Pelo fim das bases militares dos EUA

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  • domingo, 24 de novembro de 2013
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  • Por Vanessa Silva, no sítio Vermelho:

    A cidade cubana de Guantânamo recebeu a solidariedade dos povos latino-americanos pela abolição das bases militares estrangeiras em nosso continente. Convocados pelo Movpaz (Movimento pela Paz de Cuba), o evento contou com a participação do Conselho Mundial da Paz (CMP), representado pela sua presidenta, Socorro Gomes, e pelos representantes da entidade para América Latina e Caribe, Silvio Platero de Cuba e Juan Pablo de Santo Domingo.
    O Brasil participou com uma delegação de 20 pessoas, representando entidades como Cebrapaz, Associação José Marti-Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeira. Do Cebrapaz participaram delegados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Brasília e Rio Grande do Sul.

    O seminário contribuiu para aumentar a unidade das forças na luta internacional para a eliminação de bases militares arbitrárias e ilegais impostas contra a vontade do povo. O ato, realizado após a Conferência Internacional para a libertação dos Cinco Heróis presos injustamente nos cárceres do Império.

    Em sua intervenção no evento, a presidenta do Cebrapaz e do CMP, Socorro Gomes, ressaltou a importância da luta anti-imperialista: “a agressão dos países imperialistas aos direitos dos povos é a resposta que dá o sistema imperante no momento em que se vive uma das piores, senão a pior, crise econômica e financeira de todos os tempos (…) que cobra um preço impagável aos trabalhadores, aos povos e às nações dependentes e pobres”.

    Comprometida com a luta dos povos, Socorro observou que “está em curso uma ofensiva militarista no mundo, encabeçada pelo imperialismo estadunidense. Tal ofensiva é generalizada, mas se concentra principalmente nas regiões ricas em recursos naturais, matérias-primas, e fontes de energia. Igualmente, esta ofensiva está ligada à tentativa de domínio de mercados, da água ou minerais usados em tecnologias de ponta”. É neste contexto que ela contextualiza a importância de nossa região para o imperialismo.

    “A América Latina e o Caribe estão incluídas nessas concepções e ações militaristas e no alvo da Doutrina Obama. A Quarta Frota, as 76 bases militares de diferentes capacidades, o desenvolvimento de forças e meios militares norte-americanos para intervir em qualquer ponto da região, a oposição sistemática aos governos progressistas, tudo isso se encaixa na Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos”.

    Estratégia esta que demonstra que “a estratégia militar de Obama encaixa-se nos objetivos permanentes do imperialismo norte-americano de continuar sendo o único país a exercer uma dominação militar global com a manutenção e a extensão de bases militares, tropas, porta-aviões e bombardeiros estratégicos em todas as latitudes do planeta”.

    Integração latino-americana
    A integração dos povos latino-americanos e caribenhos foi apontada no discurso da pacifista como um instrumento de ruptura do status quo: “a Aliança Bolivariana para os povos de Nossa América (Alba) avançou em um projeto de vanguarda de governos progressistas e anti-imperialistas, buscando fórmulas de ruptura com a ordem internacional imperante e fortalecendo a capacidade dos povos de fazer frente, coletivamente, aos grandes potentados internacionais”.

    E agregou: “a isso se acrescenta o impulso decidido que tem sido dado á União das Nações Sul-Americanas (Unasul, bloco político de que fazem parte os 12 Estados soberanos de América do Sul. E para além de tudo isso, os 33 países da América Latina e do Caribe trabalharam unidos para o salto histórico que foi a fundação nos dias 2 e 3 de dezembro de 2011, da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), para a integração real da região e a consolidação da independência e da soberania de ‘Nossa América’, sem a presença dos Estados Unidos e do Canadá”.

    Socorro concluiu ainda: “a luta pela paz mundial é indissociável do combate à política de guerra dos Estados Unidos e aos seus planos militaristas”.

    Resoluções
    Entre os temas aprovados no Seminário estão:

    1) Intensificar a luta internacional por um mundo de paz, a destruição de todas as armas de destruição em massa, atômicas, químicas e bacteriologicas de todos os países e a desativação de todas as bases militares do imperialismo estadunidense e de seus aliados

    2) Fim da ocupação imperialista de territórios dos povos, em todos os continentes

    3) Desativação da Base Naval de Guantânamo e devolução do território a Cuba, do território ocupado ilegalmente pelos Estados Unidos.


     
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