José FHC Serra acha que é possível enganar a todas as pessoas por todo o tempo. Confia na ética da “verdade fabricada” de quem paga mais que permeia a mídia privada no Brasil que esconde, distorce e deturpa fatos para favorecer o candidato tucano.
Acha que pode assobiar a chupar cana ao mesmo tempo. Para isso conta com algo mais que a mídia. Políticos sem personalidade ou respeito por si e pelos brasileiros. Um exemplo? Itamar Franco, o prodigioso engolidor de sapos do PPS de Minas Gerais (já foi do PMDB, PL, voltou ao PMDB e agora é PPS, mas como o Superman, se tirar a camisa aparece PSDB, ou se cortar o topete sei lá).
A HIPOCRISIA CONSENTIDA – A CUMPLICIDADE
José FHC Serra comparece a um culto numa igreja evangélica. Ora, entoa hinos, proclama sua fé. O fato aconteceu na sexta-feira, oito de outubro. Aparece na terça-feira no santuário de Aparecida, vai à missa, confessa e comunga. O cardeal arcebispo de Aparecida faz discurso pela vida, pede voto consciente, do lado de fora da basílica católicos ligados à extrema-direita distribuem prospectos defendendo José FHC Serra e condenando o aborto.
Recife, 2009. Uma criança de nove anos de idade, em Alagoinha, Pernambuco, estuprada pelo padrasto engravida e é submetida a um aborto. A gravidez estava na 15ª semana e o aborto foi decidido após a equipe médica ter avaliado que a gravidez era de risco. A criança não tinha os órgãos completamente formados. O risco da mãe morrer é grande principalmente pela presença de fetos gêmeos.
O arcebispo de Olinda e Recife Dom José Cardoso Sobrinho excomunga publicamente todos os que concorreram direta ou indiretamente para o aborto, exceto a menina. A CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – resolve interferir e contesta a decisão do arcebispo afirmando que lhe faltava autoridade para excomungar.
Um dos excomungados era José FHC Serra. A lei que permitiu o aborto foi assinada por FHC em seu governo e Serra era o ministro da Saúde.
O Código Canônico 1398 diz – “qui abortum procurat, effectu secuto, in excommunicationem latae sententiae incurrit”
Tradução – quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão automática, sem necessidade de declaração”.
À luz do Direito Canônico, código da Igreja Católica Romana, José FHC Serra está excomungado automaticamente.
De quem é a hipocrisia? Do candidato? É a sua natureza, a de escorpião, solerte, traiçoeiro. E o arcebispo de Aparecida? E os milhões de fiéis católicos ludibriados em sua fé em função de interesses políticos do grupo dominante na Igreja?
Ah! Entendi. A excomunhão vale para alguns, para privilegiados não. Só pode.
A CHANTAGEM
Em visita a Goiás o candidato José FHC Serra diz que a acusação de desfalque em sua campanha é um factóide criado pelos adversários e que não conhece o engenheiro acusado.
Em São Paulo, o engenheiro Paulo Vieira de Sousa, conhecido como Paulo Preto, declara a jornalistas que José FHC Serra tem que falar sobre ele, que sabe quem é ele e ameaça – “não se deixa um companheiro caído no meio da estrada”
Com um pepino nas mãos, chantageado, José FHC Serra entende o recado e não tem como sustentar a afirmação que Paulo Vieira de Sousa é um factóide. Há uma foto dele ao lado do candidato na inauguração do RODOANEL. Para evitar que Paulo Vieira de Sousa abra o bico e conte a história da corrupção em seu governo, declara que Paulo é um engenheiro competente, honesto e que “comigo não trabalha gente incompetente”.
Em Porto Alegre, na quarta-feira, irrita-se com um jornalista do jornal VALOR ECONÔMICO que quer saber sobre as ligações do candidato e do engenheiro. Não responde, agride o jornalista Sérgio Bueno com palavras, faz gestos ofensivos e sai sem responder à pergunta (típico dele). A faceta autoritária, prepotente, arrogante. Como comprou o grupo GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, etc, acha que todo mundo é igual.
Para complicar as coisas descobre-se que em novembro de 2009 o atual governador de São Paulo, Alberto Goldman, avisou por mail ao então governador José FHC Serra, que o ex-diretor do DERSA (cargo de confiança do governador) “é incontrolável, vaidoso e arrogante”. A mensagem foi encaminhada ao secretário de Transportes Mauro Arce e Goldman diz que o engenheiro “fala mais do que deve, sempre. Parece que ninguém consegue controlá-lo, julga-se o Super-Homem”.
O então vice-governador analisava uma entrevista concedida por Paulo a propósito da queda de uma viga do RODOANEL. Segundo Goldman, Paulo deu uma entrevista “desnecessária. É impossível uma entrevista com o Paulo sair bem”.
O próprio Paulo, em entrevista à FOLHA DE SÃO PAULO, afirma que havia autorizado as construtoras a manter a estratégia de instalação das vigas que desabaram no trecho sul, consideradas incorretas pelo CREA-SP (CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E ARQUITETURA).
Ao final do mail Goldman afirma “não tenho qualquer poder para barrar as ações, mas tenho o direito e a obrigação de opinar e tentar evitar desgastes desnecessários”.
Conclusão da história, Paulo pode dormir tranqüilo com os quatro milhões que desviou da campanha. Tem munição suficiente para acertar as asas do tucano José FHC Serra e cortar-lhe o vôo.
José FHC Serra cai diante da própria mentira. Não tem como desmentir o engenheiro e negar conhecê-lo.
