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Memória militante

Do blog da Maria Frô:

Mídia que vota em Serra tenta de tudo para levar eleição ao segundo turno, você vai deixar?

O PT foi fundado em fevereiro de 1980. Lembro-me como se fosse hoje do debate que tomou a militância petista para escolha de candidatos para as primeiras eleições ao governo do estado de São Paulo em 1982,  após a lei da Anistia e a volta das eleições nos estados (as eleições diretas para presidente só retornariam em 1989, pois perdemos a luta em 1984, no movimento Diretas- Já).

Em 1982 a disputa era entre o metalúrgico Lula e o jurista Hélio Bicudo. Venceu Lula ao menos nas disputas internas para a escolha do candidato a disputar o pleito para governo do estado.

Houve um comício em Cubatão, na praça Princesa Isabel, lugar pequenino onde foi posto um caminhão pequeno e o comício se desenrolou sobre ele com megafones. À época eu ainda não tinha idade para me filiar, talvez tenha sido por isso que acabei não formalizando minha filiação até hoje.  Eu estava lá, em cima do caminhão, meio assustada no meio de lideranças que eu já admirava: além de Lula lembro da presença de Suplicy que antes da marola verde do PV já nos acompanhava em Cubatão em várias ocasiões na luta contra a poluição e as péssimas condições de vida e trabalho na cidade.

Fazíamos reuniões nas igrejas, éramos vigiados e intimidados pela polícia ainda fortemente repressiva, forjada num período de censura, torturas da Ditadura Militar. Debatíamos com a população em geral, os trabalhadores das indústrias cubatenses, as mães desesperadas com a saúde frágil de seus filhos. Denunciávamos a escandalosa poluição daquela cidade que chegou a ser conhecida na imprensa internacional como Vale da Morte.

Em Cubatão, em princípio da década de 1980, trabalhadores do pólo siderúrgico e petroquímico morriam de câncer no pulmão, de pele, envenenados por enxofre e outros produtos químicos, morriam ou ficam inutilizados para o trabalho devido aos acidentes de trabalho. Todas as indústrias tinham uma placa com uma espécie de contador que vivia zerando, informando a quantos dias não havia acidentes de trabalho. Morriam devido a uma saúde debilitada por uma jornada desumana em turnos sem fim.

Lembro-me que ainda estava no colegial e participei como auxiliar de pesquisa de uma grande estudo levado a cabo pela Faculdade de Medicina da USP, pelo grupo da professor Marcília da saúde pública e medicina preventiva.

Durante o projeto, apliquei vários questionários aos trabalhadores do pólo petroquímico e siderúrgico. De um deles jamais vou me esquecer: realizei a primeira bateria de questionários e ele foi selecionado para a segunda fase e quando retornei para fazer as perguntas ele havia falecido. Saí e sentei na calçada na frente de sua casa e comecei a chorar. Para uma adolescente com razoável consciência do que acontecia ao meu redor, que vivia naquele inferno de cidade esquecida por todos, este era um nível de violência que beirava o insuportável.

Também sentei e chorei, anos depois quando já estava na USP e minha mãe ligou para informar que a cidade foi tomada por um incêndio de proporções inimagináveis e que depois de ser aplacado, os cubatenses se deram conta de que um bairro inteiro, o mais pobre e mais abandonado da cidade, tinha sumido do mapa e com ele muitos amigos queridos que eu havia feito quando perambulava pela Vila Socó (como era chamada a favela que oficialmente tinha o nome de Vila São José) passando o filme “O homem que virou suco” e discutindo política pura de resistência.

Para uma adolescente que ainda estava no Ensino Médio, viver em uma cidade que se morria pelas péssimas condições de trabalho e pela intensa poluição para gerar riquezas que não ficavam na cidade (sequer no país) são experiências que modelam nossa vida. Os poluentes jogados no ar e nas águas da cidade eram tão danosos que em Cubatão nasciam crianças anencefálicas, peixes deformados. Para chamar a atenção do mundo para as nossas péssimas condições de vida fizemos uma exposição com fotos dos peixes monstruosos que encontrávamos no Rio Pilões.

Minhas experiências na luta pela qualidade de vida, contra a poluição e a morte das pessoas provocadas pela poluição e pelas péssimas condições de trabalho e ambientais forjou a pessoa que sou hoje.

