As cidades que registraram problemas decorrentes das chuvas são: Antonina, Araucária, Candói, Campina do Simão, Campo Largo, Carambeí, Cascavel, Curitiba, General Carneiro, Guaramiranga, Guarapuava, Guaratuba, Manfrinópolis, Pato Branco, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, Rio Branco do Sul e Turvo.
Segundo a Defesa Civil, cerca de 186 mil pessoas foram afetadas com as chuvas em todo o Paraná.
De acordo com o chefe da Defesa Civil estadual, capitão Enídio Angelotti, a classificação de afetados pelas chuvas é feita pelo número de pessoas que tiveram alguma interrupção na rotina devido ao temporal. “Temos como exemplo o corte de energia e de fornecimento de água”, informou Angelotti.
Cascavel, no oeste do estado, foi a cidade com o maior número de afetados: 120 mil pessoas. De acordo com o chefe da Defesa Civil, este número representa a quantidade de moradores atingidos pela suspensão de serviços essenciais, como o abastecimento de água e energia.
FOTOS: veja mais imagens da chuva na capital e RMC
A Defesa Civil do estado informou nesta tarde de terça-feira que já foram distribuídos cerca de 32,4 mil metros de lonas plásticas e 10 mil telhas de fibrocimento para famílias prejudicadas pelo temporal desta madrugada em todo o Paraná.
Grande Curitiba
A cidade de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, também foi uma das mais atingidas. Aproximadamente 4,5 mil casas foram danificadas. A Defesa Civil forneceu ao município 10 mil telhas de fibrocimento para a cobertura de residências e estabelecimentos comerciais.
Segundo o capitão Enídio Angelotti, chefe da Defesa Civil estadual, casas foram atingidas por vento e granizo, mas nem todas as pessoas precisaram ser retiradas.
Em Curitiba, 300 residências foram afetadas nas regiões do Cajuru, do Boa Vista e do Boqueirão. Na capital, 1,5 mil pessoas foram atingidas. A Defesa Civil está distribuindo lonas para a população.
No Litoral, o temporal deixou 130 casas destelhadas em Antonina e atingiu ao menos 450 pessoas na cidade. Guaratuba teve menos problemas: são oito residências foram danificadas e 24 pessoas afetadas. No Interior, a região dos Campos Gerais é a mais atingida. Em Campina do Simão, 120 residências tiveram danos. Em Pato Branco, oito residências em cada cidade foram afetadas. “A preocupação maior da Defesa Civil agora é a região nordeste do estado, entre Ponta Grossa e Londrina. Há previsão de mais chuva e nas próximas horas e é preciso ficar alerta”, diz o capitão Angelotti.
Sem luz
As fortes chuvas das últimas horas deixaram muitas pessoas no escuro. Em Curitiba, região metropolitana e Litoral, havia 4 mil unidades consumidoras sem energia em torno das 17h30, de acordo com a Copel. As regiões afetadas pela queda de luz são Curitiba, Pinhais, São José dos Pinhais, Campina Grande do Sul, Antonina, Morretes e Colombo. Entre estas cidades, a mais prejudicada é Pinhais, 925 residências estavam sem luz por volta das 17h30 desta terça-feira.
A companhia registrou, entre as 17h30 de segunda-feira e as 10h desta terça-feira, 147 mil unidades sem luz na capital, região metropolitana e litoral.
Estragos na segunda-feira
As chuvas que atingem a região de Curitiba desde esta segunda-feira (22) causaram estragos por toda a cidade. O granizo que caiu durante a tarde quebrou telhas e o vento derrubou árvores. O trânsito ficou complicado e pelo menos 55 mil casas ficaram sem luz em Curitiba e região metropolitana na segunda.
Na manhã desta terça, o Corpo de Bombeiros registrava dezenas de chamados de casas destelhadas.
No Capão da Imbuia, na Rua Alberto Monteiro de Carvalho, próximo ao Detran, quatro casas foram destelhadas na mesma rua. Móveis foram destruídos e as famílias precisaram improvisar um abrigo em meio à água que não parou de cair até de madrugada.
A dona de casa Liane Semiceki Costa conta que ao chegar em casa se deparou com o marido erguendo móveis para que não molhassem. “Minha cama não tem mais o que fazer, vai pro lixo, molhou muito. Passamos a madrugada puxando água e colocando toalha e coberta no chão para tentar conter um pouco. Tivemos que nos amontoar num cantinho pra poder dormir, não tinha mais lugar que não estivesse ensopado”, diz.
Pela manhã, o Corpo de Bombeiros foi até a residência de Liane e improvisou o telhado com lona até que as telhas possam ser substituídas. Chamados de Piraquara, Fazenda Rio Grande e Pinhais para o mesmo tipo de intervenção nos foram registrados pela corporação.
Situação é mais grave em Pinhais
Aline PeresAté o fim desta manhã, Pinhais era o município mais afetado pelas chuvas e pelo granizo. O relatório da Defesa Civil municipal apontava 1,2 mil casas atingidas nos bairros Vargem Grande, Maria Antonieta, Estância Pinhais e no Centro.
Para o coordenador da Defesa Civil municipal, Lukala Nóbrega, foram 10 minutos de granizo, por volta das 18 horas de segunda-feira, e uma chuva intensa a partir da 1 hora desta terça que causaram prejuízos materiais à população do município.
Em 15 minutos, os índices apontaram um volume de chuva de 13 milímetros. No total, a precipitação chegou a 63,8 milímetros segundo os relatórios da Defesa Civil. Por volta da meia noite, os ventos chegaram a atingir 55 km/h. “Não teve telhado que resistiu”, disse o coordenador. A faixa mais atingida foi a que fica entre o lado esquerdo da Avenida Iraí e o direito da Avenida Ayrton Senna, no sentido de Piraquara.
Distribuição
Até o meio-dia, já tinham sido entregues 120 rolos de lona e 2,5 mil telhas para mais de duas mil pessoas. Até o fim do dia, a Defesa Civil do município espera o recebimento de dez mil telhas enviadas pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina e de 5 a 8 mil telhas que serão compradas pela prefeitura.
Outros 100 rolos de lona também devem ser adquiridos e entregues, conforme critérios sociais, ao longo do dia. Com isso, espera-se atender cerca de 700 casas atingidas.
As famílias afetadas pelas chuvas em Pinhais podem procurar os postos de atendimento no barracão da Secretaria de Obras; no Centro de Referência de Assistência Social Maria Antonieta , na Vila Maria Antonieta; e no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), no Centro.
Às 11 horas, 57 pessoas aguardavam na fila para serem atendidas. Conforme a assessoria de imprensa, nos locais disponíveis podem ser solicitadas lonas e telhas e, conforme a necessidade, cestas básicas, cobertores e colchões. Até o momento, nenhuma família precisou ser abrigada.
Serviço:
Cras Maria Antonieta, Rua Leila Diniz, 361, Vila Maria Antonieta
Creas, Rua 21 de Abril, 321, Centro
Secretaria de Obras de Pinhais, Rua Carlos Drumom de Andrade, 166, Jardim Grande.
Veja o número de pessoas afetadas por município
Antonina – 450Araucária – 40
Candói – 100
Campina do Simão – 4.860
Campo Largo – 54.000
Carambeí – 10
Cascavel – 120.000
Curitiba – 1.500
General Carneiro – 120
Guamiranga – 145
Guarapuava – 23
Guaratuba – 24
Manfrinópolis – 190
Pato Branco – 28
Pinhais – 4.500
Piraquara – 100
Ponta Grossa – 24
Rio Branco do Sul – 5
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