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PGR, STF e mídia construíram uma fraude e a chamaram de "mensalão"


História mal contada 
Marcos Coimbra

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os comentaristas da “grande imprensa” estão tão satisfeitos uns com os outros e tão felizes com a história que montaram sobre o “mensalão” que nem sequer se preocupam com seus furos e inconsistências.

Para os cidadãos comuns, é daquelas que só fazem sentido quando não se tem muito interesse e basta o que os americanos chamam de big picture. Quando, por preguiça ou preconceito, ficam satisfeitos com o que acham que sabem, mesmo que seja apenas uma “impressão geral”.

A história faz água por todos os lados.

Se fosse preciso apresentá-la de forma simplificada (e dispensando as adjetivações raivosas típicas dos comentaristas de direita), ela conta que José Dirceu e José Genoino criaram um “esquema” entre 2004 e 2005 para desviar recursos públicos, comprar votos no Congresso e assim “perpetuar o PT no poder”. Para secundá-los, teriam montado uma “quadrilha”.

Mas, e se alguém quisesse entendê-la melhor? Se perguntasse, por exemplo, em que sentido a noção de recursos públicos é usada? Se fosse além, tentando perceber o que os responsáveis pelo plano fariam com os votos que pagassem? Se solicitasse uma explicação a respeito de nosso sistema político, para compreender a que esse apoio serviria?

Em qualquer lugar do mundo, a ideia de “desvio” implica a caracterização inequívoca da origem pública e da destinação privada do dinheiro. Alguém, indivíduo ou grupo, precisa ganhar – ou querer ganhar – valores surrupiados do Tesouro. S­enão, o caso muda de tipificação e passa a ser de incompetência.

A história do “mensalão” não faz sentido desde o primeiro postulado. Só com imensa forçação de barra se podem considerar públicos os recursos originados da conta de propaganda do Visanet, como demonstra qualquer auditoria minimamente correta.

A tese da compra de apoio parlamentar é tão frágil quanto a anterior. O que anos de investigações revelaram foi que a quase totalidade dos recursos movimentados no “mensalão” se destinou a ressarcir despesas partidárias, eleitorais ou administrativas, do PT.

Todos sabemos – pois os réus o admitiram desde o início – que a arrecadação foi irregular e não contabilizada. Que houve ilegalidade no modo como os recursos foram distribuídos. Só quem vive no mundo da lua ou finge que lá habita imagina, no entanto, que práticas como essas são raras em nosso sistema político. O que não é desculpa, mas as contextualiza no mundo real, que existia antes, existiu durante e continua a existir depois que o “mensalão” veio à tona.

A parte menos importante desses recursos, aquela que políticos de outros partidos teriam recebido “vendendo apoio”, é a peça-chave de toda a história que estamos ouvindo. É a única razão para condenações a penas absurdamente longas.

Não há demonstração no processo de que Dirceu e Genoino tivessem comprado votos no interesse do governo. Simplesmente não é assim que as coisas funcionam no padrão brasileiro de relacionamento entre o Executivo e o Congresso. Que o digam todos os presidentes desde a redemocratização.

Os dois líderes petistas queriam votos para aprovar a reforma da Previdência Social? A reforma tributária? É possível, mas nada comprova que pagassem parlamentares para que o Brasil se modernizasse e melhorasse.

A elucubração mais absurda é de que tudo tinha o objetivo escuso de “assegurar a  permanência do PT no poder” (como se esse não fosse um objetivo perfeitamente legítimo dos partidos políticos!).

Os deputados da oposição que ficaram do lado do governo nessas votações são uma resposta à fantasia. Votaram de acordo com suas convicções, sem dar a mínima importância a lendas sobre “planos petistas maquiavélicos”.

E o bom senso leva a outra pergunta. Alguém, em sã consciência, acha que o resultado da eleição presidencial de 2006 estava sendo ali jogado? Que a meia dúzia de votos sendo hipoteticamente “comprados” conduziria à reeleição?

O que garante a continuidade de um governo é o voto popular, que pouco tem a ver com maiorias congressuais. E a vitória de Lula mostra quão irrelevante era o tal “esquema do mensalão”, pois veio depois do episódio e apesar do escândalo no seu entorno.

Os ministros da Suprema Corte, a PGR e seus amigos se confundiram. A vez de comprar votos na Câmara para permanecer no poder tinha sido outra. Mais exatamente acontecera em 1997, quando, sob sua benevolente complacência, a emenda da reeleição foi aprovada.
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Editor da Veja é internado

NKF-3928 , bom palpite.
O contraventor editor da revista Veja Carlinhos Cachoeira foi internado na noite de domingo no Hospital Neurológico de Goiânia, com um "quadro agudo de diarreia e náuseas". A saúde de Cachoeira, que foi diagnosticado também com taquicardia e desidratação, teria ficado comprometida com a perda de 18 kg. Desde que foi solto da prisão, ele passou os dias em sua casa, no condomínio Alphaville, ao lado da mulher, Andressa Mendonça.

Assinado pelos médicos Cesar Leite (hematologista), Alberto Las Casas (cardiologista) e Salomão Rodrigues (psiquiatra), o boletim diz ainda que Cachoeira apresenta uma reação de estresse agudo, transtorno de conduta e reação mista depressiva. Não há previsão de alta.