O PT da década de 1980 nasceu e se fortaleceu na cidade de Cubatão sem dissociar a qualidade de vida das pessoas das questões ambientais e da super-exploração a que estavam expostos os trabalhadores. Talvez seja por isso que até hoje eu não entenda um Partido Verde que fala de manutenção das florestas, mas que não faz a crítica a um Tietê poluído ou ao córrego do meu bairro onde nas proximidades eu topo com ratos mortos como mostrei aqui.

Naquele comício junto ao Lula e ao Suplicy, na praça Princesa Isabel, eu fiz mais do que falar pelas mulheres e o nosso papel no sistema capitalista, eu eduquei os meus pais operários para a luta contra a exploração.
Vivíamos no contexto das greves no ABC que ajudaram a derrubar a ditadura militar. Na minha fala assustada ao lado de Lula, eu buscava estimular as mulheres a serem companheiras de seus companheiros na luta contra a exploração.  Eu falava com propriedade sobre a minha própria condição feminina de adolescente trabalhadora, pois desde os 14 anos eu já trabalhava oito horas por dia.

Sabia muito bem do que falava. Passei a estudar à noite quando entrei no primeiro ano do Ensino Médio. Enfrentei os primeiros surtos de uma educação deteriorada com professores amedrontados, muitas greves e faltas. Se não fosse uma ótima aluna jamais teria saído do Afonso Schmidt e teria entrado na USP. Muitas vezes saí da escola porque não havia aparecido nenhum professor e ia para a Vila Socó fazer política. Meus pais ficavam aterrorizados de eu chegar de madrugada em casa, mesmo que eu viesse acompanhada pelo seu Manuel, estivador, quase um segundo pai, que pegava a sua bicicleta e me acompanhava até em casa.

Minha mãe ficava possessa e um dia quis me bater. Meu tio Gerson, metalúrgico da Mercedes, amigo do Lula, estava em casa e me salvou da surra. Ele disse a minha mãe e ao meu pai que eles deveriam se orgulhar de mim. Eu, só disse que se meus pais quisessem saber o que eu fazia quando não estava na escola que fossem às 15 horas na Praça Princesa Isabel.

Estava lá no Comício, num sábado calorento do clima abafado de Cubatão, argumentado sobre a função da mulher operária no sistema capitalista. A metáfora que usei foi a do elástico: a mulher operária tinha de esticar o salário e segurar o marido para não ir às greves. De repente, no meio da pequena multidão, vejo o meu pai, me ouvindo atentamente.

Meu pai votava em Jânio Quadros, na direita mais conservadora do país. Ele foi um motorista e a vida toda abaixou a cabeça para os seus patrões. A partir dali, diversificamos o tema de nossas conversas para além do Timão. Meu pai passou a ler, a ficar mais atento à política partidária.

No comício eu ganhei um abraço do Lula, era a mascote daquela turma de craques. Ele me deu um pequeno livro e fez uma dedicatória que me lembro até hoje: “Se todos os jovens fossem como você as mudanças viriam mais cedo, com um abraço, Lula“. Procurei o livro para scanear e não o encontrei, mas ele continua a ser tão valioso quanto era quando o ganhei há quase 30 anos.
Olho o meu Brasil e a Cubatão de hoje, também governada por uma administração petista e feminina e tenho um orgulho tamanho do que de algum modo, exercendo a minha cidadania diária, eu ajudei a construir.
O Brasil de hoje apesar dos problemas que ainda tem deu um salto qualitativo sem precedentes e não é apenas em sua economia que faz com que o presidente Lula seja aclamado internacionalmente e que equipe da Al Jazeera inglesa se desloque até o interior de Pernambuco para conhecer um progama modelo para o mundo de combate a fome. O salto qualitativo passa pela consciência de muitos brasileiros que aprenderam que a política é um bem de todos e que uma boa política pode salvar vidas e uma má política pode nos levar a morte.

O Brasil de hoje dá muito mais chances ao jovens de periferia como as que eu não tive.

Diego Casaes é só um exemplo do Brasil de hoje: um jovem negro que saiu da periferia de Salvador, falando inglês com fluência foi para Copenhague cobrir a COP15. Diego além de trabalhar com cultura digital é colaborador do Global Voices e toca um projeto com as dimensões do Eleitor 2010. Ele é só um dos meninos que conheço que não teve seu talento e todas as suas potencialidades assassinadas pela falta de oportunidade de um Brasil que, anterior ao governo Lula, era só exclusão. Diego Casaes foi aluno do Prouni, o mesmo programa que o DEM, partido da coligação do PSDB, quer acabar e para isso entrou com ação de inconstitucionalidade no STF.


