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• Pibinho

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Primeiro Lula, depois Dilma


Palmério Doria, no Brasil 247

“A Constituição prevê, mas não garante”

Barão de Itararé

O grande banquete dos barões da mídia já está com a mesa posta. Se Dilma acha que a sanha dessa curriola se satisfaz com Lula está enganada. Primeiro eles têm que minar o galho para chegar à flor

Para alguns barões da mídia, o pau-de-arara que trouxe o pernambucano podia ter batido na Rio-Bahia. Para outros, ele devia ser pendurado no pau-de-arara na época de Vila Euclides. Como Lula escapou até do câncer, esses barões torcem por um raio que o parta.

Na verdade a midiazona está tomada pelo espírito de Thor, o Deus do Trovão. Produz uma tempestade  por dia.  Algumas em copo de Coca-Cola, dando ensejo a uma brincadeira que circula na internet: a imprensa brasileira é a única que tenta derrubar um ex-presidente da República.

No fim de 2012 a coisa chegou a tal ponto, que Lula anunciou: vai deixar a barba crescer não só para deixá-la de molho, mas para recompor  a popular imagem do sapo barbudo que pretende exibir nos palanques do país a partir de março deste ano. Em resumo:  vai sair pelo país, democratizando a mídia com as próprias mãos.

O tempo ruge, como dizia Mendonça Falcão, e está bem mudado. Hoje não é preciso chamar a frota americana para garantir o golpe. Basta um Supremo Made in Paraguai  e uma coorte daquilo  que eles chamam formadores de opinião batendo bumbo todo santo dia.

Para essa turma, o ideal é um líder popular incomunicável, sem direito a voz. Algo assim como Allende sozinho num palácio sob bombardeio com um microfone que lhe restou e um fuzil AK-47 na mão. Ou então um Getúlio acuado num palácio com uma carta na manga, que só seria conhecida depois dele morto. 

Ou alguém imagina que os Grandes Irmãos da mídia brasileira – Folha, Estado, Globo, Abril --  são essencialmente  diferentes dos donos do El Mercurio, Clarín, El Espectador e outros  do corpo de baile permanente  da SIP – Sociedade Interamericana de Imprensa?

De longa data os meios monopolistas de comunicação tentam barrar os avanços sociais, se possível dar marcha à ré na roda da história, como tentaram em 1954 e conseguiram em 1964.

Em 1954, diante das medidas nacionalistas e a favor dos desvalidos tomadas por Getúlio  --- Petrobrás e o monopólio estatal do petróleo, que irritaram as petroleiras do hemisfério norte; Volta Redonda, fundadora da nossa indústria de base; salário mínimo dobrado de uma penada; etc.

Então, as incipientes redes, como os Diários Associados de Assis Chateaubriand, e os principais jornais e rádios (a televisão engatinhava) bateram bumbo contra Getúlio. Criaram o mote demolidor: mar de lama, para induzir o povo de que Getúlio estava mergulhado na corrupção – ele que ao morrer deixou apenas a fazendola herdada dos pais e um apartamento modesto no Rio. Carlos Lacerda, “demolidor de presidentes” falava no rádio e na tevê, e escrevia em seu jornal, Tribuna  da Imprensa.

Em 1954, o chefe da guarda do Catete contribuiu indiretamente para a derrocada, ao ordenar a apaniguados seus que matassem o jornalista Lacerda.

O frustrado atentado da Rua Toneleros, do qual Lacerda saiu com um suposto ferimento no pé, levou à criação de um precursor dos Doi-Codis da ditadura militar instaurada dez anos depois: a República do Galeão. Os acusados e implicados, nas mãos de militares da Aeronáutica e dos policiais chefiados por Cecil Borer, foram torturados à vontade. Não houve brutalidade que esquecessem.

Havia uma ligação direta entre a República do Galeão e a imprensa, através principalmente do Diário Carioca. Tão íntima, que seu editor-chefe Pompeu de Souza ficou conhecido como “presidente da República do Galeão”.  A Tribuna da Imprensa já era íntima, pela ligação de Lacerda com militares golpistas.

O suicídio de Getúlio provocou comoção nacional. E, no Rio de Janeiro, imediata reação popular, com ataques a jornais antigetulistas, embaixada dos Estados Unidos, escritórios de empresas americanas. A oposição se desarvorou. Lacerda fugiu para Cuba – a Cuba do ditador sanguinário Fulgêncio Batista. E 1 milhão de pessoas acompanharam o cortejo até o aeroporto, de onde o corpo de Gegê rumaria para o enterro em São Borja, sua terra natal.

