MÍDIA - Eduardo Campos esconde encontro com os Frias.

Eduardo Campos esconde da agenda encontro com barão do PIG, para trair Lula


Um dos principais barões do PIG (Partido da Imprensa Golpista), o dono do jornalão demotucano Folha de São Paulo, Octávio Frias Filho, está em viagem a Recife hoje ( quinta feira 17) para encontrar-se entre quatro paredes com o governador Eduardo Campos (PSB).

Não se trata de reportagem, nem de entrevista. É o empresário dono do jornal, acompanhado da alta cúpula da diretoria, quem almoça com Campos. Daí presume-se que as conversas girem em torno de apoio político do jornal à candidatura dele. Seria a coligação informal PIG-PSB.

Frias é um dos mais radicais barões da mídia anti-Lula. Além de seu demotucanismo, Frias nunca escondeu o preconceito de não admitir que um ex-trabalhador de chão de fábrica, sem curso superior formal, chegasse à Presidência da República. Mesmo depois de Lula ter provado ser o melhor Presidente que o Brasil já teve, saindo com aprovação popular quase unânime, com a economia próspera interna e externamente, e com o Brasil ganhando inédita projeção e presença internacional.

No encontro, Campos comete mais um ato de traição ao presidente Lula e ao povo, ao aliar-se a mais um dos adversários reacionários do lulismo.

O ato de traição fica mais evidente quando Eduardo Campos procura esconder a divulgação do encontro na agenda pública.

No "site" do governo de Pernambuco, a agenda do governador mostra "O GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS NÃO TERÁ AGENDA PÚBLICA NESTA QUINTA-FEIRA (17/10)". (*)

Logo, o encontro é privado, apesar dele levar Frias a visitar órgãos públicos do governo pernambucano.

Frias também trai o pré-candidato do PSDB, Aécio Neves. Talvez porque o jornalão nutre maior paixão pela candidatura tucana de José Serra, um candidato paulista. Ou talvez esteja indo em missão para negociar o apoio do PSB paulista ao governador tucano Geraldo Alckmin, outro "amigo" do jornal. Aliás, mais do que amigo, cliente. Afinal o governo Alckmin fez assinaturas em massa da "Folha de São Paulo", sem licitação, com dinheiro público da educação, o que socorreu a queda na circulação diária, decadende nos últimos anos.

Mais do encontro não se sabe. Se nem foi divulgado na agenda, o que já revela falta de transparência, imagine as conversas entre quatro paredes. Em todo caso é bom ficar de olho nos empenhos de despesas do governo de Pernambuco, se não aparecerão propagandas do governo pernambucano no jornal coincidindo com matérias simpáticas ao governador. Ou, quem sabe, assinaturas em massa feitas pelo estado de Pernambuco, como fez Alckmin em São Paulo.

(*) Esta nota foi publicada por volta das 12:36hs e, neste momento, era assim que estava a agenda. Se a assessoria do governador alterar após ler essa nossa nota, não estranhem.
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MÍDIA - Lula aposta nas redes sociais.

Lula aposta nas redes sociais

Por Altamiro Borges

Em mais uma cutucada na velha mídia, o ex-presidente Lula divulgou nesta quarta-feira (16) mensagem em que conclama a militância a ocupar as redes sociais para desmascarar as “acusações falsas” dos adversários políticos. A carta foi publicada em sua página no Facebook e também foi enviada para cerca de 500 mil endereços de e-mail cadastrados no site do PT. Vale conferir a íntegra do texto, que causou urticaria nos jornalões:

Companheiro (a),

Quero chamar sua atenção sobre a importância das mídias sociais. Todos sabemos que a internet está sendo cada vez mais utilizada pelas pessoas para conversar sobre política e se informar sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Nós temos que estar presentes também nesse espaço, explicando nosso projeto, mostrando os resultados concretos que alcançamos e ouvindo o que as pessoas têm a dizer.

Não existe tema em que não tenhamos grandes avanços para mostrar.

É nosso papel mostrar dados que não aparecem em outros lugares. Quem se informa e debate política pela internet precisa saber das histórias dos mais de um milhão de jovens filhos da classe trabalhadora que chegaram à universidade pelo Prouni; das 14 milhões de famílias pobres que antes eram abandonadas, e hoje podem ter uma vida mais digna graças ao Bolsa Família; ou de alguém que conseguiu um dos mais de 20 milhões de empregos gerados no Brasil nesses últimos 10 anos.