O Brasil de hoje é um Brasil que nos faz ter orgulho de ser brasileiros, apesar de toda a tentativa perversa de uma mídia monopolizada e partidária desmoralizar o presidente mais popular da história do país.

O Brasil de hoje fez a maior capitalização da história mundial de uma empresa, a Petrobras, que cada dia é mais brasileira e que garantiu as riquezas do pré-sal para o povo brasileiro.

O Brasil de hoje tem a chance de eleger em primeiro turno uma mulher com uma história de vida e uma história pública de decência, voltada para a luta contra a ditadura militar e que foi presa e torturada por isso.

Por isso e por todas as realizações do governo Lula – as quais Dilma representa a manutenção e a ampliação dos avanços deste governo transformador – que a cada e-mail perverso que recebo contra Dilma, a cada manchete vergonhosa que leio na mídia que vota em Serra, a cada site fascista, proselitista, reacionário onde leio postagens mentirosas, a cada mensagem estúpida e detratora que leio no twitter, apesar de fazer o meu estômago revirar (nem nos meus piores pesadelos acharia que os adversários pudessem fazer uma campanha tão baixa), aumenta a minha gana para sair às ruas, conversar com as pessoas, discutir política, ouvi-las e dizer porque minha candidata é Dilma Rousseff.

Meu pai e minha mãe estavam de viagem marcada para Salvador para o final de setembro e adiaram-na para o dia 04/10. Eles votarão em Dilma Rousseff. A Ana, mensalista aqui de casa, vai se deslocar até a sua cidade pra votar em Dilma Rousseff.

Quanto a mim, mantenho viva aquela adolescente do comício da praça Princesa Isabel, a mesma adolescente que lutou por melhores condições de vida e trabalho, que ia para Vila Socó discutir política com os trabalhadores, que se indignou e brigou para que Cubatão deixasse de ser o Vale da Morte. Por isso, nos próximos cinco dias até a eleição vou continuar ligando e conversando com todos os que conheço, convidando-os a refletir sobre a importância de suas escolhas para o futuro do nosso país.

A mídia que vota em Serra e que durante oito anos fez oposição ferrenha ao presidente Lula, chamando-o até de estuprador (sem sofrer qualquer tipo de censura por parte do presidente) está fazendo seu trabalho. Está defendendo seu projeto neoliberal, privatizador, excludente, porque a vitória de Serra assegura seus interesses econômicos. Esta mídia não mediu e não medirá esforços pra conseguir seu objetivo. Ela não tem ética alguma, publica notícias e documentos falsos, como a Folha de São Paulo fez quando publicou, em primeira página, a ficha falsa de Dilma produzida por um blog de extrema-direita.

Resta-nos, portanto, a mim e a todos os brasileiros que fazem oposição a este projeto conservador e reacionário, com nosso trabalho de formiguinha,  resistir,  ir à luta e garantir a vitória de um Brasil mais inclusivo e cidadão. À luta, companheiras e companheiros e até a vitória sempre.
Imagem: Internet
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SE O SERRA PODE, POR QUE O TIRIRICA NÃO?

Laerte Braga, jornalista

A diferença entre o ex-presidente e o Tiririca é que FHC faz chorar, Tiririca faz rir e até agora não se tem notícia que tenha vendido um país ou metido a mão no bolso de alguém.

Tenho ouvido disparates tais como exigir curso para eventuais candidatos a cargos eletivos, preparo mínimo, sabatina por notáveis, coisas típicas de moralismo hipócrita e que no Brasil, em se falando de eleições, se materializa na Justiça Eleitoral, aberração no sentido lato da palavra.

Quando a mídia privada começa a questionar o direito de Tiririca ser candidato a deputado federal deixa de olhar para seu próprio umbigo. Tiririca é produto dessa mídia. Da alienação vendida diariamente nas bancas de jornais, em telinhas de tevê ou na baixaria que costuma ser a programação de boa parte das rádios brasileiras.

Há dias, num táxi, ouvi um locutor da RÁDIO GLOBO recomendar aos ouvintes que não dessem atenção às “rádios piratas”. Estava se referindo às rádios comunitárias. Atrapalham os “negócios” e muitas delas levam informação e resultam em formação.

Isso não interessa aos donos.

Se Tiririca é um bobo, ou não é, nessa discussão sobre seu direito de ser ou não candidato, é irrelevante. É um cidadão brasileiro no gozo dos seus direitos políticos e prontos.

