Entre os católicos, Haddad tem o apoio de 46%, contra 41% de Serra. Entre os evangélicos não pentecostais, os percentuais são de 47% a 31%, respectivamente. E entre os pentecostais, a vantagem é a maior de todas para o petista: 52% a 33%. É exatamente entre os pentecostais que os candidatos mais têm investido em campanhas recentes.Os números acima comprovam que é nisso que dá políticos que desrespeitam o 2º mandamento: "Não usar o nome de Deus em vão".
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Os números são da pesquisa Datafolha.
Na eleição para prefeito de São Paulo, Haddad tem tido um comportamento extremamente respeitoso com as religiões. Dialoga, debate e ouve comunidades e lideranças religiosas em seus pleitos para a cidade, como um líder político deve fazer, mas não tem usado religião como se fosse peça de marketing político.
Já o candidato tucano José Serra tem feito o contrário. Trata com desrespeito religiões inteiras, e desrespeita a inteligência e a cidadania dos cidadãos religiosos.
Serra não discute projetos, nem os problemas da cidade com os cidadãos religiosos. Se limita a encenar uma falsa intimidade com qualquer grupo religioso que visita. Ora, isso é ofender a inteligência de católicos, evangélicos e de todas as outras religiões.
O cidadão religioso já escolheu sua igreja que frequenta, seu orientador espiritual a quem ouvir. O voto para prefeito é outra coisa, é para resolver os problemas da saúde pública, da educação, da geração de empregos, da moradia, do transporte público, do trânsito, das enchentes, do lazer e da cultura saudável, da erradicação da pobreza, do prevenção e tratamento dos dependentes químicos, da fiscalização na boa aplicação do dinheiro público, do buraco na rua, da licença para construção de templos e realização de eventos, enfim, dos problemas da cidade.
É legítimo o político na época da eleição, ou durante o governo, participar de encontro com grupos de comunidades religiosas para dialogar e resolver problemas. O que é demagogia é o político ir com a cabeça vazia de idéias e propostas, só fingindo intimidade com cultos que nunca frequenta fora da época eleitoral, só para querer enganar o eleitor religioso.