Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Folha e Estadão, hoje, somados, dão notícias de fazer corar um frade de vergonha.
A Folha diz que Rodrigo de Grandis reassumirá as “investigações” do caso das propinas pagas pela Alstom, aquelas em que ele “esqueceu” por quase três anos os pedidos da Justiça suíça para investigar o pagamento de propinas da multinacional para políticos do PSDB e servidores do Metrô e da CPTM.
O Estadão, por sua vez, diz que, se o STF devolver o caso da Siemens – distribuído à Ministra Rosa Weber – a São Paulo, o inquérito vai ficar a cargo de….Rodrigo de Grandis.
Será que o flamante Dr. Janot vai deixar a instituição exposta a viver de novo o desprestígio que passou quando, no governo Fernando Henrique, o então chefe do MP, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido como “engavetador-geral da República”?
Teremos um “engavetador-regional da Justiça” em São Paulo, para atuar no caso do dinheiro público que descarrilava para servidores do mais alto escalão, para ficarmos aí, por enquanto, sem chegar aos “dominadores dos fatos”?
Pode não haver mandamento legal para Grandis não presidir mais esta investigação, mas os morais estão mais que presentes.
Mesmo admitindo que o episódio possa ter ocorrido da maneira inacreditável com que se procurou explicar: papéis numa pasta errada indo parar na gaveta - o que os reiterados pedidos suíços tornam pouquíssimo ou nada crível – ele deveria entender que está sob a desconfiança pública e solicitar a substituição no caso.
A situação vai tomando ares de escândalo e, neste caso, mesmo de afronta.
Folha e Estadão, hoje, somados, dão notícias de fazer corar um frade de vergonha.
A Folha diz que Rodrigo de Grandis reassumirá as “investigações” do caso das propinas pagas pela Alstom, aquelas em que ele “esqueceu” por quase três anos os pedidos da Justiça suíça para investigar o pagamento de propinas da multinacional para políticos do PSDB e servidores do Metrô e da CPTM.
O Estadão, por sua vez, diz que, se o STF devolver o caso da Siemens – distribuído à Ministra Rosa Weber – a São Paulo, o inquérito vai ficar a cargo de….Rodrigo de Grandis.
Será que o flamante Dr. Janot vai deixar a instituição exposta a viver de novo o desprestígio que passou quando, no governo Fernando Henrique, o então chefe do MP, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido como “engavetador-geral da República”?
Teremos um “engavetador-regional da Justiça” em São Paulo, para atuar no caso do dinheiro público que descarrilava para servidores do mais alto escalão, para ficarmos aí, por enquanto, sem chegar aos “dominadores dos fatos”?
Pode não haver mandamento legal para Grandis não presidir mais esta investigação, mas os morais estão mais que presentes.
Mesmo admitindo que o episódio possa ter ocorrido da maneira inacreditável com que se procurou explicar: papéis numa pasta errada indo parar na gaveta - o que os reiterados pedidos suíços tornam pouquíssimo ou nada crível – ele deveria entender que está sob a desconfiança pública e solicitar a substituição no caso.
A situação vai tomando ares de escândalo e, neste caso, mesmo de afronta.