A “democracia” que temos é regida por esses parâmetros.

O que acontece é simples. Num dado momento alguns integrantes do clube de amigos e inimigos cordiais, o Congresso Nacional, perceberam que a perspectiva de um milhão de votos para Tiririca rouba-lhes o assento, digamos assim, na Câmara.

Aí, um procurador eleitoral, investido de poderes absurdos, vai questionar se a vírgula da lei está bem ou mal colocada.

Em uma eleição municipal numa cidade mineira há cerca de uns quinze anos o juiz eleitoral, partidário de um dos candidatos e corrupto, exigiu que os programas do horário eleitoral gratuito lhes fossem mostrados antes de ser exibido e ao seu talante ia fazendo cortes aqui e ali.

A corrida para votar em Tiririca para deputado federal não é nem novidade. E muito menos em São Paulo.

Jânio não foi prefeito e governador? FHC não foi senador, presidente do Brasil? Ademar e Maluf não ganharam várias eleições em cima do “rouba mas faz”? Alckimin não está à frente nas pesquisas para a sucessão estadual? José Arruda Serra não foi prefeito, senador, governador e é candidato a presidente da República.

E olhe que não citei o rinoceronte Cacareco que esse era candidato sério. Ou nem era, o eleitor escrevia seu nome na cédula. Ninguém bateu seu recorde até hoje. Caráter paquidérmico.

O que as redes de tevê que torcem o nariz para Tiririca querem? Ou os jornais, as revistas? As emissoras de rádio e seus programas padrão “olha aí gente que vem chuva forte?

Tiririca é produto desse caráter espetáculo que a mídia privada constrói diariamente nas receitas de Ana Maria Braga, nos domingos desesperadores de Faustão (já apareceu por lá e foi saudado), ou na desinformação que é o JORNAL NACIONAL.

O jornal ESTADO DE SÃO PAULO no afã de criticar Lula (a opinião do jornal é que Lula deveria estar na senzala) traduziu um artigo do jornal inglês THE ECONOMIST e suprimiu um parágrafo onde se lia que o Brasil é a perspectiva de futuro diante do naufrágio da Europa e do declínio dos EUA (se mantém por conta das milhares de bombas que podem destruir o planeta até cem vezes se for o caso).

Suprimir que seja até aceitável, façamos a concessão, mas não informar aos leitores que suprimiu determinado parágrafo e fazer crer que o artigo era crítico, isso é má fé.

Que tipo de contribuição a REDE GLOBO oferece aos brasileiros em termos de conscientização, de informação real, verdadeira, não distorcida? De perspectiva cultural?

São só “negócios”. E negócios sujos, como ganhar terreno público destinado a praça pública por doação de José Arruda Serra, para impedir que o povo da capital paulista tenha de volta o bem público.

A vírgula que Tiririca colocou errado, se é que colocou, não é a que o procurador eleitoral ou seja lá quem for achou, ou inventou, mas é o milhão de votos que pode vir a ter e assim derrotar alguns medalhões investidos de moral patriótica, elevados princípios e contas em paraísos fiscais.

Maluf não diz que é ficha limpa?

José Arruda Serra não está descabelado e tresloucado com os números das pesquisas, falando bobagens em cima de bobagens por conta de um sigilo fiscal que sabia desde 2009 e beneficiou os “negócios” de sua filha? Que foi levantado agora pelo ex-governador de Minas Aécio Neves para defender-se das insinuações de Arruda Serra numa disputa interna entre tucanos?

O menor problema nessa “democracia” onde Gilmar Mendes vai proferir um voto sobre a ficha limpa, é o Tiririca.

Bolsonaro é deputado federal, vomita barbáries fascistas diariamente na Câmara, que riscos oferece o Tiririca?

Ele mesmo responde no seu slogan – “pior não fica” –.

Não tem como ser pior que Bolsonaro.

Já ouvi que Congresso é uma besteira e de gente que defende a “democracia forte”. Coloca o que não existe na democracia, adjetivo. Sobral Pinto ensinou isso a um coronel fascista que falou da construção da “democracia a brasileira”.

Deu no que deu. País imerso em dívidas, prisões lotadas de adversários políticos, milhares de exilados, torturados, assassinados e até hoje esse rebutalho defendendo a honra nacional.

Putz! É o cúmulo da esculhambação.

