Por Altamiro Borges
De forma covarde e cruel, a multinacional estadunidense GM demitiu centenas de operários da unidade de São José dos Campos, no interior paulista, neste final de semana. Os metalúrgicos foram avisados por telegrama da sua dispensa na véspera do Ano Novo. O facão atingiu os trabalhadores da linha de montagem de veículos de passageiros (MVA), onde era fabricado o modelo Classic. "A decisão nos pegou de surpresa", afirma Antônio Ferreira Barros, presidente do sindicato da categoria.
Segundo relato do Estadão, "os trabalhadores receberam telegramas informando que a partir de 31 de dezembro eles estarão demitidos". O sindicato, filiado à CSP-Conlutas, sequer foi comunicado sobre os cortes e ingressará na Justiça do Trabalho exigindo o cancelamento das "demissões em massa". A entidade ainda não tem informações seguras sobre o total de atingidos, mas o setor empregava 750 operários, sendo que 304 já tinham aderido ao programa de demissão voluntária. O restante estava em licença remunerada e deveria iniciar um período de férias coletivas entre os dias 2 e 20 de janeiro.
Numa nota lacônica, a GM apenas informou "o encerramento das atividades da linha de montagem de veículos de passageiros (conhecida como MVA)". Já o diretor de assuntos institucionais da empresa, Luiz Moan, ainda tentou queimar a direção do entidade da categoria: "Estamos cumprindo o acordo assinado com o sindicato em janeiro deste ano". O líder sindical Antônio Ferreira Barros rechaça a insinuação e lembra que as demissões ocorrem quatro dias após o governo decidir voltar a cobrar, de forma gradual, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Segundo afirma, a volta da cobrança do imposto em duas etapas estaria vinculada ao compromisso de manutenção de empregos nas montadoras. "Esse será o argumento do sindicato para contestar judicialmente as demissões. Na sua avaliação, com os cortes na GM, esse compromisso teria sido quebrado". Na prática, a multinacional ianque - a exemplo das outras montadoras de automóveis - faz chantagem com os empregos dos trabalhadores para obter novas vantagens do governo federal.
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Leia também:
- As vitórias do sindicalismo em 2013
- Pão de Açúcar explora adolescentes
- Como os jornalões estragaram o Natal
De forma covarde e cruel, a multinacional estadunidense GM demitiu centenas de operários da unidade de São José dos Campos, no interior paulista, neste final de semana. Os metalúrgicos foram avisados por telegrama da sua dispensa na véspera do Ano Novo. O facão atingiu os trabalhadores da linha de montagem de veículos de passageiros (MVA), onde era fabricado o modelo Classic. "A decisão nos pegou de surpresa", afirma Antônio Ferreira Barros, presidente do sindicato da categoria.
Segundo relato do Estadão, "os trabalhadores receberam telegramas informando que a partir de 31 de dezembro eles estarão demitidos". O sindicato, filiado à CSP-Conlutas, sequer foi comunicado sobre os cortes e ingressará na Justiça do Trabalho exigindo o cancelamento das "demissões em massa". A entidade ainda não tem informações seguras sobre o total de atingidos, mas o setor empregava 750 operários, sendo que 304 já tinham aderido ao programa de demissão voluntária. O restante estava em licença remunerada e deveria iniciar um período de férias coletivas entre os dias 2 e 20 de janeiro.
Numa nota lacônica, a GM apenas informou "o encerramento das atividades da linha de montagem de veículos de passageiros (conhecida como MVA)". Já o diretor de assuntos institucionais da empresa, Luiz Moan, ainda tentou queimar a direção do entidade da categoria: "Estamos cumprindo o acordo assinado com o sindicato em janeiro deste ano". O líder sindical Antônio Ferreira Barros rechaça a insinuação e lembra que as demissões ocorrem quatro dias após o governo decidir voltar a cobrar, de forma gradual, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Segundo afirma, a volta da cobrança do imposto em duas etapas estaria vinculada ao compromisso de manutenção de empregos nas montadoras. "Esse será o argumento do sindicato para contestar judicialmente as demissões. Na sua avaliação, com os cortes na GM, esse compromisso teria sido quebrado". Na prática, a multinacional ianque - a exemplo das outras montadoras de automóveis - faz chantagem com os empregos dos trabalhadores para obter novas vantagens do governo federal.
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