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Tião Viana (PT-AC) e o celular para a filha

O senador do Acre fez uma campanha memorável para a presidência do Senado, principalmente por que perdeu pelos méritos. Fez uma campanha baseada em princípios, na defesa de verdadeira faxina na Casa, acabando com algumas velhas práticas geralmente pouco republicanas.

Os ganhadores (Sarney, Renan, Gim Argelo, bom parar por aqui) ficaram carimbados com os velhos costumes da Casa, que a cada dia, a cada noticia, aparecem coisas que é preciso tirar as crianças da sala para passar no telejornal. A última é justamente o post anterior. Simplesmente inacreditável.

Primeiro, surge a denúncia contra o Diretor Geral do Senado, Agaciel Maia, que vem a ser primo do líder do DEM, Agripino Maia e irmão de outro deputado federal, acerca da casa de cinco milhões de reais que não aparecia em sua declaração de imposto de renda e foi obtida quando seus bens estavam bloqueados na Justiça. Coisa estranha né!

Depois veio a denúncia de que o Diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi, provável substituto de Agaciel Maia, tinha requerido apto funcional do Senado para moradia de seu filho. Ou seja, não basta os gordos e injustificáveis salários dos servidores do Senado, também tem que fornecer casa para os filhos deles.

Tem ainda os mais de seis milhões de reais em horas-extras que Efrain Morais (DEM-PB) autorizou em pleno recesso do Senado. Era só mais um extra para engordar os salários nada módicos dos servidores da Casa. Veja o nível que chegamos.

Também apareceu a denuncia contra a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que trouxe para Brasília um grupo de pessoas usando sua cota pessoal de passagens aéreas. Mais um desvio que evidencia a tolerância com a apropriação privada de bens públicos.

A coisa no Senado esquentou. Ficou parecendo segundo turno da disputa pela presidência do Senado. A onda de denúncias teria partido do grupo de apoiadores de Tião Vianna. Como revide, a tropa de choque de Sarney contra-atacou.

É assim que, no meio dessa enxurrada de denúncias, aparece o tal celular, pago pelo Senado, que Vianna cedeu à sua filha numa viagem ao México. E sem falar da farra de diretores. O senador Tião Vianna (PT-AC) é dos melhores senadores da república. Mas estou cheio das desculpas esfarrapadas dos homens públicos.

Vianna podia nos poupar desse constrangimento. A coisa é muito simples. Aquilo que comprei do meu bolso, com dinheiro ganho honestamente, e que pago pelo seu custo é meu, faço daquilo o que quiser. Se pela posição que ocupo tenho direito a usar algo comprado com o dinheiro do erário, o uso só pode ser a bem da função pública que eventualmente exerço. Pai zeloso não justifica deslize para confundir o que é público com o que é privado. Não custava nada tirar um celular do próprio bolso para sua filha. De certo, ela já tem um. Era só habilitá-lo para receber chamadas internacionais.

O caso Tião Vianna é uma mostra da contaminação no Senado Federal. É uma pechincha. Merecia no máximo nota de rodapé. Mas deve servir de lição. Depois alguns senadores culpam o eleitor por achá-los todos farinha do mesmo saco. Bem que podiam dar uma ajudazinha. E a primeira é jamais confundir público com o privado. Nem nas coisas aparentemente irrelevantes.


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A farra de diretorias do Senado