Existem deputados como Chico Alencar, Brizola Neto, Luciana Genro, outros tantos que lutam pela construção da democracia lato senso, com ampla participação popular. Candidatos como o Carlos Eugênio Pais, o comandante Clemente.

Mas e a GLOBO? O ESTADO DE SÃO PAULO? A FOLHA DE SÃO PAULO? VEJA? ÉPOCA?

A maior preocupação do portal GLOBO.COM, que se auto intitula o maior do Brasil é saber se Susana Vieira acordou com o mesmo namorado ou é outro.

Aí meu caro e minha cara, nessa linha de alienação, de baboseira, Tiririca ainda acaba virando salvação nacional com direito a participar da tal dança dos famosos no programa do bobo Faustão.

E chamadas no JORNAL NACIONAL. Com análises de Miriam Leitão, Lúcia Hipólito e Alexandre Garcia.

Tiririca é produto que eles próprios, as elites, criaram. Agora que agüentem. Descartar o cara pelo simples fato que tornou-se eleitoralmente maior que essa bandidagem vendida pela mídia privada é típico dessa banda podre e corrupta, a que usa e descarta.

Como aquela moça do Faustão que foi mandada embora por ter completado quarenta anos.

São cretinos absolutos, mas pilantras plenos. A causa. Tiririca é o efeito.

Tenho uma sugestão. Maitê Proença produziu asneiras impensáveis no programa SAIA JUSTA de um dos canais da GLOBO em tevê fechada. Peguem algumas declarações de Tiririca. Se conseguir superar a moça que deu um chilique e queria andar exclusivo para si num hospital depois de uma queda dum cavalo, aí dá para pensar no assunto impugnação.

Caso contrário, quem sabe o procurador, ou procuradora que quer impugnar o candidato impugna a GLOBO, FOLHA DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO, VEJA, Faustão, Maitê Proença, etc, etc.

Olha bem, depois que o FHC foi presidente da República, vendeu um país inteiro e ainda constrói uma pirâmide em São Paulo para si qualquer tiririca é pinto diante do esquema FIESP/DASLU.
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Fotos do encontro de blogueiros



Imagens: Claudia Cardoso


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Notas sobre o I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas

O melhor do I Encontro Nacional dos Blogueiros Progressistas, ocorrido entre os dias 21 a 23 de agosto de 2010 em São Paulo, capital, como bem disse o Cloaca, foi a possibilidade de conhecer as blogueiras e os blogueiros pessoalmente, ou reencontrá-los novamente. O clima de confraternização da primeira noite prosseguiu no sábado e no domingo e faltou tempo para conversar com tanta gente participante desse encontro.

As 323 pessoas inscritas entre blogueiros; articulistas que não possuem blogues, mas colaboram com a blogosfera; pessoas que desejam criar seus blogues; pesquisadoras; gente de todas as idades e com diversas experiências de Internet; é outro ponto a destacar sobre a importância do encontro. Esse sentimento de pertencimento a um grupo, que se mobiliza por alguma causa, permitiu o diálogo franco e sincero entre os diferentes[1].

Público na abertura

Os paineis apresentados, os debates que se seguiram a estes e nos trabalhos em grupo, demonstraram a capacidade de formular conceitos e sugerir propostas, a fim de qualificar a blogosfera para atrair mais leitores. Nesse aspecto, avaliei que há dois campos em que blogueiras e blogueiros necessitam estudar mais: conteúdo e tecnologia.

Conteúdo

Os blogues precisam subir mais conteúdos informativos, não importando se são locais [regionais] ou nacionais. Desta forma, blogues vinculados uns aos outros se transformam em portais informativos mais do que colunas de opinião, característica mais comum de um blog.

Além disso, ainda há muito a aprender sobre as questões jurídicas e a Internet, uma vez que a ausência de um marco civil costuma promover confusão entre o que é passível de processo cível e/ou criminal para quem escreve em blog, ou mantém página na rede mundial de computadores.

E um assunto pouco debatido entre blogueiros e blogueiros, diz respeito à propriedade intelectual, uma preocupação do Éverton Rodrigues, blogueiro, militante do Software Livre, Cultura Livre e Movimento Música Para Baixar e que me chamou a atenção.

Tecnologia

Com as constantes transformações na web, seja na ferramenta, como no modelo de negócio, é preciso aprender mais sobre o software livre e o conceito de neutralidade da rede, destaque esse feito pelo Sergio Amadeu: “precisamos defender a Internet do jeito que ela é”. Trata-se de ameaça à liberdade de expressão, democracia e soberania. A tecnologia não é neutra e pode estar ligada a interesses contrários aos direitos civis na Internet. No Brasil, temos o PL do Sen. Eduardo Azeredo a ser votado pela Câmara dos Deputados. Nos EUA, é a tentativa de aprovação da ACTA, estendendo seus tentáculos ao mundo todo.