Não devemos ficar apenas reclamando que não temos espaço em outras mídias. Vamos utilizar essa ferramenta fantástica que é a internet para falar do nosso projeto, mostrar o que já fizemos e, claro, ouvir críticas, sugestões e questionamentos. Esse debate é essencial para consolidarmos ainda mais a trajetória de crescimento, democracia e diminuição de desigualdades que nosso país vem percorrendo.

Acompanhe, curta e participe das páginas do PT nas redes sociais e se informe. Crie os seus canais de comunicação, escreva, grave vídeos e debata nas redes sociais. E lembre sempre de checar as informações antes de divulgá-las. Não vamos colaborar com a criação de uma série de informações e acusações falsas que têm surgido na rede.

Junte seus amigos, sua família, seus companheiros de partido e participe discutindo nas redes, nos espaços partidários e nas ruas. Quanto mais gente participar, quanto mais a política for debatida, mais consolidada estará a nossa democracia e mais nosso país avançará em direção a uma sociedade mais justa para todos.

Participe deste debate e vamos continuar transformando o Brasil!

Luiz Inácio Lula da Silva


*****

Nos últimos dias, o ex-presidente Lula tem desferido várias críticas à velha mídia – talvez já pressentido qual será seu papel nas eleições de 2014. Na noite de terça-feira (15), durante um evento em Buenos Aires, ele afirmou que "alguns canais de televisão e alguns comentaristas tentam desacreditar a política, mas fora da política não há saída. Vira qualquer coisa, menos democracia".

Ele ainda lembrou que durante o seu governo, “os meus amigos donos de jornais ganharam muito dinheiro e nunca me deram um momento de trégua... Eu apanhava de manhã, de tarde e de noite, e enquanto eu estava dormindo também”. E concluiu: "Em alguns países da América Latina, a imprensa muitas vezes age como se fosse um partido político, só não tem coragem de dizer que é”.

Já na recente entrevista concedida à equipe da Rede Brasil Atual – o que também deve ter irritado os barões da mídia que acham que tem exclusividade nas coletivas –, Lula afirmou que “o país evoluiu, a imprensa não”. Ele também elogiou a mídia alternativa, como os veículos dos movimentos sindicais e populares, e a internet como contrapontos às manipulações da mídia tradicional.
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POLÍTICA - A "agenda do passado"



A “agenda do passado” de Aécio Neves

Por Altamiro Borges

Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, está desesperado. Além do incomodo causado pelo persistente José Serra, que até parece um bafômetro no seu encalço, ele agora foi descartado pela mídia – que é só holofotes para o casal Campos-Marina. Temendo ficar em terceiro lugar nas próximas pesquisas, o senador mineiro decidiu antecipar em quatro meses a apresentação do seu plano de governo – batizado de “agenda do futuro”. O título correto seria “agenda do passado”, já que ele prega o retorno ao destrutivo e rejeitado projeto neoliberal de FHC.


Segundo a Folha tucana desta quinta-feira (17), “o presidente do PSDB e pré-candidato, Aécio Neves (MG), lançará em dezembro o conjunto de propostas inicialmente previsto para março de 2014. O comando do PSDB avalia ser necessário ‘disputar’ desde já o debate programático da eleição de 2014 depois que Marina e Campos monopolizaram o noticiário político dos últimos dias com a surpreendente aliança”. Ainda segundo o jornal, “fará parte também da estratégia do PSDB buscar aproximação com o PSB. ‘Nosso alvo é o mesmo’, disse ontem o senador Aécio Neves, lembrando que Campos e Marina têm defendido ideias que os aproximam do programa do PSDB”.

Ele se referiu, evidentemente, à defesa apaixonada feita pela ex-senadora Marina Silva do chamado tripé macroeconômico – de juros elevados, arrocho fiscal e libertinagem cambial. Herdado do triste reinado de FHC, este receituário ortodoxo quase destruiu a economia brasileira, fazendo o país ficar de joelhos para o Fundo Monetário Internacional. A aplicação deste “tripé” resultou em taxas recordes de desemprego, arrocho fiscal, desindustrialização e desnacionalização da economia. Agora, Aécio Neves pretende retomar este receituário, batizando-o de “agenda do futuro”.