Do Blog do Noblat 
 
Vocês achavam que o Senado tinha 136 diretores, conforme os jornais publicaram hoje? Não, são 181. Para 81 senadores. Que tal? Mais de dois diretores por senador. No início da tarde, o Senado informara que o número de diretores excedia a 190. Há pouco cravou: 181. 
Exemplos de diretorias: 
* Diretoria de Acompanhamento da Opinião Pública; 
* Diretoria de Coordenação de Inativos;
* Diretoria de Rádio em Frequência de Ondas Curtas; 
* Diretoria de Anais;
* Diretoria de Contratação Indireta. 
Não é formidável? Tem diretor que trabalha sozinho. Quer dizer: não dirige ninguém. As diretorias são ocupadas por funcionários do Senado, que além do salário ganham uma grana a mais para ocupar o cargo. 
Do ex-senador Darcy Ribeiro:  "O Senado é melhor do que o céu, porque nem é preciso morrer para estar nele". 
Comentário do blogueiro: 
Basta de abusos do funcionalismo de algumas categorias, principalmente do legislativo e judiciário. Também sou servidor público federal, mas penso que concurso público não é véu para encobrir recebimentos indevidos (as famosas horas-extras), desvio de função ou criação de cargos de direção fictícia para engordar salários de comissões. Abuso é abuso, não tem meias palavras. Aliás, todo mundo sabe que o Senado trabalha no esquema hoje eu vou, amanhã você vem e depois é o outro lá. 
Quem conhece o ritmo aqui sabe que os servidores de alto escalão do legislativo ganham para trabalhar 40 horas semanais, mas passam o dia dando aulas em cursinhos e faculdades do DF.  O que eles menos devem fazer é trabalhar no Senado. 
Se cortar dois terços dos servidores do Legislativo Federal ninguém sente falta. Só os restaurantes, cinemas e donos de aptos para alugar em Brasília. Como moro de aluguel aqui, vou ficar feliz com a queda nos preços dos aluguéis. E se isso ajudar no combate à especulação imobiliária da Capital, melhor ainda, quem sabe os servidores menos ricos de outros poderes não têm chance de comprar sua moradia. Aliás, para esses não existe imóvel funcional. 

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Racha na oposição: PSDB vai apoiar o petista Tião Viana (AC) e DEM ficará com Sarney

Poucas horas depois do DEM formalizar o apoio à Sarney (PMDB) na disputa pela presidência do Senado, houve uma reviravolta na bancada do PSDB, que passou a apoiar Tião Viana (PT). Uma reunião em Recife, na casa do senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, foi batido o martelo em favor do senador petista. Além de Guerra, participaram da reunião os senadores Arthur Virgílio (AM) e Tasso Jereissati (CE). Segundo Virgílio, “fizemos a opção que consideramos melhor e mais adequada para o Legislativo”.
A decisão do PSDB tem respaldo na carta-compromisso do PSDB, que Tião Viana assinara. Na carta, Tião assume com os tucanos pontos como: (i) independência do Senado em relação ao governo; (ii) reformas internas no Senado Federal; e (iii) democracia no funcionamento da Casa, abrindo espaço para a minoria. Os 13 votos do PSDB fortalecem a candidatura de Viana, que mantém viva, apesar do favoritismo de Sarney.
A demora de Sarney e seus aliados em abrir espaço para os tucanos na disputa pelos principais cargos. A indefinição da candidatura Sarney quanto ao preenchimento de cargos na direção foi o pivô da mudança de posição do tucanato. Também pesou na decisão o fortalecimento do PMDB lulista e do DEM, um partido aliado que está acomodado na sua órbita.A decisão do PSDB representa um racha na oposição política do governo Lula. O DEM, fechado com Sarney, negociou a primeira secretaria do Senado para Heráclito Fortes (PI) e a poderosa Comissão de Constituição e Justiça para Demóstenes Torres (GO).
Os votos do PSDB deixam indefinida a eleição no Senado. Haverá certamente traições, principalmente no PMDB, que deixam ainda mais dúvidas no resultado final. Assim, a candidatura de Tião Viana ganha fôlego. Sarney perde os votos dos tucanos que poderão ser o fiel da balança nessa disputa. Até a eleição na segunda-feira, muita coisa ainda vai rolar nos bastidores.

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O risco Tião Vianna

Pesou na decisão do PSDB de dar seus 13 votos para José Sarney (AP), candidato do PMDB à presidência do Senado, o receio de que Tião Viana (AC), candidato do PT, de fato cumprisse a promessa que tem feito durante conversas sigilosas com alguns dos seus pares - a de promover uma radical reforma na estrutura do Senado e nos hábitos e costumes ali enraizados.

- Se Tião fosse eleito e conseguisse virar o Senado pelo avesso, o PT ganharia mais um forte aspirante à sucessão de Lula - admitiu ontem à noite um senador do PSDB em telefonema trocado com um senador do DEM. O outro aspirante é a ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil da presidência da República.

Estava nos planos de Tião, por exemplo, uma auditoria rigorosa no uso pelos senadores da verba destinada a custear despesas dos seus gabinetes. É espantosa a quantidades de notas fiscais com indícios de que são "frias" apresentadas a cada fim de mês para justificar todo tipo de gasto.