Na semana passada, em conversa com o Terra, Andressa comentou sobre a promessa de Cachoeira, de que iria se casar formalmente com a parceira no primeiro dia de liberdade. "Primeiro vamos dar um tempo para ele se readaptar, mas o que eu posso dizer é que ele cumpre todas as suas promessas. Isso eu posso garantir", disse Andressa, indicando que o casamento pode acontecer nos próximos dias.
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Prevaricador com a faca no pescoço

Gurgel acuado
Mauricio Dias

É sinal positivo o clamor da oposição, em coro com trêfegos parlamentares da base governista, contra o texto do deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPMI sobre as atividades criminosas e as afinidades eletivas do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Cunha incomodou muita gente e contrariou variados interesses. Não se sabe se o relatório conseguirá cruzar a tempestade provocada pelos contrariados e chegar a porto seguro. Na partida, se assemelha a um barquinho navegando sob bombardeio. E pode afundar antes de ancorar.

A lista de indiciados e de responsabilizados, elaborada por Cunha, é uma carga pesada. O relator julgou suficientes as provas colhidas que, em princípio, são capazes de derrubar o governador tucano Marconi Perillo (GO); de incriminar jornalistas que, ao romper limites éticos, transitaram do campo da investigação para o da associação, e de provocar danos graves ao empresário Fernando Cavendish, da Delta, entre outros casos. Notadamente, o relatório pode desestabilizar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Gurgel é peixe graúdo. A contrariedade da mídia, com a inclusão do nome dele na lista de Cunha, comprova. Ele tornou-se um procurador heterodoxo. Virou peça do jogo político de curto e de longo prazo. Em linhas gerais, passou a atuar afinado com a oposição a Dilma, a colaborar com o esforço de neutralização de Lula e, por fim, mas não menos importante, a agir com o objetivo de encerrar o ciclo do PT no poder.

Caso aprovado, o relatório de Cunha pode abalar Gurgel e, inclusive, interferir na própria sucessão dele, na PGR, em julho de 2013.

Roberto Gurgel é acusado por crimes constitucional, legal e funcional. A aprovação do relatório, nesse ponto, levará a questão à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, competente para processar o procurador-geral por crime de responsabilidade. No STF, Gurgel seria julgado por improbidade administrativa e por prevaricação.

O procurador-geral foi fisgado porque manteve engavetadas as denúncias da Operação Vegas. Assim atraiu a suspeita de ter sido conivente com as atividades criminosas de Cachoeira, apuradas pela Polícia Federal. Ele alegou à CPI que tinha detectado somente desvios no “campo ético”, insuficientes para abrir ação penal.

Gurgel, no entanto, mantém outros problemas na gaveta. Há quase cem dias guarda o processo enviado ao Ministério Público, no qual a governadora Roseana Sarney (MA) é acusada de assinar convênios com as prefeituras, no valor aproximado de 1 bilhão de reais. Cabe a ele dar um parecer que pode levar Roseana a perder o mandato.

Há quem veja nessa morosidade um conluio entre o senador Sarney, pai da governadora, e Gurgel. Sustentam essa hipótese renitentes coincidências. José Arantes, assessor parlamentar do procurador-geral foi assessor parlamentar de Sarney na Presidência da República. Seria apenas um detalhe curioso?

Mas há problemas concretos. Um deles, já denunciado nesta coluna, levou o presidente da Câmara quase à exasperação. Na terça-feira 20, o deputado Marco Maia criticou pública e duramente o Senado pela morosidade em votar a indicação do professor Luiz Moreira, já aprovada pelos deputados, para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM).
Seria “morosidade gurgeliana”?

Ou seja, a indicação estaria bloqueada por Sarney em favor de Gurgel? Gurgel teria bloqueado o processo de Roseana em favor de Sarney? Finalmente, haveria nessa história uma vergonhosa troca de favores?
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PT responde ao crime organizado de Goiás

PARTIDO DOS TRABALHADORES

GABINETE DA LIDERANÇA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

NOTA DA BANCADA DO PARTIDO DOS TRABALHADORES NA CÂMARA DOS DEPUTADOS SOBRE AS RELAÇÕES PERIGOSAS DO GOVERNADOR MARCONI PERILLO COM O “EMPRESÁRIO” CARLOS CACHOEIRA

A nota oficial do governador Marconi Perillo em que tenta desqualificar o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investigou o senhor Carlos Cachoeira apenas revela uma tentativa desesperada de salvar seu mandato e seu governo, em razão dos vínculos estreitos e perigosos mantidos com a organização criminosa chefiada por Cachoeira.

Diferentemente do que afirma o chefe do Executivo goiano, trata-se de um relatório sereno, coerente e contundente na demonstração de que o governador e a alta cúpula de seu governo estavam à mercê dos desígnios de uma organização criminosa incrustrada no estado de Goiás.

O relatório demonstra com riqueza de detalhes, substanciado em provas amealhadas pela Polícia Federal durante vários meses de investigação e em documentos em poder da CPMI, que o governador Marconi Perillo havia firmado, já durante a campanha que o levou ao governo de Goiás, uma verdadeira parceria política e econômica com a sociedade Delta/Carlos Cachoeira naquele estado.

A participação do governador Perillo na CPMI, longe de significar um gesto de lisura ou compromisso ético, foi, ao contrário, uma manobra preparada para tentar afastar suas vinculações com Carlos Cachoeira, como se viu em toda a farsa criada em torno da venda de sua casa para o criminoso.

A investigação realizada pela CPMI apontou com clareza que o governador efetivamente beneficiava o grupo Delta/Cachoeira, nomeava para cargos estratégicos em seu governo pessoas indicadas pelo chefe da organização criminosa e, em troca, recebia recursos financeiros e outros favores da quadrilha.

O trabalho sério da relatoria mostrou para todo o Brasil, e principalmente para a sociedade goiana, que, além do próprio governador, vários secretários, procuradores de Estado e auxiliares diretos do governo de Goiás também haviam aderido à organização criminosa, em troca de vantagens financeiras diversas.