Em artigo publicado nesta segunda-feira (14), o cambaleante presidencial tucano foi taxativo ao pregar o retorno deste modelo destrutivo. Para ele, os governos Lula e Dilma passaram “a intervir de forma excessiva na economia” e adotaram “uma atitude leniente no combate à inflação”, o que teria gerado incerteza no capital estrangeiro. Para voltar a crescer, afirma o neoliberal, o país deve se curvar novamente ao “deus-mercado”, submetendo-se servilmente às ambições das corporações capitalistas, principalmente às ordens dos agiotas financeiros.

“Estamos sem uma agenda para o crescimento. No curto prazo, é preciso resgatar a matriz econômica que prevaleceu até recentemente: controle fiscal, câmbio flutuante e regime de metas de inflação com liberdade de atuação para o Banco Central. Essa agenda deve ser complementada por um esforço imediato de simplificação tributária, redução do número de impostos e estabilidade de regras para o investimento”. Ele ainda prega “contenção do crescimento do gasto público e maior integração comercial [logicamente com os EUA)”.

A risível “agenda do futuro” é a mesma que foi aplicada pelo rejeitado FHC e que hoje causa tantos estragos na Europa. Para torná-la mais palatável, Aécio Neves até poderia acrescenta
r o termo “sustentável” ao seu projeto crescimento econômico – Marina Silva iria adorar!
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LEILÃO DE LIBRA - Audiência pública.

Leilão do Campo de Libra é tema de audiência na Assembleia Legislativa do Paraná

O leilão de Campo de Libra marcado para o próximo dia 21 de outubro foi tema de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (14). Somente esta área concentra 15 bilhões de barris já descobertos e garantidos. A situação é vista pelos movimentos sociais e autoridades no assunto como um atentado a soberania nacional e ao futuro da nação. Ao todo, as novas áreas do pré-sal concentram 60 bilhões de barris.

A reportagem foi publicada pelo portal da Central Única dos Trabalhadores - CUT.

“Os 60 bilhões já descobertos (nos campos do pré-sal) somados aos 14 bilhões que já tinhamos anteriormente, resultam em 74 bilhões de barris, uma autossuficiência superior a 50 anos”, destacou o vice-presidente da Associação de Engenheiros da Petrobrás, Fernando Siqueira. Ele classificou a situação como “a maior oportunidade que já tivemos de deixar de ser o País do futuro e passar ser uma potência econômica, financeira e tecnológica”, afirmou o vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás, Fernando Siqueira.
O vice-presidente da CUT Paraná, Márcio Kieller, reforçou a posição da Central contrária ao leilão. “Nós da CUT, por princípio, somos contra toda e qualquer forma de privatização. Pois ela traz a precarização do trabalho e estamos numa caminhada constante pelo trabalho decente. Esta ainda tem um agravante: acontece em um momento onde ficamos conhecendo uma situação que em tese já sabíamos, mas agora foi confirmada. A espionagem é um fato”, argumentou.
O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (SindiPetro PR/SC), Silvaney Bernardi, foi enfático ao manifestar-se contrário a proposta. “Leiloar o petróleo e colocar o peso maior no setor privado tem representado para os petroleiros mortes e precarização das condições de trabalho. Para sociedade perder o controle do petróleo é exportar emprego e renda”, afirmou.
O deputado estadual Tadeu Veneri (PT) reforçou a necessidade de impedir o leilão e criar mecanismos legais para prevenir outras ações semelhantes no futuro. “Teremos outros desafios na sequência. Me parece que as coisas vão em um processo acelerado. Mais do que impedir este processo do dia 21 devemos pensar em alterações na legislação vigente, porque desta forma estaremos fazendo audiência pública sempre com problemas muito semelhantes”, projetou.
O deputado Gilberto Martin (PMDB), que ao lado do deputado Tadeu Veneri, foi o propositor da audiência, também criticou duramente a ação do Governo Federal. Pelo edital divulgado pela ANP, além de permitir a exploração de empresas estrangeiras, o contrato deverá ser extremamente lesivo aos cofres públicos. “Quando as condições forem muito favoráveis a ambos, com produção de óleo superior a 24 mil barris por dia e um preço acima de R$ 170 o barril a multinacional cederá 3,9% da arrecadação para a União. Contudo, quando a produção estiver desfavorável, com quatro mil barris por dia e preço abaixo de R$ 60 a União abre mão de 26,9% do seu lucro”, criticou Martin.
Para o represente da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), Gustavo Erwin Kuss, o leilão vai contra o anseio da sociedade brasileira. “As ruas pediram mais saúde, mais educação e segurança. Ou seja, pediram mais Estado e não é privatizando que vamos alcançar isso. É uma visão imediatista e pragmática para conseguir superávit primário”, afirmou.

