Estudei com Lúcio Flávio Pinto na Escola de Sociologia e Política de São Paulo nos primeiros anos da década de 1970. Foi lá que nos conhecemos e nos tornamos amigos.
Para que se dimensione bem o fato, foi com ele que li pela primeira vez os Cadernos de Gramsci. Viramos dias e noites discutindo as notas sobre jornalismo e revistas culturais que integravam Os intelectuais e a organização da cultura e agora estão no volume 2 da edição brasileira dos Cadernos do Cárcere (Rio, Editora Civilização Brasileira), organizada e traduzida por Carlos Nelson Coutinho e Luiz Sérgio Henriques. As notas de Gramsci funcionavam, para nós, como fermento teórico e político para editar a revista Di...fusão, que fazíamos no centro acadêmico da escola junto com Reginaldo Forti, Cláudio Kahns, Bruno Liberati, Raul Mateos Castells, Leon Cakof, Vera Lúcia Caldas, um agregado de gente boa, plural e politicamente diferenciada, que se unia na amizade e na vontade de estudar e combater a ditadura militar.
Lúcio vinha de Belém, trabalhava no Estado de S. Paulo, o Estadão. Era um motor em termos de idéias e criatividade. Mas não parava de pensar na Amazônia, sua causa apaixonada, sua razão de ser como intelectual e jornalista. Terminou o curso e voltou para Belém, como correspondente do Estadão. Tornou-se rapidamente uma referência internacional na área, um dos mais importantes e consistentes – se não o maior de todos – analistas das aventuras e desventuras amazônicas. Permaneceu combativo como poucos, sem fazer qualquer concessão aos poderosos. Seu jornalismo independente, de denúncia e opinião, só fez crescer. Quando as portas dos grandes jornais da região (O Liberal, Diário do Pará) começaram a se fechar para ele, deu um basta e foi fazer o Jornal Pessoal, um quinzenário sobre a Amazônia, custeado, redigido e distribuído a ferro e fogo por ele mesmo quase sem interrupção há 21 anos, com uma tiragem de 2 mil exemplares.
É algo de altíssimo nível, que deve ser conhecido e divulgado. Ainda não tem uma webpage, mas pode ser conseguido pelo email jornal@amazon.com.br ou pelo telefone (91) 3241-7626.
No início de abril deste ano, Lúcio Flávio publicou seu 10° livro, igualmente dedicado ao Pará e à Amazônia, mas desta vez tendo como eixo a experiência do próprio Jornal Pessoal. Através do livro, ele “tenta contar capítulos da história recente do Pará que jamais teriam sido registrados se não existisse este jornal”. É jornalismo a quente, feito no calor da hora, no momento mesmo em que os fatos aconteceram. Um exemplo de jornalismo verdadeiramente independente, que cumpre “sua missão mais nobre: ser uma auditagem do poder”.
Lendo as reportagens e os textos vibrantes que estão no livro, fica fácil perceber porque Lúcio Flávio Pinto incomoda tanto a elite da região, a ponto de ser vítima constante de perseguições e processos judiciários estapafúrdios. Coisa que, de resto, jamais o abateu ou o intimidou. Ao contrário, o animou a afiar e apurar sempre mais a pena, alçando vôo para além do Pará.
Não por acaso, o livro se chama Contra o Poder. 20 anos de Jornal Pessoal: uma paixão amazônica. É excelente. Pode (e deve) ser comprado através do email do próprio JP ou pelo endereço Rua Aristides Lobo, 871, Cep 66053-020, Belém-PA.
Lúcio Flávio Pinto, Gramsci e o Jornal Pessoal
TV CARTA MAIOR tansmite o depoimento de Lair Ferst.
Veja, também ao vivo e em cores, como a base de apoio à Yeda Crusius atua. Pouco interessada em aprofundar as investigações.
As palavras da Deputada Zilá Breitenbach são a prova cabal disso:
“Estamos aqui para apurar os fatos, não para responsabilizar ninguém" percebe-se o que querem fazer da CPI.
Deputados que devem ser riscados da vida política do RS - anote e guarde:
Dep.Zilá Breitenbach (PSDB) , Dep.Adilson Troca (PSDB), Dep.Cassiá Carpes (PTB), Pedro Westphalen (PP), Dep. Gilberto Capoani (PMDB), Dep. Carlos Gomes (PPS), Dep.Alexandre Postal (PMDB), Dep. Marco Peixoto (PP) e Dep.Pedro Pereira. Anote e guarde esses nomes.
Preservando conquistas, construindo mudanças?
Arroio Dilúvio no Cruzamento da Av Ipiranga com Av.João Pessoa.
Não há limites para a enganação... Porto Alegre está entregue às baratas, aos ratos, ao lixo, aos buracos e à escuridão. Além do descaso com os ônibus, a sinalização das ruas, os serviços básicos de saúde e o atendimento aos necessitados. O que se lê nos jornais não corresponde ao que se vê nas ruas. Basta transitar pela cidade para se perceber a que ponto a cidade chegou. Há ainda o sucateamento das escolas municipais e o lamentável relacionamento com os municipários.
Nas últimas semanas pode ser observado uma série de tomadas em obras que estão sendo terminadas às vésperas do período eleitoral. Reportagens que não assistidas nos noticiários locais. Na Av. Azenha, no Largo Glênio Pérez, no conduto Àlvaro Chaves, no Camelódromo, entre outros. Há uma forte tentativa de se mostrar o que não foi feito durante tres anos desta administração, em que várias obras são fruto dos dezesseis anos do governo da Frente Popular.
Das obras já terminadas e as que estão sendo acabadas, pode-se dizer três são da Administração Fogaça: O Camelódromo, a reforma da Ponte da Azenha e o Sítio do Laçador. As demais são continuidade da administração anterior.
Portanto, neste momento e com o estado em que esta administração está deixando a cidade de Porto Alegre, A Carapuça concorda com o lema da campanha de Fogaça e Eliseu Santos de 2004, eles são realmente a cara da cidade! E se Porto Alegre é demais, fora Fogaça e Eliseu Santos!
Sobre o Vice-Governador, Paulo Feijó.
