Inflação, superávit e a histeria da mídia

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  • sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
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  • Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

    O índice de inflação de novembro, divulgado agora há pouco pelo IBGE, confirmou o que qualquer pessoa que examinasse serenamente a sua evolução já podia prever desde o primeiro semestre: não haveria uma explosão inflacionária.

    A melhor notícia é que o INPC, que mede a variação dos preços para as famílias de menor renda (até cinco salários mínimos) inverteu a tendência do primeiro semestre e seguiu abaixo do IPCA.

    Vamos fechar o ano, provavelmente, com uma inflação ligeiramente menor - dois a três décimos de ponto percentual – que a de 5,84% de 2012.

    Ou seja, no meio do caminho entre a meta de 4,5% e o teto de 6,5%, aquele que ia explodir, você se recorda?

    Não se quer dizer que não houve elevação de preços. Houve, e no que é mais sensível aos pobres: os alimentos, que subiram 8,37% no acumulado em 12 meses, muito mais que o conjunto dos preços.

    Sem isso, teríamos ficado exatamente no centro da meta ou, até, um pouco abaixo.

    E, é claro, não foi a Taxa Selic que fez o preço do tomate subir, cair, subir de novo e cair outra vez -.

    Cessada a histeria com a explosão inflacionária que não veio, começou a do superávit primário.

    Que, também, caiu por terra ontem, quando surgiram os dados da arrecadação do Refis.

    Mas a turma da grana está pedindo mais juros, ainda.

    A pressão agora será no dólar, que está evidentemente forçando a resistência do Banco Central.

    Os “fundamentos econômicos” para o mercado financeiro do dia a dia, é tão importante quanto a preservação das espécies num mercado de peixes de madrugada.
     
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