Hoje, entramos na semana do Natal. As luzes natalinas da cidade já se iluminaram, os presépios, os pinheirinhos ainda aparecem em algumas casas, conforme a tradição manda, é uma pena que esse clima natalino permanecerá por pouco tempo em nossa memória, mas enquanto as músicas de Natal ecoam pelos centros comerciais e, nas televisões, vamos viver esse momento de reflexão do nascimento de Jesus.
Quero dizer aos meus leitores e amigos que tudo passa e convém que se passe, pois tudo acontece em nossas vidas como tem de ser.
Vejo, que os comerciantes investem na iluminação , pois acreditam que não podem deixar de o fazer, pois esse é o impulso para atrair os compradores ao comércio local, eles acreditam que a animação traz de volta os clientes que há muito deixaram de comprar. Os consumidores querem acreditar que toda essa animação, as luzes, os presépios, a música, faz parte da comemoração do Natal e gastam o seu ordenado antes do fim do mês… E gastam também o que já não há. Passado essa euforia do " Natal do comercio" e não o Natal do nascimento de Jesus, logo chegará a festa do final de ano.
Depois dos dias de festas e de " gastos", todos acordam para a realidade, percebem que existe uma conta a ser paga, muitas vezes o gasto de 6 dias, corrói o salário de 3 meses. Não se deixem enganar!! Nesse momento, vamos recuar algumas dezenas de anos. Lembramos do Natal da nossa infância, de como eram as prendas o sapatinho, as bolinhas, os anjinhos no pinheirinho, da mesa com bolo, cuca e bolachas recheadas, tudo fazia parte dos encantos do Natal do menino Jesus. Esse é o Natal que há muito abandonamos, quando nos venderam um outro, o Natal do Comércio, das múltiplas e infindáveis ofertas, criando e expandindo consumo através de uma febre consumista a que se encarregaram ainda de chamar de a " magia do Natal".
Não foram as pessoas que fizeram esta escolha. Não foram as populações que decidiram passar do Natal do Menino Jesus para o Natal do Comércio. Não foram as crianças que quiseram trocar o encanto do Natal pela magia do comércio. Não! Foi este modelo de desenvolvimento que nos trouxe até aqui que para se sustentar, nos tuitou o espirito natalino.
Não vamos esquecer do verdadeiro significado do Natal !!
E agora vem a igreja e manda retirar a vaca e o burro do presépio ??. Vou deixá-los lá !!!. O que precisa tirar são os consumidores das lojas.