Se ainda tinha algum, Veja perde o pudor e prega vaia contra cubanos

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  • sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
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  • 27/12/2013
    Veja_Retrospectiva2013
    Via Brasil 247
    No dia 26 de agosto deste ano, quando profissionais cubanos, recrutados pelo programa Mais Médicos, foram cercados em Fortaleza por um grupo de médicos brasileiros, que os hostilizam e os xingavam de escravos, o repórter fotográfico Jarbas Oliveira, da FolhaPress, captou a imagem do ano. Destacada em primeira mão pelo 247, a imagem provocou uma onda de indignação nas redes sociais e ajudou a conter um discurso xenófobo e até racista que vinha ganhando corpo na imprensa brasileira.
    A vergonha produzida pela imagem foi tão intensa que até mesmo os mais hidrófobos representantes da direita brasileira recolheram as armas. Quando as primeiras pesquisas sinalizaram amplo apoio da população brasileira ao Mais Médicos, candidatos de oposição também passaram a defender o programa.
    No entanto, em sua retrospectiva de 2013, Veja publicou um texto antológico, pelo que tem de mais asqueroso, e que revela sua verdadeira face. Na prática, a publicação da Editora Abril defende as vaias aos cubanos e sinaliza que fará o possível e o impossível para impedir que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se eleja governador de São Paulo, encerrando um ciclo de vinte anos do PSDB no poder.
    Eis o texto de Veja, chamado “Vaias para a empulhação”:
    “Em Cuba, para combater a última epidemia de cólera, o governo mandou dar à população gotas de um remédio homeopático. Como se sabe, diversos países erradicaram a cólera no século 19 melhorando suas condições de saneamento básico. Mas para que investir em tratamento de água e redes de esgoto quando se podem receitar umas gotinhas, não é mesmo? O Programa Mais Médicos, do governo brasileiro, trouxe de Cuba não apenas profissionais explorados, vigiados e mal pagos – importou também a lógica da empulhação castrista. É mais simples, afinal, lotar o interior do país de cabos eleitorais do governo, ops, profissionais treinados pelo estado amigo de Cuba, do que resolver o problema da falta de estrutura da saúde em lugares que nunca viram um aparelho de ultrassom e em cujos prontos-socorros falta até dipirona. Essa deficiência sistêmica, contra a qual se insurgem profissionais brasileiros, certamente não será uma questão para os forçosamente dóceis médicos cubanos. E é o escamoteamento desse problema – e suas consequências para o agravamento da saúde no Brasil – que está na origem das vaias que recebeu de colegas brasileiros o cubano Juan Delgado (em Fortaleza). Como os demais profissionais importados da ilha de Fidel, ele repassa ao governo de seu país a maior parte dos R$10 mil que recebe, é monitorado por espiões e obrigado a viver longe da família para quem nem pense em desertar. Tudo isso afronta as leis brasileiras, para não falar dos direitos elementares de qualquer cidadão livre. Mas, como sabe o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, idealizador do programa e candidato ao governo de São Paulo em 2014, quem ousaria ser a favor de menos médicos?”
    ***
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