Momentos “Consagração”

O I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas já disse a que veio, com a participação da blogueira Débora Maria do blog Mães de Maio. A voz da periferia na mesa de abertura; o trabalho de luta, mobilização e informação através do blog, forma encontrada para pressionar as autoridades brasileiras a fazerem justiça e acabarem com a impunidade de policiais que mataram mais de 500 pessoas em uma semana, bem como publicar informação de qualidade para a população, para esta observadora, foi outro momento marcante do encontro. Além da sensibilidade pelo drama que as famílias vivem desde a morte injusta de seus entes queridos, a possibilidade dar voz ao dialeto da periferia é algo a destacar, considerando-se que é comum dar voz apenas à classe média acadêmica, ou política em seminários, painéis, congressos. E uma mulher negra foi a representante do Mães de Maio. Para quem acompanha a luta dos movimentos populares e de mulheres negras para exercerem o direito constitucional de igualdade, como eu, a fala da Débora Maria é a comprovação da qualidade do I Encontro e demonstra o trabalho competente da comissão organizadora do evento.

Débora Maria

O segundo momento “Consagração” foi o prêmio Barão de Itararé, por aclamação, do blogueiro Cloaca [Cloaca News]. O carinho com que foi recebido pelos participantes e a festa que se fez em torno da sua presença, indicam o reconhecimento e a importância de seu trabalho no resgate da verdade factual através do humor sarcástico, característica essa que é difícil de desempenhar, sem escorregar para o grotesco, ou ofensivo.


O prêmio Corvo a Maria Judith Brito, presidenta da ANJ, também foi por aclamação.

Rodrigo Vianna apresenta o trofeu Corvo

A abertura com a banda do Luis Nassif tocando chorinho, no início das atividades, foi outra sacada bem bolada da organização.

Luis Nassif

A Comissão Organizadora

O desafio de promover o encontro em plena campanha eleitoral para a Presidência da República e este abrigar 323 participantes, denotam o reconhecimento e a respeitabilidade ao trabalho realizado na blogosfera por Conceição Lemes, Conceição Oliveira, Diego Casaes, Eduardo Guimarães, Luis Nassif, Luiz Carlos Azenha, Miro Borges, Paulo Henrique Amorim, Renato Rovai, Rodrigo Vianna, organizadoras e organizadores do evento[2]. Se houve algum problema de organização, este foi superado pelo clima de camaradagem entre blogueiras e blogueiros experientes, campeões de acesso, ou iniciantes com poucos acessos, ou gente que ainda pensa em ser blogueira. Essa vontade de criar um grupo, unir esforços e transformar a blogosfera para melhor, é o mérito da comissão organizadora que apostou numa ideia ousada e tocou o projeto adiante.

Ano que vem tem mais e, certamente, com a participação de um público maior, já que serão realizadas etapas estaduais[3] com a mesma intenção de aproximar blogueiras e blogueiros e discutir sobre o trabalho em rede, a partir dos diversos blogues. [Claudia Cardoso]


Da direita para esquerda: Azena, Rodrigo Vianna, Conceição Oliveira, Conceição Lemes, Diego Casaes, Eduardo Guimarães, Renato Rovai e Altamiro [Miro] Borges

[1] Paulo Freire dizia que, entre diferentes, era possível o diálogo; entre antagônicos, não.
[2] Com a ajuda da incansável Danielle Penha do
Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
[3] Aguardar notícias nos blogues Dialógico, Somos Andando, Helio Paz, Brasil Autogestionário.


Fotos: Claudia Cardoso


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Atualizado em 25/08/2010 às 16h40min
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I Encontro de Blogueiros Progressistas

Tudo pronto para o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas

Selo criado por Dolphin di Luna

por Conceição Lemes no VioMundo

“A liberdade da internet é ainda maior que a liberdade de imprensa.” Ayres Britto, ministro STF.

Com esse lema, acontece na próxima semana o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas. Será em São Paulo, no Sindicato dos Engenheiros.

Show do grupo de Luis Nassif, na sexta às 20h, abre o evento. No repertório, choro, samba e MPB.

