Chávez anuncia rompimento de relações diplomáticas com a Colômbia

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  • quinta-feira, 22 de julho de 2010
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  • O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta quinta-feira, 22, o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia, depois do embaixador de Bogotá na OEA acusar Caracas de esconder 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em seu território.

    "Me vejo obrigado a romper as reações por dignidade", disse Chávez no palácio de Miraflores ao lado do técnico da seleção argentina, Diego Armando Maradona. "Isso me causa uma lágrima no coração. Espero que a razão chegue à Colômbia que pensa", acrescentou.

    Chávez decretou ainda alerta máximo na fronteira e advertiu sobre o risco do presidente colombiano, Alvaro Uribe optar por uma ação armada contra a Venezuela.

    Em Washington, o embaixador venezuelano na OEA, Roy Chaderón, classificou as acusações mostradas pelo colega colombiano Luis Hoyos de mentiras evidentes e maliciosas.

    Segundo a Colômbia, há cerca de 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em três acampamentos em território venezuelano.

    Hoyos apresentou fotos de guerrilheiros mortos, segundo ele, na fronteira com a Venezuela. O embaixador pediu a criação de uma comissão da OEA para verificar a presença guerrilheira no pais vizinho

    O diplomata colombiano assegurou que há três acampamentos das Farc na Venezuela, batizados de 'bolivariano', Ernesto e Berta'. Alguns deles estariam há 23 km dentro da fronteira venezuelana, no estado de Zulia.

    As informações apresentadas na reunião, ainda de acordo com o embaixador, vieram do computador do ex-líder das Farc Raúl Reyes, morto em uma ação no Equador em março de 2008 e de guerrilheiros desmobilizados.


    Estadão



    Há 1,5 mil guerrilheiros das Farc na Venezuela, diz Colômbia na OEA


    WASHINGTON - O embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Hoyos, disse nesta quinta-feira, 22, que há cerca de 1,5 mil guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em três acampamentos em território venezuelano.

    Em uma reunião convocada a pedido da Colômbia no órgão, Hoyos apresentou fotos de guerrilheiros mortos, segundo ele, na fronteira com a Venezuela. O embaixador pediu a criação de uma comissão da OEA para verificar a presença guerrilheira no pais vizinho

    O diplomata colombiano assegurou que há três acampamentos das Farc na Venezuela, batizados de 'bolivariano', Ernesto e Berta'. Alguns deles estariam há 23 km dentro da fronteira venezuelana, no estado de Zulia.

    As informações apresentadas na reunião, ainda de acordo com o embaixador, vieram do computador do ex-líder das Farc Raúl Reyes, morto em uma ação no Equador em março de 2008 e de guerrilheiros desmobilizados.

    "Temos de dizer ao povo da Venezuela que fiquem atentos à ameaça das Farc", disse Hoyos na reunião, segundo o jornal venezuelano 'El Universal'.

    "Tomara todos os países façam da luta contra o terrorismo um marco democrático, como aconteceu com a Colômbia", completou.

    Na quarta-feira, o governo colombiano entregou ao embaixador o material a ser apresentado na reunião. Mapas e vídeos seriam provas de que os rebeldes estão no país vizinho.

    Hoyos disse também na quarta que a Colômbia não pretende que o governo da Venezuela seja condenado pela OEA com sua petição de uma reunião extraordinária e disse que o que interessa é que seu vizinho do norte "coopere, como é sua obrigação".

    A reunião foi convocada após o governo da Venezuela ter negado as acusações colombianas de que importantes chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) estariam em território venezuelano.

    Recentemente, a OEA facilitou avanços para a normalização das relações colombianas com o Equador, após uma ofensiva da Colômbia contra um acampamento das Farc em território equatoriano, que rompeu as relações entre os dois países.

    As relações entre Bogotá e Caracas estão congeladas desde 28 de julho de 2009 por decisão do presidente venezuelano após a acusações colombianas de que haveria um suposto desvio de armas da Venezuela para as Farc. Chávez disse que tais alegações são "irresponsáveis".

    As tensões aumentaram em outubro de 2009, quando a Colômbia assinou um acordo com os Estados Unidos que permite que os americanos utilizem instalações militares no território colombiano para combater o narcotráfico e o terrorismo. Chávez se opõe contundentemente ao acordo, Principalmente por autorizar os soldados americanos a atuar tão perto de seu país.


    Estadão
     
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