É claro que os barões ficaram furibundos com a eleição de JK e torciam contra o marechal Lott, que garantiu sua posse e pôs para correr os políticos udenistas. É claro que torceram pelos oficiais malucos da FAB que tentaram golpeá-lo, sequestrando aviões, primeiro a partir de Jacareacanga, no Pará, em fevereiro de 1956, depois de Aragarças, Goiás, em dezembro de 1959.

O líder da revolta de Jacareacanga, tenente-coronel Haroldo Veloso,  desta vez estava sob o comando de outro oficial  mais facinoroso ainda, o tenente-coronel João Paulo Moreira Burnier, aquele que na ditadura queria explodir o gasômetro no Rio e transformar o Brasil numa Indonésia atolada em sangue.

Dezenas de outros militares e civis estavam nessa nova aventura.  Eles pretendiam bombardear o Palácios Laranjeiras e do Catete,  com três aviões Douglas C-47 e um avião sequestrado da Panair.  A revolta ficou restrita a  Aragarças e  durou 40 horas. Seus líderes fugiram nos aviões para o Paraguai, Bolívia e Argentina, só voltando no governo  Jânio.  E tal como a estupidez, eles insistem sempre.

Os meios de comunicação monopolistas, a Igreja Católica, os militares da direita formados nas academias norte-americanas, as empresas transnacionais e o Departamento de Estado trataram de aprimorar a estratégia para, dez anos depois do suicídio de Getúlio, enfim barrar a revolução brasileira, com a reforma agrária, a reforma urbana, uma nova e menos rapinante Lei de Remessas de Lucro das empresas estrangeiras aqui instaladas – medidas com as quais acenava o presidente reformista João Goulart, afilhado político de Getúlio.

Na segunda década do século 21, há milhões de testemunhas do que foi 1964 vivas por aí. Os maiores de 60 anos se lembram bem.

Injeção de dólares no treinamento policial e militar; compra de intelectuais para redigir artigos e roteiros de filmetes, o patrocínio e financiamento de empresas de comunicação via Ibad, Instituto Brasileiro de Ação Democrática com dinheiro da Texaco, Shell, Esso, Standard Oil, Bayer, Schering, General Eletric, IBM, Coca-Cola, Souza Cruz, Belgo-Mineira, General Motors, a campanha de difamação do presidente João Goulart, o Jango, que incluía até a vida pessoal, com a sugestão de mulher adúltera, o fantasma do “comunismo”, as “marchas da família com Deus pela liberdade, de novo Lacerda no rádio e na televisão, e uma reta final com manchetes arrasadoras, como “Basta!”, “Fora!”, no Correio da Manhã.

Se alguém duvidasse que toda essa imensa curriola estava a soldo e a mando de Washington, a dúvida se dissiparia quando, pouco tempo depois, se soube da Operação Brother Sam, uma frota se deslocando do Caribe para nosso litoral com 100 toneladas de armas, petroleiros, porta-aviões com caças e helicópteros, seis destróieres, encouraçado, navio de transporte de tropas e 25 aviões de transporte de material bélico, para garantir o golpe em caso de reação.

Reação? Milhares de brasileiros de esquerda caíram presos entre a noite de 31 de março e do dia 1 de abril e não se soube de um só caso de quem tenha reagido.

Se Dilma acha que a sanha dessa curriola se satisfaz com Lula está enganada. Primeiro eles têm que minar o galho para chegar à flor.
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• Dilma amplia indulto de Natal

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Augusto Nunes desce cada vez mais na escala do jornalismo de esgoto


Quando a gente pensa que o Reinaldo Azevedo já garantiu o posto de energúmeno-mor do jornalismo de esgoto, eis que chega Augusto Nunes e nos surpreende com mais baixaria. A foto abaixo, ilustrando o título de sua coluna (o original pode ser visto AQUI), é um exemplo da baixa qualidade jornalística e de caráter desse senhor. Lamentável, enojante, repulsivo.






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Nunca é tarde para começar a criticar Dilma

Eu só não concordo mais com o PHA porque não tenho a certeza dele de que a opinião de Dilma é essa mesma, mas tudo indica que sim. Quanto ao resto, concordância in totum

Dilma tem a ver  com o mensalão, sim !
Ou a Presidenta se deixou contaminar pelos neo-petistas que a cercam e se esqueceu de uma expressãozinha – “luta de classes” – , que ela deve ter conhecido enquanto na cadeia ?


Saiu numa colona (*) do Globo, aquela que é o melhor Proust que o PiG (**) planaltino conseguiu produzir, a seguinte preciosidade:

A Presidenta está “azeda … com o mensalão, que não tem nada a ver com ela, entrando para atrapalhar o Governo, numa briga infecunda entre o presidente do STF e da Câmara …”


Como se sabe, o Palácio do Planalto, no atual Governo, passou a ser povoado por um conjunto significativo de neo-petistas pigais (**).