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GEOPOLÍTICA - Novo jogo, nova obsessão, novo inimigo – agora é a China

Novo jogo, nova obsessão, novo inimigo – agora é a China

por John Pilger
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Somalia. Países são "peças num jogo de xadrez sobre o qual está a ser efectuado um grande jogo para a dominação do mundo", escreveu Lord Curzon, vice-rei da Índia, em 1898. Nada mudou. O massacre no centro comercial em Nairobi foi uma fachada sangrenta por trás da qual uma invasão em grande escala da África e uma guerra na Ásia constituem o grande jogo.

Os assassinos do centro comercial al-Shabaab vieram da Somália. Se algum país é uma metáfora, este é a Somália. Partilhando uma língua e religião comuns, os somalis foram divididos entre os britânicos, franceses, italianos e etíopes. Dezenas de milhares de pessoas foram passadas de uma potência para outra. "Quando se faz com que se odeiem entre si", escreveu um responsável colonial britânico, "a boa governação está assegurada".

Hoje, a Somália é um parque temático (theme park) de divisões artificiais brutais, um país há muito empobrecido pelos programas de "ajustamento estrutural" do Banco Mundial e FMI e saturado de armas modernas, nomeadamente aquela da preferência pessoal do presidente Obama: o drone. O único governo estável somali, o dos Tribunais Islâmicos, era "bem aceite pelo povo nas áreas que controlava", relata o US Congressional Research Service, "[mas] recebia cobertura negativa da imprensa, especialmente no Ocidente". Obama esmagou-o e, em Janeiro, Hillary Clinton, então secretária de Estado, apresentou o seu homem ao mundo. "A Somália permanecerá grata pelo apoio resoluto do governo dos Estados Unidos", rejubilou-se o presidente Hassan Mohamud, "obrigado América".

A atrocidade do centro comercial foi uma resposta a isto – assim como o ataque às Torres Gémeas e as bombas de Londres foram reacções explícitas à invasão e injustiça [NR] . Outrora de pouca importância, agora o jihadismo marcha em uníssono com o retorno do imperialismo descarado.

Desde que em 2011 a NATO reduziu a Líbia moderna a um estado hobbesiano, os últimos obstáculos para [o avanço sobre] a África caíram. "Disputas por energia, minerais e terra fértil provavelmente ocorrerão com intensidade crescente", relatam planeadores do Ministério da Defesa. Eles prevêem "números elevados de baixas civis", portanto "percepções de legitimidade moral serão importantes para o êxito". Sensível ao problema de RP de invadir um continente, o mamute das armas, a BAE Systems, juntamente com o Barclay Capital e a BP advertem que "o governo deveria definir sua missão internacional como administradores de risco em nome dos cidadãos britânicos". O cinismo é letal. Governos britânicos são reiteradamente advertidos, nada menos que pelo comité de inteligência e segurança parlamentar, que aventuras estrangeiras chamam por retaliações em casa.

Bases dos EUA em África. Com o mínimo de interesse dos media, o US African Command (Africom) instalou tropas em 35 países africanos, estabelecendo uma rede familiar de pedintes autoritários ansiosos por subornos e armamentos. Em jogo de guerra, uma doutrina "soldado por soldado" embebe oficiais dos EUA em todos os níveis de comando, desde o general até o primeiro-sargento. Os britânicos fizeram o mesmo na Índia. É como se a orgulhosa história de libertação da África, desde Patrice Lumumba até Nelson Mandela, fosse remetida ao esquecimento pelos mestres de uma nova elite colonial negra cuja "missão histórica", advertiu Frantz Fanon meio século atrás, é a subjugação do seu próprio povo para a causa de "um capitalismo desenfreado embora camuflado". A referência também é adequada ao Filho da África na Casa Branca.