Diferentemente do que afirma o senhor Perillo, o relatório faz uma investigação ampla da empresa Delta para além da região Centro-Oeste e aponta todos os indícios, inclusive com a identificação de mais de 116 empresas, de irregularidades que poderão ser aprofundadas pelo Ministério Público e pela própria Polícia Federal.

Não há revanchismo, perseguição ou espírito de vingança por parte do relator. O relatório final da CPMI retrata uma situação que já se mostrava pública. Caberá agora ao governador explicar à sociedade brasileira o motivo que levou seu governo ser partilhado e, em grande parte, conduzido efetivamente pelo chefe de uma das maiores organizações criminosas já estruturadas no país.

Com a palavra, o governador Marconi Perillo.


Deputado Jilmar Tatto-PT/SP

Líder da Bancada na Câmara
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Cachoeira garante estar em forma para reestreia


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Crime organizado se levanta em defesa de Policarpo

Em menos de 24 horas, relatório de Odair Cunha (PT-MG) conseguiu provocar uma reação inédita dos grandes meios comunicação brasileiros: editoriais do Estado, de Francisco Mesquita Neto, e da Folha, de Otávio Frias, uma capa do Globo, de João Roberto Marinho, além de artigos de Merval Pereira e Ricardo Noblat. Tudo por conta da proposta de indiciamento do jornalista Policarpo Júnior, de Veja, de Roberto Civita, por formação de quadrilha, em razão de seu estreito vínculo com o bicheiro Carlos Cachoeira.

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• Revezamento de assaltantes

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Relator da CPI do Cachoeira pede indiciamento de Policarpo Júnior e mais quatro jornalistas

Redação Carta Capital

O relatório final da CPI do Cachoeira, que investigou o grupo do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, será lido apenas na quinta-feira 22, mas o capítulo a respeito dos elos da quadrilha com a mídia revela que o relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), pedirá o indiciamento de cinco jornalistas, entre eles Policarpo Júnior, redator-chefe da revista Veja em Brasília.

De acordo com o relatório da CPI, Cachoeira contava, como “órgão de apoio de suas empreitadas criminosas, com um forte e atuante braço midiático, a ser utilizado para atender aos desígnios diversos da quadrilha”. Segundo as investigações da CPI, Cachoeira é proprietário oculto de quatro jornais em Goiás (A Redação Online, O Estado de Goiás, Jornal de Anápolis e Opção) mas tentava influenciar, e muitas vezes conseguia, publicações como o jornal Correio Braziliense e Veja.

O capítulo a respeito da mídia tem 348 páginas. Dessas, 86 são dedicadas ao longo relacionamento de Cachoeira e Policarpo Júnior, “um dos profissionais da imprensa mais requisitados pelo líder da quadrilha”. Segundo o relator, o jornalista da revista Veja não mantinha com Cachoeira “uma vinculação que se consubstanciava apenas na relação de jornalista e fonte”. Para Cunha, Cachoeira e seus aliados “alimentavam de informações o jornalista Policarpo e usavam as matérias assinadas e/ou pautadas pelo jornalista ou sua equipe como uma arma letal para prejudicar adversários, destruir personalidades e biografias, criar e promover de modo amiúde falsos moralistas e paladinos da ética, visando sempre alcançar o êxito político e econômico” da organização. Policarpo Junior, afirma o relatório, “aderia aos estratagemas e utilizava as informações que lhe repassavam o grupo criminoso, na exata medida em que tais enredos pudessem se coadunar com os caminhos e as visões de mundo que orientam a linha editorial do conglomerado que o emprega”.

Há, segundo o relatório, casos em que Veja teria mantido como verdadeiras histórias que sabia não ser verdadeiras. Em maio de 2011, Veja publicou reportagem na qual acusava o ex-deputado e ex-ministro do governo Lula José Dirceu (PT) de ser responsável por ter transformado a construtora Delta na maior parceira do governo federal no PAC. Segundo o relatório, a revista acusava Dirceu de fazer “tráfico de influência”. O relatório da CPI mostra, no entanto, diálogos entre Cachoeira e Claudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, nos quais eles afirmam que Dirceu nada tinha a ver com a entrada da Delta nas obras federais. Segundo o relatório, mesmo informado de que Dirceu não tinha influência sobre os contratos da Delta com o governo federal, a história foi mantida.

Há também um caso em que Cachoeira teria conseguido evitar a publicação de denúncias contra o senador agora cassado Demóstenes Torres (ex-DEM). De acordo com o relatório, uma repercussão de reportagem de março de 2011 na qual o ex-governador do DF José Roberto Arruda fazia denúncias contra Demóstenes foi deixada de lado após intervenção de Carlos Cachoeira e Claudio Abreu com Policarpo Júnior. O diálogo, de maio de 2011, foi reproduzido pelo relator:

Demóstenes – Oi professor, não saiu nada na Veja não
Carlinhos – Foi melhor assim né. Eu vi cedo, bom demais
Demóstenes – Morreu o assunto né, tranquilo então beleza, isso aí resolveu então, cem por cento resolvido.
Carlinhos – Foi a conversa que eu e o Claudio tivemos lá com o Policarpo…foi bom, bom demais, valeu.

O relatório nota que, em junho de 2011, quando Veja publicou reportagem tratando Demóstenes como um dos “mosqueteiros” da ética em Brasília, Policarpo já havia descartado uma denúncia contra ele. O mesmo não ocorria, diz o relatório, quando os alvos eram adversários políticos da organização de Cachoeira e também da revista Veja, como Paulo Garcia (PT), prefeito de Goiânia.

