Do Tijolaço - 22 de dezembro de 2013 | 10:07 Autor: Miguel do Rosário
O texto abaixo, extraído do blog do Nassif, traz adjetivos fortes contra Joaquim Barbosa. Mas eu concordo com todos, até porque o artigo traz uma das mais duras denúncias que já se fez ao atual presidente do STF (hoje também dublé de candidato a presidente da república): ele foi criminosamente incompetente em sua gestão no Conselho Nacional de Justiça, reduzindo drasticamente a quantidade de mutirões que vinham sendo feitos para reduzir a população prisional do país, através de benefícios a condenados por crimes leves. (Todos os grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)
A tendência mundial nos sistemas prisionais modernos é concentrar-se nos crimes contra a vida e aplicar penas alternativas a crimes contra o patrimônio e tráfico de drogas. Aqui no Brasil, temos visto o contrário.
Vê-se, portanto, que a intransigência de Barbosa para com Genoíno não é apenas resultado de um ódio particular. Barbosa é um reacionário completo, que vê o modelo prisional como instrumento medieval de tortura e vingança, e está impondo sofrimento desnecessário a milhões de brasileiros, além de sobrecarregar o sistema carcerário nacional, não com criminosos perigosos, mas com pobres, pretos, prostitutas e… petistas.
Esse é um universo onde o Judiciário poderia, sem ferir a democracia, dar vazão às suas veleidades políticas. Executivo e Legislativo só tem liberdade para construir presídios, não para aplicar penas alternativas ou soltar presos. O Judiciário poderia modernizar o Brasil aproximando nosso sistema penal das práticas adotadas em países mais desenvolvidos.
Mas o que fazer se a mais alta corte só pensa em agradar a grande mídia?
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O retrocesso dos mutirões carcerários do CNJ
Sugerido por Diogo Costa
Populista, demagogo, autoritário e incompetente, este é Joaquim Barbosa. A ‘gestão’ dele a frente do STF é imprestável. Este personalista, populista e demagogo que é, vive de ações de pirotecnia, devidamente amparadas pelas lentes da “grande mídia”. Tirando os holofotes e as ações ilegais e espalhafatosas, a administração de Barbosa é uma das mais incompetentes havidas em toda a história do Poder Judiciário no Brasil.
Tomara que este populista demagogo (mistura de Jânio Quadros com Demóstenes Torres) largue a toga e enfrente a democracia, alguém com tamanha incompetência terá vida curta ao enfrentar a apreciação das urnas. Tipos como este só sobrevivem porque tem a proteção e a blindagem da chusma desinformativa, que presta os devidos cuidados àqueles que bem cumprem com os seus intentos. Ou intentonas… A ‘gestão’ de Barbosa representa um dos maiores retrocessos com os quais a sociedade brasileira teve que se defrontar ao longo da história.
Da Rede Brasil Atual
Mutirões carcerários vivem retrocesso com Barbosa à frente do CNJ
Comparado à gestão de Peluso, período de Barbosa tem queda de 78% na análise de processos que revisam condenações injustas ou arbitrárias. Pastoral Carcerária diz que detentos são ignorados
por Helena Sthephanowitz
Uma das boas medidas determinadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foram os mutirões carcerários. Trata-se de esforço concentrado para analisar processos de presos que já cumpriram a pena e continuam esquecidos na cadeia por falta de uma ordem judicial para soltá-los.
Desde 2008, quando se iniciaram os mutirões, até agora, 451.828 processos foram analisados, encontrando mais de 47 mil detentos que estavam presos indevidamente e foram postos em liberdade. O problema é que esse esforço sofreu um grande retrocesso, desde quando o ministro Joaquim Barbosa assumiu a presidência do CNJ, em novembro de 2012.
De agosto de 2008 a abril de 2010, durante a gestão do ministro Gilmar Mendes no CNJ, 20 estados foram visitados, o CNJ analisou 108.048 processos e 33.925 benefícios foram concedidos, seja colocando em liberdade, seja progressão de regime (para aberto ou semiaberto), seja autorizando o trabalho externo, seja extinguindo penas.
A produção do CNJ aumentou na gestão do ex-ministro Cezar Peluso, de fevereiro de 2010 a dezembro de 2011. Foram analisados 310.079 processos, com a concessão de 48.308 benefícios, entre eles 24.884 casos de penas que já haviam sido cumpridas.
Na gestão do atual presidente, Joaquim Barbosa, apesar de ainda estar na metade, já se registra um retrocesso na produção do CNJ de espantosos 78% se comparada proporcionalmente à metade do período da gestão Peluso. Apenas 33.703 casos foram analisados, com apenas 5.415 benefícios concedidos.
Em entrevista ao portal iG, O coordenador da Pastoral Carcerária Nacional, padre Valdir João Silveira, afirma que esses presos são pessoas jogadas no sistema penitenciário e ignoradas pela justiça e pela sociedade. Faltou ao padre acrescentar que são pessoas também invisíveis aos holofotes da mídia, o que não desperta o interesse de alguns magistrados neste trabalho.
Valdir lembra que, embora louvável e importante, os mutirões estão longe do ideal, que seria fazer um pente fino em todo o sistema. Hoje os processos são analisados por amostragem, o que ainda deixa muitos casos no limbo do Judiciário.
O juiz Douglas Martins, Coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do CNJ, acrescenta outros problemas aos já citados. Vê um erro na ação policial determinada por governadores de encarcerar em massa, fazendo uma “opção preferencial pelos pobres”, onde 90% dos detentos são envolvidos em crimes contra patrimônio e tráfico de drogas. Segundo Martins, a tendência mundial é o contrário, onde a maioria dos detentos são os envolvidos em crimes contra a vida, e crimes de menor potencial ofensivo tem penas alternativas. Para ele esta política está equivocada, com o Brasil tendo a quarta população carcerária do mundo, em muitos casos “governada” paralelamente por facções criminosas.
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