Não se está dando devida atenção a crime praticado pelo COB, que roubou dados sigilosos dos Ingleses nas Olimpíadas

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  • quarta-feira, 26 de setembro de 2012
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  • O caso é gravíssimo e está jogando o nome de nosso país na lama, graças a procedimento de funcionários do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), do Ricardo Teixeira olímpico, Carlos Nuzman.

    Durante a Olimpíada de Londres, funcionários do COB que trabalhavam em cooperação com o Comitê Organizador britânico copiaram fraudulentamente dados sigilosos dos ingleses.

    O COB afirma que demitiu funcionários (não diz quantos nem quais), mas não afirma quais dados eles furtaram dos ingleses.  O ministro do Esporte e o governo brasileiro não se pronunciaram a respeito.

    Hoje, em seu blog, o jornalista Juca Kfouri denuncia que essa não é a primeira vez que isso ocorre e que se as autoridades do governo não entrarem de sola no COB, mais uma vez o escândalo que envolve o nome do Brasil não vai dar em nada.

    Eis a postagem do Blog do Juca:

    Rodrigo Hermida, hoje gerente de Voluntários do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, foi demitido, seis anos atrás, do Comitê dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro.
    Motivo: copiou sem autorização, e com uma senha que não era dele, os dados da empresa multinacional Event Knowledge Services ( EKS) que, então, prestava serviços ao chamado Co-Rio, presidido por Carlos Nuzman, a exemplo do que se dá hoje no comitê da Olimpíada.
    O pessoal do COB, por sinal, faz questão de separar-se dos comitês organizadores dos Jogos, tanto dos Pan-Americanos quanto dos Olímpicos, embora a associação seja inevitável.
    Hermida foi a cabeça que rolou à época e jamais o caso foi revelado por Nuzman, como provavelmente aconteceria agora no vexame londrino.
    A EKS vinha de experiências vitoriosas ao participar de Olimpíadas recentes e dos Jogos da Comunidade Britânica e, terceirizada, preferiu exigir apenas a punição do funcionário invasor e não dar publicidade ao caso, até porque fora escolhida a dedo por Nuzman e sem licitação de nenhuma espécie, coisa que se repetiu para 2016.
    Hermida trabalhava em área subordinada a Mario Cilenti, hoje diretor do Co-Rio-16, e que, obviamente, sempre esteve ciente do episódio — e em silêncio.
    Como brasileiro brinca com tudo, os funcionários que agora foram escolhidos como bodes expiatórios do escândalo londrino, estão sendo chamados, de “os hermidas” por quem conhece, no COB, o episódio às vésperas do Pan.
    Cada vez fica mais claro que o assalto aos dados britânicos se deu basicamente pela ação de um dos demitidos, o “hermida” Bruno Olivieri, da área de TI (Tecnologia da Informação) do Rio-16.
    Ele não apenas copiou uma quantidade abissal de informações, a ponto de chamar a atenção dos ingleses, como, não satisfeito, mandou um e-mail aos demais que tinham acesso aos arquivos, ensinando como ir além do que estavam autorizados.
    O blog não conseguiu localizar Olivieri, mas ouviu, e gravou, a reação nervosa, apavorada, de Hermida, que em princípio negou.
    Depois quis encaminhar o assunto para a assessoria de imprensa do COL, em seguida pôs a ligação no viva-voz e prometeu retornar em meia hora,  mais de uma hora atrás.
    O blog voltou a ligar em seu celular que tocou até cair na caixa postal.

    Será que vamos precisar de uma reportagem de Andrew Jennings, aquele jornalista do "Mr.Teixeira", que desmascarou Ricardo Teixeira na BBC, para que o governo brasileiro se mexa?



     
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