O STF deve decidir hoje pelo fim da Lei de Imprensa, pedido do deputado Miro Teixeira, notório lobista do cartel da mídia. A lei é do tempo da ditadura e previa em alguns casos punições mais graves do que no Código Penal. Que vá. Mas o interessante é que sem a lei, a mídia continuará, talvez agora ainda com mais empenho, propondo a regulamentação da internet, via o projeto do tucano Eduardo Azeredo. Quer dizer, lei só contra a concorrência, que cresce e afeta seus negócios. Pesquisa divulgada na última sexta pela agência Reuters explica o motivo.
Enquanto isso, na Inglaterra, com quatro séculos de jornalismo, o site do The Guardian resolveu brincar no primeiro de abril com a notícia que seu jornal em papel passará a ser produzido apenas no Twitter. Foram pesados os comentários, com frases como “já vão tarde”, “árvores serão salvas”, “aproveitem para demitir os jornalistas”. Parece que faz sentido a pesquisa publicada no mesmo Guardian, onde jornalistas estão nas categorias menos confiáveis, com apenas 3%, quase rebaixados para o segundo turno, junto com os banqueiros, com 2%.