Assim como ocorreu na disputa pela prefeitura de BH, partido poderá ter de escolher entre apoiar um tucano para Presidência da Câmara ou se aliar a petistas para conseguir o cargo
Alice Maciel
O PSB, partido do prefeito reeleito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, terá novamente, assim como nas eleições municipais, de escolher se vai caminhar com o PSDB ou com o PT. Desta vez, no entanto, o cenário são as eleições para a Presidência da Câmara Municipal. Aliados, tucanos e socialistas estão batendo de frente pelo mesmo interesse: os dois querem lançar o candidato para dirigir o Legislativo belo-horizontino. Enquanto nenhuma das duas legendas abre mão desse projeto, o PSB tem aprofundado as conversas com os petistas. A pressão do PT, principal adversário de Lacerda nas eleições, é para que os socialistas definam se vão caminhar com os tucanos.
Com uma bancada de seis vereadores, mesmo número da do PSB, as duas maiores da próxima legislatura, o PT é neste momento um aliado importante para os socialistas. Seja para conseguir eleger um nome do PSB ou para pressionar os tucanos a abrir mão de indicar o presidente, apresentando a eles um número maior de apoiadores.
Até o momento o PSDB e o PSB estão articulando em grupos distintos. A nova bancada socialista tem se encontrado nos últimos dias, quase diariamente, com representantes de outros sete partidos: PT, PPS, PDT, PCdoB, PRB, PTN e PV. Já foram sete reuniões que ocorreram no Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais, no Prado, na Região Oeste, do qual o vereador eleito Coronel Piccinini (PSB) é presidente.
O combinado é que desse grupo saia um nome de consenso para concorrer à presidência. O problema é que todos os partidos querem o cargo. O grupo ainda pode acabar rompendo. O rumo dele vai depender do posicionamento do PSB, que se encontra hoje com os vereadores tucanos. O discurso do vereador Daniel Nepomuceno (PSB) aos colegas é de que os vereadores vão definir o candidato à presidência independentemente de um acordo que possa ser feito entre o prefeito e os tucanos.
O presidente do PSDB, Marcus Pestana, disse ontem que deu por encerrada sua participação no processo de negociações porque, segundo ele, conseguiu avanços nas negociações com o PSB e também pacificar a disputa interna do seu partido. “Qualquer um dos três (Léo Burguês, Henrique Braga e Pablito) que agregar mais terá o apoio dos outros dois”, ressaltou o deputado.
Fonte: Estado de Minas