Cai a máscara do choque de gestão tucano quando boicotam a redução na conta de luz

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  • segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
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  • O PSDB foi fundado em 1988 e no ano seguinte lançou a expressão "choque de capitalismo" como plano de governo. O resultado deste choque não foi muito feliz nos 8 anos neoliberais do governo FHC. Depois, os governadores tucanos passaram a falar em "choque de gestão", cuja ideia seria um governo que administrasse bem os recursos públicos, com custos menores. Há controvérsias se o discurso batia com a realidade.

    Agora a presidenta Dilma Rousseff apresentou um plano de redução nas tarifas de energia elétrica, visando tanto aumentar a competitividade da indústria e gerar melhores empregos, como aliviar o bolso do cidadão na conta de luz. O plano é simples: usinas hidrelétricas construídas há muitos anos e que estão com a concessão de sua exploração vencendo, puderam renovar mediante redução da tarifa sobre a energia gerada. Isso porque os custos para construção da usina já foram amortizados ao longo dos anos e não justifica mais continuarem embutidos na tarifa.

    A maioria das empresas concessionárias aderiram. Os governadores tucanos que controlam as empresas estaduais detentoras da concessão de algumas destas usinas, resolveram boicotar e não aderiram. A decisão tucana serve para beneficiar os lucros dos acionistas, em detrimento da população.

    A situação é análoga à de um cidadão que compra a casa própria financiada em 20 anos. Ele paga o financiamento durante 20 anos para cobrir o custo da casa (além dos encargos financeiros). Depois de pago os 20 anos, seu orçamento familiar  fica livre daquela despesa. A antecipação feita por Dilma equivale a quitar com um ou dois anos de antecedência, para ficar livre do custo do financiamento. A decisão dos tucanos equivale a querer impedir a quitação para os banqueiros ganharem mais com o financiamento nas condições antigas.

    Outra alegação desastrada dos tucanos é dizer que se a tarifa de energia cair, a arrecadação do ICMS dos estados sobre essa energia também cai. Ora, então nenhum ganho sobre preços poderá mais ser repassado à população, senão desequilibra as contas do governo estadual? Assim, o governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) comprova que aquelas visitas que ele fez a um placar que simula a estimativa de impostos da Associação Comercial de São Paulo, chamado de "impostômetro", foram mais falsas do que uma nota de três reais. Choque de gestão de verdade não seria atrair maior produção industrial, com energia mais barata? É isso que a presidenta Dilma está fazendo.

     
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