Talvez seja um neo-petista esse “um de seus ministros “, o que passou a informação especialíssima ao colonista global.

O amigo navegante deveria, porém, levar em conta que a Presidenta tem tudo a ver com o mensalão.

Primeiro, porque foram condenados sem prova alguns dos arquitetos do edifico político que permitiu uma desconhecida economista mineiro/gaúcha tornar-se presidenta da República.

Dilma deve mais ao Dirceu do que ao Celso Furtado.

Dilma tem a ver com o mensalão, sim, porque a condenação sem provas de líderes políticos insubstituíveis do PT significa que, cedo ou tarde, a mesma excepcionalidade chegará aos seus (dela) calcanhares.

Ou a Presidenta se deixou contaminar pelos neo-petistas que a cercam e se esqueceu de uma expressãosinha – “luta de classes” – , que ela deve ter conhecido enquanto na cadeia ?

E que a elite furiosa, anti-chavista que se instalou no Brasil e no Supremo, na bancada dos Chico Campos, “tem lado”?

Ela acha que o julgamento do mensalão NÃO foi politico ?

Que o decano Celso de Mello, fã do Chico Campos, é um técnico ?

Que foi um julgamento tão técnico quanto o cálculo da desvalorização patrimonial das empresas de energia elétrica?

Ela tem a ver com o mensalão, sim, porque foi ela quem ofertou ao Brasil um Ministro do Supremo da altura do Fux.

O que deveria servir de advertência na hora de escolher os sucessores do trânsfuga Ayres Britto e do insigne decano, que, provavelmente, vai para casa sem julgar a ação que considera a TV Globo de São Paulo uma apropriação indébita.

Seria bom ela não se iludir com as chaleiras neo-petistas: quem frita bolinho com a Ana Maria Braga e os “prousts” brasilienses por eles será fritado.

Não é isso, Palocci ?

Adiantou salvar a Globo da concordata ?

E quem te enforcou, nobre consultor ?

Não é isso, Odarelo ?

Adiantou dar o furo ao jornal nacional ?

A resistência de Marco Maia à ameaça de garroteamento da Camara não é uma “briga infecunda”.

É uma resistência heroica, gaúcha, que tem a ver com a estabilidade institucional de que ela, a Dilma, será a maior beneficiária.

Se o Supremo fecha o Congresso, na próxima viagem sobe a rampa do Palácio.

E se essa “infecunda” briga resultou na suspensão do Orçamento de 2013, a culpa é dela, a Dilma.

Que acha que governar é abrir estradas.

A Dilma poderia, muito bem, nas férias do fim do ano, ler biografia de seu líder de juventude, o engenheiro Leonel de Moura Brizola, de autoria do F. C. Leite Filho.

Ele também não perdia “uma briga infecunda”.

(A propósito: Leite Filho é blogueiro sujo e não recebe um tusta da SECOM. A SECOM, como se sabe, é uma instituição eminentemente “técnica”, que destina 2/3 de sua verba à Globo.)

Por fim, a Dilma e o PT.

A Presidenta Dilma é do PT.

Ela não existe fora do PT.

Ela não se re-elege sem o PT.

Não existe o “PT contaminado”, o PT do Lula, do Dirceu, do Genoíno, e o “PT imaculado”, dela.

O PT é um só.

Limpo e “sujo”.

E quem disse que os buldogues investigativos do PiG (**) não andam atrás das sujeiras do Governo Dilma, para cuspir no ano que vem ?

A Rose é o aperitivo.

A campanha presidencial de 2013 será sangrenta.

O Cerra vem aí, mais inescrupuloso do que nunca.

E o PiG (**) vai defender a Dilma do Cerra …

Se “um de seus ministros” oferece na bandeja informações privilegiada aos pigais, ela deveria promover um “contingenciamento de vazamento”.

E não deixar vazar o que mais serve ao Golpe: pontas de informação que nutram a hipótese de ela romper com o Lula, aquele do “lado contaminado” do PT.

Se ela se entregar a esses neo-petistas e a petistas de sempre, como o Zé Cardozo, um dia, o Lula vai ter que salvá-la.

Quando ela cair no abismo.

Para onde se encaminha, se achar que é maior do que o PT.

E do que o Lula.

Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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Carta a um historiador de um tempo futuro

Lula Miranda 

Distinto historiador, remeto-lhe essa missiva, em formato de crônica, numa última e extemporânea tentativa de comunicação, pois o diálogo com meus contemporâneos tornou-se impossível. Sinto-me, nos dias de hoje, como que pregando num deserto. Todos os corações e mentes estão ou anestesiados pela alienação e indiferença ou tomados pela paixão da ideologia e do partidarismo – ouvidos já não escutam, olhos já não veem, cérebros já não pensam. Os que não têm a visão embaçada pelas paixões, pelo preconceito ou pelos seus próprios interesses pessoais, partidários e/ou de classe, parecem estar hipnotizados pelas reiteradas mentiras, intrigas e manipulações veiculadas diuturnamente pela TV, pelos rádios, pelos jornais e revistas desse país. As instituições, bastante comprometidas, apodrecem em silêncio, nas sombras. Não tenho mais, pois, a quem recorrer.

Sei que a história é sempre contada pelos vencedores, mas ouso passar-lhe, sub-reptícia e humildemente, a visão de um perdedor (sinto-me esmagado e derrotado pela infâmia e pela ignomínia desses tempos de anomia e lassidão).

Sei também que os historiadores analisam, em seu trabalho de pesquisa, os jornais e revistas publicados no período estudado. Por isso, aqui vai uma advertência: não faça isso ao se debruçar sobre o período que engloba os governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff.

Os jornais diários e as revistas semanais mentiram e mentem. Mentiram e mentem de modo desavergonhado, reiteradamente. Mentiram, distorceram, carregaram nas tintas, exerceram uma crítica capciosa e propugnaram uma moral seletiva. Manipularam os fatos de modo constrangedor, inacreditável, inaceitável. De sorte que, se alguém me contasse, estando eu aí no seu papel de historiador, ou até mesmo de mero observador dos fatos, eu também não acreditaria.

Aviso-lhe, pois: não acredite no que está escrito nas páginas de diários como a "Folha de S. Paulo", "O Estado de S. Paulo" ou "O Globo". Não acredite piamente no que dizem jornalistas como Merval Pereira, Dora Kramer, Eliane Cantanhêde, Ricardo Noblat, dentre tantos. São prepostos de eminências pardas. Seus patrões ganharam esses verdadeiros impérios das comunicações como "prêmio" da ditadura militar. São sabujos dos poderosos. E se aprazem na condição de vigias e zeladores do status quo.

À opinião dos jornalistas citados procure ao menos contrapor a de outros mais isentos, qualificados e ponderados como Mauro Santayana (sim, aquele mesmo que escrevia os discursos do ex-presidente Tancredo Neves), Mino Carta, Luis Nassif, Bob Fernandes e Paulo Moreira Leite – esses são, asseguro-lhe, mais isentos e equidistantes. Por via das dúvidas, consulte Jânio de Freitas – um dos últimos dignos. Mas se quiser testemunho de alguns intelectuais, e não de homens da imprensa, leia os textos de Cândido Mendes e do professor Jose de Souza Martins, definitivos.

Portanto, prezado historiador, pode registrar aí em suas anotações de campo: o governo do presidente Lula não foi o mais corrupto governo da história do Brasil. Não foi. Isso é uma deslavada mentira. Daquelas que, estratégica e ardilosamente, repetem inúmeras vezes, na tentativa de que sejam perpetradas, como se verdade fora.

Repito, enfaticamente, com a intenção de desconstruir/desfazer uma ignomínia, uma injúria, uma injustiça: é mentira!

Ao contrário, ele, presidente Lula, reaparelhou a Polícia Federal, criou a CGU e contratou mais auditores para o Tribunal de Contas da União do que qualquer outro governo. Pode pesquisar: a PF nunca atuou tanto e prendeu tanta gente (inclusive gente da alta sociedade e do próprio partido do presidente). Observe o aumento do contingente de policiais federais nesse governo. Sim, há corruptos e corruptores em todos os partidos e classes sociais. Hipocrisia à parte, esse mal é como um câncer que se alastra por toda a sociedade. É preciso combatê-lo. O governo Lula fez isso. O governo Dilma, idem.

O prezado historiador deve estar tecendo conjecturas a respeito da credibilidade desse meu depoimento. Não estou certo? Deve estar verificando, em suas fontes de consultas, quem foi esse tal de Lula Miranda. Quais os seus interesses em defender o governo? Estaria defendendo interesses próprios, privados, decerto – você deve estar pensando. Pode pesquisar à vontade. Não tenho e nunca tive cargo no governo. Nunca frequentei a intimidade de palácios. Não tenho nenhuma relação, pessoal ou profissional, com presidente(s), tampouco com nenhuma autoridade desses governos. Deles nunca recebi benefício ou favor.