As despesas de gabinete passariam a ser divulgadas via internet.

Sobrariam poucos dos atuais funcionários graduados do Senado que ocupam cargos administrativos importantes. Tião estava disposto a trabalhar com caras novas.

O Conselho de Ética do Senado seria revitalizado. Hoje ele não serve para nada.

E, finalmente, Tião tentaria atualizar o Regimento Interno do Senado, uma espécie de Constituição interna que regula todos os procedimentos ali dentro.

Parte do que Tião imaginava patrocinar será objeto do discurso que fará na próxima segunda-feira no plenário do Senado pouco antes do início da votação para a escolha do novo presidente.

Sarney já está debruçado sobre seu discurso de posse.

Comentário do blogueiro: Se Tião Vianna realmente tem projetos de reformar a estrutura, os hábitos e costumes do Senado Federal, sua candidatura ao Senado Federal representa de fato uma renovação necessária. Setores mais conservadores daquela Casa, o que inclui o próprio PSDB, não desejam alterar os velhos métodos (e que beneficiam a eles mesmos). Mais uma vez, tudo indica que Sarney será eleito, o Senado perde a oportunidade de perder parte da imagem desgastada possui com a opinião pública. Assim, Sarney ganha força não apenas porque tem aliados nos mais diversos partidos, mas também porque não representa ameaça para os interesses de muitos senadores.

Na Câmara Federal, por outro lado, a eleição continua indefinida. A entrada de Sarney na disputa e com ampla possibilidade de ser vitorioso, abriu uma brecha para que a candidatura de Aldo Rebelo (PC do B) leve a disputa para o segundo turno, num embate com Michel Temer (PMDB). Havendo segundo turno, a candidatura de Temer corre risco de amargar uma derrota, pois a tendência é que as traições cresçam. A candidatura de Sarney interessa ao Planalto e a setores conservadores do Senado. Já a candidatura de Temer interessa a pouca gente, quase só a ele mesmo. No PT, no Planalto, no bloquinho de esquerda (PSB, PRB, PC do B, e no PDT, claro), em setores do PMDB e em partidos de oposição, Aldo acumulou importante capital político. Que pode transformar em votos numa disputa de segundo turno. A conferir.
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Quércia, o comprador de ilusões

Quércia é um político como poucos. Controla o PMDB paulista a mais de 20 anos. Em 2002, aliou-se a Lula e ao PT para viabilizar seu retorno a um cargo majoritário numa candidatura para o Senado Federal. Naquele ano, assim como 2010, eram duas vagas em disputa. No lado lulista, as candidaturas ao Senado eram de Aloísio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB). Apoiando o candidato Serra estavam José Aníbal (PSDB) e Romeu Tuma (PFL). Quércia comprou a ilusão de tornar-se senador com o apoio de Lula e do PT. Quércia iniciou embaixo nas pesquisas. Quando começou a subir, Lula e o PT embarcaram na candidatura de Mercadante e o resultado é do conhecimento de todos. Lula e PT não tinham densidade eleitoral para eleger os dois senadores de São Paulo naquela eleição, e naturalmente escolheram no final aquele candidato do partido. Algo fácil de entender. Não tem qualquer traição, é o jogo. O outro eleito foi Romeu Tuma (PFL), da aliança de José Serra.

Em 2010, o roteiro do filme tem tudo para se repetir. Serra deverá conduzir não só sua candidatura presidencial, mas também a sucessão do Palácio dos Bandeirantes. O PSDB terá candidato do partido para o governo estadual. A cadeira de vice-governador ficará com o DEM, provavelmente Afif Domingos. Quércia será candidato a senador no arco da candidatura de Serra presidente. O outro candidato da coligação deverá vir do PSDB. Serra e seus aliados dificilmente conseguirão eleger os dois senadores em disputa. Assim como em 2002, um senador deverá vir da aliança de Serra, e a outra vaga deverá mesmo ficar com o lulismo, provavelmente Mercadante do PT. Novamente cria-se o cenário para a candidatura de Quércia ser rifada, mas da próxima vez por José Serra. No fim das contas, o PSDB irá querer garantir uma cadeira a mais para o Senado. Ou seja, Quércia será abandonado mais uma vez. Até lá, Quércia continua comprando ilusões.
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