Medida de precaução ?


Quem entra hoje no site da prefeitura de Porto Alegre encontra apenas a seguinte mensagem:

"Por medida de precaução e visando a conclusão tranqüila do processo eleitoral em curso, a Prefeitura de Porto Alegre, acolhendo decisão em caráter liminar da juíza da 161ª Zona Eleitoral, retirou seu Portal de Internet temporariamente do ar. Esperamos retomar esta prestação de serviços em breve".

Medida de precaução coisa nenhuma. A página foi retirada do ar por determinação da juíza eleitoral Helena Marta Maciel por "extrapolação da mera divulgação de atos administrativos". Em outras palavras, uso de um espaço público para fazer campanha eleitoral para o prefeito José Fogaça.
RSURGENTE
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Vai faltar tapete



Alan Greenspan, o homem que comandou o FED por 18 anos, foi ontem ao congresso americano prestar esclarecimentos sobre a crise. Ele, que sempre foi tratado como o sábio, o cientista, um dos maiores ideólogos do moderno liberalismo, desta vez teve que enfrentar o desconforto das explicações. Reconheceu que errou. Homem de números, disse que era equívoco da ordem de 40%. Pouco. Resultou em apenas alguns dígitos, 15 para ser exato, dos 668 trilhões de dólares do buraco no cassino.

Os principais jornais americanos amanheceram nesta sexta com destaque para o mea-culpa do homem que acreditava na auto-regulação do mercado, reconhecendo agora “uma falha no modelo que eu concebia como a estrutura crítica de funcionamento que define como o mundo funciona”. Mas os jornais brasileiros acharam coisa pouca, deixaram no máximo discretas chamadas na primeira página. Preferiram continuar sua sanha em provar ao seu eleitorado que este governo não consegue enfrentar o rombo do Greenspan, melhor eleger o José Serra em 2010 para nos salvar. Sim, dizem que a medida provisória tem o perigoso cheiro de estatização, coisa de comunista, e tome desqualificação, seria o Proer do Lula.

Mas tem um desafio grande para a mídia do Serra: como justificar que para o ralo foi exatamente a ideologia que seus editoriais tanto louvaram durante anos? Que o mito do estado mínimo virou mico? Que toda esta baboseira era ferrenhamente defendida pelos políticos de seu jardim?

Terão que varrer para debaixo do tapete um José Serra que estava alinhado exatamente às idéias de quem agora reconhece erro. Juntando com todo o fracasso da administração do Estado de S. Paulo, é mais lixo que tapete.
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Abrimos o armário do Kassab

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Sinal dos tempos

Uma menina de 15 anos passa vários dias sob a mira do revólver do namorado da amiga. É liberada pelo seqüestrador e depois mandada de volta ao cativeiro pela polícia (!?!). Leva um tiro na cara. Vai parar no hospital, enquanto sua amiga é morta pelo seqüestrador. Tudo isso transformado em um show televisivo macabro e repugnante.

Depois de toda essa experiência traumática, o que ela sente a respeito? Vontade de ser visitada pelo Alexandre Pato, naturalmente...
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Femme Fatale.

Ouvi o Velvet Underground pela primeira vez, no início da adolescência, na velha Fluminense FM. Aquelas canções soavam muito diferentes de tudo o que eu já tinha escutado até então. Era uma combinação explosiva: a voz e a poesia cortantes de Lou Reed, o experimentalismo instrumental de John Cale, a guitarra econômica e ao mesmo tempo ousada de Sterling Morrison... Literalmente, pirei. Mas, naquele momento, o que me deixou absolutamente fascinado foi a voz de Nico em “Femme Fatale”: a tonalidade grave e o inglês cantado com sotaque alemão causaram em mim uma sensação, ao mesmo tempo, de estranheza e doçura. Imediatamente, procurei mais informações sobre a dona daquela voz que me havia impressionado tanto e descobri uma das mais interessantes figuras dos loucos anos 60. Modelo belíssima, atriz em filmes de Fellini e Philippe Garrel, musa de Andy Warhol, parceira de cama de alguns dos homens mais desejados da época como Alain Delon e Jackson Browne, amiga de Bob Dylan e Brian Jones, Christa Päffgen – seu verdadeiro nome - teve uma vida intensa e agitada. Após o seu antológico disco com o Velvet Underground – o da famosa capa com a banana, desenhada por Warhol – desenvolveu uma carreira solo extremamente original (que ela já havia iniciado na fase pré-Velvet), com belos álbuns marcados por profundos sentimentos e inúmeras experimentações sonoras (a gravação feita por ela de “These Days”, do Jackson Browne, é de cortar os pulsos de tão bonita e melancólica). Depois de toda uma existência de loucuras, regadas à álcool e drogas, Nico morreu de forma extremamente prosaica, após ter sofrido uma queda enquanto andava de bicicleta, em Ibiza, há exatamente vinte anos. Bem, por que logo agora fui me lembrar da Nico? Acontece que minha cabeça agitada e não muito normal tem por hábito estabelecer associações instantâneas e inesperadas entre músicas e imagens. Assim, quando vejo nas ruas cenas que me impressionam, imediatamente meu cérebro programa uma música, como se fosse a trilha sonora de um filme. E ontem, ao passar pelo Centro do Rio meio esvaziado pelo feriado do Dia do Comerciário, vi uma mulher belíssima andando pela calçada que divide as pistas da Almirante Barroso. O rosto expressivo, a pele clara, os cabelos escuros cortados à chanel e a écharpe agitada pelo vento destes dias com jeito de outono formavam uma cena que era pura poesia. Assim, a trilha sonora que me veio à cabeça não podia ser outra: “Femme Fatale”, na voz da linda e misteriosa alemã.

Here she comes,
You'd better watch your step,
She's going to break your heart in two,
It's true.

It's not hard to realize,
Just look into her false colored eyes,
She'll build you up to just put you down,
What a clown.

'Cause everybody knows (She's a femme fatale)
The things she does to please (She's a femme fatale)
She's just a little tease (She's a femme fatale)
See the way she walks
Hear the way she talks.

You're written in her book,
You're number thirty-seven, have a look.
She's going to smile to make you frown,
What a clown.

Little boy, she's from the street.
Before you start you are already beat.
She's going to play you for a fool,
Yes it's true.

'Cause everybody knows (She's a femme fatale)
The things she does to please (She's a femme fatale)
She's just a little tease (She's a femme fatale)
See the way she walks,
Hear the way she talks.

(“Femme Fatale” – Lou Reed)
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