Cunha escreveu ainda que Policarpo Junior usava os serviços da quadrilha de Cachoeira para fazer investigações. Isso teria ocorrido em agosto de 2011, com o deputado Jovair Arantes, envolvido em supostas irregularidades na Conab, e no mesmo mês com o ex-ministro José Dirceu. Segundo o relatório, Policarpo Junior procurou o araponga Jairo Martins, que trabalhava para Cachoeira, para obter imagens de um hotel onde José Dirceu estava hospedado em Brasília e mantinha encontros políticos. Cachoeira, afirma o relator, “a tudo acompanhava e controlava, sendo todo o tempo informado dos pedidos e solicitações de Policarpo Junior para Jairo Martins.”

Confira abaixo os nomes de todos os jornalistas citados pelo relatório final da CPI, bem como as implicações de cada um deles:

A) Assessores de comunicação que prestaram serviços profissionais para empresas ou integrantes da Organização Criminosa. São três jornalistas, nenhum dos quais foi indiciado pela CPI por falta de provas.

Luís Costa Pinto (o “Lula” ou “Lulinha”), dono da empresa Ideias, Fatos e Textos (IFT). Segundo a CPI, Lulinha recebeu 425,1 mil reais da Delta Construções entre fevereiro de 2011 e maio de 2012 para prestar serviços ao grupo de Cachoeira. A intenção era usar o conhecimento de Lulinha “para emplacar matérias que pudessem beneficiar ou as atividades ou pessoas ligadas a Cachoeira.” Uma das tentativas do grupo foi fazer com que o jornal Correio Braziliense “pudesse produzir alguma matéria que beneficiasse, pessoal e politicamente, o prefeito Geraldo Messias, de Águas Lindas de Goiás, um dos mais atuantes servos da quadrilha liderada por Carlinhos Cachoeira.” Não há provas de que Lulinha tenha se envolvido em prática criminosa.

Claudio Humberto. De acordo com a CPI, a atuação de Claudio Humberto prova a “íntima ligação” do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), com a quadrilha comandada por Carlos Cachoeira. Os diálogos mostram que Perillo solicitou que a quadrilha de Cachoeira contratasse o “jornalista Cláudio Humberto através da empresa Delta a fim de que este receba, durante um período, uma determinada quantia por supostos serviços de mídia, tudo de modo que o governador cumpra algum compromisso ou favor junto ao mencionado profissional da imprensa”. A CPI não encontrou provas de que Claudio Humberto tenha cometido crimes, mas mostra que ele recebeu 187,7 mil reais da organização criminosa.

Jorge Kajuru, apresentador da TV Esporte Interativo. Segundo a CPI, ele recebeu 20 mil reais de empresas laranjas controladas por Cachoeira. O jornalista admite o recebimento e afirma que era referente a publicidade da Vitapan Indústria Farmacêutica Ltda, empresa de Cachoeira. Não há provas de que Kajuru tenha cometido crimes.

B) Jornalistas que prestaram ou teriam supostamente prestado algum favor em seus veículos de comunicação para a Organização Criminosa em troca de alguma remuneração.

Wagner Relâmpago, repórter policial do programa DF Alerta, da TV Brasília/Rede TV e também do programa Na Polícia e nas Ruas – Rádio Clube 105,5 FM – DF. Segundo a CPI, ele “aderiu de forma vergonhosa aos desígnios da Organização Criminosa e, em troca de retribuição financeira, passou a colaborar com os interesses espúrios do grupo criminoso”, como desacreditar a atuação da Força Nacional de Segurança que combatia o crime organizado no DF. É acusado pela CPI de formação de quadrilha ou bando.

Magnho José (Maguinho), editor do blog BNL – Boletim de Novidades Lotéricas. De acordo com o relatório final da CPI, Maguinho “colaborou, mediante retribuição financeira” com o grupo de Cachoeira ao promover em seu blog reportagens que divulgavam os jogos e, “consequentemente, as atividades da organização criminosa”. A CPI não conseguiu provar o recebimento de dinheiro e, portanto, não pediu seu indiciamento.

Etelmino Alfredo Pedrosa, o Mino Pedrosa, é editor-chefe do blog QuidNovi. Segundo a CPI, ele tem “uma relação antiga com Carlinhos Cachoeira” e teria procurado avisar aliados do bicheiro a respeito da Operação Monte Carlo, que desbaratou a quadrilha. Segundo a CPI, Mino Pedrosa teria recebido um apartamento de Cachoeira. Como a CPI não encontrou indícios suficientes de sua participação na organização criminosa, não pediu seu indiciamento e sugeriu que as investigações sejam aprofundadas.

C) Jornalistas-empresários, que atuam comercialmente à frente de veículos de comunicação e que tiveram papel fundamental na expansão midiática da Organização Criminosa.

