Nem o jornal Folha de São Paulo aguenta a corrupção do Correio Braziliense, faz um pequeno juízo de valor e diz:"Quando não está repetindo chavões e platitudes, o esboço de programa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) procura assegurar ao tucano a condição de candidato preferido do mercado. Sem competição, o tucano aproveita para não propor nada de concreto."

Posted on
  • quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
  • by
  • Editor
  • in
  • Análise: Programa de Aécio acena para o mercado, mas sem propor ações concretas


    GUSTAVO PATU
    DE BRASÍLIA

    Quando não está repetindo chavões e platitudes, o esboço de programa do senador Aécio Neves (PSDB-MG) procura assegurar ao tucano a condição de candidato preferido do mercado.
    Ou, mais especificamente, dos que tomam as decisões de investir, contratar e, principalmente, emprestar ao governo --um segmento contrariado com o baixo crescimento econômico e a desordem fiscal sob Dilma Rousseff.
    Para essa minoria influente, o mineiro acena com inflação dentro da meta, limites à expansão de gastos públicos, gestão profissional das empresas estatais e das agências reguladoras.
    A tarefa de Aécio é facilitada pela falta de concorrência. A administração petista já deixou claro que não vê necessidade de ajustes nas contas do Tesouro Nacional ou de endurecimento nos juros do Banco Central.
    O outro grande concorrente potencial ao Palácio do Planalto, o governador Eduardo Campos (PE), é de um partido socialista até outro dia aliado de Dilma. Marina Silva, que disputava a simpatia do mercado, parece hoje fora do páreo.
    NADA DE CONCRETO
    Sem competição, o tucano aproveita para não propor nada de concreto. Prometer inflação na meta de 4,5% ao ano, por exemplo. O BC atual já promete, também sem dizer quando nem como.
    Também não se sabe que controle de despesas defende Aécio, um entusiasmado defensor no Senado de projetos de aumentos de gastos --a bancada governista teve de conter o ímpeto tucano, por exemplo, na expansão do orçamento da saúde.
    De mais palpável, o mineiro defende a "redução do número de ministérios pela metade" --o que pode trazer ganhos de gestão, mas uma economia imediata insignificante para as dimensões do Orçamento da União.
    "A máquina estatal agigantou-se e passou a consumir recursos escassos que deveriam estar servindo à melhoria da qualidade de vida dos brasileiros", nas palavras do documento tucano, é um diagnóstico fácil e falso.
    Praticamente toda a expansão do gasto público nos últimos anos é explicada pela área social, o que torna o tema muito mais complexo politicamente.
    Os principais responsáveis pela deterioração das contas públicas são os programas de transferência de renda --caso de aposentadorias, seguro-desemprego e Bolsa Família-- e a educação.
     
    Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...