens de Aécio com o preço de R$ 109,55 mil.

Ele não discrimina o número de dormitórios que tem o imóvel, mas uma rápida pesquisa em classificados de jornal mostra que o dinheiro é pouco até mesmo para comprar um “quarto/sala” por ali. O fato pode ter a ver com um hábito dos políticos. Eles costumam utilizar nas informações prestadas à Justiça Eleitoral os valores dos imóveis constantes das declarações de Imposto de Renda.

Nessas, o contribuinte é impedido de atualizar o valor do bem à luz dos preços de mercado porque o esfomeado Leão quer aumentar ao máximo a possibilidade de morder ganhos de capital elevados, aumentando artificialmente o lucro obtido pela eventual venda do imóvel. Em tese, à Justiça Eleitoral, o candidato deveria informar o valor real do bem.

Além do apartamento de seu avô, outros imóveis foram adquiridos no litoral, principalmente em Angra dos Reis. Em Angra, o preço dos imóveis ultrapassa o valor pago no apartamento de seu avô.

Até mesmo dois imóveis no exterior seriam de propriedade do governador mineiro. A maioria dos imóveis encontra-se registrado em nome de empresas, desta forma, o nome do governador não aparece.

No contrato social também consta como sócia outra pessoa jurídica, uma empresa de “participação”. Entretanto, a maior parte do patrimônio do governador de Minas está em nome de empresas registradas em paraísos fiscais e em fundos internacionais, como ficou provado na investigação realizada pela Polícia Federal nos fundos administrados pelo Banco Opportunity, de Daniel Dantas.

Nestas investigações, diversas remessas realizadas desde 2003 por doleiros da Construtora Andrade Gutierrez e Camargo Correia foram identificadas como sendo para Aécio. Estes dados já se encontram em poder do Ministério Público e Receita Federal.

Evidente que o governador mineiro encontra-se no grupo de brasileiros que estão “acima da lei”, a exemplo do senador José Sarney. Desta maneira, membros da Receita Federal entendem que dificilmente ele será punido.

Na verdade, após a redemocratização do País, estes “senhores” organizaram o novo cenário de poder no Executivo, Legislativo e Judiciário. As Cortes superiores de Justiça têm quase a totalidade de sua composição por indicação do presidente da República.

“De 1985 até hoje, no STJ e STF já se renovou desta forma uma aliança entre Sarney, Collor, Fernando Henrique, Itamar e Lula representa uma ameaça para independência e estabilidade do sistema judicial”, afirma um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.

Políticos próximos de Lula informam que a recente posição de Aécio e de seu “escudeiro” Itamar Franco contra o Governo Federal é em retaliação às investigações feitas pela Receita Federal.

Senador do PSOL espera a presença da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado para indagar a respeito da pressão feita por Dilma Rousself em relação à investigação de Aécio.

Outra questão que está sendo apurada é a participação do governador junto com o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB) e o presidente da Assembleia Legislativa mineira, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), no mineroduto de 525 km de extensão para transportar o minério de ferro do sistema Minas-Rio, saindo de Conceição de Mato Dentro (MG) e chegando ao Porto de Açu, no Rio de Janeiro.

Obra que inclusive está para ser suspensa pelo Ministério Público Federal por irregularidades.

A participação do governador mineiro no setor elétrico seria também através de uma empresa. No inquérito, assusta a omissão da Codemig em relação aos pedidos da empresa de Daniel Dantas para pesquisa e exploração de jazidas minerais que pertencem à empresa mineira.

As investigações comprovam ainda que a diferença entre o valor declarado como da venda de nióbio de Araxá e o realmente recebido no exterior é escandaloso e estaria sendo administrado por um fundo pertencente ao Unibanco no exterior, que, por sua vez, vem aportando recursos no fundo que coincidentemente Aécio tem cotas.

Embora publicamente demonstre pouca amizade, Aécio é amigo desde a infância do proprietário do Unibanco, pois no mesmo prédio (apartamento adquirido por Aécio recentemente) sempre morou Walther Moreira Salles e seu avô Tancredo Neves.

Um dos procuradores da República encarregados das apurações foi procurado e nada quis afirmar, apenas advertiu ao Novojornal: “Relatar a totalidade do patrimônio de Aécio Neves antes da apresentação da denúncia seria trazer descrédito para o caso”.

O procurador tem razão, o crescimento patrimonial de Aécio realmente assustará, principalmente aos mineiros. Embora o enriquecimento de governadores de Minas Gerais após o término do período militar tornou-se natural.

Basta ver o patrimônio de Hélio Garcia e Newton Cardoso. Pouco visível fica o patrimônio de Itamar e Azeredo, que sempre utilizaram “intermediários” para tratar desses assuntos.

A assessoria de imprensa do governador foi consultada, mas não retornou à reportagem.

Comentário do Blog: Texto reproduzido na íntegra.
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Cidadãos de bens

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A invenção do contemporâneo na CPFL Cultura

Teve início na terça-feira 11 de agosto, no Espaço Cultural CPFL, em Campinas, a programação Invenção do Contemporâneo / Luz na Crise, que posteriormente migra para São Paulo e outras capitais brasileiras. Juntamente com a programação do Café Filosófico CPFL, a nova série discutirá temas da contemporaneidade colocados em evidência pela emergência da crise global. Os encontros serão transmitidos ao vivo pelo site da CPFL Cultura. Vejam no final do post o playing para conexão imediata. Alguns dos encontros darão origem a programas na grade da TV Cultura e demais TVs educativas.

O Espaço Cultural é coordenado e animado por Augusto Rodrigues, diretor de comunicação empresarial da CPFL.

Às terças-feiras, farei três palestras sobre o tema "Política, para que te quero?". Às quintas-feiras, o psicanalista Jorge Forbes conduzirá a série "A Psicanálise do Século XXI - Lacan para desesperados da crise".

A CPFL Cultura em Campinas fica na rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632 – Chácara Primavera. É um espaço excelente, muito agradável e confortável. Os debates que ali acontecem são sempre de alta qualidade, em todos os sentidos.

A programação tem entrada gratuita e por ordem de chegada. O público poderá participar também enviando perguntas antes dos eventos para o e-mail cpflcultura@cpfl.com.br, com o tema do evento no campo “assunto”. Mais informações pelo telefone (19) 3756-8000.


Programação

11 de agosto – 19h

A política como problema
Com
Marco Aurélio Nogueira

13 de agosto – 19h

Novas subjetivações e o mal estar na contemporaneidade
Com
Joel Birman

18 de agosto – 19h
A política como vantagem
Com
Marco Aurélio Nogueira

20 de agosto – 19h
Mal-estar na globalização - Lacan e as luzes
Com
Alain Grosrichard

25 de agosto – 19h
O futuro da política
Com
Marco Aurélio Nogueira

27 de agosto – 19h
Jacques Lacan e a psicanálise do século XXI
Com
Jorge Forbes
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