Patrícia Moraes Machado, diretora-executiva e editora de Política do jornal Opção, do Estado de Goiás. Havia, segundo a CPI, “interlocução frequente” entre Patrícia e a quadrilha, além de “pagamentos periódicos”. A CPI cogita, ainda, que o verdadeiro dono do jornal Opção seja o próprio Carlinhos Cachoeira. A CPI pede seu indiciamento por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

João Unes, jornalista, advogado, idealizador e diretor do jornal online A Redação. Segundo a CPI, Unes teria recebido mais de 1,8 milhão da quadrilha de Cachoeira na compra do jornal A Redação, “mantendo-o, entretanto, à frente da direção do empreendimento, como um verdadeiro testa de ferro da quadrilha chefiada por Carlos Cachoeira”. A CPI pede seu indiciamento por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Carlos Antônio Nogueira (Botina), sócio de Carlos Cachoeira no jornal O Estado de Goiás. Segundo a CPI, Botina é sócio minoritário de Cachoeira no jornal O Estado de Goiás e também no Jornal de Anápolis. Sobre O Estado de Goiás, o relator da CPI afirma que “é Carlos Cachoeira quem decide o que vai e o que não vai ser publicado, quem vai ou não vai fazer propaganda no jornal, qual a linha editorial a ser seguida, qual o tom das reportagens que serão publicadas, quais os adversários que serão atacados, quem será promovido midiaticamente”. Ainda segundo a CPI, o governador Marconi Perillo “também integrava ou integrou a sociedade proprietária do jornal”. A CPI pede seu indiciamento pelos crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

D) Profissionais que mantiveram constantes interlocuções com o chefe da Organização Criminosa Carlos Cachoeira. Atuam na imprensa e publicam o que interessa a eles, usando Cachoeira como fonte, mas também publicando, por vezes, o que interessa à Organização Criminosa, sendo usados pela quadrilha.

Renato Alves, do jornal Correio Braziliense. O relatório final da CPI afirma que ele mantinha “interlocução frequente com a chefia e com alguns integrantes da Organização Criminosa de Carlos Cachoeira”. Segundo a CPI, Renato Alves teria “ajudado a promover os negócios criminosos da organização, assinando matérias sob uma roupagem investigativa e falsamente denunciativa, que serviam na verdade para promover as atividades contravencionais da quadrilha chefiada por Carlos Cachoeira, como também fazia publicar matérias que, de alguma forma, prejudicassem empresas e grupos concorrentes”. Em troca, afirma a CPI, Alves recebia “presentes e recompensas”. Como as investigações não conseguiram comprovar o recebimento de favores, o relatório final da CPI não recomenda o indiciamento de Alves.

Policarpo Júnior, diretor da sucursal Brasília e redator-chefe da revista Veja. O relatório da CPI afirma que o relacionamento entre Cachoeira e Policarpo teve início em em 2004, quando Veja publicou, uma semana depois da revista Época, matéria sobre fita gravada, em 2002, por Cachoeira, na qual Waldomiro Diniz, que viria a se tornar assessor da Casa Civil no governo Lula, aparece extorquindo o contraventor. A partir daí, diz o relatório, surgiu um relacionamento por meio do qual Policarpo Junior e sua equipe “utilizavam-se das supostas fontes repassadas por integrantes da Organização Criminosa, ou por pessoas próximas, para publicar matérias que serviam aos propósitos” tanto do grupo de Cachoeira, quanto “aos desideratos valorativos e às visões de mundo que movimentavam uma determinada linha editorial”. A CPI pede seu indiciamento por formação de quadrilha.

Eumano Silva, da revista Época (Leia mais AQUI [3]). Segundo a CPI, diferentemente dos outros jornalistas, os indícios indicam apenas que Silva usou a organização criminosa para confirmar informações que obteve por outras fontes. O jornalista manteve contato com integrantes do grupo, sobretudo o araponga Idalberto Matias, o Dadá, para obter informações sobre uma empresa ligada ao Ministério do Turismo que teria sido beneficiada em obras em Goiânia. “Nossas investigações preliminares não identificaram ações desse profissional em prol dos objetivos do grupo criminoso, de modo que os diálogos seguintes mostram tratativas que se encerram dentro dos parâmetros de uma relação jornalista-fonte”, diz o relatório.

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Todos os jornalistas de Cachoeira


Brasil 247 - O relatório final da CPI do Cachoeira, que começará a ser lido nesta quarta-feira 21 pelo deputado Odair Cunha (PT-MG), traz uma bomba no que diz respeito à relação do contraventor Carlos Cachoeira com jornalistas. O 247 teve acesso com exclusividade ao capítulo integral do documento que trata dos veículos de imprensa. Além do já citado outras vezes Policarpo Júnior, chefe da sucursal de Brasília da revista Veja, tido como o profissional mais próximo de Carlinhos Cachoeira, outros nomes da mídia são mencionados pelo relator como necessários que "o Ministério Público aprofunde as investigações". Entre eles, são citados Mino Pedrosa, o conhecido radialista Jorge Kajuru e Eumano Silva, da revista Época.

Leia abaixo trechos da introdução e baixe aqui o documento original.

Conforme vimos afirmando ao longo do presente Relatório, a Organização Criminosa (ORGCRIM) chefiada por Carlos Cachoeira e estruturada para assacar o Estado Brasileiro havia fincado raízes em diversos pontos da estrutura democrática estatal (Administração Pública em geral, principalmente no Estado de Goiás) e contava, como órgão de apoio de suas empreitadas criminosas, com um forte e atuante braço midiático, a ser utilizado para atender aos desígnios diversos da quadrilha.

Assim, as linhas seguintes longe de significarem quaisquer afrontas ou ataques à imprensa, aos meios de comunicação ou a seus profissionais, e mesmo ao seus imprescindíveis direitos de expressar e informar, significam, na verdade, em sintonia com a Constituição da República, a própria defesa da liberdade de imprensa e da comunicação.

(...)

O que estamos a afirmar é que a imprensa e os profissionais que a dignificam, independentemente de posições ideológicas ou visões de mundo que conduzem sua linha editorial, devem estar a serviço da verdade e em sintonia com os postulados éticos e legais.

Quando tais profissionais se divorciam desses princípios éticos e das altas responsabilidades que balizam o exercício dos próprios direitos e garantias constitucionais, perdem a sociedade, suas instituições e seus cidadãos.