Não, não sou pobre. Tampouco sou negro. Por que então defenderia um governo que é pródigo em políticas públicas voltadas para inclusão de negros e pobres? – seguiria indagando você. Meus filhos, sequer os tive, veja bem, tamanha a minha amargura com esses tempos em que vivemos, ou os filhos das companheiras que tive, ou mesmo sobrinhos, não cursaram universidade sob os auspícios do louvável ProUni. Ninguém da minha família recebe bolsa-família.

Sou, meu prezado arqueólogo dos fatos, talvez para seu espanto, um membro da tal "elite branca". Um autêntico "pequeno burguês". Estudei em boas escolas. Cursei as melhores faculdades. Comi, desde sempre, em bons restaurantes, bebi as melhores bebidas. Pude adquirir e ler os melhores livros; viajar; conhecer novas paisagens e culturas. Sou, portanto, um dos poucos privilegiados desse país.

Mas não posso – em absoluto! – associar-me com os que desejam um país só para uns poucos. Não posso compactuar com a mentira, com a injustiça e com o linchamento de um homem de bem e de um governo voltado a atender os interesses dos mais pobres. A exemplo dos abolicionistas de outrora – sim, talvez seja apenas um idealista, não nego – sonho com a libertação desse povo escravizado do meu país. Sim, pois a escravidão não acabou, ao contrário do que diz a História. O povo segue escravizado por privações e interdições de seus direitos mais básicos e essenciais – primários até. Ela, a escravidão, persistiu por muito tempo, diga-se, e ainda resiste dissimulada, sob outras roupagens e nomenclaturas.

É bem verdade que homens do partido do presidente cometeram erros – erros que foram, entretanto, estrategicamente superestimados e supervalorizados, alçados à condição de "escândalos". Foram erros – condenáveis, decerto – porém erros que esses mesmos jornalistas e políticos que aí estão, e que agora a esses outros julgam e sumariamente condenam, sempre cometeram ou compactuaram, e com a mais plena e total desenvoltura.

Sim, vivemos numa sociedade de hipócritas. A lógica é simples: os donos do poder sempre operaram o jogo político de modo sujo e, registre-se, foram eles mesmos que fizeram as regras desse jogo – claro, em benefício próprio. Quando os neófitos parlamentares e dirigentes do Partido dos Trabalhadores, de modo equivocado, decerto, tentaram fazer a luta política com as mesmas armas, jogar seguindo as mesmas inconfessáveis regras, aí eles não permitiram. Pois só a eles era permito jogar e usufruir a lassidão ou, digamos, "frouxidão" moral dessas regras. Só a eles era permitido o exercício dos "podres poderes". E por que diabos afinal eles mudariam as regras de um jogo que foi feito na medida para eternizá-los no poder, para subjugar a maioria aos interesses de uma minoria?!

Apesar de ser um tanto "romântico" e "ingênuo" não lhe remeterei essa mensagem dentro de uma singela garrafa lançada ao mar. Por precaução, e por via das dúvidas, ainda hoje a enviarei, para publicação em alguns websites da blogosfera espalhando-a assim na internet. Não que ainda nutra a esperança de ser compreendido pelos homens de meu tempo, mas apenas, como disse, por precaução, já que o registro digital estaria supostamente imune às intempéries e à sordidez dos homens.

Insisto: não acredite, sem questionar, no que está escrito nos livros ou periódicos dessa época, e no que muitos lhe disserem, quase em uníssono.

O Partido dos Trabalhadores, ou o atual governo, não é composto por bandidos, não é uma quadrilha. O PT não é nenhuma "gangue partidária" – como chegou a insinuar certo histriônico e intempestivo ministro do Supremo. Procure estudar a história desse partido, a sua luta incansável na organização dos trabalhadores e dos movimentos sociais, e de massas, nesse país. Essa história eles não podem ter conseguido apagar completamente. Isso ainda deve estar registrado em algum lugar. Eles não conseguirão transformar bandidos em heróis e homens públicos decentes e dedicados em bandidos, assim num piscar de olhos. Não se pode, impunemente, transformar mentiras em verdades.

Se por algum acaso, dedicado historiador de tempos futuros, quando essa mensagem chegar a suas mãos, e se vocês, homens de tempos avançados, já tiverem inventado, por essas remotas e incertas paragens, a fabulosa máquina do tempo, por favor, de posse desse meu relato faça a viagem de volta a esse "passado-presente", onde as sombras insistem em sepultar a luz, e venha nos ajudar a escrever uma outra história.
Invoco seu testemunho isento, meu prezado historiador, pois retroceder assim, de uma forma tão brusca, a um passado sombrio, perder todas as conquistas realizadas a duras penas, será um triste fim, será – agora sim, arrisco-me a dizer – o fim da história.