No sábado, as atividades da parte da manhã vão das 9h às 12h. Programação prevista:

9h, mesa de abertura: Rodrigo Vianna (SP, Escrevinhador) e Leandro Fortes (BSB, Brasília eu vi) falam sobre os objetivos e a dinâmica do encontro.

9h30 às 12h, debate: O papel da internet e os desafios da internet, com Paulo Henrique Amorim (SP, Conversa Afiada), Luis Nassif (SP, Luis Nassif Online ) e Débora da Silva (Santos, Movimento Mães de Maio). Moderadores: Rodrigo Vianna e Leandro Fortes.

No sábado à tarde, a partir das 14h, temas que envolvem o dia a dia dos blogueiros:

14h, painel: Ameaças à internet, neutralidade na rede e questões jurídicas, com Túlio Vianna, professor da Faculdade de Direito da UFMG (MG, Túlio Viana), Paulo Rená (Brasília , Hiperfície) e Marcel Leonardi, especialista em direito digital e professor da Escola de Direito da FGV-SP. Moderador: Diego Casaes (SP, Global Voices Online).

15h, painel: Como financiar a blogosfera, com Geórgia Pinheiro (Conversa Afiada) e Leandro Guedes (SP, Juiz de Fora, Café Azul Agência Digital). Moderador: Renato Rovai (SP, Revista Fórum).

16h, oficina: Narrativas na internet (blogs, twitter,tvweb, tecnologias de uso da web), com Luiz Carlos Azenha (SP, Viomundo), Conceição Oliveira (SP, Maria_Frô), Emerson Luis (Brasília, Nas Retinas), Guto Carvalho (Brasília, Guto Carvalho). Moderador Eduardo Guimarães (SP, Blog da Cidadania)

No domingo, as atividades também começam às 9h. O objetivo é a troca de experiências. Os participantes serão divididos em seis grupos. Cada um terá dois moderadores, que relatarão seus trabalhos, abrindo espaço para que outros blogueiros façam o mesmo, debatam e proponham sugestões.

Grupo 1: Altino Machado (AC, Altino Machado e Blog da Amazonia, da Terra Magazine) e Claudia Cardoso (RS, Dialógico)

Grupo 2: Antonio Mello (RJ, Blog do Mello) e Lola Aronovich (CE, EscrevaLolaEscreva).

Grupo 3: Lucio Flávio Pinto (PA, Jornal Pessoal) e Carlos Latuff (RJ, Latuff DevianArt).

Grupo 4: Leonardo Sakamoto (SP, blog do Sakamoto) e e Daniel Pearl Bezerra (CE, Dilma 13 e Desabafo Brasil).

Grupo 5: Emílio Gusmão (BA, Blog do Gusmão) e Cloaca (RS, Cloaca News)

Grupo 6: Helio Paz (RS, Helio Paz) e Rogério Tomaz Jr (BSB, Brasília-Maranhão).

Desde já, convidamos você a visitar esses blogs, para conhecer um pouco mais os nossos palestrantes. Tem de tudo: economia, política, direitos humanos, meio ambiente, mulher, questões jurídicas, movimentos sociais, internet. No início da próxima semana, postaremos um texto com mais informações sobre eles.

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A disposição é grande para participar deste importante evento, logo após a I CONFECOM.

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Lixo é mercadoria de exportação para países ditos civilizados

O espantoso é a compra desse lixo por empresa brasileira, como nota de outra mercadoria! Que "ganho" é esse? E os ditos países civilizados participam dessa trampa. É muito comum os nossos deslumbrados tupiniquins comentarem o quanto "a Europa é limpinha, as pessoas não jogam um papel de bala no chão". Assim, até nós somos "civilizados"...

A notícia é do sítio Brasília Confidencia:

Ibama pune importação de lixo doméstico da Europa

18/08/2010

AYRTON CENTENO


Vinte e duas toneladas de lixo procedentes da Alemanha foram descobertas no porto de Rio Grande, a 310 quilômetros de Porto Alegre, pelos fiscais da Receita Federal. Embora a declaração da carga se referisse a “aparas de polímeros de etileno”, material cuja importação é legal e destinada a empresas de reciclagem, o conteúdo era lixo doméstico urbano: fraldas descartáveis, embalagens de produtos de limpeza e outros detritos. O lixo foi embarcado no porto de Hamburgo e tinha como destino uma empresa da cidade de Esteio, na Grande Porto Alegre.

