Caça Su-30MKI
“A Índia irá formar, em dezembro, a oitava esquadra de caças Su-30MKI que irá ficar instalada na base aérea de Sirsa no estado de Haryana. Já é a terceira esquadra de Su-30MKI da força aérea indiana a ser instalada nos últimos 14 meses perto da fronteira com o Paquistão.
A esquadra de Su-30MKI de Sirsa será responsável pela defesa do espaço aéreo do norte da Índia e estará incluída na estrutura do Comando Aéreo do Norte da Índia, com base em Nova Deli, juntamente com outras 15 bases aéreas. Em agosto de 2010, a força aérea indiana instalou, pela primeira vez, uma esquadra de Su-30MKI em Tezpur, estado de Assam, no nordeste do país, para contrabalançar a China. Em março do ano passado, igualmente no estado de Assam, foi instalada outra esquadra de Su-30MKI na base aérea de Chabua.
Também existem esquadras de aviões Sukhoi noutras bases aéreas em zonas fronteiriças da Índia. No entanto, a força aérea indiana ainda está longe de completar os seus planos de ter 17 esquadras desses caças até 2018 com um total de 272 aparelhos Su-30MKI, considera o comando militar da Índia.
A Índia adquiriu os primeiros Su-30 em 1997, recebendo da Rússia 50 aparelhos já prontos. Mais tarde, foi assinado um contrato para o fabrico sob licença desses aviões nas fábricas da corporação aeronáutica indiana “Hindustan Aeronautics Limited” (HAL). O Su-30MKI foi desenvolvido para ter em conta as exigências da FA indiana. O radar instalado no aparelho garante detecção do alvo à distância não inferior a 120-130 km. O caça tem a capacidade para transportar, praticamente, todo o espectro de armamento aeronáutico, num peso total até oito toneladas. A autonomia de voo sem reabastecimento é de até 3000 km e, com um reabastecimento, é de até 5200 km.
Num futuro próximo, os Su-30MKI serão equipados com mísseis "BrahMos". Esses mísseis já equipam as forças terrestres e a marinha de guerra indianas. Os caças Su-30MKI equipados com esses mísseis serão uma arma poderosa da FA da Índia.
5ª GERAÇÃO
No futuro, ainda está programada a execução do programa do fabrico conjunto de aviões de "quinta geração", considera o diretor do “Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias” Ruslan Pukhov:
“Esse programa irá associar a força aérea russa à força aérea indiana e a indústria russa à indústria indiana nos próximos trinta anos. Penso que, além do "BraHmos", esse programa será uma espécie de ponte para a criação de espaço comum técnico-militar e que, no futuro, iremos executar, em conjunto com os indianos, muitos mais programas.”
O nome oficial do avião de quinta geração é "PAK FA" (Conjunto promissor da aviação tática), o nome de trabalho é "T-50". O contrato de concepção do projeto de design técnico da versão indiana do PAK FA recebeu o nome de "FGFA" (Fifth Generation Fighter Aircraft). O caça de quinta geração é novo estágio no desenvolvimento da aviação militar. Ele possui uma série de capacidades únicas, conjugando as funções de avião de assalto, de bombardeiro e de caça; além de poder desempenhar missões de combate com quaisquer condições de tempo e a qualquer hora do dia ou da noite.
Ele se distingue pelo seu elevado nível de aviônica (eletrônica e informática de bordo). O radar do caça vê tudo o que se passa no ar e em terra a uma distância de várias centenas de quilômetros. Ele pode seguir múltiplos alvos, apontando-lhes simultaneamente as armas do caça. Ao lançar um leque de mísseis, o avião pode atacar com tiro de precisão todos os alvos, tanto aéreos como terrestres. Além disso, o radar permite cartografar o terreno, transmitir os dados da situação tática para outros aviões e efetuar a defesa radioeletrônica.
A vantagem do T-50 é que o caça russo dispara mísseis a velocidades supersônicas. Já o "Raptor" norte-americano, para fazer os mísseis saírem dos compartimentos interiores, tem de reduzir para uma velocidade subsônica. Ao contrário da versão russa monolugar, o caça indiano terá dois lugares. A Índia se prontificou a gastar cerca de 35 bilhões de dólares durante 20 anos para a concepção, fabrico e entrada no ativo de 250-300 caças de quinta geração.”
FONTE: do “Voz da Rússia”. Transcrito no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/aviacao/noticia/8457/Cacas-Sukhoi-nos-ceus-da-India).