Estudo afirma que CO2 'compete' por ligações químicas na água congelada.
Geleiras e icebergs são afetados pela presença do gás carbônico.
Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) concluíram que a força e a dureza de geleiras e blocos de gelo, como os encontrados nos polos, diminuem sob maiores concentrações de dióxido de carbono, um dos gases causadores do aquecimento global encontrados na atmosfera.
O resultado consta em um estudo publicado nesta quinta-feira (11) no periódico "Journal of Physics D: Applied Physics". As geleiras e as calotas polares cobrem 7% da Terra, área maior do que os países da Europa e da América do Norte somados, diz o estudo.
Para comprovar o efeito do carbono no gelo, os cientistas usaram uma série de simulações de computador em nível atômico para analisar as moléculas de CO2. Eles descobriram que a exposição do gelo ao gás faz com que ele se enfraqueça e quebre muito mais facilmente. No caso de geleiras, a formação de icebergs pode ser facilitada pelo efeito.
Segundo o estudo, o enfraquecimento ocorre porque a molécula de CO2 "compete" com a de água na hora de estabelecer ligações químicas, e as "rouba".
A pesquisa aponta que o CO2 primeiro adere ao contorno das fendas em uma geleira, por exemplo. Em seguida, as moléculas do gás migram pelo gelo, atravessando a estrutura glacial de ponta a ponta, favorecendo a criação de rachaduras, de acordo com os cientistas.
"Se as geleiras e as calotas polares continuarem a rachar e a quebrar em pedaços, a área exposta à atmosfera vai aumentar e o derretimento do gelo vai crescer e se acelerar, diminuindo a área coberta por gelo no planeta", disse no estudo o professor do MIT Markus Buehler, um dos autores da pesquisa.
O resultado consta em um estudo publicado nesta quinta-feira (11) no periódico "Journal of Physics D: Applied Physics". As geleiras e as calotas polares cobrem 7% da Terra, área maior do que os países da Europa e da América do Norte somados, diz o estudo.
Para comprovar o efeito do carbono no gelo, os cientistas usaram uma série de simulações de computador em nível atômico para analisar as moléculas de CO2. Eles descobriram que a exposição do gelo ao gás faz com que ele se enfraqueça e quebre muito mais facilmente. No caso de geleiras, a formação de icebergs pode ser facilitada pelo efeito.
Imagem mostra camada de gelo no Ártico no verão, quando o derretimento na área se acentua (Foto: Divulgação/Nasa/Universidade de Washington)
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O enfraquecimento do gelo ocorre não apenas por bolhas causadas pelo carbono, como seria de se esperar, mas também pelo fato de que as ligações de hidrogênio (as ligações químicas entre as moléculas de água em um cristal de gelo) se enfraquecem ao serem expostas a uma concentração crescente de CO2, dizem os cientistas.Segundo o estudo, o enfraquecimento ocorre porque a molécula de CO2 "compete" com a de água na hora de estabelecer ligações químicas, e as "rouba".
A pesquisa aponta que o CO2 primeiro adere ao contorno das fendas em uma geleira, por exemplo. Em seguida, as moléculas do gás migram pelo gelo, atravessando a estrutura glacial de ponta a ponta, favorecendo a criação de rachaduras, de acordo com os cientistas.
Iceberg desprendido de uma das maiores geleiras da Groenlândia, em julho deste ano (Foto: Reuters)
A cobertura de gelo nos polos, incluindo as geleiras, tem como função refletir cerca de 80% dos raios solares que entram na atmosfera, mantendo a temperatura do planeta em nível adequado, avaliam os pesquisadores."Se as geleiras e as calotas polares continuarem a rachar e a quebrar em pedaços, a área exposta à atmosfera vai aumentar e o derretimento do gelo vai crescer e se acelerar, diminuindo a área coberta por gelo no planeta", disse no estudo o professor do MIT Markus Buehler, um dos autores da pesquisa.