Foi o que se viu durante as investigações realizadas pela Polícia Federal e por esta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. Com efeito, profissionais da imprensa exorbitaram e vilipendiaram de forma gravosa os mais basilares princípios éticos que orientam o exercício da profissão e, de modo indigno, deixaram de servir a sociedade e ao Estado Democrático de Direito e passaram a contribuir de alguma maneira com os interesses da Organização Criminosa.

(...)

Verificar-se-á ao longo do presente capítulo, que alguns profissionais da imprensa aderiram de modo criminoso aos desígnios da ORGCRIM chefiada por Carlos Cachoeira. Menoscabaram e assacaram ferozmente contra a ética no jornalismo em todas as suas dimensões, induziram decisões e juízos de valores, enganaram a sociedade, desvirtuaram verdades, criaram factoides, tudo sob o pressuposto de que estavam protegidos pela liberdade de imprensa.

Ocorre que, como já afirmamos alhures, a liberdade de imprensa não alberga crimes e criminosos, não compactua com a falta de ética, não abarca a manipulação da verdade, não socorre aqueles que maculam a boa-fé dos cidadãos e cidadãs, enfim, não protege os estultos que empulham a sociedade.

(...)

Mas, ao jornalista caberá, sempre, saber quem é a fonte, quais os caminhos que ela trilha, quais os interesses que ela defende, rechaçando as possibilidades de conivência com fontes que eventualmente estejam mergulhadas no crime, porque, afinal, a principal missão do jornalista é a defesa do interesse da sociedade, e nunca a notícia a qualquer preço, especialmente se a notícia visa atender a interesses criminosos. Isso é da deontologia da profissão, constitui uma obviedade. Aprende-se isso nas escolas de jornalismo, nos muitos manuais de redação, no exercício cotidiano da profissão. A ética do jornalismo não admite conivência com o crime, até porque essa conivência, especialmente quando continuada, prejudica profundamente a sociedade.
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Relatório da CPMI sobre a mídia e o crime organizado


Trecho:

Policarpo Júnior é Diretor da Sucursal Brasília e Redator-Chefe da Revista Veja. Com efeito, conforme estamos a demonstrar nesse capítulo e no presente relatório, a complexa Organização Criminosa chefiada por Carlos Cachoeira estava em sereno e profícuo processo de expansão e, para assegurar a perenidade de sua atuação e a impunidade de suas ações, já havia cooptado diversos agentes públicos e políticos, cuja função seria a de garantir a sustentabilidade política e administrativa da quadrilha na estrutura do Estado Brasileiro e, ao mesmo tempo, permitir o financiamento das atividades criminosas através da apropriação dos recursos dos Erários Federal, Estadual e Municipal.

O pleno êxito das atividades criminosas, contudo, dependia de outros fatores, que o grupo buscou rapidamente superar, quais sejam: promoção e divulgação nos meios de comunicação das atividades ilícitas da quadrilha (jogos eletrônicos na Internet); eliminação ou inviabilização da concorrência (empresas adversárias); e, desconstrução de imagens e biografias (de adversários políticos). Como decorrência desse modus operandi houve a necessidade tanto do controle de órgãos de comunicação (Cachoeira é dono/sócio em jornais e rádios em Goiânia, Anápolis e outros locais), como da aproximação e cooptação de profissionais dos meios de comunicação locais e nacionais. Nessa urdida engenharia criminosa que tinha como apoio um braço midiático, Policarpo Júnior foi um dos profissionais da imprensa mais requisitados pelo líder da quadrilha.

Fazemos uma ressalva importante. Carlos Cachoeira não era um informante privilegiado. Não abastecia jornalistas e profissionais da imprensa porque estava enlevado de um espírito cidadão. Não pensava no bem do povo, da sociedade e do Estado. Não era amigo de jornalista ou de qualquer outro profissional da imprensa. Ele simplesmente os usava para atingir ou assegurar o êxito de seus objetivos criminosos. E todos que a esse desiderato se prestavam sabiam que eram instrumentos a serviço de alguma vilania, de algum sortilégio, que ao fim e ao cabo objetivava lesar pessoas, empresas e instituições.

Na quadra da realidade que se afirma, exsurge como aviltante da inteligência e da própria dignidade das cidadãs e cidadãos deste País justificar os cerca de oito anos que sustentam a relação Cachoeira x Policarpo apenas como uma singela relação entre fonte e jornalista. E não está em jogo aqui, tampouco será objeto de consideração, as questões axiológicas e as visões de mundo que orientam as linhas editoriais de uma das maiores revistas de circulação no País. Não nos cabe discutir visões ideológicas ou buscar justificativas para tentar compreender os caminhos que vem trilhando uma parte considerável dos meios de comunicação que têm adotado pautas politicamente dirigidas, em bases opinativas, sem o devido contraditório a respeito de outras visões dos assuntos tratados, característico e inerente ao fazer jornalístico.

O que se busca assentar neste Relatório são os prejuízos e os males que uma deturpada compreensão da liberdade de imprensa pode trazer para as pessoas e para o País.
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Justiça manda soltar editor da revista Veja

Juíza do DF expede alvará de soltura para Carlinhos Cachoeira, preso há quase nove meses 

Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília

A juíza Ana Cláudia Costa Barreto, 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, expediu na noite desta terça-feira (20) um alvará de soltura para o contraventor editor-chefe da revista Veja Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso desde fevereiro no presídio da Papuda, em Brasília. Segundo a assessoria de imprensa do tribunal, a decisão poderá ser cumprida ainda hoje.