Não permitirei que apenas as mentiras e o testemunho de velhacos se perpetuem nas páginas da história. Desculpe-me se fui por demais prolixo e me estendi demasiado nesse meu relato, é que a situação assim exige.

N.A – Esse texto é uma reedição atualizada e "esmerilhada" de crônica publicada em 2006 no site da Carta Maior. Dedico essa "carta" aos meus professores do colégio 2 de Julho (1979-1982): Fábio Paes e Isadora, de História, e Wilson (o saudoso "Andorinha"), de Sociologia, que me ensinaram a importância de conhecer o passado para melhor entender o presente e a subverter a lógica das aparências, que pode cegar.
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Terrorismo midiático não afeta popularidade de Dilma e Lula

Pesquisa Datafolha que será divulgada neste domingo aponta que, num hipotético cenário eleitoral de 2014, tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o ex-presidente Lula seriam eleitos no primeiro turno, mesmo após tantas denúncias de corrupção. Percentual de eleitores que diz não haver corrupção no governo caiu de 34% para 20%, mas a maioria do eleitorado ainda votaria neles.


Brasil 247 - A pesquisa sai neste domingo: se a eleição presidencial de 2014 ocorresse hoje, a presidente Dilma Rousseff estaria reeleita, com um percentual que variaria de 53% a 57% dos votos a depender de seus adversários. Já no único cenário projetado com Luiz Inácio Lula da Silva no lugar de Dilma, o ex-presidente venceria o pleito com 56% dos votos.

A pesquisa traz um dado curioso: o percentual de eleitores que diz não haver corrupção no governo caiu de 34% para 20%. Ou seja, a população está dando mais atenção ao tema, provavelmente provocada pela intensa cobertura da imprensa sobre o assunto, mas isso não é o bastante para prejudicar a força eleitoral de Dilma e de Lula, o que dá ao PT duas fortes opções em 2014.

O melhor cenário para Dilma é o projetado apenas com a ex-ministra Marina Silva, que deve criar um novo partido em 2013, e o senador Aércio Neves (PSDB-MG). Dilma teria 57% dos votos, contra 18% de Marina e 14% de Aécio. Quando o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), entra no páreo, a presidente fica com 54% dos votos, Marina mantém os 18%, Aécio cai para 12% e Campos aparece com 4%.

Joaquim Barbosa

A pesquisa traz, pela primeira vez, o nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, como pleiteante ao Palácio do Planalto. No cenário com Barbosa no lugar de Eduardo Campos, Dilma aparece com 53% do eleitorado, Marina tem 16%, Aécio tem 11% e Barbosa tem 9%.

Com Lula no lugar de Dilma, Barbosa ultrapassa Aécio, com 10%. Lula teria 56%, Marina teria 13% e Aécio ficaria com apenas 9%. Outra curiosidade: na pesquisa espontânea, Dilma aparece na frente de Lula, com 26% das intenções de voto. Lula tem apenas 12%, Aécio aparece na sequência, com 3%, antes do ex-governador José Serra (PSDB), com 2%, e de Marina Silva, com 1%.
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A entrevista de Dilma ao Le Monde

Paulo Nogueira
Diário do Centro do Mundo

Dilma parece ter descoberto que só vai conseguir mesmo ser ouvida direito na mídia internacional

Há algo de muito errado ou na presidenta Dilma ou na mídia brasileira quando, para dar uma entrevista relevante, ela opta por publicações estrangeiras, como foi o caso, agora, do Le Monde.

Faça sua escolha.

Imaginemos que Dilma considerasse a mídia brasileira para falar o que pensa sobre a questão da corrupção e do cerco a Lula.

A qual publicação ela poderia dar uma entrevista sem que se sentisse num terreno francamente hostil? Ao Globo de Merval? À Veja de Reinaldo Azevedo? À Folha de Otavinho? Ao Estadão de Dora Kramer?

A Petrobras teve que fugir da justiça brasileira e recorrer à justiça americana para processar Paulo Francis por calúnias, num caso célebre.

Dilma parece ter que fugir da imprensa brasileira para se manifestar.

Ela disse duas coisas importantes sobre o tema da corrupção. A primeira é óbvia: este é um drama mundial, e não brasileiro. Basta ver os levantamentos de institutos como a Transparência Internacional. (Nos últimos dez anos, aliás, a posição do Brasil na lista da TI melhorou.)

A segunda, embora óbvia também, foi parcialmente elíptica. Combater a corrupção não deve se confundir com “caça às bruxas”.

Mais correto teria sido dizer “caça a Lula”.

