1 de Dezembro de 2013 | 09:59 Autor: Miguel do Rosário
Segundo pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, a aprovação do governo Dilma vem subindo de forma gradual e consistente desde o tombo observado em junho. O movimento contradiz a tese midiática aventada mês passado, de que a recuperação de Dilma teria “estagnado”. Na pesquisa realizada nos dias 28 e 29 de novembro último, 41% dos brasileiros consideram o governo Dilma “ótimo/bom”, contra 17% que o acham “ruim/péssimo”. 40% acham o governo regular.
As piores avaliações de Dilma estão no Sudeste. No Norte e Nordeste, a recuperação foi muito acentuada. Mesmo assim, Dilma também melhorou de maneira bastante forte a sua avalação no Sudeste, onde seu índice de “ótimo/bom” pulou de 26% para 34% em apenas 30 dias.
O otimismo sobre poder de compra e emprego também cresceu. Mas subiu também a preocupação com inflação.
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O Datafolha também fez uma pesquisa sobre as prisões dos “mensaleiros” e sobre o papel de Joaquim Barbosa no processo. Descobriu que a iniciativa do presidente do STF foi aprovada por 86% dos brasileiros. Mesmo entre simpatizantes do PT, 87% aprovaram a prisão. 82% dos brasileiros disseram ter “tomado conhecimento” sobre as prisões.
“Para decepção de vários integrantes da cúpula do PT, a resposta da maioria dos entrevistados pelo Datafolha foi a favor de Barbosa. Para 78%, ele “agiu de acordo com a Justiça”. Outros 10% acham que ele desejou se promover. E 12% disseram não saber opinar.
Entre petistas, vai a 80% a taxa dos que acharam que que o presidente do STF “agiu de acordo com a Justiça”. O percentual sobe para 84% entre os que tomaram conhecimento do episódio.”
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De qualquer forma, é positivo para Dilma ter conseguido aumentar sua aprovação mesmo diante de um noticiário histérico com as prisões do mensalão. Com os réus já presos, o assunto tende a esfriar e, apesar dos esforços da oposição, não deverá ser tão importante nas eleições de 2014.
A pesquisa Datafolha, contudo, não captou a forte insatisfação contra Joaquim Barbosa, observada nas redes sociais e manifestada por importantes instituições do mundo jurídico, como a OAB e as principais associações de magistrados.
Além disso, com os réus presos, as acusações deixam de ser novidade. A novidade a partir de agora são os possíveis excessos ou equívocos do processo.
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Um dado que chama a atenção na pesquisa é o fato de José Serra, que governou São Paulo de 2005 a 2006, e já foi governador do estado, apresentar uma rejeição na capital paulista 9 pontos acima de sua rejeição nacional. Enquanto 35% do eleitores brasileiros jamais votariam no tucano, em São Paulo sua rejeição atinge sombrios 44%. Quem te conhece não te compra, Serra!
Do Blog TIJOLAÇO.