Na sentença dada pela juíza, Cachoeira foi condenado a cinco anos de prisão em regime semiaberto pelo envolvimento dele na operação Saint-Michel, deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal. A operação desbaratou um esquema que tentava fraudar o sistema de bilhetagem do transporte coletivo do Distrito Federal. Se tivesse dado certo, o contrato de bilhetagem teria rendido R$ 60 milhões.

Neste processo, Cachoeira responde pelos crimes formação de quadrilha e tráfico de influência. A Saint-Michel é um desdobramento de outra operação da Polícia Federal, a Operação Monte Carlo, que investigou o envolvimento do contraventor com empresários e políticos.
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Prevaricador-geral Gurgel é acusado de associação criminosa com revista Veja

Collor acusa Roberto Gurgel de vazar depoimento de Marcos Valério à 'Veja'
Da Agência Senado, em Brasília

Em discurso nesta segunda-feira (12), o senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a criticar a atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem chamou de “prevaricador”. Segundo Collor, o próprio Gurgel teria vazado à revista "Veja" as informações sigilosas do depoimento que o publicitário Marcos Valério teria prestado ao Ministério Público em setembro, e cujo conteúdo teria rendido a matéria que estampou a capa da publicação no mesmo mês.

Segundo Collor, a entrevista de Marcos Valério à "Veja" nunca existiu, porque as informações colhidas foram vazadas "por ninguém menos do que Roberto Gurgel Santos, procurador-geral da República e chefe maior do Ministério Público Federal" por ocasião do novo depoimento prestado.

"Sua conduta [de Gurgel] cada vez mais o revela como mais um membro pernicioso de uma quadrilha arraigada com a imprensa marrom, especialmente pela preferência e acertos escusos dele com 'chumbetas' de Veja, sempre ela", disse.

Para ele, não é à toa que até agora a revista não divulgou e nem mostrou as gravações da entrevista, mesmo sabendo da quebra do acordo por parte de Marcos Valério, quando seu advogado Marcelo Leonardo, no dia seguinte à edição da matéria, negou as declarações de seu cliente.

Collor afirmou que "agora se sabe o real motivo do silêncio e da inércia" da revista "Veja", a que chamou de "folhetim", perante a repercussão do que publicou e do "crime cometido contra os leitores" ao vender uma entrevista bombástica que, simplesmente, nunca existiu: foi baseada no vazamento de informações prestadas por Marcos Valério ao procurador-geral da República.

"Seu acordo, na verdade, é com o prevaricador-geral da República: Roberto Gurgel Santos. Prevaricador-geral. O vazamento de informações sigilosas, isso a revista não pode assumir, muito menos de quem partiu. Por isso, prefere continuar mentindo, blefando e chantageando, como é de seu costume", afirmou.

Confirmado o vazamento à imprensa do conteúdo de um depoimento sigiloso por parte do chefe maior do Ministério Público, é preciso tomar providências, julgou o senador, lembrando o art. 325 do Código Penal segundo o qual constitui crime contra a Administração Pública, tipificado como violação de sigilo funcional, “revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação”.

A pena prevista é de detenção de seis meses a dois anos. E mais, o §2° deste artigo diz ainda que, se da ação ou omissão resultar dano à Administração Pública ou a outrem, a pena passa para de 2 a 6 anos de reclusão.

Collor citou o caso de um procurador da República do Ministério Público de São Paulo, suspenso por 90 dias pelo cometimento de infração funcional quando divulgou informações protegidas por sigilo em entrevista coletiva. O senador disse esperar que o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) tome alguma atitude ou, caso contrário, apresentará nova representação contra Gurgel.

Recondução

Fernando Collor também acusou Roberto Gurgel de perseguição ao conselheiro do CNMP Luiz Moreira ao tentar impedir a sua recondução ao cargo, "inclusive com o uso de dossiês falsos e documentos apócrifos destratando o conselheiro".

"O Senado não pode e não deve se submeter aos interesses de nenhum outro órgão, menos ainda aos caprichos e ações políticas desse chefete daquela cafua, cujo principal objetivo é, tão somente, não ser investigado pelo controle interno do próprio Ministério Público. Trata-se de uma afronta à independência do Poder Legislativo."

Collor também questionou a "ousadia" do Ministério Público, que segundo ele quer pautar o Parlamento ao tentar impedir a votação da recondução do conselheiro. Segundo afirmou, atitudes como essa abalam a relação entre os poderes da República.

"Até quando suportaremos tamanho desrespeito à lei por parte do chefe maior da instituição que deveria defender os interesses da população? Ao contrário, comete crime de responsabilidade, crime de prevaricação, crime de improbidade administrativa, crime de vazamento de documentos, crime de perseguição política, crime de falsidade ideológica, chantagem", afirmou.

Collor disse ser preciso impedir que "Gurgel e seus asseclas" continuem vazando informações em segredo de justiça por meio de um "conluio criminoso com jornalistas e veículos da imprensa marrom", e o principal, descobrir quais interesses estão por trás desse modus operandi do procurador-geral da República.
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PGR Gurgel usa Veja em golpe contra Lula

Prevaricador-geral da República Gurgel
Collor tenta desvendar ação circular de Gurgel 

Senador suspeita que depoimento secreto de Marcos Valério à procuradoria-geral da República foi vazado pelo próprio Roberto Gurgel à revista Veja; reportagem serviu de base para uma representação da oposição contra o ex-presidente Lula, que será decidida por (adivinhem) Roberto Gurgel.


Aos fatos, em ordem cronológica:

1) Em setembro, Marcos Valério prestou depoimento secreto à procuradoria-geral da República. Disse que temia ser assassinado, pedia proteção e se colocava à disposição da Justiça para a delação premiada.

