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O ex-presidente FHC, um dos mais detestados e rejeitados da história do Brasil, está eufórico com as prisões arbitrárias dos condenados no julgamento midiático do “mensalão”. Nesta segunda-feira (18), durante seminário do combalido PSDB em Poços de Caldas (MG), ele festejou a postura macabra do presidente do STF, Joaquim Barbosa. “Hoje vejo que a Justiça começa a se fazer... Aqueles que hoje exercem o papel maior da República não souberam honrar a confiança que o povo depositou, transformaram-se em negocistas e em nome de transformar o Brasil, transformam suas próprias vidas”.
A declaração é de um cinismo deplorável. Quem é FHC para esbravejar que “a Justiça começa a se fazer”? O seu falso moralismo não resiste aos fatos – ele apenas se sustenta devido à ação seletiva e à cumplicidade da mídia golpista. Basta lembrar que o tal “mensalão” teve início, oito anos antes do esquema de caixa-2 do PT, pelas mãos de um ex-governador tucano, Eduardo Azeredo (PSDB-MG) – que nunca foi apurado e corre o risco de arquivamento no mesmo STF.
Basta lembrar que no seu triste reinado surgiram graves casos de corrupção. Entre os mais famosos, está o da compra de votos para garantir sua reeleição – como prova o livro “O príncipe da privataria”, do jornalista Palmério Dória. Também se encontram as privatizações criminosas das estatais – documentadas no livro “A privataria tucana”, de Amaury Ribeiro. Isto sem citar os escândalos do Proer, da “pasta rosa” e tantos outros.
Desesperado com as dificuldades de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, FHC tenta vender a imagem de um PSDB “ético”. Isto quando surgem denúncias sobre o esquema milionário do propinoduto em São Paulo, que envolve multinacionais do setor do transporte e vários governantes do PSDB, ou sobre a máfia dos fiscais na capital paulista, que envolve um dos aspones do ex-prefeito José Serra.
A declaração de FHC em Poços de Caldas devia ser registrada em cartório – afinal, ele gosta de negar o que escreve e fala. Ela serve para mostrar que as elites são implacáveis no seu ódio de classe, o que alguns pragmáticos insistem em relativizar. O falso moralismo é usado como instrumento sujo da luta pelo poder – a história udenista é rica neste sentido. Não dá mais para conciliar com esta gente cínica, hipócrita e vingativa. A conciliação deseduca e desarma a militância para os momentos mais difíceis!
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