Se você se deixa levar pelo noticiário da grande imprensa, Lula não apenas percorreu todos os degraus possíveis da escada da corrupção como está indiretamente ligado a um assassinato.

É um “mar de lama”, para usar a expressão com que o arquiconservador Carlos Lacerda martelou o governo de Getúlio Vargas.

Vargas criou o voto secreto, que impediu que industriais e fazendeiros vigiassem se seus empregados votavam em quem eles queriam. Trouxe também uma legislação trabalhista que deu direitos inéditos a trabalhadores que se esfolavam de segunda a segunda, sem férias.

Os industriais de então opuseram todo tipo de resistência aos direitos outorgados por Vargas. Vargas estava aperfeiçoando o capitalismo, assim como Ted Roosevelt fizera nos Estados Unidos duas décadas antes. Mas para os industriais brasileiros ele estava “assassinando” o capitalismo.

De tudo isso, resultou o “mar de lama”, a expressão com a qual os grandes jornais desestabilizaram o governo de Vargas até levá-lo ao suicídio, em 1954. O “mar de lama” de Lacerda era tudo – menos uma vontade genuína de extirpar a corrupção.

O patriotismo pode ser o último refúgio do canalha, como ensinou o escritor inglês Samuel Johnson. Também o “combate à corrupção”, aspas, pode ter uso sinistro, como o feito por Lacerda com seu “mar de lama”.

Vargas ainda tentou mitigar o cerco da grande imprensa da época criando condições para que surgisse um jornal com uma visão menos arcaica e menos vinculada aos interesses dos ricos, a Última Hora, de Samuel Wainer. (Wainer seria atacado por Lacerda até pelo fato de ser judeu.)

Mas não foi bastante.

A história parece estar se repetindo. Assim como houve uma caça não à corrupção mas a Getúlio Vargas, agora o que se tem é uma caça não à corrupção, e nem às bruxas, mas a Lula.

Dilma fez bem em dizer isso. Foi um gesto parecido com o olhar glacial que ela endereçou a um sorridente Joaquim Barbosa no enterro de Niemeyer. É como se ela estivesse dizendo à mídia brasileira: “Vamos deixar de hipocrisia e farisaísmo. Quem é bonzinho mesmo aí? A família Marinho? Ah, bom saber.”

Os mais otimistas podem acreditar que por trás da campanha está um propósito de moralização. Quem é menos romântico sabe que o que no fundo se deseja é o retorno a tempos em que o BNDES funcionava como pronto-socorro de empresas quebradas, à custa do contribuinte, e em que Roberto Marinho designava ministros das Comunicações depois de receber uma concessão de tevê e financiamentos estatais a juros de mãe.

Não era o capitalismo de Adam Smith, ou de David Ricardo. Era ação entre amigos. Capitalismo é risco e concorrência – e isso não havia.

As empresas brasileiras tinham reserva de mercado – algo que ainda existe, por incrível que pareça, para a mídia –, e quem pagava por essa mamata era a sociedade, obrigada a comprar produtos caros e ruins.

Os discípulos de Lacerda – nenhum com uma fração de seu talento, mas herdeiros da mesma dose colossal de maldade — continuam a se bater obstinadamente por um capitalismo que é a negação do capitalismo.

O verdadeiro capitalismo – aquele que é efetivamente sustentável – está na Escandinávia, nas admiráveis Dinamarcas, Finlândias e Noruegas da vida, terras libertárias, transparentes, pujantes, empreendedoras, competitivas, e onde ninguém é melhor que ninguém por causa da conta do banco.

Paulo Nogueira é jornalista e está vivendo em Londres. Foi editor assistente da Veja, editor da Veja São Paulo, diretor de redação da Exame, diretor superintendente de uma unidade de negócios da Editora Abril e diretor editorial da Editora Globo
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• Sarney presidente

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Dilma é mais popular que a mídia somada e elevada ao quadrado: Dilma = Mídia²

Avaliação pessoal de Dilma tem novo recorde e chega a 78% 
Camila Campanerut

A aprovação pessoal da presidente Dilma Rousseff atingiu novo recorde, 78%, 1 ponto percentual acima do apurado em março e junho deste ano.  O levantamento foi apresentado nesta sexta-feira (14) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com o Ibope, em Brasília. Esta é a quarta e última pesquisa do instituto no ano de 2012.

Ainda segundo a pesquisa, o percentual dos que desaprovam Dilma caiu de 18% em setembro para 17% em dezembro.

O governo de Dilma Rousseff teve a aprovação de 62% dos brasileiros, índice igual ao registrado na última pesquisa, divulgada em setembro deste ano.