2) No dia 19 do mesmo mês, reportagem de capa de Veja atribuiu várias declarações ao publicitário. O que parecia ser uma entrevista não era. Veja não tem gravações.

3) Recentemente, Eurípedes Alcântara, diretor de Veja, sinalizou, em entrevista ao Globo, que Veja não tem gravações, mas pode comprovar judicialmente o teor de suas reportagens.

4) No último fim de semana, Veja dedicou nova capa a Marcos Valério, com mais declarações que ele teria prestado a interlocutores próximos.

5) Reportagem do 247 (leia mais aqui) apontou que, aparentemente, o "entrevistado" de Veja não é Valério, mas o próprio Gurgel.

6) A oposição, capitaneada por Roberto Freire, apresentou um pedido de investigação criminal contra o ex-presidente Lula, a partir apenas das reportagens de Veja.

7) Em carta, o advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, criticou o vazamento seletivo de trechos de um depoimento prestado por seu cliente. Especialmente porque Valério pode estar correndo risco de ser assassinado.

8) No dia 6, o senador Fernando Collor encaminhou ofício ao procurador Gurgel para que ele esclareça a data e o local em que foi tomado o depoimento de Marcos Valério na Procuradoria-Geral da República.

Fica claro que Collor suspeita de uma ação circular de Gurgel. O procurador teria tomado o depoimento de Valério e vazado trechos à revista Veja, cujas reportagens ancoraram uma representação contra Lula que será avaliada pelo próprio Gurgel.
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Ministro Marco Aurélio Cacciola de Mello, o "Taradão", solta miliciano

Solto pelo STF, acusado de chefiar milícia volta à Câmara do Rio
Mônica Garcia, Jornal do Brasil

Depois de um ano e seis meses preso acusado de pertencer à milícia que comanda bairros da Zona Oeste, Luiz André Ferreira da Silva, o Deco, reassumiu seu gabinete na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Em uma conversa que durou menos de 30 minutos com o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), Deco avisou que a partir desta quarta-feira retorna seu trabalho como vereador eleito pelo PR em 2008 até dezembro. 

Por telefone, a vereadora Márcia Teixeira (PR), suplente de Deco, foi avisada que deveria deixar o cargo e limpar a sala, já que o vereador retorna hoje, às 14h, à Câmara.

Deco, que foi beneficiado com um habeas-corpus na semana passada, assinado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou ao Rio de Janeiro no fim da manhã desta segunda-feira, vindo de Rondônia, onde estava preso na Penitenciária Federal. Ele responde processo por formação de quadrilha, homicídios, extorsões, entre outros crimes, além de planejar a morte do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) e da chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, na época titular da 28ª DP (Campinho). O vereador é considerado um dos milicianos mais perigosos da região de Jacarepaguá.

De acordo com a vereadora Andrea Gouvêa (PSDB), Deco fez tudo no apagar das luzes, quando a Casa já estava vazia. Junto com os vereadores Eliomar Coelho (Psol) e Paulo Pinheiro (Psol), Andrea está coletando assinaturas de colegas para entrar com uma representação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. Segundo a vereadora, até o momento 11 vereadores já assinaram o documento e mais dois já garantiram a assinatura. Para conseguir entrar com a representação, é preciso que 22 assinem o documento. 

Segundo ela, ontem seu gabinete começou a receber denúncias de moradores da região de Jacarepaguá, onde Deco atua, de que pessoas estavam sendo ameaçadas pela quadrilha do vereador, que também foi solta pelo habeas-corpus, na sexta-feira.

Para o vereador Eliomar Coelho, se Deco retomar ao cargo será uma situação vergonhosa e esdrúxula para a instituição carioca. "São coisas absurdas que acontecem na política do nosso País. Isso tem que acabar. Ele não foi preso por coisas imaginárias, ele foi preso por chefiar uma quadrilha que mata pessoas, além de cometer outros crimes", disse Eliomar.

O vereador Deco poderá retomar seu assento na Câmara de Vereadores do Rio já que o ato número 10 de 2011 apenas suspendeu o exercício do mandato do vereador. Jorge Felippe, presidente da Casa, enviou nota na segunda-feira informando que os vereadores aprovaram a resolução com o intuito de evitar o desperdício do dinheiro público, pois, caso não tivesse sido implantada tal resolução, o vereador estaria exercendo seu mandato mesmo preso. Ontem, no entanto, o presidente preferiu não se manifestar.
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ENFIM, A CONEXÃO GLOBO-CACHOEIRA



As transcrições das conversas telefônicas travadas entre membros da gangue chefiada por Cachoeira e Demóstenes estão revelando, entre outras coisas, que a promiscuidade piguenta com o crime organizado não se restringe à revista Veja. Os trechos das gravações que este Cloaca News divulgou ontem, 8, (veja postagem anterior) fornecem elementos suficientes para explicar, por exemplo, o sprit de corps que permeou o inflamado editorial em defesa de Mr. Civita, o Murdoch da Marginal, publicado na terça-feira pelo jornalão O Globo.
Um leitor deste blog, que não quis revelar sua identidade, viu o relatório das escutas e observou:
“Repórter que migrou da Veja para a Época carregando a entrevista do Arruda: Diego Escosteguy - bolsista do Instituto Millenium.
"Albano" pode ser "Eumano": Eumano Silva, diretor da sucursal DF da Época, com quem conversava o Chico (Dadá)”.
E, quem seria o “Andrei” citado no resumo do relatório? Batata! Estão todos lá no expediente da revista Época, das Organizações Globo.


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