O Ibama multou em R$ 1,5 milhão a empresa Hanjin Shipping, que transportou o lixo. Ela também terá que reenviar a carga para a Europa dentro do prazo de dez dias. O descumprimento da determinação acarretará nova multa.

A Recoplast Recuperação e Comércio de Plástico, que importou o lixo, foi multada em R$ 400 mil. A firma Dashan, de Hong Kong, responsável pela exportação, registrou na documentação de embarque que o carregamento seria oriundo da República Tcheca.

No ano passado, outras 1.400 toneladas de lixo, embarcadas na Inglaterra, foram interceptadas também nos portos de Santos (SP), de Rio Grande e no porto seco de Caxias do Sul (RS). O governo brasileiro exigiu o retorno do carregamento e denunciou a Inglaterra no secretariado da Convenção de Basiléia, na Suíça. O Brasil é um dos 168 signatários da Convenção de Basiléia, acordo internacional que controla a movimentação de resíduos danosos à saúde humana e ao meio ambiente.


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Professor da Rede Estadual de Ensino em SP alerta: "Serra Nunca Mais"


SERRA NUNCA MAIS!

Professor: Você tem mais de mil razões para não votar em José Serra e outras mil para entrar de corpo e alma na campanha que o magistério paulista está fazendo para impedir que esse desastrado político, chegando a Brasília, espalhe para todo o Brasil os estragos feitos em São Paulo, principalmente na área da educação. Você, como cidadão e profissional responsável, precisa alertar a população sobre o quanto Serra foi danoso para a educação pública paulista e para o serviço público em geral.

Somos uma categoria imensa, cerca de 250 mil professores públicos estaduais, que nos últimos quatro anos foi diariamente humilhada pela política do ex-governador. Na presente campanha, se cada professor conseguir arrancar 40 votos do Serra, esse desastrado candidato deixará de ganhar cerca de 10 milhões de votos, o que pode levá-lo a perder a eleição já no primeiro turno.

Professor, não importa em quem você vai votar para presidente. Importante é que você, em nome de nossa dignidade e da defesa do serviço público, não vote no José Serra e conscientize a população do quanto é negativa a presença dessa figura na vida política brasileira.

Comece a campanha contra José Serra conversando com seus familiares, depois vizinhos, amigos. Não perca tempo. Converse com o pessoal de sua igreja, do futebol, ou quando for ao salão de beleza ou na fila do supermercado. Se possível, passe um imeio para amigos próximos ou distantes e peça que eles façam o mesmo. Se você tiver parentes, amigos, conhecidos em diferentes lugares do Brasil, faça contato com eles e explique que a propaganda que o Brasil inteiro andou vendo e ouvindo por tevê e rádio sobre o governo de São Paulo é simplesmente coisa mentirosa. Diga apenas a verdade: que a realidade da educação, da saúde, da segurança e de outros setores públicos paulistas não é nem um pouco parecida com o que a propaganda criada por Serra mostra. E diga mais: José Serra é mestre na arte da propaganda enganosa.

Se o ex-governador possui uma fortuna de muitos milhões de reais para gastar na campanha eleitoral, nós, professores, que ganhamos salários ridículos e trabalhamos em escolas destruídas e violentas, temos o testemunho do quanto José Serra é anti-cidadão, péssimo administrador, autoritário e envolvido até o pescoço com ações pouco elogiosas.

Pense no papel histórico que estamos desempenhando e na responsabilidade cidadã, a mesma que sempre cobramos de nossos alunos e que no correr da eleição devemos colocar em prática. Se você tem dúvida quanto a entrar em uma campanha contra o candidato Serra, procure lembrar o quanto de prejuízo a educação pública sofreu nos quase quatro anos de seu governo.

Mais do que qualquer outro cidadão brasileiro, nós conhecemos o político Serra: homem truculento e incapaz de diálogo, que usa da violência de tropas de choques para impedir que o professor reivindique e conquiste o seu direito, além de torrar dinheiro público na mídia do Brasil inteiro para mostrar o que não existe em São Paulo.

Não se esqueça professor, a eleição de José Serra está em suas mãos. Sem interesse político partidário nenhum, você pode impedir que Serra, eleito, espalhe para o Brasil o mal que ele provocou no estado de São Paulo, principalmente na educação pública. Portanto, lembre-se:

SE DEPENDER DO PROFESSOR, SERRA NÃO SE ELEGE NEM PARA VEREADOR!!!

Silvio Prado, professor da Rede Estadual de Ensino


Foto: Clayton de Souza
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