Na pesquisa divulgada hoje, 29% avaliam o governo como regular e 7% como ruim e péssimo.

A confiança na atuação da presidente frente ao cargo mais alto do Executivo nacional ficou em 73%.

A pesquisa avalia trimestralmente a opinião pública com relação à administração federal. A CNI/Ibope entrevistou 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 6 e 9 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e grau de confiança de 95%.

A divulgação da pesquisa coincide com o aniversário da presidente, que faz hoje 65 anos. Ela está em viagem oficial à Rússia.

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Oposição tenta sair do esgoto

Oposição com Bom Senso 
Marcos Coimbra

Uma das mais lúcidas avaliações das perspectivas da oposição nos próximos dois anos foi apresentada esta semana pelo senador José Agripino (DEM-RN). Louve-se sua sinceridade e bom senso.

Atributos que nem sempre revela possuir. Quem não se lembra de sua lamentável interpelação, em 2008, à então ministra Dilma Rousseff, a respeito de mentir sob tortura? Teve a resposta que merecia, registrada para a posteridade em um vídeo que é até hoje acessado no YouTube.

São, no entanto, águas passadas.

O senador ocupa, desde 2011, um cargo complicado. É o presidente de seu partido, função a que chegou sem tê-la pleiteado. Assumiu-a em um momento em que o DEM parecia prestes a se dissolver, sangrando a céu aberto depois da debandada da maioria de seus integrantes em direção ao PSD de Gilberto Kassab.

Para piorar o cenário, seus correligionários remanescentes se dividiam em dois grupos antagônicos, um ligado a Rodrigo Maia (DEM-RJ) e outro ao ex-senador Jorge Bornhausen (SC). José Agripino tornou-se opção de conciliação.

Difícil encontrar alguém com currículo tão antilulopetista. Começou na política na ARENA e daí foi para o PDS. Foi fundador do PFL, líder do partido no Senado, integrante da tropa de choque das oposições ao governo Lula.

Biografia que o credencia a dizer o que disse e torna mais relevante a entrevista que concedeu à Folha de São Paulo.

O essencial estava em seu prognóstico de que, sozinhos, PSDB e DEM “não têm chances de vitória em 2014”.

Foi franco desde a largada, sequer incluindo na lista o PPS. Com razão, pois a agremiação tornou-se pouco mais que estafeta para missões desagradáveis - como protocolar requerimentos de instalação de CPIs e pedidos de abertura de inquérito no Ministério Público.

(Que destino triste o do velho Partido Comunista Brasileiro! Nesta semana em que perdemos Oscar Niemayer, um dos mais ilustres militantes do “Partidão”, dá pena ver aonde foi levado por suas lideranças atuais.)

Mas José Agripino foi ainda mais incisivo: disse que não sabia o que poderia ser feito para atrair outras correntes de opinião a integrar uma frente capaz de derrotar o governo na próxima eleição.

Para ele, a soma de PSDB, DEM e, vá lá, PPS, não é competitiva e tem pouca possibilidade de crescer significativamente.

Isso é mais verdadeiro que quase tudo que se lê hoje em dia. E tem consequências práticas, se ele e seus companheiros de oposição menos irracional forem ouvidos na hora de decidir que campanha farão na sucessão de Dilma.

Em política, raramente o errado acaba dando certo. Quase sempre, a conta chega, com juros e correção monetária.

Tivessem as oposições pensado olhando para a frente, dificilmente teriam feito o que fizeram em 2010. Apostar outra vez em Serra foi adiar a tarefa que permanece à frente delas. Continuam tendo que criar um novo rosto, diferente do que tinham há vinte anos.

É difícil construir uma candidatura vencedora ao longo de uma só eleição, como ilustram as exceções que confirmam a regra. Em 1994, Fernando Henrique precisou das fanfarras de um plano econômico lançado na véspera. No caso de Dilma, apesar da extraordinária popularidade de Lula, apesar do forte desejo de continuidade, a dúvida a respeito de alguém pouco conhecido levou a eleição para o segundo turno.

Em 2014, se José Agripino estiver certo, o projeto fundamental das oposições é preparar-se para o futuro.

O que significa fazer uma campanha afirmativa, propositiva, otimista, que leve até quem não votará em seu candidato a simpatizar com ele. Significa não fazer como Serra, tentar ganhar a qualquer preço e apenas sair da eleição com a imagem destruída.

Significa manter-se ao largo das maluquices da extrema direita oposicionista, dos pitbulls cujo único sentimento é a raiva. E parar de ler alguns comentaristas, que talvez saibam conspirar, mas de eleição não entendem nada.
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Presidente prestigia posse de golpista supremo



O resultado vai ser diferente? Duvido.
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