Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Dia sim, noutro também, aqui e acolá, em diferentes espaços da nossa imprensa, assim como quem não quer nada, estão aparecendo notinhas nas últimas semanas anunciando novas manifestações de protesto em todo o país.
Na nota de abertura da sua sempre bem informada coluna, o velho amigo Ilimar Franco, de "O Globo", relatou neste sábado:
"Os movimentos sociais que foram para as ruas em junho, organizam-se para voltar a protestar na Copa. Comitês de mobilização estão sendo criados nas 12 capitais-sede dos jogos. A ideia é colocar gente na rua nos dias das partidas, na frente dos estádios e nas "fan fest" produzidas pela Fifa. Neste momento, seus líderes percorrem o Congresso em busca de apoio político e logístico".
Ilimar não dá maiores detalhes nem nomes, mas ao ler o texto fiquei curioso em entender certas coisas e me fiz algumas perguntas:
Quais movimentos sociais estão se organizando?
Vão protestar contra o quê, exatamente?
Os comitês de mobilização estão sendo criados por quem?
Quem são seus líderes que estão percorrendo o Congresso em busca de apoio?
Até agora, os chamados "protestos de junho" foram apresentados pela mídia como iniciativas autônomas, espontâneas, sem líderes, que brotam assim do nada. A nota de Ilimar Franco aponta exatamente para o quadro oposto: um movimento organizado desde já para se apresentar durante a Copa.
Em junho, por conta da violência dos protestos, como ficamos sabendo esta semana, corremos o risco de ficar sem a Copa do Mundo no Brasil, como escreve Juca Kfouri em sua coluna da "Folha" deste domingo:
"Eis que, na última terça-feira, o secretário geral da Fifa, Jerome Valcke, em entrevista por feliz coincidência ao repórter André Kfouri, da ESPN Brasil, falou com todas as letras que a entidade esteve na iminência de paralisar o torneio, o que, acrescentou, caso se materializasse, punha em risco a Copa".
Juntando os pedaços, encontro outra nota na "Veja" desta semana que trata do mesmo assunto:
"O mercado publicitário tem constatado que os patrocinadores da Copa estão tímidos em suas ações e planejamento de marketing para o Mundial. Pairam em suas cabeças as manifestações diante dos estádios na Copa das Confederações".
É bom nos lembrarmos que, em 2014, além da Copa do Mundo, teremos eleições presidenciais e a campanha estará entrando em sua fase decisiva justamente ao final da festa do futebol. Pode não ser mera coincidência. O que antes era "espontâneo", agora está sendo organizado com meses de antecedência e já causando prejuízos para o mercado publicitário.
Até que ponto um evento tem a ver com o outro e aonde querem chegar os líderes dos novos protestos? Está tudo muito bom, muito bonito, Fernanda Lima está cada vez mais Fernanda Linda, mas acho tudo isso bem estranho.
Ajudem-me a entender o que está acontecendo. Quem tiver respostas para as minhas muitas perguntas, por favor escreva aqui para o Balaio.
Dia sim, noutro também, aqui e acolá, em diferentes espaços da nossa imprensa, assim como quem não quer nada, estão aparecendo notinhas nas últimas semanas anunciando novas manifestações de protesto em todo o país.
Na nota de abertura da sua sempre bem informada coluna, o velho amigo Ilimar Franco, de "O Globo", relatou neste sábado:
"Os movimentos sociais que foram para as ruas em junho, organizam-se para voltar a protestar na Copa. Comitês de mobilização estão sendo criados nas 12 capitais-sede dos jogos. A ideia é colocar gente na rua nos dias das partidas, na frente dos estádios e nas "fan fest" produzidas pela Fifa. Neste momento, seus líderes percorrem o Congresso em busca de apoio político e logístico".
Ilimar não dá maiores detalhes nem nomes, mas ao ler o texto fiquei curioso em entender certas coisas e me fiz algumas perguntas:
Quais movimentos sociais estão se organizando?
Vão protestar contra o quê, exatamente?
Os comitês de mobilização estão sendo criados por quem?
Quem são seus líderes que estão percorrendo o Congresso em busca de apoio?
Até agora, os chamados "protestos de junho" foram apresentados pela mídia como iniciativas autônomas, espontâneas, sem líderes, que brotam assim do nada. A nota de Ilimar Franco aponta exatamente para o quadro oposto: um movimento organizado desde já para se apresentar durante a Copa.
Em junho, por conta da violência dos protestos, como ficamos sabendo esta semana, corremos o risco de ficar sem a Copa do Mundo no Brasil, como escreve Juca Kfouri em sua coluna da "Folha" deste domingo:
"Eis que, na última terça-feira, o secretário geral da Fifa, Jerome Valcke, em entrevista por feliz coincidência ao repórter André Kfouri, da ESPN Brasil, falou com todas as letras que a entidade esteve na iminência de paralisar o torneio, o que, acrescentou, caso se materializasse, punha em risco a Copa".
Juntando os pedaços, encontro outra nota na "Veja" desta semana que trata do mesmo assunto:
"O mercado publicitário tem constatado que os patrocinadores da Copa estão tímidos em suas ações e planejamento de marketing para o Mundial. Pairam em suas cabeças as manifestações diante dos estádios na Copa das Confederações".
É bom nos lembrarmos que, em 2014, além da Copa do Mundo, teremos eleições presidenciais e a campanha estará entrando em sua fase decisiva justamente ao final da festa do futebol. Pode não ser mera coincidência. O que antes era "espontâneo", agora está sendo organizado com meses de antecedência e já causando prejuízos para o mercado publicitário.
Até que ponto um evento tem a ver com o outro e aonde querem chegar os líderes dos novos protestos? Está tudo muito bom, muito bonito, Fernanda Lima está cada vez mais Fernanda Linda, mas acho tudo isso bem estranho.
Ajudem-me a entender o que está acontecendo. Quem tiver respostas para as minhas muitas perguntas, por favor escreva aqui para o Balaio.