Para Obama, há uma causa mais premente – a China. A África é a história de êxito da China. Onde os americanos trazem drones, os chineses constroem estradas, pontes e barragens. O que os chineses querem é recursos, especialmente combustíveis fósseis. O bombardeamento da Líbia pela NATO expulsou 30 mil trabalhadores chineses da indústria petrolífera. Mais do que o jihadismo ou o Irão, a China é agora a obsessão de Washington na África e para além dela. Isto é uma "política" como o "eixo para a Ásia", cuja ameaça de guerra mundial pode ser tão grande como qualquer outra na era moderna.

A reunião desta semana em Tóquio do secretário de Estado John Kerry e o secretário da Defesa Chuck Hagel com os seus homólogos japoneses acelerou a perspectiva de guerra com o novo rival imperial. Sessenta por cento das forças navais dos EUA estão para serem baseadas na Ásia em 2020, tendo a China como objectivo. O Japão está a rearmar-se rapidamente sob o governo de direita do primeiro-ministro Shinzo Abe, que chegou ao poder em Dezembro com uma promessa de construir uma "nova e forte força militar" e contornar a "constituição pacífica". Um sistema de mísseis anti-balísticos dos EUA e Japão, próximo de Quioto, é dirigido à China. Utilizando drones Global Hawk de longo alcance, os EUA aumentaram drasticamente suas provocações nos mares a Leste e ao Sul da China, onde Japão e China disputam a propriedade das ilhas Senkaku/Diaoyu. Aviões avançados de descolagem vertical agora estão instalados no Japão; o seu propósito é a guerra relâmpago (blitzkrieg).

Na ilha de Guam, no Pacífico, a partir da qual os B-52s atacavam o Vietname, a maior acumulação militar desde as guerras da Indochina inclui 9.000 Fuzileiros Navais dos EUA. Na Austrália esta semana, uma feira de armas e um festival (jamboree) militar que divertiu grande parte de Sidney, está em consonância com uma campanha de propaganda do governo para justificar uma acumulação militar sem precedentes desde Perth até Darwin, destinada à China. A vasta base estado-unidense em Pine Gap, próxima de Alice Springs, é, como revelou Edward Snowden, um centro de espionagem dos EUA na região e para além dela; e também crítico para os assassinatos de Obama à escala mundial através de drones.

"Temos de informar os britânicos para mantê-los do nosso lado", disse certa vez um secretário de Estado assistente dos EUA, McGeorge Bundy, [ao passo que] "vocês na Austrália estão connosco, aconteça o que acontecer". Forças australianas desde há muito desempenham um papel mercenário para Washington. Contudo, há uma dificuldade. A China é a maior parceira comercial da Austrália e em grande parte foi graças a ela que a Austrália escapou à recessão de 2008. Sem a China, não haveria boom de minérios: nenhum rendimento mineiro de mais de mil milhões de dólares por semana.

Os perigos que isto apresenta raramente são debatidos em público na Austrália, onde o patrão do primeiro-ministro Tony Abbott, Rupert Murdoch, controla 70 por cento da imprensa. Ocasionalmente, manifesta-se ansiedade sobre a "opção" que os EUA querem que a Austrália faça. Um relatório do Australian Strategic Policy Institute adverte que quaisquer planos dos EUA para atacar a China envolveriam "cegar" a vigilância chinesa, seus sistemas de inteligência e comando. Isto "consequentemente aumentaria as possibilidade de antecipação nuclear chinesa... e uma série de erros de cálculo de ambos os lados se Pequim perceber ataques convencionais à sua terra natal como uma tentativa de desarmar sua capacidade nuclear".

No seu discurso ao país do mês passado, Obama disse: "O que torna a América diferente, o que nos torna excepcionais, é que nos dedicamos a actuar".
[NR] É altamente contestável que o ataque do 11/Set tenha sido uma reacção à "invasão e injustiça". Este ataque pode ser comparado com o incêndio do Reichstag (ateado por ordem de Göring em 1933 a fim de culpar os comunistas e justificar as medidas nazis de excepção que se seguiram). Sobre o 11/Set ver por exemplo Another Nineteen: Investigating Legitimate 9/11 Suspects , de Kevin Robert Ryan, 2013, Microbloom, 418p., ISBN 978-1489507839.

O original encontra-se em johnpilger.com/articles/old-game-new-obsession-new-enemy-now-its-china

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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