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Ao ignorar o fator confiança, que é justamente o que determina a incerteza de regime, a teoria econômica pode levar a conclusões precipitadas e incorretas, e a políticas totalmente equivocadas. Apenas considere a ingênua teoria fiscal keynesiana. De acordo com a teoria keynesiana, uma política fiscal expansionista estimula a economia, pelo menos durante um ou dois anos após a adoção desse estímulo fiscal.
Para os keynesianos, a mágica de sua teoria fiscal está no chamado "multiplicador fiscal", que é a ideia de que $1 gasto pelo governo se transforma em, digamos, $1,40 ao circular por toda a economia, gerando, como que por mágica, aumento de renda, de riqueza, de produção e de consumo. Um multiplicador fiscal positivo é viga mestra da teoria fiscal keynesiana porque é por meio do multiplicador que as mudanças no orçamento do governo são transmitidas para a economia. Com um multiplicador positivo, passa a existir uma relação positiva entre mudanças no déficit fiscal e crescimento econômico: déficits maiores estimulam o crescimento econômico ao passo que déficits menores arrefecem a economia.