O Supremo e o assassinato de JK

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  • terça-feira, 10 de dezembro de 2013
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    Documentos que serão divulgados hoje pela Comissão da Verdade de São Paulo vão revelar, segundo os que participaram da investigação, dezenas de indícios de que o ex-Presidente Juscelino Kubitschek foi assassinado, embora sua morte tenha sido encoberta como resultado de um acidente automobilístico.
    Não é, a rigor, uma novidade, mas a confirmação do que há muito todos suspeitavam.
    Ratificada pela Comissão Nacional da Verdade, a evidência do assassinato do ex-presidente coloca o Supremo Tribunal Federal numa situação que, embora seus ministros possam recorrer a todas as explicações jurídicas,  conduz a uma cumplicidade moral com o acobertamento da autoria daquele homicídio.
    E nela permanecerá enquanto não admitir que sejam devidamente investigados, processados e julgados.
    Não para, necessariamente, levá-los à cadeia.
    Mas para levá-los, ao menos, à vergonha de terem planejado e executado um atentado mortal contra um homem de 74 anos, indefeso.
    A cada sessão que realizarem no prédio construído por JK, haverá a sombra de seu desinteresse em apontar seus carrascos.
    Diante do STF, agora, não é a estátua divina da Justiça quem se assenta, serena.
    É JK, a lembrá-los de sua crença na justiça, que fazem tão implacável com a política e tão leniente com a morte.
    -Por Fernando Brito, via Tijolaço  http://tijolaco.com.br
     
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