OS ALIADOS
O jornalista Paulo Henrique Amorim reproduz em seu site CONVERSA AFIADA declarações do ex-presidente Itamar Franco sobre José FHC Serra. Foram feitas em 2002 e distribuídas pela agência ESTADO, do jornal ESTADO DE SÃO PAULO (declarou publicamente apoio a José FHC Serra).
Começa assim – “o governador de Minas Gerais Itamar Franco soltou o verbo hoje contra o presidenciável do PSDB José Serra acusando-o de disseminar inverdades e de ter bombardeado o Plano Real no seu início. Ele nunca apoiou o Plano Real. Posso dizer porque fui presidente da República. Desde o início ele tentou bombardear o plano”.
Mais à frente Itamar questiona José FHC Serra que se esconde atrás do presidente de então, o próprio FHC. “Se Serra fosse um homem verdadeiro deveria defender a política desse governo, ao qual serviu por oito anos, ou dizer o que realmente pensa”.
Itamar metralha José FHC Serra a propósito dos genéricos. “Ele deveria ter a decência de dizer que os genéricos surgiram no governo Itamar, não pelo Itamar, mas pelo grande ministro da Saúde que foi Jamil Haddad”.
E sobre a acusação feita a ele Itamar por José FHC Serra a propósito de privatizações. “Ele falou uma deslavada inverdade, não sei um vocábulo mais forte que este. Eu não privatizei em meu governo nenhuma empresa de energia elétrica”.
Nessas declarações Itamar declara apoio a Lula e afirma que a vitória do petista em Minas, 2002, vai ser maior no segundo turno que no primeiro.
Itamar hoje é um dos que carregam as pastas de José FHC Serra. Engoliu tudo o que disse e patético em sua caminhada sequer toca no assunto. Sentou em cima. Falou mais alto o oportunismo eleitoral
Se merecem, são farinha do mesmo saco. No primeiro turno o senador eleito por Minas apoiou Marina da Silva e em muitos momentos cobrou de José FHC Serra uma postura decente sobre os genéricos e o Plano Real.
Itamar é só um exemplo da falta de princípios e dignidade entranhadas na campanha de José FHC Serra.
A convicção que os brasileiros podem ser iludidos por tanta falta de compostura e tanta desfaçatez.
A MIDIA CORRUPTA
O jornalista Diogo Mainardi disparou acusações inconseqüentes contra figuras do governo Lula ao longo de anos a fio, inclusive no processo eleitoral de 2006. Várias ações, como deve acontecer numa democracia, foram propostas contra Mainardi, um menino de ouro da VEJA. Ao longo de anos rolaram pelos fóruns. Mainardi foi condenado e indenizar os acusados por denúncias levianas, sem provas. As indenizações estão sendo pagas pela EDITORA ABRIL – que edita VEJA –.
Para evitar ser preso Diogo Mainardi fugiu para a Itália.
A REDE GLOBO não toca em assuntos desfavoráveis a José FHC Serra. O episódio envolvendo o engenheiro Paulo Vieira de Sousa foi ignorado pela REDE/QUADRILHA. Nas poucas vezes que se viu obrigadas a noticiar fatos digamos desagradáveis ao tucano o fez por não ter como escapar, viraram de domínio público.
O jornal FOLHA DE SÃO PAULO no afã de divulgar mentiras forjou um currículo de Dilma Roussef contestado dentro de sua própria redação.
O ESTADO DE SÃO PAULO demitiu uma colunista por ter escrito um artigo interpretado como contrário ao candidato José FHC Serra.
Segundo VEJA Dilma foi a Aparecida, mas não comungou, ao contrário de José FHC Serra.
Prelados católicos como o arcebispo da Paraíba ligados à corrupção de figuras cassadas (Cássio Cunha Lima, ex-governador, crime do colarinho branco), ou o de Aparecida, jogam fora princípios e normas da Igreja e saem em campanha para José FHC Serra. Setores responsáveis da Igreja reagem mas a mídia só noticia o apoio ao tucano.
O ex-governador Anthony Garotinho faz exigências a Lula para apoiar Dilma. Garotinho é apontado no filme BOPE-2 como “o governador é corrupto”. Sua mulher Rosinha Garotinho foi teve o mandato de prefeita de Campos cassado por corrupção. O governador eleito deputado federal está sub-judice, depende da aprovação ou não pelo Judiciário da Lei da Ficha Limpa. É sujo. A GLOBO é adversária de Garotinho, foi uma das autoras de denúncias contra ele e Rosinha. Neste momento silencia. Todos estão empenhados em eleger José FHC Serra em nome dos “negócios”.
São algumas das caras de um dos políticos mais corruptos e perversos da história recente do Brasil. José FHC Serra.
A propósito, o original, FHC, declarou em São Paulo a pouco mais de um mês que José FHC Serra foi um dos que mais insistiu na “privatização da Companhia Vale do Rio Doce”.
Sobre privatização José FHC Serra não fala nada, exceto que tudo é “trololó”. Como em todos os assuntos onde não pode se expor para não perder votos, foge ou mente.
No caso, se não é contra a privatização da PETROBRAS, de maneira clara, é a favor, de maneira dissimulada.
O dilema do brasileiro é simples. Ou aceita resignado o papel de coadjuvante num processo de recolonização do País, ou continua a marchar como protagonista de sua própria história.
José FHC Serra é retrocesso em tudo e por tudo.
Nas suas muitas caras de mentiroso, corrupto, perverso, etc, etc.
Imagem: Internet